domingo, 12 de outubro de 2008

Libertados dois jornalistas dos EUA detidos na Síria.


WASHINGTON (AFP) — Os dois jovens jornalistas americanos detidos na Síria por ingressar no país de forma ilegal foram libertados e passam bem, estando na embaixada dos Estados Unidos em Damasco, anunciou hoje o departamento de Estado.

Os dois americanos dados por desaparecidos no Líbano há uma semana foram detidos na Síria por terem entrado em seu território de maneira ilegal, informou nesta quinta-feira, em Damasco, o ministério sírio das Relações Exteiores, em communicado.

"As autoridades sírias detiveram dois cidadãos americanos, Holli Chmela e Taylor Luck, porque entraram esta manhã (quinta) em território sírio pela fronteira norte de maneira ilegal e com a ajuda de um contrabandista", declarou o ministério.

Os serviços de segurança interrogaram os americanos para saber como entraram sem os vistos requeridos.

O ministério sírio havia convocado a encarregada de negócios dos Estados Undios em Damasco, Maura Connelly, para informá-la do caso.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Após denúncias, bomba explode na casa da família de jornalista durante a madrugada.


Parte do muro da residência da família do jornalista foi literalmente para o espaço com o impacto da explosão.

Um botijão de gás recheado de pólvora e parafusos explodiu em frente à casa da família do jornalista Rubens Coutinho, editor do TUDORONDONIA, na madrugada desta segunda-feira, na zona sul de Porto Velho. A explosão destruiu parcialmente o muro da frente da residência, abrindo um buraco, e um pedaço do artefato de metal atingiu o telhado da casa.

A explosão levantou uma nuvem de fumaça que encobriu a residência e foi ouvida a mais de um Km, inclusive numa unidade do 5º Batalhão da Polícia Militar localizada na praça do conjunto onde residem as filhas do jornalista.
A PM compareceu ao local e fez os primeiros levantamentos, registrando a ocorrência e solicitando a realização de perícia no material.

O muro amorteceu o impacto da explosão e pode ter evitado uma tragédia, pois crianças no interior da residência poderiam ter sido atingidas pelos parafusos que voaram para todos os lados com a explosão do botijão de gás cheio de pólvora.

Revoltado com a covardia, mas não amedrontado, Rubens Coutinho disse que continuará fazendo seu trabalho. "Pretendo comunicar por escrito o fato à Secretaria de Segurança Pública de Rondônia, Comando Geral da PM, Polícia Federal, Federação Nacional dos Jornalistas, Sindicato dos Jornalistas de Rondônia, Governo do Estado, Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, entre outros órgãos, de maneira que, se algo acontecer comigo ou com minha família, autoridades e instituições terão sido previamente alertadas e não poderão, no futuro, alegar desconhecimento dos fatos", afirmou o jornalista, que, por ser apartidário, descartou motivação política para o atentado.

(Questões como essas, bem como aconteceu com Tim Lopes, no Rio de Janeiro, o Jornal Imprensa Popular, em Porto Velho, o Mesquita, em Ouro Preto do Oeste e que continuam acontecem em nosso cotidiano profissional precisam ser minunciosamente acompanhadas pelas autoridades policiais e juduciárias, municipais, estaduais e federais. Caso contrário estaremos fadados a admitir que impera ainda em nossos dias, em pleno século 21, o domínio do medo e o reino da impunidade).

domingo, 21 de setembro de 2008

Bem Vindos ao Vale da Cachoeira de Rondônia.


Recomendo a todos os meus leitores e amigos uma visita basica ao Vale das Cachoeiras de Rondônia, localizada na Linha 24 do município de Nova União, a pouco mais de 30 kilometros de Ouro Preto do Oeste.

Pra quem gosta de natureza é um prato cheio, um verdadeiro oásis em meio a seca que o estado atravessa, apesar de que a cachoeira também está com o seu fluxo do leito afetado, porém nada consegue tirar a exuberância e o espetáculo visual que os proprietários do empreendimento conseguiram valorizar.

Cada detalhe do ambiente é muito agradável, enriquecido com a presença de aves nativas e exóticas como araras e um casal de pavões, muito bem cuidados, que dão um toque paradisíaco ao local que com certeza já se tornou um dos mais novos e belos cartões postais de nosso estado.
A Luciana e a Vitórinha também recomendam, elas amaram o passeio...

sábado, 6 de setembro de 2008

UNIDO$ POR UM IDEAL



ESSA NEM EU TINHA PERCEBIDO...
FOTO EXTRAÍDA DO BLOG DO MEU AMIGO, RONDINELI GONZALEZ...(http://rondineligonzalez.blogspot.com/2008/08/notas-de-uma-segunda-feira-quase-saindo.html)
1) Com o apoio incondicional do Cassol e mais R$ 2 você pode comprar uma pipoca com bacon em frente ao Cine Veneza.

2) Conseguiram reunir o Recruta Zero com o Urtigão? Mais um crossover que não gostaríamos de ver por aí.

Responda rápido: Qual o melhor comentário para esta notícia?
NENHUM, ELA FALA POR SÍ MESMA.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Da Série: "Meus Pit Boys da PM"

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Jornalista Danny Bueno é violentamente agredido por seguranças do deputado candidato a prefeito Alex Testoni.


O jornalista Danny Bueno, presidente do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral - MCCE de Ouro Preto do Oeste, foi violentamente agredido por covardes seguranças do candidato a prefeito pelo PTN, Alex Testoni durante a tentativa de obter fotos de uma reunião realizada nas dependências do Restaurante Ranchão, anexo ao Posto Dom Bosco, de propriedade do deputado e candidato, a qual estava sendo regada com muita comida e bebida a vontade para os presentes.

O fato se deu sem que o profissional tivesse sequer adentrado o recinto, pois a reunião estava sendo fotografada pela rua lateral, pela qual toda a movimentação dos convidados podia ser percebida, porém, mesmo antes de iniciar o trabalho, o jornalista se cercado de seguranças armados, membros da Polícia Militar do Estado de Rondônia que prestam o serviço de segurança 24 horas para o deputado candidato.

Entre os agressores destacam-se o Sargento PM Paulo Sérgio, o Soldado J. Agnaldo e a nova aquisição para o esquadrão de choque, o soldado Dias, conhecido como "Lobó".

Tanto um quanto outro começaram a desferir golpes de ponta pés e socos nas costas da vítimas, enquanto esta ainda se encontrava na garupa da moto em que estava, juntamente com seu ajudante, sem qualquer chances de defesa, pois a mesma tentava proteger a câmera fotográfica que havia registrado as irregularidades e também gravava o que estava se passando.

Tamanha foi a violência das agressões que o repórter teve que ser atendido pelo legista de plantão Dr. Ricardo, para o exame de corpo de delito enquanto prestava a ocorrência ainda nas dependências da delegacia.

Apesar de ter solicitado insistentemente a presença da Polícia Militar através do 190, da Polícia Federal, pela superintedência de Porto Velho e feito uma denúncia através do 148, que informou que estaria repassando a ocorrência para o Cartório Eleitoral do Município, em nenhum momento foi correspondido pelas autoridades competentes para ser devidamente lavrado o flagrante e as agressões.

Logo após se deparar uma intensa dor resultante das agressões, ao tentar se dirigir para sua residência o jornalista foi perseguido por um veículo com dois policiais, que sem qualquer identificação abordaram com extrema hostilidade o ajudante do repórter, sendo posteriormente os mesmo identificado como membros da P2, serviço reservado da PM, identificação que só foi possível por informações de terceiros, na tentativa de obter a máquina fotográfica sem lograr êxito, pois o mesmo conseguiu adentrar os portões de sua casa antes que os policiais pudessem alcançá-lo, mesmo assim, não se dando por satisfeitos fizeram questão de revistar e interrogar e intimidar em plena avenida Daniel Comboni, o assistente de trabalho que acompanhava o profissional, que é pai de família e morador antigo do município, como se este fosse um delinquente qualquer.
Não conformados ainda, ao perceberem a chegada do advogado do jornalista que pediu esclarecimentos sobre a ação irregular dos policiais, os mesmo alegaram que estavam na captura de "dois elementos" que haviam tirado fotos da reunião do deputado.

Um dos agentes identificados por nossa reportagem e filmado em ação durante esdrúxula abordagem, foi reconhecido como sendo Sérgio Belchior e seu companheiro, ainda desconhecido, deverá ser ainda identificado pela filmagem do ocorrido, pelos próprios superiores da corporação.

Na semana passada, os mesmo agressores, que hoje chegaram as vias de fato, protagonizaram uma cena dantesca de abuso de autoridade, quando a mando do mesmo candidato expulsaram aos empurrões o repórter de mais uma de suas reuniões secretas que cocrriam nas dependência da Associação Comercial e Industrial de Ouro Preto do Oeste - ACIOP, fato este também registrado pelo repórter e já denunciado junto ao Tribunal Eleitoral e Ministèrio Público, pois a intenção do profissional era obter uma declaração oficial do candidato quanto a uma mudança que estava sendo realizada naquela mesma hora para um família de eleitores, por um dos caminhões pertencentes a empresa de materias de construção Dom Bosco, que tam´bém é de propriedade do candidato, porém, a mesma arbitrariedade do cerceamento de liberdade de imprensa foram deplorávelmente esboçado hoje pelos mesmo protagonistas das agressões sofridas pelo profissional.

Em dias de uma decisão tão absurda tomada pelo supremo de se preservar a impunidade daqueles que insistentemente se valem do poder para cometer todos os graus de ilicitudes, acho que o que levou os profissionais da segurança pública, que deveriam dar a mais completa proteção ao cidadão, a desvirtuar o seu papel, deva ser a sensação de vitória manifestada por seu "Patrão" que obviamente será imensurávelmente beneficiado com a impunidade por seus atos já denunciados e pelos futuramente a serem praticados, mesmo tendo este jurado honrar o seu mandato a serviço do povo que o elegeu.

Sem dúvidas essas manifestações de violência autorizada contra profissionais da comunicação e cidadãos de nossa cidade não corresponde aquilo que o povo espera de um candidato apto a ocupar o comando do destino do município.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Candidato a prefeito usa caminhão da própria empresa para fazer mudança de eleitor.

(CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIÁ-LAS)
No fim da noite de ontem a nossa equipe flagrou na esquina da Avenida dos Seringueiros,um caminhão marca Wolksvagem, modelo 13.150, com placa NCB 0309 de Ouro Preto do Oeste, de propriedade da empresa Dom Bosco – Shopping da Construção, da qual o deputado estadual Alex Testoni (PTN), e também candidato a prefeito no município tem participação societária na empresa.
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O flagrante foi registrado pelas nossas câmeras que também gravaram a conversa com os beneficiados pela mudança, que se negaram terminantemente a fornecer seus nomes, bem como a origem da procedência da mudança, alegando a princípio que seu caminhão particular estaria carregado para empresa, e por isso teve o caminhão da mesma emprestada para sua mudança.
(CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIÁ-LA)
Durante a conversa a estória foi mudando a partir do momento que o cidadão tentava explicar as razões da utilização do caminhão, chegando a contradizer-se e dizer que o caminhão fretado já não era mais seu e sim de outro “rapaz”.

Durante a tentativa de entrevistar o cidadão o mesmo expressou uma enorme confusão na exposição dos fatos, demonstrando claramente o seu nervosismo diante das perguntas que eram apresentadas, chegando a apresentar ameaças e garantir que nunca conheceu o candidato Alex Testoni (PTN), apesar disso, o mesmo se desmentiu ao final da entrevista afirmando que, “eu moro aqui há 33 anos, eu sou fundador desta m... aqui e não preciso de político pra sobreviver... e que conhece o deputado desde quando nasceu...”

Tamanha foi o descontrole do cidadão que o mesmo, nem percebeu o adesivo aplicado a porta do caminhão que denunciava ainda mais a irregularidade eleitoral e tentou perseguir a nossa equipe e só foi contido coma chegada de um funcionário de nome Cleir, que trabalha na gerência do Posto Dom Bosco, que tentou desconversar para que o mesmo acalma-se.

Apesar de garantir que não estaria fazendo nada de errado pelo fato de estar usufruindo de um caminhão de uma empresa que não tem por hábito o transporte de mudanças domésticas e nem exerce a atividade de transportadora em sua relação de atividades, principalmente fora do horário regular de funcionamento comercial, o cidadão mostrava-se visivelmente transtornado com a presença de nossa reportagem.

Na tentativa de buscar saber sobre a realidade dos fatos por parte do candidato, ficamos sabendo que o mesmo encontrava-se em uma reunião aberta nas dependências da ACIOP (Associação Comercial e Industrial de Ouro Preto do Oeste), porém, antes mesmo que pudéssemos dirigir as nossas indagações para o candidato Alex Testoni (PTN) fomos literalmente impedidos de trabalhar, cercados e retirados a força do auditório por seus seguranças que e pelo próprio presidente da ACIOP, Zenildo Tavares, que também faz parte da equipe de coordenação do candidato Alex Testoni (PTN), o que no mínimo levanta um questionamento ético e moral para um dirigente de uma entidade comercial que se diz democrática, mas que expulsa pessoalmente a imprensa com palavrões, tentativa de destruir o equipamento de trabalho e ameaças, principalmente no que tange o estatuto da entidade, sabemos que a mesma não seria o local mais apropriado para reuniões secretas de grupos partidários, já que a proposta é a livre expressão da democracia, agravando-se ainda o fato de que o mesmo tem benefícios econômicos em seus serviços prestados pela sua empresa, tornando mais do que conveniente que o então presidente da ACIOP venha defender os interesses de seu candidato se possível chegando as vias de fato.

Conveniências a parte, ficou latente a evasão do candidato em tentar responder sobre o favorecimento de um eleitor pelo uso de um de seus caminhões para realizar a mudança de seus móveis pessoais, que não foram comprados em sua empresa, diga-se de passagem, e a manifestação reprovável de hostilidade contra a liberdade de imprensa por parte de sua assessoria e de seus “cães de guarda”, algo que não fica nem um pouco adequado para um presidente de uma entidade tão representativa como a ACIOP, que representa o direito de ir e vir de todos os cidadãos de bem de nossa sociedade que precisam sim ter acesso a todas as informações sobre os candidatos que disputam os cargos eletivos, para melhor poder escolher qual seja a opção menos danosa ao futuro de nossa cidade, aliás, um candidato que se vale de tanta blindagem é no mínimo alguém que não tem a menor intenção de se aproximar do povo que pode elegê-lo, será que é isso que o povo aprovará no dia 5 de Outubro.

domingo, 20 de julho de 2008

VÍCIOS DO PODER - Servidores de Rondônia questionam mudança no teto salarial criada por Alex Testoni.


CONSULTOR JURÍDICO
16/07/2008 - 07:52
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil está questionando, no Supremo Tribunal Federal, a Emenda à Constituição de Rondônia 55/07, que alterou o teto único do funcionalismo público naquele estado.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade, a Confederação alega que o dispositivo impugnado foi aprovado na Assembléia Legislativa de Rondônia sem que tivesse sido observado o número mínimo de um terço dos membros da casa parlamentar, o que afronta o artigo 60, inciso I, da Constituição Federal.

Para a Confederação, a norma é de reprodução obrigatória nas constituições estaduais. No texto da Constituição de Rondônia, não é diferente.

A Confederação também alega afronta ao artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal, que determina: “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Segundo a entidade, no documento de apresentação da proposta de EC, não foram identificados os signatários do texto.
Esse fato, segundo a entidade, vedou o controle popular dos atos de seus representantes.

Segundo a Confederação, a proposta de emenda constitucional que originou a EC 55 foi assinada apenas por seu autor, deputado estadual Alex Textoni (PTN), além de outros seis deputados, quando eram necessárias, no mínimo, oito assinaturas para completar um terço.

Além disso, sustenta que há divergência entre as assinaturas dos parlamentares e há a suspeita de que até não-deputados tenham assinado o documento.

A Confederação afirma que a votação da proposta ocorreu em dois turnos no mesmo dia com uma diferença de tempo de um minuto entre a primeira e a segunda votação, bem ao contrário do que refere o Regimento Interno do Senado Federal que, no título IX, Capítulo I, artigo 362, afirma que “o interstício entre o primeiro e o segundo turnos será de, no mínimo, cinco dias úteis”. A mesma regra deve ser obedecida nos Legislativos estaduais.

A Confederação observa que a jurisprudência do STF “é pacífica quanto ao fato de inexistir convalidação de vício de iniciativa, por se ter levado ao mundo jurídico a norma que, no seu nascituro, tinha seu projeto inicial maculado”.

Revista Consultor Jurídico

domingo, 6 de julho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

ESSE É O CARA!

(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA))
Essa á mais uma prova de que pra quem quer trabalhar não existe tempo ruim, os vagabundos que me desculpem, sou do time do Aristeu.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: