quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Prefeito e Secretário de Santo Antonio do Leverger correndo de cuecas em...

Um vídeo inusitado que foi propagado nas redes sociais mostra dois secretários , assistidos pelo prefeito e outros "amigos", do município de Santo Antônio do Lerverger/MT, que aparecem no vídeo,  em uma pitoresca "Corrida de cuecas" em via pública.

Muito provavelmente deva ser uma nova modalidade de apuração para avaliar os trabalhos exercidos pelos secretários do município, ou talvez, a prefeitura esteja planejando lançar um novo evento turístico para atrair visitantes ou novos funcionários ao município. Me arrisco a produzir por conta e risco um slogan para ajudar o departamento de marketing da prefeitura: "Aqui a gente sua a cueca só pra divertir você!"



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A misteriosa história do piloto que sumiu, nem corpo e nem avião... ning...

A misteriosa história do piloto que sumiu, nem corpo e nem avião... ninguém sabe, ninguém viu

Um mistério digno dos maiores best sellers já escrito por Agatha Christie, está tirando o sono da sociedade altaflorestense, desde o último domingo, a história do sumiço do piloto conhecido por Junior Couto, até o momento considerado apenas desaparecido pelas autoridades, já produziu inúmeras versões do desaparecimento no imaginário das pessoas da cidade.

Tudo teve início com um áudio enviado via Whatsapp, aproximandamente a partir das 15:00 do dia 29/01 (Terça feira), por uma pessoa identificada como “Mandioca”, que supostamente tinha conhecimento de que um piloto de Alta Floresta, “Julio Couto”, teria caído com sua aeronave de trabalho, um avião agrícola, na cabeceira de uma pista, vindo a óbito na região de Colniza/MT.

O áudio afirmava também que o avião seria de um conhecido pioneiro da aviação no município, e que um outro avião estaria “organizando a polícia” pra retirada do corpo e trazer a Polícia Técnica do Estado – Politec, para ser trazido para o município de Alta Floresta.

 OUÇA ABAIXO O ÁUDIO QUE FOI PROPAGADO NOS GRUPOS DE WHATSAPP:

Daí pra frente, o que era pra ser apenas mais uma infeliz tragédia da aviação local, foi tomando corpo e proporções inimagináveis na pequena e pacata cidade de Alta Floresta e nos grupos de whatsapp.

Após as lamentações iniciais e declarações de consolo, as pessoas começaram a se perguntar quando o corpo chegaria, pois tratava-se de uma figura de expressão social, tendo recentemente  posado ao lado de sua esposa e filho em páginas de uma revista de pessoas com alto padrão social.

Junior Couto como era conhecido, mas, na verdade se chama Valdemir Elias do Couto, também era tido como uma pessoa querida e de muitos conhecidos na cidade, tendo os pais e irmãos residentes também no município.

DOIS DIAS DEPOIS DO ACIDENTE

Segundo as investigações policiais, o acidente teria realmente acontecido no domingo (27/01), porém a família, na pessoa da esposa, uma irmã e um amigo como testemunha só compareceram para prestar o boletim de ocorrência na terça (29/01), dois dias após o suposto acidente.

Para a polícia, a esposa declarava que Junior Couto havia entrado em contato no domingo afirmando que havia chegado em uma fazenda e logo sairia com o avião que teria ido buscar para trabalhar, mas, o grande detalhe revelado pela esposa é que o marido não tinha ido para o lado de Colniza, mas, sim para o Pará, e de lá para um local ignorado pela mesma e que o próprio amigo que ali estava como testemunha teria dado a “carona” para ele até o local.

A CARONA

Esse amigo de Junior Couto contou a polícia que deu a carona ao piloto e o desembarcou em uma pista de garimpo numa região do Pará, conhecida como Tabocal,   a poucos quilômetros do Rio Tapajós, a cerca de 752 Km da capital paraense Belém, próximo ao conhecido balneário turístico de Alter do Chão, tendo como aeroporto mais próximo o Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, cerca de 75 km de distância.

Para a polícia, o amigo revelou que o piloto estava indo buscar um avião Cessna 210, com o qual iria trabalhar, não sabendo informar qual seria o rumo que o mesmo tomaria em suas atividades, perdendo completamente o contato com Junior desde então. Para pilotos experientes que tem conhecimento do local, trata-se uma região inóspita e de voos arriscados, próximo as divisas das três Guianas e da Venezuela.

ÁUDIO FAKE

Após os relatos dos familiares e averiguação da polícia ficou constatado que nenhum acidente até o presente momento havia acontecido na cidade de Colniza ou nas proximidades, pois quem responde pela região é a Delegacia Regional de Juína, a qual a pós ser consultada não registrou qualquer ocorrência dessa natureza nos últimos dias.

Também foram realizados contatos com as delegacias do Pará e a aeronáutica, próximo a região em que o piloto teria desaparecido, para constatar a possibilidade de ter havido algum acidente naquele Estado, mas, nada foi confirmado pelas autoridades competentes.

Com o passar das horas, o mistério começou a aumentar e diversas informações desencontradas, imprecisas e contraditórias eram trazidas por grupos  de “amigos”, em alguns casos ficava até estranho que algumas pessoas da cidade já tinham dado o piloto como morto, inclusive familiares, mesmo sem qualquer confirmação oficial da aeronáutica e das equipes  policiais, que estavam investigando o caso, que está sendo tratado pelas autoridades até o presente momento como desaparecimento, e as buscas por evidências concretas do paradeiro do piloto seguem cada vez mais forte.

MISSA CANCELADA

Sem informar nada a polícia, membros da família divulgaram em suas páginas de rede social que já tinha constatação da morte de Junior Couto, em local de difícil acesso o que impossibilitava a recuperação do corpo ou mesmo buscas na região, e portanto, já se davam por satisfeitos com a confirmação da morte e estariam realizando um missa em sua memória na igreja matriz de Alta Floresta na noite ontem, quinta feira (31/01), sem maiores detalhes.

Em um trecho da mensagem dizia que: 

“…houve um acidente com explosão não havendo restos mortais e assim, não haverá funeral.”

No entanto, a família não especificava, onde, como e por quais meios vieram a saber de forma tão conclusiva sobre o “falecimento” do piloto, a ponto de convocar a população para uma missa memorial sepultatória.

A notícia da missa memorial, de última hora, quando ainda as pessoas mal estavam assimilando o que havia acontecido e, comunicada de forma fria e precipitada pela família caiu como uma bomba, e fez com que toda cidade começasse a se perguntar quais seriam as comprovações cabais da morte do piloto, ou por que a família decidiu realizar uma missa antes mesmo da conclusão das investigações oficiais, que foram provocadas pelos próprios familiares?

 Será que a família não acredita na competência da polícia e teria desistido tão rápido assim das buscas por informações, sob quais razões estariam agindo dessa maneira? Em cima da hora, apesar de diversas pessoas e a imprensa comparecerem a missa, devido ao grande número de questionamentos que surgiram, a família cancelou a missa e não compareceu na igreja.

A notícia da missa, que pegou de surpresa até a própria Delegacia de Polícia de Alta Floresta, principal responsável pelas investigações que seguem em andamento, na pessoa de seu delegado titular, Carlos Francisco de Moraes, que ao saber do comunicado da família foi duramente cobrado pela sociedade por um esclarecimento sobre a posição da polícia, diante da atitude dos familiares.

ENTREVISTA COM DELEGADO RESPONSÁVEL

Em entrevista de dez minutos, concedida ao programa Olho Vivo, da Record, durante o horário de almoço, o delegado titular de Alta Floresta, Carlos Francisco de Moraes, falou que não sabe dizer quais foram as fontes comprobatória que a família obteve pra atestar o falecimento de Junior Couto, e acredita que seja em razão do estado psicológico de fragilidade, de alguns membros da família, que tais comunicados tenham sido repassados, pois ele próprio e sua equipe ainda estão em busca de informações verídicas sobre o suposto acidente, localização da aeronave e a morte do piloto, por tanto, estranhou também a família tivesse tomado essa atitude e principalmente que não tivesse repassado de pronto tal informação as equipes de investigação, vindo a contribuir assim para o aumento das especulações sobre o caso.

“Tudo o que surgir posteriormente a isso, referente a desastres aéreos, encontro de corpos, remoção de corpo é mero boato e mera especulação…”, afirmou o delegado Carlos Francisco.

“Primeiro, para que se ateste um óbito, tem que primeiro haver um corpo… Para que se ateste um acidente seja ele de qualquer natureza, ou aéreo ou automobilístico, tem que haver os destroços…”

“Nós temos que investigar o seguinte, se esse rapaz caiu com um avião em qualquer lugar, quem seria o dono desse avião?”

“…por que é que este corpo não foi encontrado e esses destroços do avião não podem ser encontrados?”, perguntou o delegado.

Apesar do grande mistério envolvendo o desaparecimento de Junior Couto, das contradições e desencontro de informações, como o comunicado do falecimento, a polícia judiciária civil de Alta Floresta continua a aprofundar cada vez mais nas investigações, para trazer uma resposta definitiva sobre os por quês e os fatos que envolvem este estranho caso do piloto que sumiu, mas, ninguém sabe e ninguém viu.

ASSISTA NA ÍNTEGRA ENTREVISTA DO DELEGADO CARLOS FRANCISCO AO PROGRAMA OLHO VIVO:

 

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A misteriosa história do piloto que sumiu, nem corpo e nem avião... ninguém sabe, ninguém viu

Um mistério digno dos maiores best sellers já escrito por Agatha Christie, está tirando o sono da sociedade altaflorestense, desde o último domingo, a história do sumiço do piloto conhecido por Junior Couto, até o momento considerado apenas desaparecido pelas autoridades, já produziu inúmeras versões do desaparecimento no imaginário das pessoas da cidade.

Tudo teve início com um áudio enviado via Whatsapp, aproximandamente a partir das 15:00 do dia 29/01 (Terça feira), por uma pessoa identificada como “Mandioca”, que supostamente tinha conhecimento de que um piloto de Alta Floresta, “Julio Couto”, teria caído com sua aeronave de trabalho, um avião agrícola, na cabeceira de uma pista, vindo a óbito na região de Colniza/MT.

O áudio afirmava também que o avião seria de um conhecido pioneiro da aviação no município, e que um outro avião estaria “organizando a polícia” pra retirada do corpo e trazer a Polícia Técnica do Estado – Politec, para ser trazido para o município de Alta Floresta.

 OUÇA ABAIXO O ÁUDIO QUE FOI PROPAGADO NOS GRUPOS DE WHATSAPP:

Daí pra frente, o que era pra ser apenas mais uma infeliz tragédia da aviação local, foi tomando corpo e proporções inimagináveis na pequena e pacata cidade de Alta Floresta e nos grupos de whatsapp.

Após as lamentações iniciais e declarações de consolo, as pessoas começaram a se perguntar quando o corpo chegaria, pois tratava-se de uma figura de expressão social, tendo recentemente  posado ao lado de sua esposa e filho em páginas de uma revista de pessoas com alto padrão social.

Junior Couto como era conhecido, mas, na verdade se chama Valdemir Elias do Couto, também era tido como uma pessoa querida e de muitos conhecidos na cidade, tendo os pais e irmãos residentes também no município.

DOIS DIAS DEPOIS DO ACIDENTE

Segundo as investigações policiais, o acidente teria realmente acontecido no domingo (27/01), porém a família, na pessoa da esposa, uma irmã e um amigo como testemunha só compareceram para prestar o boletim de ocorrência na terça (29/01), dois dias após o suposto acidente.

Para a polícia, a esposa declarava que Junior Couto havia entrado em contato no domingo afirmando que havia chegado em uma fazenda e logo sairia com o avião que teria ido buscar para trabalhar, mas, o grande detalhe revelado pela esposa é que o marido não tinha ido para o lado de Colniza, mas, sim para o Pará, e de lá para um local ignorado pela mesma e que o próprio amigo que ali estava como testemunha teria dado a “carona” para ele até o local.

A CARONA

Esse amigo de Junior Couto contou a polícia que deu a carona ao piloto e o desembarcou em uma pista de garimpo numa região do Pará, conhecida como Tabocal,   a poucos quilômetros do Rio Tapajós, a cerca de 752 Km da capital paraense Belém, próximo ao conhecido balneário turístico de Alter do Chão, tendo como aeroporto mais próximo o Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, cerca de 75 km de distância.

Para a polícia, o amigo revelou que o piloto estava indo buscar um avião Cessna 210, com o qual iria trabalhar, não sabendo informar qual seria o rumo que o mesmo tomaria em suas atividades, perdendo completamente o contato com Junior desde então. Para pilotos experientes que tem conhecimento do local, trata-se uma região inóspita e de voos arriscados, próximo as divisas das três Guianas e da Venezuela.

ÁUDIO FAKE

Após os relatos dos familiares e averiguação da polícia ficou constatado que nenhum acidente até o presente momento havia acontecido na cidade de Colniza ou nas proximidades, pois quem responde pela região é a Delegacia Regional de Juína, a qual a pós ser consultada não registrou qualquer ocorrência dessa natureza nos últimos dias.

Também foram realizados contatos com as delegacias do Pará e a aeronáutica, próximo a região em que o piloto teria desaparecido, para constatar a possibilidade de ter havido algum acidente naquele Estado, mas, nada foi confirmado pelas autoridades competentes.

Com o passar das horas, o mistério começou a aumentar e diversas informações desencontradas, imprecisas e contraditórias eram trazidas por grupos  de “amigos”, em alguns casos ficava até estranho que algumas pessoas da cidade já tinham dado o piloto como morto, inclusive familiares, mesmo sem qualquer confirmação oficial da aeronáutica e das equipes  policiais, que estavam investigando o caso, que está sendo tratado pelas autoridades até o presente momento como desaparecimento, e as buscas por evidências concretas do paradeiro do piloto seguem cada vez mais forte.

MISSA CANCELADA

Sem informar nada a polícia, membros da família divulgaram em suas páginas de rede social que já tinha constatação da morte de Junior Couto, em local de difícil acesso o que impossibilitava a recuperação do corpo ou mesmo buscas na região, e portanto, já se davam por satisfeitos com a confirmação da morte e estariam realizando um missa em sua memória na igreja matriz de Alta Floresta na noite ontem, quinta feira (31/01), sem maiores detalhes.

Em um trecho da mensagem dizia que: 

“…houve um acidente com explosão não havendo restos mortais e assim, não haverá funeral.”

No entanto, a família não especificava, onde, como e por quais meios vieram a saber de forma tão conclusiva sobre o “falecimento” do piloto, a ponto de convocar a população para uma missa memorial sepultatória.

A notícia da missa memorial, de última hora, quando ainda as pessoas mal estavam assimilando o que havia acontecido e, comunicada de forma fria e precipitada pela família caiu como uma bomba, e fez com que toda cidade começasse a se perguntar quais seriam as comprovações cabais da morte do piloto, ou por que a família decidiu realizar uma missa antes mesmo da conclusão das investigações oficiais, que foram provocadas pelos próprios familiares?

 Será que a família não acredita na competência da polícia e teria desistido tão rápido assim das buscas por informações, sob quais razões estariam agindo dessa maneira? Em cima da hora, apesar de diversas pessoas e a imprensa comparecerem a missa, devido ao grande número de questionamentos que surgiram, a família cancelou a missa e não compareceu na igreja.

A notícia da missa, que pegou de surpresa até a própria Delegacia de Polícia de Alta Floresta, principal responsável pelas investigações que seguem em andamento, na pessoa de seu delegado titular, Carlos Francisco de Moraes, que ao saber do comunicado da família foi duramente cobrado pela sociedade por um esclarecimento sobre a posição da polícia, diante da atitude dos familiares.

ENTREVISTA COM DELEGADO RESPONSÁVEL

Em entrevista de dez minutos, concedida ao programa Olho Vivo, da Record, durante o horário de almoço, o delegado titular de Alta Floresta, Carlos Francisco de Moraes, falou que não sabe dizer quais foram as fontes comprobatória que a família obteve pra atestar o falecimento de Junior Couto, e acredita que seja em razão do estado psicológico de fragilidade, de alguns membros da família, que tais comunicados tenham sido repassados, pois ele próprio e sua equipe ainda estão em busca de informações verídicas sobre o suposto acidente, localização da aeronave e a morte do piloto, por tanto, estranhou também a família tivesse tomado essa atitude e principalmente que não tivesse repassado de pronto tal informação as equipes de investigação, vindo a contribuir assim para o aumento das especulações sobre o caso.

“Tudo o que surgir posteriormente a isso, referente a desastres aéreos, encontro de corpos, remoção de corpo é mero boato e mera especulação…”, afirmou o delegado Carlos Francisco.

“Primeiro, para que se ateste um óbito, tem que primeiro haver um corpo… Para que se ateste um acidente seja ele de qualquer natureza, ou aéreo ou automobilístico, tem que haver os destroços…”

“Nós temos que investigar o seguinte, se esse rapaz caiu com um avião em qualquer lugar, quem seria o dono desse avião?”

“…por que é que este corpo não foi encontrado e esses destroços do avião não podem ser encontrados?”, perguntou o delegado.

Apesar do grande mistério envolvendo o desaparecimento de Junior Couto, das contradições e desencontro de informações, como o comunicado do falecimento, a polícia judiciária civil de Alta Floresta continua a aprofundar cada vez mais nas investigações, para trazer uma resposta definitiva sobre os por quês e os fatos que envolvem este estranho caso do piloto que sumiu, mas, ninguém sabe e ninguém viu.

ASSISTA NA ÍNTEGRA ENTREVISTA DO DELEGADO CARLOS FRANCISCO AO PROGRAMA OLHO VIVO:

 

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A misteriosa história do piloto que sumiu, nem corpo e nem avião... ninguém sabe, ninguém viu

Um mistério digno dos maiores best sellers já escrito por Agatha Christie, está tirando o sono da sociedade altaflorestense, desde o último domingo, a história do sumiço do piloto conhecido por Junior Couto, até o momento considerado apenas desaparecido pelas autoridades, já produziu inúmeras versões do desaparecimento no imaginário das pessoas da cidade.

Tudo teve início com um áudio enviado via Whatsapp, aproximandamente a partir das 15:00 do dia 29/01 (Terça feira), por uma pessoa identificada como “Mandioca”, que supostamente tinha conhecimento de que um piloto de Alta Floresta, “Julio Couto”, teria caído com sua aeronave de trabalho, um avião agrícola, na cabeceira de uma pista, vindo a óbito na região de Colniza/MT.

O áudio afirmava também que o avião seria de um conhecido pioneiro da aviação no município, e que um outro avião estaria “organizando a polícia” pra retirada do corpo e trazer a Polícia Técnica do Estado – Politec, para ser trazido para o município de Alta Floresta.

 OUÇA ABAIXO O ÁUDIO QUE FOI PROPAGADO NOS GRUPOS DE WHATSAPP:

Daí pra frente, o que era pra ser apenas mais uma infeliz tragédia da aviação local, foi tomando corpo e proporções inimagináveis na pequena e pacata cidade de Alta Floresta e nos grupos de whatsapp.

Após as lamentações iniciais e declarações de consolo, as pessoas começaram a se perguntar quando o corpo chegaria, pois tratava-se de uma figura de expressão social, tendo recentemente  posado ao lado de sua esposa e filho em páginas de uma revista de pessoas com alto padrão social.

Junior Couto como era conhecido, mas, na verdade se chama Valdemir Elias do Couto, também era tido como uma pessoa querida e de muitos conhecidos na cidade, tendo os pais e irmãos residentes também no município.

DOIS DIAS DEPOIS DO ACIDENTE

Segundo as investigações policiais, o acidente teria realmente acontecido no domingo (27/01), porém a família, na pessoa da esposa, uma irmã e um amigo como testemunha só compareceram para prestar o boletim de ocorrência na terça (29/01), dois dias após o suposto acidente.

Para a polícia, a esposa declarava que Junior Couto havia entrado em contato no domingo afirmando que havia chegado em uma fazenda e logo sairia com o avião que teria ido buscar para trabalhar, mas, o grande detalhe revelado pela esposa é que o marido não tinha ido para o lado de Colniza, mas, sim para o Pará, e de lá para um local ignorado pela mesma e que o próprio amigo que ali estava como testemunha teria dado a “carona” para ele até o local.

A CARONA

Esse amigo de Junior Couto contou a polícia que deu a carona ao piloto e o desembarcou em uma pista de garimpo numa região do Pará, conhecida como Tabocal,   a poucos quilômetros do Rio Tapajós, a cerca de 752 Km da capital paraense Belém, próximo ao conhecido balneário turístico de Alter do Chão, tendo como aeroporto mais próximo o Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, cerca de 75 km de distância.

Para a polícia, o amigo revelou que o piloto estava indo buscar um avião Cessna 210, com o qual iria trabalhar, não sabendo informar qual seria o rumo que o mesmo tomaria em suas atividades, perdendo completamente o contato com Junior desde então. Para pilotos experientes que tem conhecimento do local, trata-se uma região inóspita e de voos arriscados, próximo as divisas das três Guianas e da Venezuela.

ÁUDIO FAKE

Após os relatos dos familiares e averiguação da polícia ficou constatado que nenhum acidente até o presente momento havia acontecido na cidade de Colniza ou nas proximidades, pois quem responde pela região é a Delegacia Regional de Juína, a qual a pós ser consultada não registrou qualquer ocorrência dessa natureza nos últimos dias.

Também foram realizados contatos com as delegacias do Pará e a aeronáutica, próximo a região em que o piloto teria desaparecido, para constatar a possibilidade de ter havido algum acidente naquele Estado, mas, nada foi confirmado pelas autoridades competentes.

Com o passar das horas, o mistério começou a aumentar e diversas informações desencontradas, imprecisas e contraditórias eram trazidas por grupos  de “amigos”, em alguns casos ficava até estranho que algumas pessoas da cidade já tinham dado o piloto como morto, inclusive familiares, mesmo sem qualquer confirmação oficial da aeronáutica e das equipes  policiais, que estavam investigando o caso, que está sendo tratado pelas autoridades até o presente momento como desaparecimento, e as buscas por evidências concretas do paradeiro do piloto seguem cada vez mais forte.

MISSA CANCELADA

Sem informar nada a polícia, membros da família divulgaram em suas páginas de rede social que já tinha constatação da morte de Junior Couto, em local de difícil acesso o que impossibilitava a recuperação do corpo ou mesmo buscas na região, e portanto, já se davam por satisfeitos com a confirmação da morte e estariam realizando um missa em sua memória na igreja matriz de Alta Floresta na noite ontem, quinta feira (31/01), sem maiores detalhes.

Em um trecho da mensagem dizia que: 

“…houve um acidente com explosão não havendo restos mortais e assim, não haverá funeral.”

No entanto, a família não especificava, onde, como e por quais meios vieram a saber de forma tão conclusiva sobre o “falecimento” do piloto, a ponto de convocar a população para uma missa memorial sepultatória.

A notícia da missa memorial, de última hora, quando ainda as pessoas mal estavam assimilando o que havia acontecido e, comunicada de forma fria e precipitada pela família caiu como uma bomba, e fez com que toda cidade começasse a se perguntar quais seriam as comprovações cabais da morte do piloto, ou por que a família decidiu realizar uma missa antes mesmo da conclusão das investigações oficiais, que foram provocadas pelos próprios familiares?

 Será que a família não acredita na competência da polícia e teria desistido tão rápido assim das buscas por informações, sob quais razões estariam agindo dessa maneira? Em cima da hora, apesar de diversas pessoas e a imprensa comparecerem a missa, devido ao grande número de questionamentos que surgiram, a família cancelou a missa e não compareceu na igreja.

A notícia da missa, que pegou de surpresa até a própria Delegacia de Polícia de Alta Floresta, principal responsável pelas investigações que seguem em andamento, na pessoa de seu delegado titular, Carlos Francisco de Moraes, que ao saber do comunicado da família foi duramente cobrado pela sociedade por um esclarecimento sobre a posição da polícia, diante da atitude dos familiares.

ENTREVISTA COM DELEGADO RESPONSÁVEL

Em entrevista de dez minutos, concedida ao programa Olho Vivo, da Record, durante o horário de almoço, o delegado titular de Alta Floresta, Carlos Francisco de Moraes, falou que não sabe dizer quais foram as fontes comprobatória que a família obteve pra atestar o falecimento de Junior Couto, e acredita que seja em razão do estado psicológico de fragilidade, de alguns membros da família, que tais comunicados tenham sido repassados, pois ele próprio e sua equipe ainda estão em busca de informações verídicas sobre o suposto acidente, localização da aeronave e a morte do piloto, por tanto, estranhou também a família tivesse tomado essa atitude e principalmente que não tivesse repassado de pronto tal informação as equipes de investigação, vindo a contribuir assim para o aumento das especulações sobre o caso.

“Tudo o que surgir posteriormente a isso, referente a desastres aéreos, encontro de corpos, remoção de corpo é mero boato e mera especulação…”, afirmou o delegado Carlos Francisco.

“Primeiro, para que se ateste um óbito, tem que primeiro haver um corpo… Para que se ateste um acidente seja ele de qualquer natureza, ou aéreo ou automobilístico, tem que haver os destroços…”

“Nós temos que investigar o seguinte, se esse rapaz caiu com um avião em qualquer lugar, quem seria o dono desse avião?”

“…por que é que este corpo não foi encontrado e esses destroços do avião não podem ser encontrados?”, perguntou o delegado.

Apesar do grande mistério envolvendo o desaparecimento de Junior Couto, das contradições e desencontro de informações, como o comunicado do falecimento, a polícia judiciária civil de Alta Floresta continua a aprofundar cada vez mais nas investigações, para trazer uma resposta definitiva sobre os por quês e os fatos que envolvem este estranho caso do piloto que sumiu, mas, ninguém sabe e ninguém viu.

ASSISTA NA ÍNTEGRA ENTREVISTA DO DELEGADO CARLOS FRANCISCO AO PROGRAMA OLHO VIVO:

 

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A misteriosa história do piloto que sumiu, nem corpo e nem avião... ninguém sabe, ninguém viu

Um mistério digno dos maiores best sellers já escrito por Agatha Christie, está tirando o sono da sociedade altaflorestense, desde o último domingo, a história do sumiço do piloto conhecido por Junior Couto, até o momento considerado apenas desaparecido pelas autoridades, já produziu inúmeras versões do desaparecimento no imaginário das pessoas da cidade.

Tudo teve início com um áudio enviado via Whatsapp, aproximandamente a partir das 15:00 do dia 29/01 (Terça feira), por uma pessoa identificada como “Mandioca”, que supostamente tinha conhecimento de que um piloto de Alta Floresta, “Julio Couto”, teria caído com sua aeronave de trabalho, um avião agrícola, na cabeceira de uma pista, vindo a óbito na região de Colniza/MT.

O áudio afirmava também que o avião seria de um conhecido pioneiro da aviação no município, e que um outro avião estaria “organizando a polícia” pra retirada do corpo e trazer a Polícia Técnica do Estado – Politec, para ser trazido para o município de Alta Floresta.

 OUÇA ABAIXO O ÁUDIO QUE FOI PROPAGADO NOS GRUPOS DE WHATSAPP:

Daí pra frente, o que era pra ser apenas mais uma infeliz tragédia da aviação local, foi tomando corpo e proporções inimagináveis na pequena e pacata cidade de Alta Floresta e nos grupos de whatsapp.

Após as lamentações iniciais e declarações de consolo, as pessoas começaram a se perguntar quando o corpo chegaria, pois tratava-se de uma figura de expressão social, tendo recentemente  posado ao lado de sua esposa e filho em páginas de uma revista de pessoas com alto padrão social.

Junior Couto como era conhecido, mas, na verdade se chama Valdemir Elias do Couto, também era tido como uma pessoa querida e de muitos conhecidos na cidade, tendo os pais e irmãos residentes também no município.

DOIS DIAS DEPOIS DO ACIDENTE

Segundo as investigações policiais, o acidente teria realmente acontecido no domingo (27/01), porém a família, na pessoa da esposa, uma irmã e um amigo como testemunha só compareceram para prestar o boletim de ocorrência na terça (29/01), dois dias após o suposto acidente.

Para a polícia, a esposa declarava que Junior Couto havia entrado em contato no domingo afirmando que havia chegado em uma fazenda e logo sairia com o avião que teria ido buscar para trabalhar, mas, o grande detalhe revelado pela esposa é que o marido não tinha ido para o lado de Colniza, mas, sim para o Pará, e de lá para um local ignorado pela mesma e que o próprio amigo que ali estava como testemunha teria dado a “carona” para ele até o local.

A CARONA

Esse amigo de Junior Couto contou a polícia que deu a carona ao piloto e o desembarcou em uma pista de garimpo numa região do Pará, conhecida como Tabocal,   a poucos quilômetros do Rio Tapajós, a cerca de 752 Km da capital paraense Belém, próximo ao conhecido balneário turístico de Alter do Chão, tendo como aeroporto mais próximo o Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, cerca de 75 km de distância.

Para a polícia, o amigo revelou que o piloto estava indo buscar um avião Cessna 210, com o qual iria trabalhar, não sabendo informar qual seria o rumo que o mesmo tomaria em suas atividades, perdendo completamente o contato com Junior desde então. Para pilotos experientes que tem conhecimento do local, trata-se uma região inóspita e de voos arriscados, próximo as divisas das três Guianas e da Venezuela.

ÁUDIO FAKE

Após os relatos dos familiares e averiguação da polícia ficou constatado que nenhum acidente até o presente momento havia acontecido na cidade de Colniza ou nas proximidades, pois quem responde pela região é a Delegacia Regional de Juína, a qual a pós ser consultada não registrou qualquer ocorrência dessa natureza nos últimos dias.

Também foram realizados contatos com as delegacias do Pará e a aeronáutica, próximo a região em que o piloto teria desaparecido, para constatar a possibilidade de ter havido algum acidente naquele Estado, mas, nada foi confirmado pelas autoridades competentes.

Com o passar das horas, o mistério começou a aumentar e diversas informações desencontradas, imprecisas e contraditórias eram trazidas por grupos  de “amigos”, em alguns casos ficava até estranho que algumas pessoas da cidade já tinham dado o piloto como morto, inclusive familiares, mesmo sem qualquer confirmação oficial da aeronáutica e das equipes  policiais, que estavam investigando o caso, que está sendo tratado pelas autoridades até o presente momento como desaparecimento, e as buscas por evidências concretas do paradeiro do piloto seguem cada vez mais forte.

MISSA CANCELADA

Sem informar nada a polícia, membros da família divulgaram em suas páginas de rede social que já tinha constatação da morte de Junior Couto, em local de difícil acesso o que impossibilitava a recuperação do corpo ou mesmo buscas na região, e portanto, já se davam por satisfeitos com a confirmação da morte e estariam realizando um missa em sua memória na igreja matriz de Alta Floresta na noite ontem, quinta feira (31/01), sem maiores detalhes.

Em um trecho da mensagem dizia que: 

“…houve um acidente com explosão não havendo restos mortais e assim, não haverá funeral.”

No entanto, a família não especificava, onde, como e por quais meios vieram a saber de forma tão conclusiva sobre o “falecimento” do piloto, a ponto de convocar a população para uma missa memorial sepultatória.

A notícia da missa memorial, de última hora, quando ainda as pessoas mal estavam assimilando o que havia acontecido e, comunicada de forma fria e precipitada pela família caiu como uma bomba, e fez com que toda cidade começasse a se perguntar quais seriam as comprovações cabais da morte do piloto, ou por que a família decidiu realizar uma missa antes mesmo da conclusão das investigações oficiais, que foram provocadas pelos próprios familiares?

 Será que a família não acredita na competência da polícia e teria desistido tão rápido assim das buscas por informações, sob quais razões estariam agindo dessa maneira? Em cima da hora, apesar de diversas pessoas e a imprensa comparecerem a missa, devido ao grande número de questionamentos que surgiram, a família cancelou a missa e não compareceu na igreja.

A notícia da missa, que pegou de surpresa até a própria Delegacia de Polícia de Alta Floresta, principal responsável pelas investigações que seguem em andamento, na pessoa de seu delegado titular, Carlos Francisco de Moraes, que ao saber do comunicado da família foi duramente cobrado pela sociedade por um esclarecimento sobre a posição da polícia, diante da atitude dos familiares.

ENTREVISTA COM DELEGADO RESPONSÁVEL

Em entrevista de dez minutos, concedida ao programa Olho Vivo, da Record, durante o horário de almoço, o delegado titular de Alta Floresta, Carlos Francisco de Moraes, falou que não sabe dizer quais foram as fontes comprobatória que a família obteve pra atestar o falecimento de Junior Couto, e acredita que seja em razão do estado psicológico de fragilidade, de alguns membros da família, que tais comunicados tenham sido repassados, pois ele próprio e sua equipe ainda estão em busca de informações verídicas sobre o suposto acidente, localização da aeronave e a morte do piloto, por tanto, estranhou também a família tivesse tomado essa atitude e principalmente que não tivesse repassado de pronto tal informação as equipes de investigação, vindo a contribuir assim para o aumento das especulações sobre o caso.

“Tudo o que surgir posteriormente a isso, referente a desastres aéreos, encontro de corpos, remoção de corpo é mero boato e mera especulação…”, afirmou o delegado Carlos Francisco.

“Primeiro, para que se ateste um óbito, tem que primeiro haver um corpo… Para que se ateste um acidente seja ele de qualquer natureza, ou aéreo ou automobilístico, tem que haver os destroços…”

“Nós temos que investigar o seguinte, se esse rapaz caiu com um avião em qualquer lugar, quem seria o dono desse avião?”

“…por que é que este corpo não foi encontrado e esses destroços do avião não podem ser encontrados?”, perguntou o delegado.

Apesar do grande mistério envolvendo o desaparecimento de Junior Couto, das contradições e desencontro de informações, como o comunicado do falecimento, a polícia judiciária civil de Alta Floresta continua a aprofundar cada vez mais nas investigações, para trazer uma resposta definitiva sobre os por quês e os fatos que envolvem este estranho caso do piloto que sumiu, mas, ninguém sabe e ninguém viu.

ASSISTA NA ÍNTEGRA ENTREVISTA DO DELEGADO CARLOS FRANCISCO AO PROGRAMA OLHO VIVO:

 

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: