segunda-feira, 25 de março de 2019

Vereador Emerson Machado ameaças jornalistas na tribuna da Câmara de Alt...





AMEAÇAS PROFERIDAS NA TRIBUNA DA CÂMARA MUNICIPAL:

No trecho em que fez uso da palavra, no plenário do auditório da Câmara Municipal, o presidente Emerson Machado proferiu que quem "planta colhe, é a lei da semeadura", ou seja, aqueles que estão produzindo notícias contra ele precisam se preocupar, por assim dizer, com os riscos que a "natureza" pode proporcionar em suas vidas.

O tempo todo, o presidente Emerson Machado fez questão de se referir aos seus desafetos como "pessoas que estão fazendo maldades", e que tais pessoas precisam "cuidar mais de suas famílias", pois os familiares estariam precisando delas.

Entre as ameaças proferidas, por diversas vezes o vereador fez questão de citar  e clamar o nome de Deus, atribuindo todo seu sucesso na carreira política ao Criador e que como bom evangélico, jamais desejaria mal a ninguém, mas, e que "sua justiça" virá pelas mãos do Todo Poderoso, aplicando a velha e manjada tática aplicada da psicologia inversa, uma hora acendendo uma vela à Deus e outra hora à "natureza".







Independente das ameaças, ocorre que o site da Câmara Municipal é de domínio público, e não pode maneira nenhuma ser manipulado a favor deste ou daquele vereador, e há muito tempo percebe-se, que o vereador presidente utiliza o site oficial da Câmara como vitrine para promover-se a si mesmo e aos poucos vereadores aliados, basta dar uma rápida conferida nas notícias que trazem sempre o presidente com um fluxo de notícias extremamente maior do que seus pares.



O fato de ter-se retirado justamente o áudio da página, aonde o vereador Emerson Machado emite ameaças aos seus "inimigos" políticos, como assim definiu, já denotam o alto grau de controle e manipulação por parte desta presidência, sendo que a mesma é a única responsável pelos assuntos e pautas ali inseridos.

Uma página que deveria estar reservada a mais completa transparência quanto aos atos e discursos nas sessões do plenário da Câmara, foi emudecida após o próprio presidente perceber as insanidades que havia destilado no microfone, cabe dizer que, no mínimo alguém de sua assessoria jurídica o alertou para que este não deixasse perpetuar as provas que estava produzindo contra si mesmo.

Não há o que se dizer quanto a "problemas técnicos", como figura em texto na referida página de divulgação dos áudios, pois qualquer técnico amador de web-designer (construtor de sites), sabe muito bem que se o áudio, que não teve seu arquivo corrompido, se não está lá é por que não querem que esteja.

Vale lembrar que além do áudio da sessão do dia 07/03 (quinta feira), o áudio da última sessões ordinárias realizada após esta data estão sendo omitidos da população.







Oras se a Câmara se propôs a divulgar os áudios de todas as sessões pela assim intitulada "Rádio Câmara",  e de uma hora pra outra esse expediente é paralisado há que se ter uma justa explicação aos ouvintes e a população , que é quem pagou com seus impostos pelos dispendiosos serviços contratados e com a tecnologia necessária para tais divulgações, senão, quem será responsabilizado pelas omissões que estão acontecendo no site da Câmara Municipal de Alta Floresta?

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: