segunda-feira, 26 de julho de 2010

12 bombeiros - Esse é o contigente disponível para atender a qualquer proporção de incêncio na Capital


Fiquei terrivelmente pasmo de surpresa ao saber hoje, através de um noticiário da TV Candelária (Record), em que a reportagem entrevistou um comandante do Corpo de Bombeiros que afirmou haver apenas 12 soldados disponíveis para atender a possíveis emergências em toda a cidade de Porto Velho.

Segundo o oficial, além do contingente ser infímio diante das inúmeras ocorrência, que aumentaram cerca de 600% de 2008 pra cá, passando de 9 para 58 incêndios residenciais,só na capital,fora os rurais,ficando no ar a pergunta que todo mundo quer ouvir respondida:

O que vai acontecer com os meses de agosto e setembro onde a seca amazônica promete ser um das mais castigantes???

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Impugnado deputado que 'se lixa' para opinião pública


Com a entrada na Justiça Eleitoral de ações de impugnação em mais quatro estados, políticos conhecidos nacionalmente correm o risco de serem obrigados a sair da disputa por conta da Lei do Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). Nomes como do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo José Carlos Gratz, do ex-deputado Marcelino Fraga (PMDB-ES), dos deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Sérgio Moraes (PTB-RS), do ex-senador Expedito Júnior (PSDB-RO), da ex-prefeita de Boa Vista Teresa Jucá (mulher do líder do governo no Senado, Romero Jucá), e do ex-governador Ivo Cassol (PP-RO) foram impugnados (ou seja, contestados). Agora, a Justiça Eleitoral examinará essas impugnações e confirmará ou não se esses candidatos ficarão mesmo inelegíveis.

O petebista Sérgio Moraes (PTB),foi condenado por improbibidade administrativa quando era prefeito de Santa Cruz do Sul (RS). Ele foi o primeiro relator do caso envolvendo o deputado Edmar Moreira (PR-MG), que ficou conhecido por ser dono de um castelo em Minas Gerais e não ter declarado o imóvel à Justiça Eleitoral. Contestado por querer inocentar Edmar Moreira, Moraes disse, na época, que se "lixava para a opinião pública" e acabou saindo da relatoria. Já o pedetista foi condenado por abuso do poder econômico com sentença de inelegibilidade.

Em Rondônia, o ex-senador Expedito Junior (PSDB) é considerado o favorito na disputa pelo governo. No entanto, por ter sido cassado pela Justiça Eleitoral em decisão transitada em julgada, tem os direitos políticos cassados por oito anos. Ele foi condenado por abuso de poder econômico e compra de votos. Seus advogados acreditam, no entanto, que como a decisão já transitou em julgado e ele já cumpriu a pena, o Ficha Limpa não pode retroagir para atingi-lo.

A mesma situação enfrenta o ex-governador Ivo Cassol, que renunciou ao cargo em março para disputar uma vaga no Senado. Antes, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) na ação que também levou à condenação de Expedito.

O levantamento feito pelo site leva em conta as ações protocoladas pelo MPE nos estados. Até o momento, 19 estados e o Distrito Federal divulgaram as representações feitas com base no Ficha Limpa. Outras unidades da federação devem fazer isso até o fim da semana, já que o prazo para apresentar os pedidos começam a contar a partir da publicação das listas com candidatos no Diário da Justiça.

Pra que serve ter estudado por 4 anos Jornalismo nesse país?

(Email enviado ao Presidente da FENAJ Sérgio Murillo de Andrade, no último dia 15/07/2010)
Caro Presidente Sérgio,

Sou advogado e me formei em jornalismo no ano passado (2009). É um banho de água fria estudar por 4 anos, investir um valor altíssimo em faculdade particular, e no final, achar que o diploma não vale quase nada.

Pra quê então fazer faculdade? Qual a capacitação que alguns dizem ter, sem saber sobre ética, jornalismo investigativo, a lide, a pirâmide invertida, a checagem com as fontes, o sigilo profissional e várias outras técnicas?

Uma coisa é o jornalismo opinativo, a crônica, o editorial, a crítica, etc...outra totalmente diferente, é o informativo e investigativo...QUE NECESSITAM DE OBJETIVIDADE, IMPARCIALIDADE, INTERESSE SOCIAL, FURO DA NOTÍCIA, EXCLUSIVIDADE, ETC..ETC...será que QUALQUER GAROTA BONITINHA SABE FAZER O "REBOLEIXAN", ou filhos de Diretores das grandes mídias....sabem realmente o que dizem ou escrevem??? É verdade...Que País é Esse...

Eu tenho OAB/SP e agora inscrição no MTB/SP....é bem provável que seu eu for procurar emprego em alguma Redação....vou escutar.. ...NÃO HÁ VAGAS.... O QUE INTERESSA É O TAL NETWORKING.....nesse país acho que a saída mesmo, é ser jogador, pagodeiro, reboleixan ou algo do tipo...

PRA QUÊ TER INVESTIDO QUASE 40 MIL REAIS NO CURSO DE JORNALISMO?!!!! ME TIREM ESSA DÚVIDA, PELA VOCAÇÃO DA PROFISSÃO E PARA TER UM PAÍS MAIS "INTELIGENTE" E menos "TENDENCIOSO"....uma coisa é o DIREITO A EXPRESSÃO E INFORMAÇÃO GARANTIDO PELA CF/88 art 5, podendo qualquer cidadão brasileiro manifestar o seu livre pensamento literário, técnico, científico e opinativo....outra coisa....totalmente diferente, é a redação técnica jornalística que aprendemos em aulas de técnicas de redação, laboratórios de rádio e tv, legislação e ética, laboratório de redação, etc, etc....OU SERÁ QUE AGORA QUALQUER BLOGUEIRO OU PALPITEIRO...TAMBÉM PODE SER ou SE "ENTITULAR" DE JORNALISTA PROFISSIONAL?

Obrigado,

MARCOS PAULO - Jornalista

domingo, 4 de julho de 2010

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: