terça-feira, 4 de janeiro de 2011

4 de Janeiro de 1982 - Nasce um Estado chamado: Rondônia

4 de Janeiro de 1982 - Nasce um Estado chamado: Rondônia: " <(Leia completa na Gazeta de Rondônia)

Muitas pessoas confundem as datas relacionadas ao estado de Rondônia e a sua capital Porto Velho, como por exemplo data de criação ou da instalação.


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Segundo o escritor Esron de Menezes em matéria para o Jornal Alto Madeira no ano de 1983, escreveu... Foi no palanque, depois de assistir o desfile dos operários que Getúlio, num rápido improviso pronunciou a frase que é um marco de sua passagem:


' Em Porto Velho, cada soldado é um operário e cada operário um soldado com o objetivo comum de trabalhar pelo engrandecimento da Pátria '


Convencido e por questões estratégicas Vargas cria os Territórios Federais, pelo Decreto-lei n° 5812 de 13 de setembro de 1943.


Em 17 de fevereiro de 1956, pela Lei n° 2731 o Território Federal do Guaporé muda a denominação para Território Federal de Rondônia.


No dia 04 de janeiro de 1982 foi instalado o estado de Rondônia com a posse do primeiro governador o militar Jorge Teixeira de Oliveira, nascido na cidade de General Câmara, no estado do Rio Grande do Sul (1921-1987), governou até 1985. Teixeirão era formado em Educação Física Pela Universidade do Rio de Janeiro. Em 1975 foi nomeado prefeito da cidade de Manaus.


Breve memorial


No inicio de janeiro de 1984 foi nomeada pelo presidente João Figueiredo, a paraibana de Campina Grande (1948) Janilene Vasconcelos de Melo substituta do governador, a pedido de Jorge Teixeira em virtude de licença de saúde. Tornou-se então a primeira mulher a governar um estado em todo o País. Exerceu esse cargo até 15 de fevereiro do mesmo ano. Advogada, administradora e contadora é servidora do TCE do estado. Janilene reside em Porto Velho.


O professor paulista e deputado estadual Ângelo Angelim (1935) foi o último governador biônico do estado (nomeado pelo então Presidente José Sarney) governou no período de 1985 a 1987. Reside atualmente na cidade de Vilhena.


O primeiro governador eleito diretamente foi Jerônimo Garcia de Santana conhecido politicamente com o homem da bengala. Bacharel em Direito nasceu na cidade de Jataí no estado de Goiás em 1934. Foi deputado federal, prefeito de Porto Velho eleito em 1985 e governador com mandato 1987-1991. Reside em Brasília.


Osvaldo Piana Filho o único governador rondoniense, nasceu em Porto Velho em 1949, médico, foi deputado estadual onde presidiu a Assembleia Legislativa e governou o estado entre os anos de 1991-1994. Atualmente, reside no estado do Rio de Janeiro.


Waldir Raupp de Matos senador reeleito (2010) nasceu na cidade de São João do Sul, Santa Catarina em 1955. Foi vereador na cidade de Cacoal, prefeito da cidade de Rolim de Moura e governador do estado entre os anos de 1995-1998.


José de Abreu Bianco nasceu na cidade de Apucarana, estado do Paraná em 1944. Advogado foi deputado estadual, prefeito da cidade de Ji-Paraná, senador e governador entre 1999-2002. Bianco, atualmente é prefeito da cidade de Ji-Paraná.


O Empresário Ivo Narciso Cassol foi o primeiro governador reeleito, comandou o estado entre 2003 a 2010. Nasceu na cidade de Concórdia, Santa Catarina em 1959. Seu reduto político é a cidade de Rolim de Moura onde foi prefeito. Cassol foi eleito senador em 2010.


O cerealista João Aparecido Cahulla nasceu na cidade de Astorga-Paraná em 1954 foi secretário de Administração e chefe de gabinete da Prefeitura de Rolim de Moura. Com a eleição de Ivo Cassol ao governo do estado assumiu a Casa Civil. Em 2006 depois de escolhas frustradas Cahulla foi convidado para ser vice de Cassol, assumindo o governo com a renúncia de Cassol em 31 de março de 2010.


O médico Confúcio Aires Moura nasceu em 1948 na cidade de Dianópolis, hoje estado do Tocantins. Confúcio foi Militar, PM em Goiânia, formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás turma de 1975, professor, deputado federal eleito para três mandatos 1995-2004 quando renunciou para assumir a Prefeitura de Ariquemes. Em 31 de outubro de 2010 foi eleito governador do estado.






Pequena cronologia




> 04 de janeiro de 1982 - Instalação do estado de Rondônia

> 24 de janeiro de 1915 - Instalação do município de Porto Velho

> 24 de maio - Dia da padroeira de Porto Velho Nossa Senhora Auxiliadora

> 02 de outubro de 1914 - Criação do município de Porto Velho

> 22 de dezembro de 1981 - Criação do estado de Rondônia


Professor Ruzel Costa leciona na Escola Ênio dos Santos Pinheiro, Colégio Objetivo, Faculdade Faro e Colégio Interação-Geo

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: