Centenas de moradores compareceram a sessão passada, após campanha popular, proposta pela classe empresarial e estudantil do município.
Um grupo de empresários e estudantes do município, que se denominam "Todos por um São Miguel melhor", inspirados pelos movimentos sociais de combate a corrupção que se propagaram pelo país, convocou a população para comparecer à sessão da Câmara Municipal, no último dia 10/10 (segunda feira), e exigir um esclarecimento dos vereadores sobre o aumento dos próprios salários, considerado abusivo e injustificável pela maioria da população.
Os populares alegam que foram pra assistir a sessão semanal e após trinta minutos de cobrança aos vereadores a mesma foi encerrada sem dar maiores satisfação a população, dando as costas à população que se revoltou com atitude dos edis.
Membros do movimento, que preferem não se identificar, falaram a redação do Painel Político e alegam que no entendimento deles: "ser vereador não é profissão, e ainda que fosse, se formos comparar ao salário de um professor que trabalha por 40 horas semanais na sala de aula e recebe menos de dois mil reais, qual é a justificativa de um político eleito para zelar pelo dinheiro público ganhar R$ 6.250,00 pra ficar pouco mais de duas horas em uma sessão por semana na Câmara, não existe isso", declarou uma moradora.
A proposta do movimento que já tomou corpo na cidade é a de que os vereadores baixem os valores dos salários recebidos, que segundo eles está muito acima do suportável pelo município e dos padrões éticos de convívio com a classe trabalhadora.
Na atual legislatura, os vereadores da cidade recebiam um salário de pouco mais de R$ 4.200,00, e no último dia 28 de setembro, o que já era considerado alto pela população, e votaram por um aumento de 33%, elevando os próprios salários à R$ 6.000,00, a população indignada com essa quantia, saiu de casa exigir que os 11 vereadores revejam seus custos, que para um município de apenas 35 mil habitantes, provoca um prejuízo considerável ao erário público já tão defasado e sem orçamento para atender as necessidades básicas do município.
A proposta do movimento é que os vereadores façam uma diminuição substancial de seus salários em pelo menos 70%, o que deixaria o valor de R$ 1.970,00, pouco mais de dois salários mínimos, que pelos padrões dos serviços prestados como vereadores estaria muito bem pagos.
A sessão foi interrompida pelo presidente da Câmara, Valmir dos Santos (PT), que convidou os demais vereadores a abandonarem o plenário deixando o povo sem respostas sobre os motivos do aumento.
Além dos salários dos vereadores, em R$ 6.000,00, o salário do presidente foi para R$ 8.000, e dos vice presidente e primeiro secretário para R$ 6.250,00, sem contar o aumento dos demais benefícios, como diárias, combustível e alimentação.
Além da classe empresarial, há aposentados, prestadores de serviços,professores, estudantes e até funcionários públicos engrossam o coro na campanha de diminuição dos salários e estão dispostos a assistir quantas sessões forem necessárias até que a Câmara volte atrás no aumento em questão.
Nesta segunda (17/10), outra sessão está marcada para às 19:00hs, e vão discutir o assunto, um convite popular foi criado e enviado à vários vários moradores da cidade via Whatsapp, e a promessa de grande público para acompanhar o posicionamento de seus representantes no parlamento mirim parece ser bem perturbadora esta noite na Câmara de São Miguel do Guaporé que terá que encarar seus eleitores e prestar as
devidas explicações sobre os aumentos aplicados.
devidas explicações sobre os aumentos aplicados.
Tentamos contato com a presidência da Câmara através de um celular fornecido por funcionários da casa, mas, não fomos atendidos após insistentes ligações.
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