terça-feira, 5 de setembro de 2023

Vereadora Ilmarli denuncia condições precárias de alunos estudarem em escola municipal

Professores e alunos são submetidos a um calor torturante enquanto os ar condicionados e outros equipamentos já instalados estão sem funcionar por falta de rede elétrica compatível.

Desde o último dia 22 de Agosto, 3 vídeos postados nas redes sociais da Vereadora Ilmarli Teixeira (PT), mostra uma situação pra lá de absurda diante da estrutura montada e entregue pela prefeitura municipal, mas, que na realidade não servem ao propósito para qual foram projetados.

O descaso foi registrado na Escola Municipal Jardim das Flores, localizada na Cidade Alta, onde alunos e professores sofrem diariamente com as frequentes ondas de calor que nesta época atingem até 40 graus, sendo obrigados a exercerem suas atividades com apenas dois ventiladores de baixa potência por sala de aula.

O projeto já instalado recentemente após uma reforma demorada, foi entregue a população como finalizado “no papel”, mas, na verdade foi tão mal executado que as deficiências existentes na rede elétrica não suportam a utilização dos equipamentos.

 
 
 
 
 
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Segundo a vereadora, desde Janeiro deste ano a direção da escola tem protocolado documentos junto a Secretaria Municipal de Educação sem que haja qualquer resposta quanto as providências que serão tomadas, a última solicitação foi protocolada dia 8 de Maio.

Para que haja o funcionamento dos equipamentos com com as devidas normas de segurança para a vida dos alunos, ainda serão necessárias  adequações na estrutura, que ao que parece, não foram incluídas no projeto original da recente reforma, o que se leva a considerar os porquês tais adequações não foram feitas no ato da reforma, sendo que já se sabia quais seriam as demandas de energia e de aparelhos instalados?

Quanto essa situação caótica a que foram submetidos os alunos e professores, será que o setor de engenharia da prefeitura não teve competência suficiente para prever tamanha falha estrutural na rede elétrica antes de liberar a escola, ou será que já sabiam e não fizeram de propósito?

Em termos de insalubridade, a escola ainda tem que conviver com verdadeiro criadouro de pombos que habitam no interior do refeitório, onde os alunos são obrigados a conviverem com as aves durante suas refeições onde tais aves defecam sobre as mesas e paredes, além de estarem sujeitos a serem contaminados com graves doenças transmitidas através de fungos, conhecida justamente como “doença do pombo“.

 
 
 
 
 
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Em termos de improbidade, é inaceitável que uma administração pública fazer a entrega de uma obra de alto custo para os cofres públicos com tamanha falha técnica, onde se faz a população acreditar que após uma reforma física e estrutural aquilo que está sendo entregue tenha cumprido todas suas etapas de revisões, afinal é uma obra custeada com dinheiro público, e nesse caso, percebe-se que foram gastos de forma incompetente ou de má fé.

Nesses casos, a quem se deve responsabilizar, a empresa que executou o projeto da prefeitura?

  • Os servidores técnicos do setor de engenharia que idealizaram o projeto?
  • A Secretária Municipal de Educação que fecha seus olhos de forma obtusa desde a entrega do projeto?
  • Ou seria exclusivamente o gestor executivo que não percebe a falta de eficiência apresentada nos seus setores pertinentes?

Uma coisa é certa, alguém tem que ser responsabilizado com rigor, diante do mal causado aos alunos e professores, diante do montante de dinheiro público mal aplicado e diante do descaso demonstrado com a população até a presente data, que apesar de ser cobrado não emite qualquer sinal de preocupação com a situação calamitante a que estão expostas centenas de crianças do município.

 

 
 
 
 
 
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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: