Jornalismo Investigativo



Aos Meus Leitores

O Blog nasceu em 2006. Veicula milhares de textos. Meu objetivo é compor um espaço de manifestação pessoal e de reflexão política. 

Jamais aceitei oferta de patrocínio e o mantenho exclusivamente às expensas do meu salário de repórter por achar que compromissos comerciais poderiam conspurcar sua essência.

Ocorre que, em um País que ainda não se habituou à crítica e está eivado de ranços antidemocráticos, manter uma página eletrônica independente significa enfrentar dificuldades que vão muito além da possibilidade individual de superá-las.


Refiro-me às empreitadas judiciais que têm como objetivo calar jornalistas que não se submetem a grupos políticos, ou a grupos dei interesse que terminaram por transformar a blogosfera numa cruzada de mercenários virtuais.

Até o nascimento do Blog, enfrentei um único processo judicial decorrente das milhares de reportagens que produzi para a televisão, jornais, sites e o rádio ao longo de mais de duas décadas. E ganhei.

Processos estes, movidos por pessoas que se sentiram atingidas pelas críticas aqui veiculadas, na sua grande maioria nunca rebatidas.

Mas, em meus textos procuro manter uma crítica dura e assertiva sobre os desvios da política adotada por secretários, governadores, senadores, deputados, vereadores, prefeitos e agentes públicos a serviço da corrupção instalada por forças ocultas nos porões do poder, mas, de maneira alguma contém afirmações caluniosas, injuriosas ou difamatórias, procurando sempre estar pautado e documentado na mais absoluta verdade.


Por fim, digo apenas que essa pressão judicial nunca calou o blog, e não conseguiu dobrar a opinião do blogueiro. 

E que me sinto orgulhoso de cumprir o compromisso que me impus de respeitar a opinião alheia mesmo quando ela afronta a do editor. 

Aqui, nunca houve censura a comentários dos leitores que discordavam da minha maneira de ver o mundo. 

E esta é minha prova de apreço pela liberdade de expressão — inclusive quando ela me desfavorece.

A vocês que me acompanharam deixo meu muito obrigado. A gente vai continuar se encontrando nas searas da informação, Muito obrigado.

Danny Bueno - Jornalista




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Jornalismo investigativo: o fato real por trás da notícia


Saber quais são as noticias, ou sobre os acontecimentos do país, onde, vivemos é sempre muito aconselhável, pois quando temos estas informações ao nosso alcance, certamente ficamos mais informados.

Mas estas informações que chegam assim facilmente a nós não são tão fáceis, pois quando as informações estão ao nosso alcance, elas já passaram por várias etapas de planejamento, tudo isso realizado pelo maravilhoso profissional das informações que é o jornalista.

Porém o trabalho de um jornalista não é assim tão facilitado como imaginamos, ainda mais o jornalista investigativo, este que vai além das informações existentes, pois o jornalismo investigativo tem a missão de descobrir vários mistérios e muitas vezes têm que desvendar noticia que ainda não estão à disposição da policia, como é o caso daqueles crimes que o mistério é a grande chave de descoberta dos jornalistas investigativos, ou seja, todo jornalismo investigativo tem que apurar os fatos e as informações para verificar se elas são mesmo reais, para que com isso possa ser feita a edição da reportagem e após isso divulgar a verdadeira noticia.

As principais atuações do jornalismo investigativo são nas investigações de crimes, por exemplo, como o desvio de algumas verbas públicas, os crimes ambientais que na maioria das vezes são realizados por contrabandos de madeireiras, ou até mesmo crimes ligados a prostituição de menores.

E este jornalismo investigativo tem algumas características como à apuração, ou seja, a investigação feita minuciosamente por jornalistas que sempre buscam desvendar a verdade e o mistério, também um jornalista investigativo em seu trabalho necessita ter muita paciência, juntamente com o tempo e o dinheiro para que com estas ferramentas possa exercer seu trabalho perfeitamente, sem falar é claro que o jornalismo investigativo necessita da precisão das muitas informações que irá encontrar, deixando sempre de lado a preguiça.

Portanto agora que conhecemos um pouco mais do trabalho do jornalismo investigativo vale à pena conferir as suas informações desvendadas, pois os seus trabalhos não são fáceis e rápidos.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

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