sábado, 25 de agosto de 2007

O Globo provoca polêmica ao divulgar diálogos entre dois ministros do STF




Da Redação.

Invasão de privacidade ou direito da imprensa de mostrar o que é de interesse público? A divulgação dos diálogos entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal pelo jornal O Globo na edição de quinta-feira (23/08) provocou uma polêmica. Enquanto a Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação dos Juízes Federais do Brasil criticaram o diário, juristas e a Federação Nacional de Jornalistas acreditam que, por se tratar de um ambiente público, o jornal não agiu mal.

O repórter-fotográfico Roberto Stuckert Filho registrou a troca de mensagens entre Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, nas quais eles debatem detalhes sobre seus votos no caso de aceitar ou não a denúncia do mensalão e falam das disputas de poder dentro do STF.

A favor:
“Foi um brilhante trabalho de jornalismo. Mas, para quem vive a rotina do Judiciário, nada do que foi apresentado é novo. Antes, a troca de impressões era apenas oral. Agora, existe o meio eletrônico. Às vezes, frases agressivas são torças até na hora do café. Só que para o público isso não costuma ser revelado”, observou o jurista Ives Gandra Martins.

Sérgio Murillo, presidente da Fenaj, acha que O Globo cumpriu seu compromisso com a verdade, já que, segundo ele, a troca de mensagens é de interesse público e veraz. “(...) é obrigação da imprensa levar ao conhecimento da sociedade. O Globo não invadiu a rede (de computadores). Não há invasão de privacidade. São pessoas públicas, num espaço público. Tudo o que fazem está sujeito a registro sonoro e de imagem. O condenável seria o jornal ter acesso a essas informações e não divulgá-las”.

Contra:
“O Brasil não pode virar um ‘Big Brother’. Sem privacidade, não há liberdade (...) Não será surpresa se começarem a colocar grampos nos confessionários para violar o segredo religioso da confissão. É preciso prudência para que tais anomalias não se transformem em prática corriqueira e adquiram contornos de legitimidade. Não podemos cair num estado de bisbilhotagem, cujo desdobramento inevitável é o estado policial, ambos incompatíveis não apenas com o estado democrático de direito, mas como os fundamentos da civilização”, disse, em nota, o presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto.

Walter Nunes, presidente da Ajufe, acredita que as mensagens tinham caráter privado. “A revelação das conversas entre os ministros maltrata o princípio basilar da democracia”.

Outros casos:
O Globo, na edição desta sexta-feira, listou vários eventos semelhantes em que veículos de comunicação divulgaram diálogos que provocaram barulho tanto no governo quanto na sociedade. A reportagem lembra da estudante Suzane Von Richthofen, acusada de planejar a morte dos pais em 2002, combinando com um advogado como teria que se comportar durante matéria do Fantástico. A mais recente aconteceu em 27/07, quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou obter apoio para continuar no cargo num bilhete manuscrito por ele ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio.

Até o fechamento deste texto, o departamento de imprensa do STF e o diretor de redação de O Globo, Rodolfo Fernandes, não haviam respondido aos contatos feitos por nossa redação.

Nem Freud explica: Presidente do Conselho de Ética quer voto secreto no caso Renan.





'O plenário é soberano e ali determina-se que o voto é secreto', disse Quintanilha.
Proposta poderia favorecer absolvição de Renan no Conselho de Ética.


O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), quer votação secreta no processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para dar respaldo jurídico, foi requisitado que uma consultoria faça a análise sobre a proposta.

Segundo Quintanilha, a idéia é baseada na votação do plenário em casos de cassação de mandato de parlamentares. "Tenho convicção de que o plenário do Senado é soberano e, ali, determina-se que o voto é secreto. Por isso, se o voto no plenário é secreto, eu entendo que os demais também têm que ser", disse o presidente do Conselho de Ética nesta sexta-feira (24).

Com o voto secreto, senadores governistas poderiam sentir-se desinibidos a votar contra a cassação do presidente do Senado. Dos 14 membros titulares do Conselho, Democratas e o PSDB juntam cinco; os governistas, cinco; e o PMDB, quatro senadores. A outra vaga é composta por Jéferson Peres (PDT-AM).

Reunião
Quintanilha afirmou que na próxima terça-feira (28) haverá uma reunião com os três relatores: Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE). O objetivo do encontro é para tentar costurar um acordo e evitar que seja apresentado dois relatórios no Conselho: um pedindo a cassação e outro, a absolvição.

No depoimento ao Conselho de Ética, Renan dividiu os relatores. Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) dizem que ainda há contradições e dúvidas sobre as denúncias, enquanto Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, está convencido da inocência do senador.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Jefferson deveria ser testemunha, diz defesa...




Luiz Francisco Barbosa disse que seu cliente fez 'assistência pública' para a acusação.
Ele pediu que a denúncia contra Jefferson seja considerada improcedente.

O advogado Luiz Francisco Barbosa, que defende o ex-deputado e presidente do PTB Roberto Jefferson, disse nesta quinta-feira (23) que seu cliente deveria figurar como testemunha no caso do mensalão, e não como acusado. "Ele é denunciante do mensalão. Não há parlamentar do partido que tenha sido indicado como partícipe do mensalão".

O Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra 40 pessoas acusadas de participar do esquema. Caso a denúncia seja aceita, o STF abrirá uma ação penal para julgar os denunciados.

O ex-deputado Roberto Jefferson é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "Ele era a mais valiosa testemunha de acusação que se possa ter nesse caso e, não obstante, aparece como denunciado", disse o advogado, que deixou claro não estar pedindo a rejeição da denúncia, mas a improcedência das acusações.

Barbosa disse que o caso é "atípico, anômalo e inusitado" pois figura, na opinião dele, uma "espécie de assistência pública da acusação feita pelo sr. Roberto Jefferson ao procurador da República".

O advogado afirmou que Roberto Jefferson não poderia ser acusado de corrupção passiva porque, segundo ele, o cargo de deputado não é função pública. Sobre a acusação de lavagem de dinheiro, Luiz Francisco Barbosa afirmou que não se sabia a origem do dinheiro que o PTB recebeu do PT, dinheiro que afirmou ser fruto de acordo partidário "amparado pela lei".

"Como cogitar, em junho de 2004, que o bravo Partido dos Trabalhadores, o imaculado Partido dos Trabalhadores, que aquele dinheiro poderia ter origem espúria, criminosa", argumentou.

Julgamento
Dezoito acusados no inquérito do mensalão apresentam nesta quinta-feira (23) suas defesas para o caso. Na quarta (22), 17 advogados de 22 acusados fizeram uso da palavra na tribuna da Corte para defender seus clientes.

Nesta quinta, a sessão será retomada às 10h, sendo que 15 advogados representarão os 18 suspeitos. A previsão é de que o julgamento seja interrompido às 18h, quando alguns ministros do STF que integram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terão que deixar a Corte para participar da sessão no tribunal eleitoral.

Após os advogados apresentarem a defesa, o julgamento prossegue com o voto do relator da matéria, ministro Joaquim Barbosa. A votação dos demais ministros vai determinar a abertura ou não de processo criminal contra os 40 suspeitos de participação no esquema de compra de votos de parlamentares.

O STF reservou suas sessões até sexta-feira (24) para o caso, mas a presidente do Supremo, Ellen Gracie, já disse que, se a questão não for resolvida nesta semana, haverá sessão especial na segunda-feira.

Denúncias
Na denúncia, o procurador-geral disse que o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino eram os líderes do esquema. “Não é possível imaginar que um esquema desse porte tenha existido sem o envolvimento de algum membro do governo e de integrantes do partido do governo.”

Para Souza, Genoino era a "principal face política" do esquema, ou seja, negociava os acordos com os partidos governistas, oferecendo "vantagem" em troca de apoio."Além do papel político indispensável pelo sucesso do esquema, Genoino tinha muita confiança em Marcos Valério."

Segundo a denúncia, Dirceu "homologava" todos os acordos negociados

Depois do gato, agora é o cachorro que prevê a morte de idosos nos EUA.




Scamp teria previsto todas as mortes ocorridas em asilo nos últimos três anos.
Dona do cão diz que ele só late quando quer indicar que algo está errado.

Um cachorro da raça schnauzer estaria prevendo a morte dos idosos de um asilo de Ohio, nos Estados Unidos. Segundo Deirdre Huth, dona do animal e funcionária da casa de repouso, Stamp entra no quarto dos idosos poucas horas antes deles morrerem e aguarda pacientemente ao lado da cama.



Em entrevista à emissora de TV americana CBS, a diretora do asilo, Adeline Baker, afirmou que o cão previu praticamente todas as 40 mortes que ocorreram lá nos últimos três anos.

“Scamp só late quando tenta nos dizer que há algo errado”, disse Deirdre à CBS.

Yvette Notturno passou a acreditar ainda mais nos dons de Scamp depois que recebeu o telefonema de uma enfermeira dizendo que o cão não saía do lado da cama de uma amiga muito querida. Pouco tempo depois de chegar ao asilo, Andrew Popa morreu.

Segundo Adeline Baker, Scamp faz companhia aos idosos e é bem-vindo por pacientes que sabem que seu fim está próximo.

GATO TAMBÉM PREVIA MORTES





Recentemente, um médico geriatra na prestigiada revista "The New England Journal of Medicine" declarou que um gato chamado Oscar podia prever a morte em poucas horas dos pacientes idosos que visita.

Quando Oscar vai ao quarto de residentes do Centro de Reabilitação para Idosos de Providence, nos Estados Unidos, o pessoal da clínica entra em ação, já sabendo que alguém morrerá nas próximas horas.


Segundo o médico David Dosa, o animal foi ao leito de mais de 25 residentes da clínica pouco antes de eles morrerem.


O gato de 2 anos de idade "parece não cometer muitos erros", disse o médico. "Ele parece compreender que os pacientes estão a ponto de morrer”.

domingo, 19 de agosto de 2007

AOS PILOTOS DO VÔO 3054




Não conheci pessoalmente nem Kleyber nem Stephanini, mas isso não importa. Eram aviadores como eu. Com eles compartilhei o mesmo céu, os mesmos aeroportos, os mesmos prazeres e tensões da profissão.

Talvez um deles, numa tarde perdida no tempo, estivesse na cadeira da esquerda daquele avião alinhado na cabeceira da pista 35L do Aeroporto de Congonhas, aguardando autorização da torre para decolar, enquanto eu, de meu Boeing 737-500, esperava, numa longa fila, a minha vez de entrar na arena.

A cada decolagem, a cabeceira era ocupada pelo avião seguinte, e o mesmo ritual se repetia. Era uma sucessão de momentos solenes e mágicos, como aquele em que o touros encaram os toureiros antes dos embates finais.

Naqueles momentos, éramos todos irmãos. De tribos diferentes, mas irmãos. Sabíamos dos perigos que diariamente nos rondavam. Eram ossos de um ofício perigoso, no qual as conseqüências de falhas humanas são muitas vezes catastróficas.

Éramos todos dependentes emocionais da aviação. Ela nos atraíra desde meninos com força irresistível. Não houve como escapar a seu fascínio. Chegara minha vez.

Da cabeceira da pista, observando a fila de aviões que aguardavam minha partida, sabia que os olhares de meus companheiros estavam postos no Boeing azul e branco prestes a se lançar aos céus.

Éramos novamente os meninos de calças curtas que passavam os sábados e domingos nas varandas abertas dos antigos aeroportos admirando os DC-3, Curtiss Commando, Convair e Constellations pousando e decolando. Éramos os mesmos, apenas nossos postos de observação agora eram melhores. Nunca foi fácil ser aviador.

Enfrentar tempestades, pistas curtas e escorregadias, quase-colisões com outros aviões, acordar de madrugada, dormir tarde, passar noites voando, sacrificar vida pessoal, familiar e sentimental, não ver os filhos crescerem, não ter feriados, natal, ano novo, carnaval, fins de semana com a família nem com os amigos, comer apressado antes das descidas, sofrer de gastrite ou úlcera, embranquecer prematuramente os cabelos.

De muita coisas nos privamos, mas jamais traímos aqueles meninos que um dia olharam para o céu e se deslumbraram; que não concebiam outra profissão que não a de aviador.

Não era um veterano de cinqüenta e muitos anos quem pilotava o avião azul e branco naquela tarde distante; era o menino que eu um dia fora. Aceitávamos os riscos. Sabíamos que um dia talvez a sorte nos fizesse despencar do céu. Mas valia a pena.

Em que outra profissão nos sentiríamos como águias ágeis e velozes? Que outro trabalho nos brindaria com mágicas noites de luar em catedrais de alvas nuvens? Onde mais achar crepúsculos assim?

Quaisquer que sejam as conclusões da investigação em curso do recente e trágico acidente da TAM, estou convicto de que Kleyber e Stephanini não o desejavam; que envidaram seus melhores esforços no sentido de evitá-lo; que esperavam entregar seus passageiros sãos e salvos a seus familiares e amigos. Descansem em paz, companheiros, e um bom vôo para o novo destino.

Comandante Carlos Ari César Germano da Silva

Mônica Veloso muda de idéia e mostra a sua nudez na Playboy.


Para os ansiosos de plantão, a Playboy, que terá a jornalista Mônica Veloso na capa, já está nos últimos preparativos.

A pivô do escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, será fotografada para a revista na casa do arquiteto Thiago Bernardes, no Itanhangá, no Rio.

A revista pagou R$ 6 mil pelo aluguel da casa.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Abusos ameaçam Olimpíada de Pequim, diz Anistia Internacional.





BBC Brasil - BBC

Para entidade, desrespeito aos direitos humanos pode ofuscar Jogos Olímpicos.

- A China corre o risco de manchar a imagem dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a não ser que tome medidas urgentes para acabar com os abusos de direitos humanos, disse nesta segunda-feira a Anistia Internacional.

Em um novo relatório, divulgado um ano antes da abertura dos jogos, a organização de defesa dos direitos humanos afirma que os recentes avanços no país, como a reforma na legislação da pena de morte, têm sido ofuscados por ações como as prisões de jornalistas e ativistas chineses.

A Anistia Internacional acusa as autoridades chinesas de prender jornalistas e ativistas sem julgamento, como parte de uma campanha para sufocar qualquer voz discordante em Pequim às vésperas dos Jogos Olímpicos.

"Declarações oficiais sugerem que os Jogos Olímpicos estão sendo usados para justificar essa repressão em nome da ''harmonia'' ou da ''estabilidade social'' em vez de agir como um catalisador de reformas", diz o relatório.

Segundo a entidade, essas ações ameaçam os princípios fundamentais do espírito olímpico.

"Este é um momento para estarmos orgulhosos dos Jogos Olímpicos", disse a secretária-geral da Anistia Internacional, Irene Khan. "Mas se esse orgulho for manchado por violações dos direitos humanos, isso será ruim para a China, para os Jogos Olímpicos e para a comunidade internacional."

A Anistia Internacional pediu ao Comitê Olímpico Internacional que adote uma posição mais firme em relação aos direitos humanos.

A divulgação desse relatório ocorre após uma visita da organização Repórteres Sem Fronteiras a Pequim. Em um protesto na capital chinesa, integrantes da entidade pediram a libertação de mais de 80 jornalistas e dissidentes presos na China.

"Críticas construtivas a respeito de falhas ou problemas são bem-vindas", disse um representante do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim, Jiang Xiaoyou, em uma declaração anterior à divulgação do relatório.

Ele disse que politizar o evento não está de acordo com o espírito olímpico.

domingo, 12 de agosto de 2007

China sem progressos nos direitos humanos, diz Amnistia Internacional






Rute Barbedo


Pequim não está a cumprir as suas promessas de progresso nos direitos humanos, denuncia a Amnistia Internacional (AI) num relatório divulgado hoje. O compromisso chinês foi feito quando o país foi escolhido como anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2008, esperando-se que permitisse melhorias num quadro de décadas de tortura, repressão e escravatura.

O documento, "A contagem decrescente dos Jogos Olímpicos: um ano para completar promessas de direitos humanos", foca-se três aspectos fundamentais: a pena de morte (segundo a AI, mil a oito mil pessoas são executadas todos os anos no país), as detenções sem julgamento e a repressão de activistas, jornalistas e escritores.

O Governo proíbe o tratamento de temas "sensíveis", detendo e maltratando muitos dos que pisam o risco, diz o relatório. Para muitos, é uma forma de "limpar" a imagem chinesa perante a recepção de milhares de visitantes de todo o mundo.

As autoridades afirmaram que o número de penas capitais e de executados diminuiu significativamente desde Janeiro, mas a organização de direitos humanos acusa o Governo de aplicar a pena em crimes em que não se praticaram actos de violência e denuncia a falta de dados oficiais.

O relatório termina com recomendações às autoridades chinesas e ao Comité Olímpico Internacional, lembrando que a "preservação da dignidade humana" faz parte da Licença Olímpica.

Depois dos escândalos recentes de escravatura no país, alguns envolvendo a exploração de adultos e crianças em condições miseráveis no fabrico de produtos para os Jogos, se o evento for novamente "manchado" será "mau para a China, para os Jogos Olímpicos e para a comunidade internacional", declarou ontem, à Reuters, Irene Khan, secretária-geral da AI.

Também a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou a "falta gritante de liberdade de expressão" na China.

Vários membros da organização manifestaram-se em Pequim, apelando à "libertação da centena de jornalistas, internautas e militantes da liberdade de expressão" presos no país, sendo detidos pela polícia durante uma hora num parque de estacionamento, sem explicações.

"É isto que pode acontecer durante os Jogos", alertou Vincent Brossel, coordenador dos RSF na Ásia.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

É um pássaro? É um avião? Não, é um bebê de verdade!





Casal da Nova Zelândia quer chamar seu filho recém-nascido de Superman.
Eles decidiram dar o nome incomum após descobrir que o 'bebê era de verdade'.

Um casal da Nova Zelândia quer chamar seu filho recém-nascido de Superman (Super-Homem, em português). Mas só porque o nome que o pai e a mãe haviam escolhido antes, 4Real (uma gíria em inglês que significa "de verdade", "pra valer"), foi rejeitado pelo cartório.

Pat e Sheena Wheaton dizem que vão contornar a decisão do cartório registrando oficialmente seu filho como Superman, mas chamando-o de 4Real, informou o jornal "New Zealand Herald".

Os Wheaton escolheram o nome depois de verem o bebê em um ultrassom pela primeira vez e perceber que ele era "de verdade".

Eles chegaram à conclusão de que 4Real (com o número "4" substituindo a palavra inglesa "for") era a melhor forma de grafar o nome, que não foi registrado porque o cartório informou que um nome tem de ser uma seqüência de letras.

Pat Wheaton disse que considera apelar contra a decisão à Justiça, mas seja qual for o veredito ele não vai mudar de idéia sobre sua escolha.

"Não importa o que aconteça, o nome continuará a ser 4Real", disse Wheaton ao "Herald". "Não sou daqueles que desistem fácil."

Um porta-voz do Departamento de Assuntos Internos, que coordena os cartórios, disse ao "Herald" que as discussões sobre o nome do filho dos Wheatons continuam.

O bebê já completou dois meses de idade desde que os Wheatons entraram com o pedido de registro no fim de junho.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Novo Código de Ética: jornalista não pode deturpar aspas



O jornalista não pode deturpar informações ou declarações das fontes. Este é um dos novos dispositivos do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, cujo processo de atualização foi concluído no último fim de semana em Vitória (ES), no Congresso Extraordinário dos Jornalistas.

Apesar do Código já prever o compromisso do jornalista com a veracidade dos fatos, o plenário do Congresso aprovou por unanimidade a proposta do novo dispositivo, feita pela delegação carioca, por entender que a prática de mexer nas aspas de entrevistados para encaixá-lo em determinadas "teses" - não muito rara - desmoraliza a profissão e contribui para a perda de credibilidade dos jornalistas.

Durante os três dias de Congresso, jornalistas de todo o país revisaram o Código de Ética da profissão, em vigor há 20 anos. Participaram da atividade delegações de 23 estados.

Antônio Carlos Queiroz, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e membro da comissão que sistematizou as propostas recebidas, considera que, além de revisar o Código de Ética, os jornalistas conseguiram apresentar importantes avanços na definição da atividade jornalística. "Levamos em conta o reconhecimento dos direitos das minorias, a ratificação da presunção de inocência, que é um dos fundamentos da profissão mas que muitas vezes não é respeitado e também algumas previsões decorrentes do avanço das novas tecnologias", comemorou Queiroz.

Um exemplo de mudança foi a inserção no documento que "a presunção da inocência é um dos fundamentos básicos da atividade jornalística". Como este é um princípio constitucional, sua incorporação pode parecer redundante à primeira vista. Na verdade, visa relembrar que os jornalistas não são cidadãos melhores do que os outros, nem estão acima da lei.

Desafio

"O desafio é combater a atual disposição de certos meios de comunicação que se arvoram em polícia, promotoria e juizado ao mesmo tempo, denunciando, julgando e punindo pessoas com a execração pública, muitas vezes sem elementos de prova e sem conceder-lhes o direito de resposta", avaliaram os congressistas.

Cláusula de consciência
Outro avanço foi a adoção da cláusula de consciência, prevista em códigos de ética de jornalistas de vários países, e já reconhecida, por exemplo, pela Justiça de São Paulo. De acordo com a cláusula, o jornalista poderá se recusar a executar pauta que se choquem com os princípios do Código ou que agridam as suas convicções. Para evitar distorções ou abusos, ressalvou-se que essa disposição não pode ser usada como argumento, motivo ou desculpa para o profissional deixar de ouvir pessoas com opiniões contrárias às suas.

Publicidade

Entre outras disposições, o novo Código de Ética prescreve a obrigação do jornalista de informar claramente à sociedade quando seu trabalho tiver caráter publicitário ou quando utiliza recursos que modifiquem as imagens originais, como a fotomontagem. E determina que o profissional não pode divulgar informações obtidas de maneira inadequada, como o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo se houver a exigência de esclarecimento de informações de relevante interesse público, e desde que esgotadas todas as possibilidades convencionais.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) deverá divulgar massivamente o novo Código de Ética dos Jornalistas nas próximas semanas, assim que a comissão de redação final, eleita pelo Congresso Extraordinário de Vitória, terminar seu trabalho.

Fonte: FENAJ e Sindicatos de Jornalistas

Fortune confirma Slim como 'mais rico' do mundo.





Magnata mexicano tem fortuna avaliada em US$ 59 bilhões.
Sozinho, ele representa 5% do movimento da economia do México.

O mexicano Carlos Slim, magnata da telefonia na América Latina - ele é dono da mexicana América Movil, que tem participações na Embratel e na Claro, no Brasil -, é o homem mais rico do mundo e sua fortuna alcança US$ 59 bilhões, informa nesta terça-feira (7) a revista Fortune.

"De acordo com nossos cálculos, Slim, 67 anos, tem uma fortuna de US$ 59 bilhões, levando em consideração o valor de suas empresas no fim de julho", afirma a revista americana de economia e negócios.



Ranking:
O valor o situa como o primeiro colocado no ranking dos homens mais ricos do planeta, à frente do fundador da Microsoft, Bill Gates, cuja fortuna é avaliada em US$ 58 bilhões.

Além disso, enquanto Gates está vendendo sua principal fonte de riqueza, as ações da Microsoft, para criar uma fundação, a fortuna de Slim não pára de crescer. Somente no decorrer de 2007, a fortuna do mexicano cresceu em US$ 12 bilhões e seu império representa mais de 5% do PIB do México.

domingo, 5 de agosto de 2007

Violência contra a imprensa




Da redação.

A nova edição do Jornal da ABI traz reportagem de Gil Campos, realizada em Porto Ferreira, no interior paulista, onde o jornalista Luiz Carlos Barbon Filho foi morto à queima-roupa por um pistoleiro de aluguel, após denunciar políticos e empresários locais. A Associação pediu ao Governador de São Paulo, José Serra, que intervenha com rigor na apuração do crime e enviou moção ao Ministério Público. Segundo dados do Instituto News Safety, o Brasil já ocupa o 11º lugar na lista dos países em que mais se matam jornalistas.

Outros destaques são as entrevistas com dois grandes nomes do jornalismo: Paulo Patarra e Carlos Lemos. O primeiro, criador da revista Realidade, rejeita o rótulo de maldito e diz que considera o jornalismo uma transgressão em que não há imparcialidade. O segundo, com 47 anos de experiência na imprensa carioca, ressalta que o repórter deve ser um agente provocador.

A publicação traz ainda reportagens sobre o trabalho do correspondente de guerra português Carlos Fino, o papel da mídia no combate ao aquecimento global, o legado de Octávio Frias e a abertura do Ano do Centenário da ABI, tendo Oscar Niemeyer como Presidente de Honra.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

RSF critica declarações do PT




Tiago Cordeiro



A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Ricardo Berzoini, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). No documento assinado pelo secretário geral da RSF, Robert Ménard, a organização comenta as declarações do secretário de comunicação do PT, Gléber Naine, dadas ao Comunique-se e também o texto aprovado pela executiva nacional do partido.

“Repórteres sem Fronteiras manifesta sua preocupação sobre as conseqüências da decisão adotada no dia 31/07 pela Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), convocando detentores de mandatos públicos à mobilização contra uma ‘grande ofensiva da direita aliada a certos setores da mídia contra o PT e o governo do presidente Lula’”, critica a entidade. O texto ressalta também o fato de Naine ter citado “o canal de televisão privado TV Globo e os diários Correio Braziliense, O Estado de São Paulo, O Globo e Folha de São Paulo como veículos que ‘nunca fizeram antes oposição a um governo como o fazem agora’”.

A TV Globo, Estadão e Folha de S. Paulo não quiseram comentar as acusações ou o texto da executiva. O Correio Braziliense não retornou os contatos até o fechamento desta matéria. A decisão do PT é descrita como “inoportuna e sem fundamento”. A RSF lembra ainda que a mídia privada não deixa de criticar “representantes dos partidos de oposição citados em casos de corrupção, abuso de poder e fraude”.


Apagão

“Sugiro uma visita dos dirigentes petistas às coleções dos jornais para lerem o que a imprensa publicou - o que inclui o que os petistas disseram - durante o apagão elétrico no governo FH, em 2001”, declarou a editora Silvia Fonseca, da editoria O País do jornal O Globo.

“É nosso dever lembrar, contudo, que a revelação, às vésperas das eleições de outubro de 2006, de um escândalo envolvendo membros do PT - que tentaram comprar um falso dossiê contendo acusações contra candidatos de oposição - provocou a reação de militantes do partido contra a imprensa”,
enumera a organização.

De acordo com a RSF, a cobertura do acidente da TAM e as vaias que Lula recebeu na abertura dos Jogos Pan-americanos, fatos citados pelo PT como prova de uma suposta articulação entre mídia e oposição, são situações que não poderiam deixar de ser citadas pela mídia. "É possível responsabilizar a mídia pela insatisfação provocada pela emoção coletiva decorrente da tragédia de Congonhas?”, questiona.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Eurico Miranda é condenado em 12 mil por agressão a jornalista.
















STF mantém ação contra Eurico Miranda por agressão a jornalista de O Dia.

Da Redação:
Eurico Miranda, presidente do clube Vasco da Gama, não conseguiu suspender sua condenação a indenizar em R$ 12 mil o jornalista Carlos Monteiro, do jornal O Dia, por agressões cometidas na final do Campeonato Carioca de 2004, vencida pelo Flamengo. A ministra Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento à Ação Cautelar (AC) 1735, proposta pelo ex-deputado.

Na semana do clássico, Miranda comunicou publicamente a encomenda de 30 mil litros de chope para comemorar uma suposta vitória do Vasco. Ao término da partida com placar de três a zero para o Flamengo, Monteiro perguntou ao dirigente o que ele faria com a bebida e foi agredido pelo presidente do clube. A indenização foi uma substituição à pena original de seis meses de detenção para o ex-deputado, que jamais explicou o destino dos 30 mil litros de chope.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

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