Secretário Municipal de Saúde acusa o Estado pela insegurança generalizada na capital de Rondônia.
Revoltado com os constante assaltos nas unidades de saúde do município de Porto Velho, o secretário municipal de sáude, Domingos Sávio, concedeu entrevista à uma emissora de televisão declarando abertamente a precariedade com que o Estado tem tratado a questão e destacando a falta providências por parte do governo estadual que não tem, segundo ele, "cumprido a sua obrigação constitucional", através da Polícia militar do Estado de Rondônia e com isso contribuindo para que continue se agravando um quadro caótico na segurança pública.
Apesar de compreender as dificuldades apresentadas pela corporação da Polícia Militar, o secretário foi duro em suas declarações e literalmente jogou toda responsabilidade pela falta de segurança nas Unidades de Saúde do município e as duas Unidades de Pronto Atendimento - UPAs, nas costa do governo Estadual, e citou uma "reunião" realizada com o comando da Polícia Militar, a qual alegou às autoridades municipais que as razões que
promovem a insegurança pública no Estado seria a falta de contingente efetivo de policiais que hoje detém um número de apenas 4 mil policiais disponíveis em todo Estado para promover a segurança, mas que, segundo o estado, esse contingente deveria ser de no mínimo o dobro, 8 mil policiais, para satisfazer as diligências necessárias que aplacariam a grande onda de violência que vem se instalando em todos as cidades de Rondônia.
Na lista das Unidades de Saúde e UPAs assaltadas por marginais na capital de Rondônia nos últimos 60 dias, o secretário listou as unidades de Terra Santa, a Unidade móvel do SAMU, as 2 UPAs e por fim a Unidade do Caladinho, na última segunda feira (12/09), onde os bandidos renderam os vigilantes, que tiveram suas armas levadas, assaltaram as pessoas que ali estavam para serem atendidas e hostilizaram os servidores.
Ainda segundo o secretário Domingos Sávio, além das unidades e UPAs citadas, cerca de 40% das unidades de saúde, dos cerca de 82 postos de saúde do município, já passaram pelo triste drama de serem assaltadas com objetos levados e em alguns casos pacientes, servidores e vigilantes são violentamente ameaçadas e agredidas pelos marginais.
Pra piorar ainda mais a situação da Unidade de Saúde, no bairro Caladinho, assaltado na última segunda feira, o governo do Estado ordenou a desativação da Base de Operações da Polícia Militar que ali operava, ao lado do posto de Saúde, agravando ainda mais as atividades criminosas que já existia na região.
Para exemplificar a "fragilidade da Polícia Militar", nas palavras do secretário, ele lembrou que a única solução apresentada pela polícia foi "passar uma ou duas vezes por dia lá nas unidades", revelando assim a mais completa falta de condições logísticas e financeira do Estado em ampliar o nível de segurança.
O secretário fez questão ainda de lembrar em suas palavras, dos impostos pagos pelos munícipes e frisou que, apesar das dificuldades apresentadas: "é extremamente importante que o governo do Estado faça a sua parte", para só assim trazer tranquilidade a toda população de Rondônia.
Pra concluir, o secretário destacou que não são apenas os órgãos públicos que estão expostos a tanta violência, mas, a sociedade em geral que para ele, "não estão mais seguras em lugar nenhum, nem nas unidades, nem nas rua e nem nas nossas casas", e fez uso do microfone da emissora para enviar um recado direto aos assaltantes que vem atuando contra as unidades de saúde, lembrando que eles também fazem parte da comunidade, assim como seus familiares e a própria mãe deles pode a qualquer momento ter uma crise de hipertensão e vir a precisar do atendimento médico oferecido pelas unidades de saúde, e aí talvez a unidade de saúde talvez não venha a atende-la como deveria, em razão dos prejuízos causados pelos constantes assaltos, ao que disparou indignado a inconformada declaração: "então seu vagabundo procure outro lugar pra roubar, vai roubar em outro lugar.. cê não tem vergonha na sua cara de roubar uma unidade de saúde não rapaz".
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