segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Juiz de Alta Floresta "linha dura" no combate a criminalidade pede transferência do município

A princípio o magistrado alegou razões pessoais que o levaram a tomar a decisão de se mudar do município.

O Magistrado se despede de Alta Floresta deixando inúmeros amigos e um excelente serviço prestado em favor da sociedade altaflorestense.

Considerado como motivo de “insônia” e até mesmo “pesadelo” para centenas de criminosos que estão presos na cadeia pública de Alta Floresta, bem como de muitos que estão com processos ainda em julgamento, o Dr. Roger Augusto Bim Donega, juiz da 5ª Vara de Justiça Criminal, está de malas prontas, com saída nesta Segunda feira (30/11), de partida para o município de Primavera do Leste (244 km de Cuiabá), e cerca de 1.240 km de Alta Floresta.

Durante mais de    anos a frente da 5ª Vara de Justiça Criminal de Alta Floresta, o Dr. Roger Augusto Bim Donega, já foi sido reconhecido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso – TJMT, no ano de 2018 pela pelos relevantes serviços prestados e a alta taxa de processos analisados em regime de cooperação para com o município vizinho de Nova Monte Verde, aonde foram despachados cerca de 1.789 processos civis s criminais que vinham se atrasando, sentenciaram 1.454 processos da Vara Única e Juizado Especial e arquivaram outros 500 processos que estavam em aberto pela falta de manutenção.

Em consequência dos trabalhos profícuos de 2018, do Dr. Roger Augusto Bim Donega e as equipes do Fórum de Alta Floresta, as duas comarcas foram reconhecidas pela produtividade proporcionando um descongestionamento de cargas e do estoque processual.

O magistrado, que dedicou tantos anos produtivos ao município, em combate a criminalidade operante, externou extrema tristeza em ter que deixar uma cidade aonde criou os filhos e há tanto tempo permaneceu no intuito de ter sua carreira encerrada, mas, que devido a fatores internos de sua vida profissional e pessoal, não há mais condições de permanecer em nossa cidade.

Com certeza o mundo do crime em Alta Floresta e região norte está “em festa” com a perda sem precedentes que o município passará a sofrer com a partida do Dr. Roger Augusto Bim Donega, mas, talvez, a providência divina proporcione um magistrado igualmente capaz de lidar com as mazelas e o celeiro de criminosos que se perpetuam na região norte de Mato Grosso, tendo Alta Floresta como base operacional, ligados a crimes hediondos de todas as naturezas possíveis, que vão desde tráfico de drogas, pistolagens, extorsões, estelionatos e até contra advogados que favoreciam o avanço de ações  criminosas na região, além da atuação crescente de organizações criminosas como o Comando Vermelho – CV e o Primeiro Comando da Capital – PPC, que já atuam há anos em Mato Grosso com ramificações  bem fortalecidas em Alta Floresta.

LEIA TAMBÉM:

Juiz de Alta Floresta "linha dura" no combate a criminalidade pede transferência do município

A princípio o magistrado alegou razões pessoais que o levaram a tomar a decisão de se mudar do município.

O Magistrado se despede de Alta Floresta deixando inúmeros amigos e um excelente serviço prestado em favor da sociedade altaflorestense.

Considerado como motivo de “insônia” e até mesmo “pesadelo” para centenas de criminosos que estão presos na cadeia pública de Alta Floresta, bem como de muitos que estão com processos ainda em julgamento, o Dr. Roger Augusto Bim Donega, juiz da 5ª Vara de Justiça Criminal, está de malas prontas, com saída nesta Segunda feira (30/11), de partida para o município de Primavera do Leste (244 km de Cuiabá), e cerca de 1.240 km de Alta Floresta.

Durante mais de    anos a frente da 5ª Vara de Justiça Criminal de Alta Floresta, o Dr. Roger Augusto Bim Donega, já foi sido reconhecido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso – TJMT, no ano de 2018 pela pelos relevantes serviços prestados e a alta taxa de processos analisados em regime de cooperação para com o município vizinho de Nova Monte Verde, aonde foram despachados cerca de 1.789 processos civis s criminais que vinham se atrasando, sentenciaram 1.454 processos da Vara Única e Juizado Especial e arquivaram outros 500 processos que estavam em aberto pela falta de manutenção.

Em consequência dos trabalhos profícuos de 2018, do Dr. Roger Augusto Bim Donega e as equipes do Fórum de Alta Floresta, as duas comarcas foram reconhecidas pela produtividade proporcionando um descongestionamento de cargas e do estoque processual.

O magistrado, que dedicou tantos anos produtivos ao município, em combate a criminalidade operante, externou extrema tristeza em ter que deixar uma cidade aonde criou os filhos e há tanto tempo permaneceu no intuito de ter sua carreira encerrada, mas, que devido a fatores internos de sua vida profissional e pessoal, não há mais condições de permanecer em nossa cidade.

Com certeza o mundo do crime em Alta Floresta e região norte está “em festa” com a perda sem precedentes que o município passará a sofrer com a partida do Dr. Roger Augusto Bim Donega, mas, talvez, a providência divina proporcione um magistrado igualmente capaz de lidar com as mazelas e o celeiro de criminosos que se perpetuam na região norte de Mato Grosso, tendo Alta Floresta como base operacional, ligados a crimes hediondos de todas as naturezas possíveis, que vão desde tráfico de drogas, pistolagens, extorsões, estelionatos e até contra advogados que favoreciam o avanço de ações  criminosas na região, além da atuação crescente de organizações criminosas como o Comando Vermelho – CV e o Primeiro Comando da Capital – PPC, que já atuam há anos em Mato Grosso com ramificações  bem fortalecidas em Alta Floresta.

LEIA TAMBÉM:

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

25 de Novembro - Dia dos Pioneiros de Alta Floresta relembre a história do fundador

A data, 25 de Novembro, foi escolhida por marcar o dia do nascimento do colonizador e fundador do município de Alta Floresta, Ariosto da Riva, que nasceu em 25 de Novembro de 1915 e faleceu em 25 de Julho de 1992.

ARIOSTO DA RIVA

As frases “integrar para não entregar” e “Nada resiste ao trabalho”, marcaram a memória e o destino de milhares de famílias que se dirigiram a região norte de Mato Grosso a partir de 1974, quando o intrépido desbravador Ariosto da Riva, agraciado  pelo jornalista David Nasser, com o título de “O último Bandeirante do século XX”.

No dia 19 de maio de 1976, fundou-se a município de Alta Floresta com o propósito de ter uma economia baseada na agricultura. A emancipação político-administrativa se deu em 18 de dezembro de 1979.

O nome “Alta Floresta” foi escolhido por um concurso realizado por uma emissora de rádio da capital, “A Voz do Oeste” e jornais cuiabanos, organizada pelo coronel José Meirelles, para a escolha do nome de uma “futura cidade”. A então professora Nelza Luci Asvolinsque Faria foi a ganhadora do concurso, que recebeu um prêmio simbólico em dinheiro, além de uma entrevista na rádio.

Com o município criado em Dezembro de 1979, através da Lei Estadual nº 4.157, Em 3 de junho de 1980, o Presidente da República, João Batista Figueiredo, visitou Alta Floresta e escutou de Ariosto da Riva a seguinte frase “…Alta Floresta terá o direito de se orgulhar por ter sido a cidade que em tempo recorde – apenas quatro anos – se tornou município, fato esse certamente único na história do País”.

Se estivesse vivo, Ariosto da Riva completaria 105 anos em 2021, porém com sua partida em 1992, a região norte de Mato Grosso aprendeu a conviver com seu legado de seriedade, honestidade e amor as suas conquistas e liderança que trouxeram tantas vidas para um lugar tão inóspito quanto insólito, que só mesmo que conhecia “Seu Ariosto”, poderia acreditar que esta “Terra Prometida”, algum dia aquela região vingaria em uma cidade tão rica e promissora quanto o povo que nela se estabeleceu.

O DIA DOS PIONEIROS

A data, instituída em 2007, por meio de um projeto de Lei, de nº 1.579/2007, da vereadora Elisa Gomes, tem o objetivo de homenagear e reconhecer as pessoas que ajudaram no desbravamento do município há décadas atrás e que colaboraram para o desenvolvimento da cidade.

Se você chegou em Alta Floresta até Dezembro de 1986, pode ser chamado de Pioneiro no município, sendo que segundo o projeto de Lei que instituiu a data comemorativa, são considerados “Pioneiros Desbravadores” aqueles que chegaram até 18 de Dezembro de 1979 (Data de emancipação de Alta Floresta como município), e os que chegaram a partir desta data, até 18 de Dezembro de 1986, considerados apenas de “Pioneiros”.

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

O presente Projeto de Lei visa homenagear os primeiros moradores de Alta Floresta que, juntamente com seu colonizador, Ariosto da Riva, cuja data de nascimento é 25 de novembro, desbravaram e se aventuraram construindo esta cidade.
Será mais uma demonstração de respeito e gratidão aos pioneiros e ao Colonizador Ariosto da Riva, pois graças a eles podemos nos orgulhar de viver em uma cidade promissora como Alta Floresta.
Unirmos o Dia do Pioneiro a data de aniversário do grande colonizador Ariosto da Riva, é relembrar cada passo dado, para que hoje Alta Floresta se transformasse nesta cidade com ótima qualidade de vida e que não pára de crescer.

A HISTÓRIA DE ARIOSTO DA RIVA

ARIOSTO DA RIVA

Batizado com o nome de Batista Otoloni Ariosto da Riva, filho de um músico, logo aos 17 anos saiu de casa em sua primeira aventura, para se tornar garimpeiro de diamantes. Mais tarde, trabalhando para o bem sucedido empresário Geremias Lunardelli, principal responsável colonização de boa parte do Estado do Paraná, ele aprenderia os caminhos de sua definitiva profissão – Colonizador.

Com Lunardelli, o empresário-bandeirante aprendeu que “terra boa não tem distância” e já nos anos 50, começou sua primeira experiência como desbravador. Com um grupo de amigos, Ariosto da Riva fundou Naviraí, no hoje Estado de Mato Grosso do Sul.

Nessa primeira experiência, segundo relatos, muitas dúvidas e conflitos, fizeram o colonizador reavaliar seus projetos na região sul de Mato Grosso. Dirigiu-se então para São Félix do Araguaia, no hoje Estado de Mato Grosso, onde permaneceu por pouco tempo. Logo o solo se mostrou impróprio para a agricultura, a base do sonho da colonização.

Ariosto da Riva sonhava com uma reforma agrária particular, sem a burocracia do governo federal, onde os pequenos agricultores fossem privilegiados por uma terra produtiva acessível, e uma estrutura de cidade adequada.

Com essa missão de vida, em 1974, ele partiu para a selva amazônica, antes quase nada explorada, onde hoje está a cidade de Alta Floresta, no norte do Estado de Mato Grosso, quase na divisa do Estado do Pará.

Ali Ariosto da Riva comprou 418.000 hectares de terra, de uma firma do Rio de Janeiro, por um preço razoavelmente baixo, pois ninguém se atrevia a pensar em desbravar estas terras, onde não havia nenhum acesso terrestre, aéreo ou marítimo.

O Governo Federal através de uma licitação, passou para o colonizador mais 400.000 hectares como incentivo ao desenvolvimento da região norte do Estado de Mato Grosso, antes unificado.

Dessa iniciativa, surgiu a INDECO – Integração, Desenvolvimento e Colonização, empresa montada para iniciar o desbravamento e a atrair colonos do sul do país.

Fundou, ainda, na mesma região, as cidades de Paranaíta e Apiacás.

Os resultados obtidos como colonizador se devem, segundo ele próprio, principalmente a uma coisa: “trabalho, muito trabalho”. Sempre foi muito atento e se envolvia até nos detalhes aparentemente mais insignificantes nos negócios.

Se dependesse de Ariosto, seus projetos de colonização seriam sempre tocados com o coração. Quem garante são os seus filhos e os colaboradores que conviveram com ele.

Cidadão Honorário em muitas cidades, contar o que Ariosto da Riva, nas áreas onde ele deixou seu olhar, é tentar reproduzir a difícil simbiose que une o homem à terra, que os funde na vocação de gerar fluxo. Quando se trata de um homem que pôs o coração à frente das cifras e valores materiais, é querer transformar o sublime no grotesco de números, e mesmo correr o risco de diminuir os valores morais que dele emanaram.

Por onde passou, a impressão que se tem, ao conversar sobre Ariosto da Riva, com quem ele teve contato, é uma só – e até parece combinada. Foi um homem voltado para o trabalho, um empreendedor por natureza e, sintetizando esta e outras qualidades e atributos que lhe são conferidos, foi que amava este País e tinha imensurável fé nas perspectivas que este oferecia.

Sofreu não só com as barreiras impostas pela natureza, mas também da vida. Quando pensou que tudo já lhe tinha acontecido, um desastre familiar abalou o “velho Ariosto”, como era carinhosamente chamado pelos amigos, e pelo seu filho Ludovico da Riva Neto, falecido em 1990, em acidente aéreo, quando almejava uma carreira política mesmo contra a vontade de se seu pai.

Foi um golpe do destino jamais sentido pelo colonizador, pois Ludovico era seu braço direito nas empresas e na família. Toda região Norte do Estado também sofreu, pois era o sucessor de Ariosto também no carisma, na bondade e no trabalho. Partia de uma forma triste e sofrida. Ludovico foi sempre generoso, de uma fibra idêntica ao pai e muito solidário.

FILHO HERÓI

Ludovico provou todas essas virtudes, quando do ocorrido acidente aéreo com ele e seus companheiros de campanha política. Ele foi o primeiro a sair da aeronave logo que a mesma pousou, já estava livre, quando deu a volta por trás do avião para abrir a porta do lado do piloto e liberar seus companheiros que estavam em dificuldades para sair, quando ocorreu uma tremenda explosão. A coragem e sobretudo a solidariedade falaram mais alto no momento.

Ludovico e sua esposa tiveram uma passagem de dois anos por Naviraí, nos anos 69/70, quando residiram na Fazenda La Reina, hoje Araçatuba. Ludovico foi o primeiro diretor do então Colégio Estadual de Naviraí, hoje E.E. Presidente Médici.

Nos seus projetos de colonização expressões indígenas da região colonizada, em Naviraí os índios Tupi-guarani, no caso de Paranaíta, o topônimo homenageia o Estado do Paraná, de onde veio grande parte dos habitantes do lugar, acrescido do sufixo “ita” que significa Pedra. Destaca-se na região um local chamado “Pedra Preta”, de excepcional beleza. Uma enorme pedra que abriga um dos maiores painéis de pictogravuras do mundo.

Apiacás – tribo indígena do Brasil. Língua Apiacá, falada pelos índios Apiacás também conhecido como Apiaká, localizados nos Estados de Mato Grosso e Pará. No recenseamento de 2001 o grupo contava com 192 indivíduos (dados do Museu de História Natural de Alta Floresta).

Ariosto da Riva, foi apelidado pelo grande jornalista David Nasser de “O Ultimo Bandeirante do Século XX”, por ter a ousadia de penetrar na Floresta Amazônica e implantar projetos de colonização onde ninguém acreditava.

Ariosto da Riva, o último dos bandeirantes, por muitos considerado “louco, insano, sonhador”, foi um colonizador, um verdadeiro fazedor de cidades.

Durante mais de trinta anos Ariosto se dedicou a construir, a escrever a história moderna de Mato Grosso com seu trabalho e sua visão empresarial de vanguarda. Ariosto da Riva se foi, mas deixou um magnífico exemplo a ser seguido por muitos.

Em 25 de julho de 1992, Ariosto da Riva fechou os olhos.

Deixou Naviraí, Paranaita, Apicás e Alta Floresta – sua paixão onde o seu corpo está sepultado. Entrou para a galeria dos que construíram o Brasil. Virou lenda.

Sua têmpera esculpida pelo trabalho incessante ao longo dos seus 77 anos abriu caminhos para o desenvolvimento de Mato Grosso e ao sonho de milhares que buscavam no Nortão as oportunidades que buscavam em seus lugares de origem.

Seus filhos e netos têm muito a se orgulhar deste homem de fibra, de espírito empreendedor, bem como todos aqueles que com ele conviveram.

Ariosto da Riva deve ser lembrado por nossas autoridades e por todos aqueles que o conheceram e aos que não tiveram esse privilégio, tivemos a honra de transcrever estas linhas para que agora passem a conhecer a figura deste lendário visionário.

25 de Novembro - Dia dos Pioneiros de Alta Floresta relembre a história do fundador

A data, 25 de Novembro, foi escolhida por marcar o dia do nascimento do colonizador e fundador do município de Alta Floresta, Ariosto da Riva, que nasceu em 25 de Novembro de 1915 e faleceu em 25 de Julho de 1992.

ARIOSTO DA RIVA

As frases “integrar para não entregar” e “Nada resiste ao trabalho”, marcaram a memória e o destino de milhares de famílias que se dirigiram a região norte de Mato Grosso a partir de 1974, quando o intrépido desbravador Ariosto da Riva, agraciado  pelo jornalista David Nasser, com o título de “O último Bandeirante do século XX”.

No dia 19 de maio de 1976, fundou-se a município de Alta Floresta com o propósito de ter uma economia baseada na agricultura. A emancipação político-administrativa se deu em 18 de dezembro de 1979.

O nome “Alta Floresta” foi escolhido por um concurso realizado por uma emissora de rádio da capital, “A Voz do Oeste” e jornais cuiabanos, organizada pelo coronel José Meirelles, para a escolha do nome de uma “futura cidade”. A então professora Nelza Luci Asvolinsque Faria foi a ganhadora do concurso, que recebeu um prêmio simbólico em dinheiro, além de uma entrevista na rádio.

Com o município criado em Dezembro de 1979, através da Lei Estadual nº 4.157, Em 3 de junho de 1980, o Presidente da República, João Batista Figueiredo, visitou Alta Floresta e escutou de Ariosto da Riva a seguinte frase “…Alta Floresta terá o direito de se orgulhar por ter sido a cidade que em tempo recorde – apenas quatro anos – se tornou município, fato esse certamente único na história do País”.

Se estivesse vivo, Ariosto da Riva completaria 105 anos em 2021, porém com sua partida em 1992, a região norte de Mato Grosso aprendeu a conviver com seu legado de seriedade, honestidade e amor as suas conquistas e liderança que trouxeram tantas vidas para um lugar tão inóspito quanto insólito, que só mesmo que conhecia “Seu Ariosto”, poderia acreditar que esta “Terra Prometida”, algum dia aquela região vingaria em uma cidade tão rica e promissora quanto o povo que nela se estabeleceu.

O DIA DOS PIONEIROS

A data, instituída em 2007, por meio de um projeto de Lei, de nº 1.579/2007, da vereadora Elisa Gomes, tem o objetivo de homenagear e reconhecer as pessoas que ajudaram no desbravamento do município há décadas atrás e que colaboraram para o desenvolvimento da cidade.

Se você chegou em Alta Floresta até Dezembro de 1986, pode ser chamado de Pioneiro no município, sendo que segundo o projeto de Lei que instituiu a data comemorativa, são considerados “Pioneiros Desbravadores” aqueles que chegaram até 18 de Dezembro de 1979 (Data de emancipação de Alta Floresta como município), e os que chegaram a partir desta data, até 18 de Dezembro de 1986, considerados apenas de “Pioneiros”.

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

O presente Projeto de Lei visa homenagear os primeiros moradores de Alta Floresta que, juntamente com seu colonizador, Ariosto da Riva, cuja data de nascimento é 25 de novembro, desbravaram e se aventuraram construindo esta cidade.
Será mais uma demonstração de respeito e gratidão aos pioneiros e ao Colonizador Ariosto da Riva, pois graças a eles podemos nos orgulhar de viver em uma cidade promissora como Alta Floresta.
Unirmos o Dia do Pioneiro a data de aniversário do grande colonizador Ariosto da Riva, é relembrar cada passo dado, para que hoje Alta Floresta se transformasse nesta cidade com ótima qualidade de vida e que não pára de crescer.

A HISTÓRIA DE ARIOSTO DA RIVA

ARIOSTO DA RIVA

Batizado com o nome de Batista Otoloni Ariosto da Riva, filho de um músico, logo aos 17 anos saiu de casa em sua primeira aventura, para se tornar garimpeiro de diamantes. Mais tarde, trabalhando para o bem sucedido empresário Geremias Lunardelli, principal responsável colonização de boa parte do Estado do Paraná, ele aprenderia os caminhos de sua definitiva profissão – Colonizador.

Com Lunardelli, o empresário-bandeirante aprendeu que “terra boa não tem distância” e já nos anos 50, começou sua primeira experiência como desbravador. Com um grupo de amigos, Ariosto da Riva fundou Naviraí, no hoje Estado de Mato Grosso do Sul.

Nessa primeira experiência, segundo relatos, muitas dúvidas e conflitos, fizeram o colonizador reavaliar seus projetos na região sul de Mato Grosso. Dirigiu-se então para São Félix do Araguaia, no hoje Estado de Mato Grosso, onde permaneceu por pouco tempo. Logo o solo se mostrou impróprio para a agricultura, a base do sonho da colonização.

Ariosto da Riva sonhava com uma reforma agrária particular, sem a burocracia do governo federal, onde os pequenos agricultores fossem privilegiados por uma terra produtiva acessível, e uma estrutura de cidade adequada.

Com essa missão de vida, em 1974, ele partiu para a selva amazônica, antes quase nada explorada, onde hoje está a cidade de Alta Floresta, no norte do Estado de Mato Grosso, quase na divisa do Estado do Pará.

Ali Ariosto da Riva comprou 418.000 hectares de terra, de uma firma do Rio de Janeiro, por um preço razoavelmente baixo, pois ninguém se atrevia a pensar em desbravar estas terras, onde não havia nenhum acesso terrestre, aéreo ou marítimo.

O Governo Federal através de uma licitação, passou para o colonizador mais 400.000 hectares como incentivo ao desenvolvimento da região norte do Estado de Mato Grosso, antes unificado.

Dessa iniciativa, surgiu a INDECO – Integração, Desenvolvimento e Colonização, empresa montada para iniciar o desbravamento e a atrair colonos do sul do país.

Fundou, ainda, na mesma região, as cidades de Paranaíta e Apiacás.

Os resultados obtidos como colonizador se devem, segundo ele próprio, principalmente a uma coisa: “trabalho, muito trabalho”. Sempre foi muito atento e se envolvia até nos detalhes aparentemente mais insignificantes nos negócios.

Se dependesse de Ariosto, seus projetos de colonização seriam sempre tocados com o coração. Quem garante são os seus filhos e os colaboradores que conviveram com ele.

Cidadão Honorário em muitas cidades, contar o que Ariosto da Riva, nas áreas onde ele deixou seu olhar, é tentar reproduzir a difícil simbiose que une o homem à terra, que os funde na vocação de gerar fluxo. Quando se trata de um homem que pôs o coração à frente das cifras e valores materiais, é querer transformar o sublime no grotesco de números, e mesmo correr o risco de diminuir os valores morais que dele emanaram.

Por onde passou, a impressão que se tem, ao conversar sobre Ariosto da Riva, com quem ele teve contato, é uma só – e até parece combinada. Foi um homem voltado para o trabalho, um empreendedor por natureza e, sintetizando esta e outras qualidades e atributos que lhe são conferidos, foi que amava este País e tinha imensurável fé nas perspectivas que este oferecia.

Sofreu não só com as barreiras impostas pela natureza, mas também da vida. Quando pensou que tudo já lhe tinha acontecido, um desastre familiar abalou o “velho Ariosto”, como era carinhosamente chamado pelos amigos, e pelo seu filho Ludovico da Riva Neto, falecido em 1990, em acidente aéreo, quando almejava uma carreira política mesmo contra a vontade de se seu pai.

Foi um golpe do destino jamais sentido pelo colonizador, pois Ludovico era seu braço direito nas empresas e na família. Toda região Norte do Estado também sofreu, pois era o sucessor de Ariosto também no carisma, na bondade e no trabalho. Partia de uma forma triste e sofrida. Ludovico foi sempre generoso, de uma fibra idêntica ao pai e muito solidário.

FILHO HERÓI

Ludovico provou todas essas virtudes, quando do ocorrido acidente aéreo com ele e seus companheiros de campanha política. Ele foi o primeiro a sair da aeronave logo que a mesma pousou, já estava livre, quando deu a volta por trás do avião para abrir a porta do lado do piloto e liberar seus companheiros que estavam em dificuldades para sair, quando ocorreu uma tremenda explosão. A coragem e sobretudo a solidariedade falaram mais alto no momento.

Ludovico e sua esposa tiveram uma passagem de dois anos por Naviraí, nos anos 69/70, quando residiram na Fazenda La Reina, hoje Araçatuba. Ludovico foi o primeiro diretor do então Colégio Estadual de Naviraí, hoje E.E. Presidente Médici.

Nos seus projetos de colonização expressões indígenas da região colonizada, em Naviraí os índios Tupi-guarani, no caso de Paranaíta, o topônimo homenageia o Estado do Paraná, de onde veio grande parte dos habitantes do lugar, acrescido do sufixo “ita” que significa Pedra. Destaca-se na região um local chamado “Pedra Preta”, de excepcional beleza. Uma enorme pedra que abriga um dos maiores painéis de pictogravuras do mundo.

Apiacás – tribo indígena do Brasil. Língua Apiacá, falada pelos índios Apiacás também conhecido como Apiaká, localizados nos Estados de Mato Grosso e Pará. No recenseamento de 2001 o grupo contava com 192 indivíduos (dados do Museu de História Natural de Alta Floresta).

Ariosto da Riva, foi apelidado pelo grande jornalista David Nasser de “O Ultimo Bandeirante do Século XX”, por ter a ousadia de penetrar na Floresta Amazônica e implantar projetos de colonização onde ninguém acreditava.

Ariosto da Riva, o último dos bandeirantes, por muitos considerado “louco, insano, sonhador”, foi um colonizador, um verdadeiro fazedor de cidades.

Durante mais de trinta anos Ariosto se dedicou a construir, a escrever a história moderna de Mato Grosso com seu trabalho e sua visão empresarial de vanguarda. Ariosto da Riva se foi, mas deixou um magnífico exemplo a ser seguido por muitos.

Em 25 de julho de 1992, Ariosto da Riva fechou os olhos.

Deixou Naviraí, Paranaita, Apicás e Alta Floresta – sua paixão onde o seu corpo está sepultado. Entrou para a galeria dos que construíram o Brasil. Virou lenda.

Sua têmpera esculpida pelo trabalho incessante ao longo dos seus 77 anos abriu caminhos para o desenvolvimento de Mato Grosso e ao sonho de milhares que buscavam no Nortão as oportunidades que buscavam em seus lugares de origem.

Seus filhos e netos têm muito a se orgulhar deste homem de fibra, de espírito empreendedor, bem como todos aqueles que com ele conviveram.

Ariosto da Riva deve ser lembrado por nossas autoridades e por todos aqueles que o conheceram e aos que não tiveram esse privilégio, tivemos a honra de transcrever estas linhas para que agora passem a conhecer a figura deste lendário visionário.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Juiz eleitoral cassa "pesquisa fake" que aponta Chico Gamba em primeiro, feita por empresa de gaveta

A decisão judicial foi expedida pouco antes da meia noite desta Quarta feira (11/11), com determinação expressa  para que a divulgação da pesquisa seja proibida e impedida de veicular em qualquer canal de notícias e pelos membros coligação da campanha.

Apesar de proibir a imediatamente a divulgação da pequis por todos os meios o juiz Antônio Fábio Marquezini, da Justiça eleitoral de Alta Floresta, não incluiu  a Coligação “PRA FRENTE ALTA FLORESTA”, que tem a frente o candidato Chico Gamba, no polo passivo, por entender que não foram encontrados indícios de que o candidato ou a coligação tenham tido conluio ou concurso com a empresa que “fabricou” a pesquisa de forma irregular.

O pedido de anulação da pesquisa, via pedido de liminar, foi impetrado pela Coligação “Alta Floresta Rumo ao Futuro” no último dia 09/11 (Segunda), representada pelo advogado Dione Ramos, visava barrar, em caráter de urgência, a divulgação da pesquisa considerada duvidosa e a responsabilização dos autores.

A pesquisa sombria, teria sido contratada por interesse jornalístico do portal “NORTÃO ON LINE”, e  deverá ser excluída imediatamente de suas páginas de informação sob pena  multa diária de R$ 10 mil reais e de responder solidariamente por crime de desobediência a justiça eleitoral, mantendo-se a suspensão da divulgação até que sejam esclarecidas todas as questões da controversa pesquisa..

A empresa contratada, já havia sido desmascarada por nossa equipe de reportagem investigativa, também no último dia 09/11 (Segunda), que revelou a todo o Estado as condições em que eram contratadas a pesquisa caso alguma coligação ou candidato viesse a procurar os serviços prestados.

O próprio dono da empresa, “MGS Markting e Dados”, Mercio Gomes da Silva, é quem recepciona os interessados no município de Colíder, porém, o telefone da empresa, (66) 3541 1112, utilizado até na nota fiscal que foi expedida para justificar o pagamento de R$ 3 mil reais ao TRE, pertence ao gabinete do prefeito de Colíder, conforme consta na lista telefônica, e o “marketeiro” responsável legal da empresa, pertence ao quadro de servidores da prefeitura de Colíder, atuando no setor de comunicação.

A sede da empresa, que deveria funcionar como Matriz, na Rua Cuiabá, 645 no centro de Colíder, conforme a moradora do imóvel aonde deveria estar a empresa, há anos é uma bela clínica de estética.

 A DECISÃO JUDICIAL

Na decisão imposta pelo juiz Antônio Fábio Marquezini, a empresa tem que apresentar em 48 horas sua defesa, sob pena de correr a revelia, diante das evidências graves de fraudes constatadas  que permeiam a pesquisa, mostrando-se tendenciosa e incorreta.

Foram constatados também que a empresa incluiu pesquisa para os cargos de senador, mas, de forma confusa que pode induzir o eleitor a erros.

O juiz Antônio Fábio Marquezini, verificou que a empresa apresentou resultados confusos, que geram dúvidas e causam a descredibilidade nos resultados apresentados, ou seja, representando desvio de finalidade e causando impacto negativo perante o eleitorado e ainda  desfavorecendo o resultado das eleições em curso.

Para efeito de cessar a onda de divulgações incorretas o juiz determinou a imediata suspensão da pesquisa em qualquer veículo de comunicação ou canal da campanha sob pena de condenação e pagamento de multa.

O juiz eleitoral ressaltou ainda que foram identificadas “DUAS IMPROPRIEDADES GRAVES QUE COMPROMETEM VEEMENTEMENTE A CONFIANÇA DO ELEITORADO E A CREDIBILIDADE E LISURA DA PESQUISA”.

Não informando o por que o candidato Luiz Araújo, não estar presente nos resultados e o por que não foram informadas as razões da ausência de seu nome em toda pesquisa.

O juiz pontuou ainda que os percentuais de 92,71% calculados na pesquisa não são complementados a ponto de somar os 100% necessários das avaliações de intenções de votos do eleitorado entrevistados, ou seja, algo que por si só já levanta suspeitas graves sobre os resultados.

E por fim, o Juiz Antônio Fábio Marquezini, ordenou que “CESSE IMEDIATAMENTE A DIVULGAÇÃO DA PESQUISA  DE Nº 00284/2020, EM TODOS OS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO”, isso significa dizer que em qualquer formato e ou canal de publicidade, propaganda e notícias a mesma deverá ser interrompida até que sejam investigadas pela presente ação eleitoral resultando da mal fadada pesquisa que colocava o candidato Valdemar Gamba – Chico Gamba, da Coligação “Pra Frente Alta Floresta”, como o primeiro colocado nas intenções de votos dos eleitores do município de Alta Floresta.

Áudios e vídeos pré-produzidos pela campanha vinham sendo veiculados massivamente em redes sociais e programas eleitorais até a noite desta Quarta feira (11/11), porém, deverão parar de serem exibidos por determinação judicial, mesmo por que, com a exposição da suspensão da pesquisa na mídia, vai ficar bem pior para a imagem política do candidato insistir em divulgar um resultado que não corresponde a verdade, segundo a justiça eleitoral. 

Com essa intervenção judicial, provocada por exageros e estratégias mal elaboradas, sabe-se lá de quem, além de alguns outros embaraços criados em discussões acaloradas de grupos de Whatsapp, que explodiram nas últimas horas em comentários burlescos, que transformaram em piada quanto a forma que está sendo conduzida a campanha do candidato, coordenadores, familiares e até vereadores.

Com isso, naufragam os sonhos do mesmo em se ver eleito ao cargo de prefeito no município a cada minuto que se aproxima da abertura das urnas eleitorais.

LEIA TAMBÉM:

Juiz eleitoral cassa "pesquisa fake" que aponta Chico Gamba em primeiro, feita por empresa de gaveta

A decisão judicial foi expedida pouco antes da meia noite desta Quarta feira (11/11), com determinação expressa  para que a divulgação da pesquisa seja proibida e impedida de veicular em qualquer canal de notícias e pelos membros coligação da campanha.

Apesar de proibir a imediatamente a divulgação da pequis por todos os meios o juiz Antônio Fábio Marquezini, da Justiça eleitoral de Alta Floresta, não incluiu  a Coligação “PRA FRENTE ALTA FLORESTA”, que tem a frente o candidato Chico Gamba, no polo passivo, por entender que não foram encontrados indícios de que o candidato ou a coligação tenham tido conluio ou concurso com a empresa que “fabricou” a pesquisa de forma irregular.

O pedido de anulação da pesquisa, via pedido de liminar, foi impetrado pela Coligação “Alta Floresta Rumo ao Futuro” no último dia 09/11 (Segunda), representada pelo advogado Dione Ramos, visava barrar, em caráter de urgência, a divulgação da pesquisa considerada duvidosa e a responsabilização dos autores.

A pesquisa sombria, teria sido contratada por interesse jornalístico do portal “NORTÃO ON LINE”, e  deverá ser excluída imediatamente de suas páginas de informação sob pena  multa diária de R$ 10 mil reais e de responder solidariamente por crime de desobediência a justiça eleitoral, mantendo-se a suspensão da divulgação até que sejam esclarecidas todas as questões da controversa pesquisa..

A empresa contratada, já havia sido desmascarada por nossa equipe de reportagem investigativa, também no último dia 09/11 (Segunda), que revelou a todo o Estado as condições em que eram contratadas a pesquisa caso alguma coligação ou candidato viesse a procurar os serviços prestados.

O próprio dono da empresa, “MGS Markting e Dados”, Mercio Gomes da Silva, é quem recepciona os interessados no município de Colíder, porém, o telefone da empresa, (66) 3541 1112, utilizado até na nota fiscal que foi expedida para justificar o pagamento de R$ 3 mil reais ao TRE, pertence ao gabinete do prefeito de Colíder, conforme consta na lista telefônica, e o “marketeiro” responsável legal da empresa, pertence ao quadro de servidores da prefeitura de Colíder, atuando no setor de comunicação.

A sede da empresa, que deveria funcionar como Matriz, na Rua Cuiabá, 645 no centro de Colíder, conforme a moradora do imóvel aonde deveria estar a empresa, há anos é uma bela clínica de estética.

 A DECISÃO JUDICIAL

Na decisão imposta pelo juiz Antônio Fábio Marquezini, a empresa tem que apresentar em 48 horas sua defesa, sob pena de correr a revelia, diante das evidências graves de fraudes constatadas  que permeiam a pesquisa, mostrando-se tendenciosa e incorreta.

Foram constatados também que a empresa incluiu pesquisa para os cargos de senador, mas, de forma confusa que pode induzir o eleitor a erros.

O juiz Antônio Fábio Marquezini, verificou que a empresa apresentou resultados confusos, que geram dúvidas e causam a descredibilidade nos resultados apresentados, ou seja, representando desvio de finalidade e causando impacto negativo perante o eleitorado e ainda  desfavorecendo o resultado das eleições em curso.

Para efeito de cessar a onda de divulgações incorretas o juiz determinou a imediata suspensão da pesquisa em qualquer veículo de comunicação ou canal da campanha sob pena de condenação e pagamento de multa.

O juiz eleitoral ressaltou ainda que foram identificadas “DUAS IMPROPRIEDADES GRAVES QUE COMPROMETEM VEEMENTEMENTE A CONFIANÇA DO ELEITORADO E A CREDIBILIDADE E LISURA DA PESQUISA”.

Não informando o por que o candidato Luiz Araújo, não estar presente nos resultados e o por que não foram informadas as razões da ausência de seu nome em toda pesquisa.

O juiz pontuou ainda que os percentuais de 92,71% calculados na pesquisa não são complementados a ponto de somar os 100% necessários das avaliações de intenções de votos do eleitorado entrevistados, ou seja, algo que por si só já levanta suspeitas graves sobre os resultados.

E por fim, o Juiz Antônio Fábio Marquezini, ordenou que “CESSE IMEDIATAMENTE A DIVULGAÇÃO DA PESQUISA  DE Nº 00284/2020, EM TODOS OS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO”, isso significa dizer que em qualquer formato e ou canal de publicidade, propaganda e notícias a mesma deverá ser interrompida até que sejam investigadas pela presente ação eleitoral resultando da mal fadada pesquisa que colocava o candidato Valdemar Gamba – Chico Gamba, da Coligação “Pra Frente Alta Floresta”, como o primeiro colocado nas intenções de votos dos eleitores do município de Alta Floresta.

Áudios e vídeos pré-produzidos pela campanha vinham sendo veiculados massivamente em redes sociais e programas eleitorais até a noite desta Quarta feira (11/11), porém, deverão parar de serem exibidos por determinação judicial, mesmo por que, com a exposição da suspensão da pesquisa na mídia, vai ficar bem pior para a imagem política do candidato insistir em divulgar um resultado que não corresponde a verdade, segundo a justiça eleitoral. 

Com essa intervenção judicial, provocada por exageros e estratégias mal elaboradas, sabe-se lá de quem, além de alguns outros embaraços criados em discussões acaloradas de grupos de Whatsapp, que explodiram nas últimas horas em comentários burlescos, que transformaram em piada quanto a forma que está sendo conduzida a campanha do candidato, coordenadores, familiares e até vereadores.

Com isso, naufragam os sonhos do mesmo em se ver eleito ao cargo de prefeito no município a cada minuto que se aproxima da abertura das urnas eleitorais.

LEIA TAMBÉM:

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Empresa de gaveta fez pesquisa que coloca Chico Gamba em primeiro lugar

A história começou a tomar contornos suspeitos a partir do momento que se verificou que a empresa que fez a pesquisa, não foi encontrada no endereço citado no cartão de registro do CNPJ, e no local da mesma funciona apenas um salão de beleza e estética.

A residência onde deveria funcionar a empresa de pesquisas é uma salão de estética.

Nossa reportagem teve acesso a documentos que comprovam que a empresa, MGS “MARKTING” E DADOS (Nessa grafia mesmo), registrada sob o CNPJ – 10.607.783/0001-20, de propriedade do Sr. Mercio Gomes da Silva, (servidor do setor de comunicações da prefeitura de Colíder), e que deveria estar estabelecida legalmente na Rua Cuiabá, 465, no centro do município de Colíder (600 Km de Cuiabá), não passa de uma ficção e em contato com a moradora do imóvel, a mesma confirmou que há muitos anos atrás houve tal empresa no prédio indicado, mas que agora todo atendimento é feito pelo próprio empresário no prédio da prefeitura de Colíder, sendo a prefeitura o local de referência para se localizar o empresário, não repassando nenhum outro endereço comercial.

A referida empresa de pesquisas e dados, procurada por nossa produção para tomada de preços de pesquisas, alegou que foi contratada por um portal de notícias, também do município de Colíder e que há uma espécie de “parceria” entre as duas empresas, sendo que o portal é que seria o financiador de 100% da pesquisa, bem como o único interessado na divulgação da mesma.

Quanto ao custo de R$ 3.000,00, o próprio dono da agência de pesquisas confirmou que está bem abaixo do mercado, e nas palavras do próprio Mercio Gomes uma “pesquisa monitorada”, do mesmo porte, sairia por R$ 8 mil reais (mais barata), enquanto a “pesquisa registrada”, sairia ao custo de R$ 20 mil, sendo que a duração das mesmas seriam de dois dias de trabalho, com a possibilidade de ser entrevista 350 à 380 pessoas.

Na referida pesquisa registrada promovida em Alta Floresta, o resultado final apontou o candidato da Coligação “Pra Frente Alta Floresta”, Valdemar Gamba (Chico Gamba), com 26,22% na liderança, seguido do candidato da Coligação “Um novo tempo”, Delegado Vinícius Nazário, com 16,76%, sendo 15,41% (NS – Não sabem), O candidato Robson Silva, da Coligação “Rumo ao Futuro”, com 15,14%, o candidato Dida Pires, da Coligação ‘O futuro está em nossas mãos”, com 14,32%, e o candidato Rogério Colichio (PT), com 4.86%.

Ao explicar sobre a diferença de preços nos valores, que no caso da mais barata seria de 5 mil reais (150% a mais do valor pago), o dono da empresa alegou que o portal Nortão OnLine bancaria a diferença do valor, pois seria um “prestador de serviços” do portal, não revelando a fonte da origem do recurso original dos 3 mil reais.

Para a pesquisa de Alta Floresta, o proprietário da empresa afirmou que está realizou uma “pesquisa registrada” (que deveria custar 20 mil), ou seja, pelo valor de tabela cerca de 17 mil reais a mais do que foi paga para empresa contratante, para que o mesmo afirma ser um parceiro profissional.

Além da discrepância de preços, há que se observar que os valores de mercado, diga-se de passagem bem competitivo, com diversas empresas do ramo já instalada pelo Estado, servem para custear o pagamento do profissional técnico acadêmico responsável, que nesse caso é um estatístico, e no caso da pesquisa de Alta Floresta foi a Sra. Rosane Coelho da Silva Sales, registrada no Conselho Regional de Estatísticos – CONRE – 8233 – A, conforme consta em documento registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral – TRE.

Para nossa produção, o empresário declinou da proposta de realizar uma pesquisa em Alta Floresta, pois segundo ele, há uma grande demanda de pedidos e os prazos já se esgotaram desde o último dia 6 de Novembro, porém, não exitou em repassar o nosso contato para colegas de profissão que poderiam realizar o serviço desejado.

LIMINAR DEFERIDA CONTRA PESQUISA SUSPEITA

Após a divulgação da pesquisa, registrada no TRE sob o nº00284/2020,  que foi divulgada ontem (Domingo – 08/11), a Justiça Eleitoral, na pessoa do Juiz Antônio Fábio Marquezini, a empresa e o empresário responsável foram notificados judicialmente para prestar esclarecimentos no prazo de 48 horas, pois além do valor exorbitantemente menor do que o praticado no mercado de análises estatísticas, coleta de dados e pesquisa de opinião pública, a empresa estaria ferindo a Resolução nº 23.600/2019, nos termos  da indicação da fonte pública dos dados na seleção do perfil dos eleitores, a não amostragem dos nomes dos candidatos em disco, a fim de não induzir o entrevistado na escolha e a não indicação dos recursos financeiros empregados na campanha.

O pedido de liminar foi parcialmente acatado pelo juiz eleitoral de Alta Floresta, Antônio Fábio Marquezini, a pedido da Coligação: “O futuro está em nossas Mãos” (Representada pelos partidos PDT e Cidadania), que determinou o prazo de 48 horas, a partir de hoje (09/11), sob pena de aplicação de multas diárias no valor de R$ 10 mil reais até o período de 20 dias e da impugnação da pesquisa realizada.

Além disso, a empresa deverá apresentar o nome do estatístico responsável acompanhado da assinatura de sua certificação no CONRE, a origem dos recursos despendidos para a pesquisa, ainda que realizada com recursos próprios, a metodologia e a fonte pública de cada entrevistado para seleção dos perfis dos eleitores que foram pesquisados.

EMPRESÁRIO É SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL E UTILIZA TELEFONE DA PREFEITURA PARA CONTATOS DA EMPRESA

Além de não possuir sede própria uma descoberta intrigante feita pelo departamento de investigação jornalística, mostra que o telefone da empresa apresentado na nota fiscal emitida pela prefeitura municipal de Colíder, de nº (66) 3541 1112, pertence a prefeitura municipal do município, indicado mais propriamente como sendo do gabinete do prefeito municipal.

TELEFONE DA EMPRESA CONSTA NA LISTA COMO SENDO DO GABINETE DO PREFEITO DE COLÍDER:

TELEFONE NA NOTA FISCAL EMITIDA PELA EMPRESA QUE FEZ A PESQUISA EM ALTA FLORESTA:

TELEFONE EM DOCUMENTO OFICIAL DA PREFEITURA DE COLÍDER HÁ MAIS DE CINCO ANOS:

Outro fato pra lá de espantoso, é que o empresário atendeu a nossa produção, por volta das 10:40hs da manhã, em horário que deveria estar trabalhando no setor de comunicação da prefeitura, em um posto de gasolina no centro da cidade, e no dia que fomos recebidos o mesmo estava chegando de viagem do município de Matupá, sem dizer ao certo se estava a serviço da prefeitura de Colíder.

 Resta saber se a empresa do referido Instituto de Pesquisas realmente possui sede própria, o que deveria já constara no registro junto a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – JUCEMAT, que tem critérios rigorosos quanto a localiza e ao funcionamento de empresas que atuam comercialmente, pois o endereço no qual se mantém no endereço cadastrado até hoje funcional uma clínica de estética facial.

PUNIÇÕES CRIMINAIS

Caso a empresa e seus representantes, não apresentem todas os esclarecimentos e justificativas legais até o prazo máximo de 20 dias poderão até serem responsabilizados criminalmente, e incorrerem em crime de desobediência previsto no Código Eleitoral Brasileiro, nos termos do Art. 347.

PESQUISA SENDO PULVERIZADA NOS BAIRROS

Além disso, a população de Alta Floresta está recebendo em seus endereços milhares de impressos com a publicação dos resultados da referida pesquisa feita pela empresa de gaveta e com certeza os menos orientados serão fortemente influenciados pelos números ali aplicados, os quais estão sendo questionados pela justiça eleitoral, durma-se com uma trovoada dessas.

DOCUMENTO DA RECEITA QUE MOSTRA ENDEREÇO DA SUPOSTA SEDE DA EMPRESA:

Empresa de gaveta fez pesquisa que coloca Chico Gamba em primeiro lugar

A história começou a tomar contornos suspeitos a partir do momento que se verificou que a empresa que fez a pesquisa, não foi encontrada no endereço citado no cartão de registro do CNPJ, e no local da mesma funciona apenas um salão de beleza e estética.

A residência onde deveria funcionar a empresa de pesquisas é uma salão de estética.

Nossa reportagem teve acesso a documentos que comprovam que a empresa, MGS “MARKTING” E DADOS (Nessa grafia mesmo), registrada sob o CNPJ – 10.607.783/0001-20, de propriedade do Sr. Mercio Gomes da Silva, (servidor do setor de comunicações da prefeitura de Colíder), e que deveria estar estabelecida legalmente na Rua Cuiabá, 465, no centro do município de Colíder (600 Km de Cuiabá), não passa de uma ficção e em contato com a moradora do imóvel, a mesma confirmou que há muitos anos atrás houve tal empresa no prédio indicado, mas que agora todo atendimento é feito pelo próprio empresário no prédio da prefeitura de Colíder, sendo a prefeitura o local de referência para se localizar o empresário, não repassando nenhum outro endereço comercial.

A referida empresa de pesquisas e dados, procurada por nossa produção para tomada de preços de pesquisas, alegou que foi contratada por um portal de notícias, também do município de Colíder e que há uma espécie de “parceria” entre as duas empresas, sendo que o portal é que seria o financiador de 100% da pesquisa, bem como o único interessado na divulgação da mesma.

Quanto ao custo de R$ 3.000,00, o próprio dono da agência de pesquisas confirmou que está bem abaixo do mercado, e nas palavras do próprio Mercio Gomes uma “pesquisa monitorada”, do mesmo porte, sairia por R$ 8 mil reais (mais barata), enquanto a “pesquisa registrada”, sairia ao custo de R$ 20 mil, sendo que a duração das mesmas seriam de dois dias de trabalho, com a possibilidade de ser entrevista 350 à 380 pessoas.

Na referida pesquisa registrada promovida em Alta Floresta, o resultado final apontou o candidato da Coligação “Pra Frente Alta Floresta”, Valdemar Gamba (Chico Gamba), com 26,22% na liderança, seguido do candidato da Coligação “Um novo tempo”, Delegado Vinícius Nazário, com 16,76%, sendo 15,41% (NS – Não sabem), O candidato Robson Silva, da Coligação “Rumo ao Futuro”, com 15,14%, o candidato Dida Pires, da Coligação ‘O futuro está em nossas mãos”, com 14,32%, e o candidato Rogério Colichio (PT), com 4.86%.

Ao explicar sobre a diferença de preços nos valores, que no caso da mais barata seria de 5 mil reais (150% a mais do valor pago), o dono da empresa alegou que o portal Nortão OnLine bancaria a diferença do valor, pois seria um “prestador de serviços” do portal, não revelando a fonte da origem do recurso original dos 3 mil reais.

Para a pesquisa de Alta Floresta, o proprietário da empresa afirmou que está realizou uma “pesquisa registrada” (que deveria custar 20 mil), ou seja, pelo valor de tabela cerca de 17 mil reais a mais do que foi paga para empresa contratante, para que o mesmo afirma ser um parceiro profissional.

Além da discrepância de preços, há que se observar que os valores de mercado, diga-se de passagem bem competitivo, com diversas empresas do ramo já instalada pelo Estado, servem para custear o pagamento do profissional técnico acadêmico responsável, que nesse caso é um estatístico, e no caso da pesquisa de Alta Floresta foi a Sra. Rosane Coelho da Silva Sales, registrada no Conselho Regional de Estatísticos – CONRE – 8233 – A, conforme consta em documento registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral – TRE.

Para nossa produção, o empresário declinou da proposta de realizar uma pesquisa em Alta Floresta, pois segundo ele, há uma grande demanda de pedidos e os prazos já se esgotaram desde o último dia 6 de Novembro, porém, não exitou em repassar o nosso contato para colegas de profissão que poderiam realizar o serviço desejado.

LIMINAR DEFERIDA CONTRA PESQUISA SUSPEITA

Após a divulgação da pesquisa, registrada no TRE sob o nº00284/2020,  que foi divulgada ontem (Domingo – 08/11), a Justiça Eleitoral, na pessoa do Juiz Antônio Fábio Marquezini, a empresa e o empresário responsável foram notificados judicialmente para prestar esclarecimentos no prazo de 48 horas, pois além do valor exorbitantemente menor do que o praticado no mercado de análises estatísticas, coleta de dados e pesquisa de opinião pública, a empresa estaria ferindo a Resolução nº 23.600/2019, nos termos  da indicação da fonte pública dos dados na seleção do perfil dos eleitores, a não amostragem dos nomes dos candidatos em disco, a fim de não induzir o entrevistado na escolha e a não indicação dos recursos financeiros empregados na campanha.

O pedido de liminar foi parcialmente acatado pelo juiz eleitoral de Alta Floresta, Antônio Fábio Marquezini, a pedido da Coligação: “O futuro está em nossas Mãos” (Representada pelos partidos PDT e Cidadania), que determinou o prazo de 48 horas, a partir de hoje (09/11), sob pena de aplicação de multas diárias no valor de R$ 10 mil reais até o período de 20 dias e da impugnação da pesquisa realizada.

Além disso, a empresa deverá apresentar o nome do estatístico responsável acompanhado da assinatura de sua certificação no CONRE, a origem dos recursos despendidos para a pesquisa, ainda que realizada com recursos próprios, a metodologia e a fonte pública de cada entrevistado para seleção dos perfis dos eleitores que foram pesquisados.

EMPRESÁRIO É SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL E UTILIZA TELEFONE DA PREFEITURA PARA CONTATOS DA EMPRESA

Além de não possuir sede própria uma descoberta intrigante feita pelo departamento de investigação jornalística, mostra que o telefone da empresa apresentado na nota fiscal emitida pela prefeitura municipal de Colíder, de nº (66) 3541 1112, pertence a prefeitura municipal do município, indicado mais propriamente como sendo do gabinete do prefeito municipal.

TELEFONE DA EMPRESA CONSTA NA LISTA COMO SENDO DO GABINETE DO PREFEITO DE COLÍDER:

TELEFONE NA NOTA FISCAL EMITIDA PELA EMPRESA QUE FEZ A PESQUISA EM ALTA FLORESTA:

TELEFONE EM DOCUMENTO OFICIAL DA PREFEITURA DE COLÍDER HÁ MAIS DE CINCO ANOS:

Outro fato pra lá de espantoso, é que o empresário atendeu a nossa produção, por volta das 10:40hs da manhã, em horário que deveria estar trabalhando no setor de comunicação da prefeitura, em um posto de gasolina no centro da cidade, e no dia que fomos recebidos o mesmo estava chegando de viagem do município de Matupá, sem dizer ao certo se estava a serviço da prefeitura de Colíder.

 Resta saber se a empresa do referido Instituto de Pesquisas realmente possui sede própria, o que deveria já constara no registro junto a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – JUCEMAT, que tem critérios rigorosos quanto a localiza e ao funcionamento de empresas que atuam comercialmente, pois o endereço no qual se mantém no endereço cadastrado até hoje funcional uma clínica de estética facial.

PUNIÇÕES CRIMINAIS

Caso a empresa e seus representantes, não apresentem todas os esclarecimentos e justificativas legais até o prazo máximo de 20 dias poderão até serem responsabilizados criminalmente, e incorrerem em crime de desobediência previsto no Código Eleitoral Brasileiro, nos termos do Art. 347.

PESQUISA SENDO PULVERIZADA NOS BAIRROS

Além disso, a população de Alta Floresta está recebendo em seus endereços milhares de impressos com a publicação dos resultados da referida pesquisa feita pela empresa de gaveta e com certeza os menos orientados serão fortemente influenciados pelos números ali aplicados, os quais estão sendo questionados pela justiça eleitoral, durma-se com uma trovoada dessas.

DOCUMENTO DA RECEITA QUE MOSTRA ENDEREÇO DA SUPOSTA SEDE DA EMPRESA:

Pesquisar matérias no Blog

Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: