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domingo, 16 de março de 2008

O Homem do Povo vem ai !!!

As vésperas de mais uma jornada eleitoral alguns nomes já se arriscam a apreciação dos eleitores de Ouro Preto do Oeste, porém até o presente momento nenhum deles tem a mesma expressividade política quanto o do vice prefeito Carlos Magno Ramos, que disse já em alto e bom tom que vem com tudo, pro que der e vier, e pro que vier e der também...

Não importa o número de candidatos a as cifras de suas contas bancárias, também, se dinheiro ganhasse eleição em Ouro Preto o floclórico Irandir Oliveira jamais teria experimentado seus quase dois anos a frente do executivo, e olha que naquela época eram 17 siglas partidárias contra o PRP de Marcelino, que ironia, e o PL de Ronilton Capixaba.

Mas deixando o passado de lado não há dúvida alguma na cabeça do eleitorado atual, pois recentes pesquisas ilegais realizadas sabe-se lá por qual deputado, apontam que se as eleições fossem hoje Carlão daria uma sova de fazer bicheira em todos os adversários juntos.

Vejam o que diz o colunista Roberto Gutierrez sobre o potencial de Carlos Magno em Ouro Preto do Oeste:
SUCESSÃO DE OURO PRETO - (POR ROBERTO GUTIERREZ.)
"Nem que Cassol peça de joelhos Carlos Magno (DEM) desistirá de ser candidato a prefeito de Ouro Preto. Pelo menos é isso que ele deixou a entender na última vez que falou com este colunista."

"Carlos Magno conhece os caminhos da administração pública e demonstrou que aprendeu com erros e exemplos bem-sucedidos. Não o classifico como o supra-sumo da administração pública, mas, levando em conta o poder de articulação política, isso soma a favor de qualquer administração. Magno não precisa provar mais nada – a população o conhece.
Muita gente acha isso uma vantagem. Tem algum fundamento levando em conta o desastre que foi Irandir Oliviera – o ex-sucessor de Magno.
Mas, a política é dinâmica e é preciso demonstrar vontade e força de vontade."

"Magno tem carisma junto ao eleitorado, mas saiu machucado demais no episódio da Assembléia Legislativa que lhe rendeu humilhação."


Porém, a empatia e proximidade de Carlão junto ao povo produzem inigualável força que o transforma em um ícone da imagem do político saído do povo e que lembra do povo, e que mesmo tendo passado os piores golpes baixos, esse mesmo povo sempre o elege e jamais abre mão de guardá-lo no coração para futuras eleições, pois ninguém melhor do que o povo pra saber que a política é a arte de fazer, conservar amigos e dar valor aos amigos, bem diferente de determinados pré-candidatos.

Quem viver verá, quem acha que tem alguma munição pode estar mirando no próprio pé, ou no talves no próprio mandato...

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: