sexta-feira, 19 de setembro de 2014

CRÔNICAS DE RONDÔNIA – 19/09 | INCERTEZAS E SURPRESAS PROVOCAM APREENSÃO E DECEPÇÃO A 15 DIAS DAS ELEIÇÕES.

ROBERTO NA BERLINDA, DE NOVO

Às vésperas das eleições 2014, a Câmara Municipal terá que votar pela reprovação ou não das contas do ex-prefeito, Roberto Sobrinho, na próxima segunda feira (23/09), às 09:00 hs, que foram sumariamente rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado – TCE, coisa que promete muito pano pra manga, pois em outro carnavais emplacou sem problemas  a sua vontade contra a opinião pública que apesar de pressionar os vereadores ficou a ver navios, como em Abril, quando o então ex-prefeito, por influências externas, conseguiu eleger seu aliado, o vereador Jurandir Bengala para a próxima presidência da Casa de Leis a partir do próximo ano, época em que o ex-prefeito previa que fossem então votadas tais reprovações do TCE.

Porém, o atual presidente, Alan Queiroz, convovcou a imprensa e fez questão de dizer que o parecer do TCe será votado na próxima semana mesmo. o que joga um iceberg de nas esperanças do ex-prefeito de não se ver complicado pela possibilidade de se tornar inelegível ainda neste pleito, surpresas  ou decepções importantes são o que nos reservam a próxima semana, bem como os últimos dias de campanha que estão minguando a medida que as horas passam.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Incêndio destrói parcialmente o Supermercado Gonçalves de Ariquemes

Um incêndio na madrugada desta sexta-feira (12) destruiu parte do supermercado Gonçalves, na região central da cidade de Ariquemes- Rondônia. Segundo informações o fogo teve início aproximadamente as 2:00 Hs da madrugada e, tão logo populares avistaram a situação acionaram o Grupamento do corpo de bombeiros e a polícia militar que compareceram no local para dar início ao combate às chamas que tomava conta da seção de alimentos do Supermercado.

O comercio é um dos mais antigos de Ariquemes, além disso é um grande gerador de emprego na região.

Funcionários e populares nada puderam fazer em razão do perigo oferecido para quem estava próximo ao local que foi isolado pelos policiais. Fatos como este abala a cidade, pois ali muitas famílias ganhavam seu sustento através do  trabalho.

A causa do incêndio ainda não foi divulgada e os prejuízos ainda são incalculáveis. Este é o segundo incêndio de grandes proporção na cidade, em menos de dois meses um depósito de uma grande loja de móveis da região também ficou destruído em razão do sinistro. Foram utilizados várias viaturas da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros para o combate ao fogo que tomava conta do recinto.

Até o fechamento desta edição todos os esforços estavam sendo somados para conter as chamas.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: