sábado, 30 de abril de 2022

VÍDEO | Diretor de Trânsito de Alta Floresta libera moto ilegalmente de dentro do pátio de apreensões

O próprio diretor de trânsito fez questão de participar da retirada do pátio do departamento municipal mesmo a sem a  documentação obrigatória para tal ato.

Apesar de publicarmos em nossa Coluna Análise dos Fatos, as informações sobre esta ação ilegal praticada pelos envolvidos no último dia 26/04 (Terça), não havíamos ainda tido acesso ao vídeo que revela o fato como ele foi praticado.

Nas imagens, com explícitos indícios de corrupção ativa a passiva, ocorridas no último dia 08/04/22 (Sexta-feira), a partir das 11:05 hs, pelo menos quatro pessoas envolvidas, entre eles o diretor municipal do departamento de trânsito, Fernando Carvalho de Oliveira, juntamente com Eduardo Patrício dos Santos, ainda com o uniforme da empresa no setor da segurança em que trabalha junto a um hospital regional do Estado, e mais dois indivíduos que não foram identificados, mas podem ser facilmente reconhecidos pelas imagens do vídeo.

A ação que durou cerca de 7:20″ (sete minutos e vinte segundos), o grupo que participou da retirada da moto demonstram estar com pressa e traços de nervosismo, pois a todo momento, pela forma o como a moto está sendo subtraída do pátio, em um horário que poucos servidores da equipe de agentes de trânsito estariam presentes no prédio, percebe-se que o tempo foi um fator determinante no sucesso da retirada do pátio.

Pela legislação específica de liberação de veículos apreendidos, tal moto e qualquer outro tipo de veículo, jamais poderia sair do pátio sem estar com todas as irregularidades documentais, taxas multas quitadas juntos aos órgãos competentes que só farão as atualizações após identificarem os pagamentos da dívida ativa constantes no sistema oficial.

No caso da moto, que foi apreendida por duas vezes e liberada de forma suspeita, a primeira em Maio de 2018, pelo então ex-diretor Messias Araújo, e novamente agora, ilegalmente retirada do pátio do departamento de trânsito municipal, Fernando Carvalho de Oliveira. desde 2018, o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, encontrasse atrasado e acumulando uma dívida de R$ 747,28, segundo um levantamento no site Secretaria da Fazenda – SEFAZ/GO, do Estado de Goiás, além de não possuir o licenciamento em dia, tendo seu último licenciamento sido pago em 2008, e que precisa estar obrigatoriamente pago também, para tornar apto qualquer veículo a circular livremente no trânsito brasileiro.

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consulta-veiculo

Na soma dos fatores, que impediriam a saída do veículo do pátio do departamento de trânsito, segundo a legislação, o IPVA, que é um tributo estadual, é um pré-requisito para que o licenciamento seja liberado após pagamento, mas, caso o IPVA não esteja em dia não há possibilidades de se fazer o licenciamento, havendo a necessidade expressa que de que ambos documentos estejam devidamente quitados no ato da liberação, caso contrário, o ato da liberação se torna ilegítimo, irregular e viciado, ainda mais vindo de um servidor com alta patente administrativa que deveria ser o primeiro a zelar pela guarda da lei que ordena juridicamente o trato com patrimônio sob a guarda do poder público.

Em outro aspecto, além de cometer abusos administrativos os diretor de trânsito ao conceder a liberação de um veículo sem a quitação das devidas taxas de liberação e regularização documental, promove um verdadeiro danos ao erário público, neste caso ao Estado de Goiás, pois o diretor liberou sem que fosse emitido pelo órgão responsável onde se deve constatar se todos os impedimentos judiciais, recall e outras dívidas ativas impedem de circular pelas ruas.

Resta ao diretor de trânsito e aos demais envolvidos nas liberações ilegais, resposta a toda população de Alta Floresta.

Aonde estão os veículos que foram retirados do pátio do departamento sem as documentações necessárias em dia, tanto a moto Honda CBX 250/Twister (amarela), placa NKH 6613 – Iporá/GO, quanto a camionete Courier (prata) , placa JYV 2699 – Alta Floresta/MT? Por que foram liberadas sem tais documentações obrigatórias?

Por que o próprio diretor de trânsito fez questão de acompanhar e orientar pessoalmente os demais envolvidos a realizar a retirada com tamanha pressa?

Ao retirar a moto do pátio, os envolvidos recebem tem um papel nas mãos, que aparentemente seria o auto de liberação, quem emitiu e assinou tal documento e sob quais argumentos?

E principalmente, o que vão fazer as autoridades competentes, prefeito Chico Gamba, Controladoria Geral do Município, 20º Ciretran de Mato Grosso e Ministério Público quanto a esta ação de extrema ilegalidade?

ASSISTA AO VÍDEO EXCLUSIVO QUE MOSTRA A MOTO SENDO RETIRADA DO PÁTIO DO DEPARTAMENTO DE APREENSÕES DE ALTA FLORESTA:

LEGISLAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO SOBRE PROCESSO DE LIBERAÇÃO DE VEÍCULOS APREENDIDOS:

 

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Apesar de publicarmos em nossa Coluna Análise dos Fatos, as informações sobre esta ação ilegal praticada pelos envolvidos no último dia 26/04 (Terça), não havíamos ainda tido acesso ao vídeo que revela o fato como ele foi praticado.

Nas imagens, com explícitos indícios de corrupção ativa a passiva, ocorridas no último dia 08/04/22 (Sexta-feira), a partir das 11:05 hs, pelo menos quatro pessoas envolvidas, entre eles o diretor municipal do departamento de trânsito, Fernando Carvalho de Oliveira, juntamente com Eduardo Patrício dos Santos, ainda com o uniforme da empresa no setor da segurança em que trabalha junto a um hospital regional do Estado, e mais dois indivíduos que não foram identificados, mas podem ser facilmente reconhecidos pelas imagens do vídeo.

A ação que durou cerca de 7:20″ (sete minutos e vinte segundos), o grupo que participou da retirada da moto demonstram estar com pressa e traços de nervosismo, pois a todo momento, pela forma o como a moto está sendo subtraída do pátio, em um horário que poucos servidores da equipe de agentes de trânsito estariam presentes no prédio, percebe-se que o tempo foi um fator determinante no sucesso da retirada do pátio.

Pela legislação específica de liberação de veículos apreendidos, tal moto e qualquer outro tipo de veículo, jamais poderia sair do pátio sem estar com todas as irregularidades documentais, taxas multas quitadas juntos aos órgãos competentes que só farão as atualizações após identificarem os pagamentos da dívida ativa constantes no sistema oficial.

No caso da moto, que foi apreendida por duas vezes e liberada de forma suspeita, a primeira em Maio de 2018, pelo então ex-diretor Messias Araújo, e novamente agora, ilegalmente retirada do pátio do departamento de trânsito municipal, Fernando Carvalho de Oliveira. desde 2018, o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, encontrasse atrasado e acumulando uma dívida de R$ 747,28, segundo um levantamento no site Secretaria da Fazenda – SEFAZ/GO, do Estado de Goiás, além de não possuir o licenciamento em dia, tendo seu último licenciamento sido pago em 2008, e que precisa estar obrigatoriamente pago também, para tornar apto qualquer veículo a circular livremente no trânsito brasileiro.

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Na soma dos fatores, que impediriam a saída do veículo do pátio do departamento de trânsito, segundo a legislação, o IPVA, que é um tributo estadual, é um pré-requisito para que o licenciamento seja liberado após pagamento, mas, caso o IPVA não esteja em dia não há possibilidades de se fazer o licenciamento, havendo a necessidade expressa que de que ambos documentos estejam devidamente quitados no ato da liberação, caso contrário, o ato da liberação se torna ilegítimo, irregular e viciado, ainda mais vindo de um servidor com alta patente administrativa que deveria ser o primeiro a zelar pela guarda da lei que ordena juridicamente o trato com patrimônio sob a guarda do poder público.

Em outro aspecto, além de cometer abusos administrativos os diretor de trânsito ao conceder a liberação de um veículo sem a quitação das devidas taxas de liberação e regularização documental, promove um verdadeiro danos ao erário público, neste caso ao Estado de Goiás, pois o diretor liberou sem que fosse emitido pelo órgão responsável onde se deve constatar se todos os impedimentos judiciais, recall e outras dívidas ativas impedem de circular pelas ruas.

Resta ao diretor de trânsito e aos demais envolvidos nas liberações ilegais, resposta a toda população de Alta Floresta.

Aonde estão os veículos que foram retirados do pátio do departamento sem as documentações necessárias em dia, tanto a moto Honda CBX 250/Twister (amarela), placa NKH 6613 – Iporá/GO, quanto a camionete Courier (prata) , placa JYV 2699 – Alta Floresta/MT? Por que foram liberadas sem tais documentações obrigatórias?

Por que o próprio diretor de trânsito fez questão de acompanhar e orientar pessoalmente os demais envolvidos a realizar a retirada com tamanha pressa?

Ao retirar a moto do pátio, os envolvidos recebem tem um papel nas mãos, que aparentemente seria o auto de liberação, quem emitiu e assinou tal documento e sob quais argumentos?

E principalmente, o que vão fazer as autoridades competentes, prefeito Chico Gamba, Controladoria Geral do Município, 20º Ciretran de Mato Grosso e Ministério Público quanto a esta ação de extrema ilegalidade?

ASSISTA AO VÍDEO EXCLUSIVO QUE MOSTRA A MOTO SENDO RETIRADA DO PÁTIO DO DEPARTAMENTO DE APREENSÕES DE ALTA FLORESTA:

LEGISLAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO SOBRE PROCESSO DE LIBERAÇÃO DE VEÍCULOS APREENDIDOS:

 

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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Vereadores de Alta Floresta cobram do prefeito desmandos e descasos promovidos por secretarias e diretorias

“O Chico, ele coloca uma venda no olho, e tá “cagando” pra população…”

Após a repercussão das denuncias publicadas no portal MatoGrossoAoVivo, na manhã desta Terça-feira (26/04), que também foram divulgadas pela Rádio Bambina FM, através do Programa Ponto a Ponto, com os jornalistas Oliveira Dias e Danny Bueno, o vereador José Vaz Neto (Zé Eskiva – PL), que também é citado na matéria (por ter já denunciado anteriormente supostos repasses de informações sigilosas, cometidos pelo atual diretor de trânsito, Fernando Carvalho de Oliveira), usou a tribuna da Câmara Municipal na sessão desta Terça (26/04), para reafirmar que já tinha pleno conhecimento das ações praticadas pelo gestor do trânsito municipal, o qual classificou como “caso de polícia”.

Segundo Eskiva, apesar de já ter solicitado as imagens, no último dia 13/04, quando recebeu a informação de por parte do setor de trânsito de que justamente naquele dia o sistema não estava funcionando, o vereador afirma que já conseguiu as referidas imagens que mostram o momento em que veículos são retirados do pátio do departamento de trânsito, com a autorização expressa e inclusive a presença do diretor Fernando Carvalho de Oliveira.

“Ainda bem que eu tenho as imagens Sr. presidente, e está a disposição de qualquer vereador que honra seu serviço (mandato)… tá a disposição, pra mostrar a falcatrua, mostrar a bandidagem, a pilantragem que está acontecendo na “secretaria” de trânsito… eu tenho os vídeos lá, está a disposição de qualquer vereador, tá a disposição do prefeito, tá a disposição do Ministério Público, tá a disposição da população…”

O vereador Zé Eskiva fez menção ainda da situação caótica em que se encontra o setor de obras no município, lembrando que obras que começaram desde o início da gestão, mais precisamente, em Fevereiro de 2021, como é o caso de uma simples sala ampliada para o setor de engenharia do município, que inclusive fica ao lado do gabinete do prefeito, não foi concluída até hoje, passados já um ano e quatro meses do início da reforma.

“Gente, tá construindo do lado do gabinete do prefeito uma sala lá… parece que é pro pessoal da engenharia… A Engenharia, tá construindo uma sala da engenharia, do lado da sala do prefeito, sabe desde quando, desde Fevereiro de 2021 (1 ano e 4 meses), e ainda não conseguiu terminar… gente, o prefeito pelo amor de Deus…”

Segundo o vereador Eskiva, se após as denúncias apresentadas contra o diretor de trânsito o prefeito não tomar providências “pode soltar né, pois falta mais o quê? falta levar em cana? Olha prefeito, irresponsabilidade administrativa, abre o olho prefeito, eu já denunciei e já te mostrei e você tá “passando a mão”…

ASSISTA AO VÍDEO COM A FALA DOS VEREADORES NA SESSÃO DESTA TERÇA (26/04):

OBRAS INACABADAS COM PRAZOS VENCIDOS

Na sequência da fala do vereador José Vaz Neto (Zé Eskiva), o vereador Luciano Silva (Podemos), engrossou o coro contra a gestão do prefeito Chico Gamba (PSD) e a secretária municipal de Educação, Lucinéia Martins de Matos, sobre a questão das obras em duas escolas municipais, sendo elas a escola Laura Vicuña, escola Geni Silvério Dalarincy e Nilo Procópio Peçanha (Jardim Primavera), que estão sendo reformadas com recursos próprios do município desde 27 de Setembro de 2021, com prazo para o término exatamente hoje, 27 de Abril de 2022 (6 meses completos).

Segundo o vereador Luciano Silva, que também fez questão de mencionar os esforços da vereadora Ilmarli Teixeira (PT), na solicitação de esclarecimentos quanto aos atrasos na entrega das obras, a preocupação só aumentou ao ouvir da boca do vereador Zé Eskiva, que a sala da engenharia não teria sido entregue até hoje.

“O senhor acabou de falar aqui que tem uma sala sendo construída ao lado do gabinete do prefeito e não tem previsão pro término… e isso me deixou muito preocupado, por que se uma sala, apenas uma sala, ele não tá dando conta de fazer com mais de um ano.. do lado da sala dele que ele passa ali todo dia.. e as escolas, e a situação das escolas municipais que algumas delas o prazo vence amanhã (27/04)?”

A fala do vereador Luciano Silva é embasada em suas recentes visitas as escolas municipais, mais especificamente a Laura Vicuña e a Geni Silvério Delarincy, onde fez um registro fotográfico da precariedade e da periculosidade em que se encontram as obras em andamento em plena atividade escolar.

Segundo o vereador Luciano, na Escola Geni Silvério, uma criança chegou a se machucar na semana passada no pátio de obras, que fica exposto com material e ferramentas justamente aonde as crianças tem que circular e brincar, vindo a ficar apenas com escoriações e machucados, porém, a situação enseja uma tragédia previamente anunciada, pois a criança caiu em um dos buracos em que passam a fiação elétrica que se encontra aberta naquela unidade escolar.

Para o vereador Luciano, a empresa responsável já deveria estar terminando a obra, pois a previsão de entrega é 27 de Abril de 2022 (hoje), mas, a não está sem previsão de ser concluída, e conforme ele consultou a prefeitura, o termo “previsão de término“, segundo o setor de obras e engenharia da prefeitura, não significa necessariamente a data do término.

Já o vereador lembrou que o Tribunal de Contas do Estado – TCE/MT trabalha com prazos, e que o fato de envolver uma obra pública cuja necessidade de se dar continuidade ao calendário escolar de crianças que dependem do prédio para estudar, não cabe a justificativa de se prolongar a data do término, com data até mesmo indefinida, sob pena de prejudicar ainda mais a qualidade do ensino e a vida escolar dos alunos matriculados.

O vereador disse que teve a curiosidade de perguntar e mostrar as imagens que registrou a um fiscal do Conselho Regional de Engenharia – CREA/MT, e o mesmo disse que tais condições não oferecem qualquer segurança nem paras a crianças e nem para os trabalhadores.

Nesse caso, o vereador disse haver necessidade de se prestar duas denúncias, uma ao Ministério do Trabalho, quanto as condições dos funcionários da empresa e outra ao Ministério Público Estadual, com relação a condição de riscos para as crianças.

O vereador afirmou ainda, que apesar do valores orçados nas obras, R$ 758.190,66 (b) e R$ 743.596,93 (Geni Silvério), foram feitos gordos aditivos, em menos de dois meses do início das obras, que não tem qualquer margem de conclusão.

VEJA A SITUAÇÃO DAS ESCOLAS COM AS OBRAS AINDA SEM PREVISÃO DE TÉRMINO:

LAURA VICUÑA:

GENI SILVÉRIO DELARINCY:

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: