sexta-feira, 30 de abril de 2021

Fiscal de Contrato pede a Secretário de Saúde e Prefeito de Alta Floresta suspensão do contrato com o Hospital Santa Rita

Na visível intenção de “tirar da reta” para com responsabilidades futuras, o Fiscal de Contrato pediu imediata suspensão do contrato com o hospital ao secretário de Saúde.

Na tarde desta Quinta-feira (29/04), O promotor de Justiça, Luciano Martins da Silva, anexou ao processo de Ação Civil Pública – ACP, nº 1002633-31.2021.8.11.0007, movido pela 1ª Promotoria de Justiça Cível de Alta Floresta, um documento emitido e assinado em 27/04 (Terça), pelo Fiscal de Contrato do município, Fábio Francoly Fraciscon, sugerindo em tom recomendatório, a suspensão do Contrato 028/2020, que trata do convênio da Prefeitura de Alta Floresta com o Hospital e Maternidade Santa Rita até o “desfecho” do caso.

O pedido, reencaminhado para os seguintes setores: Prefeito, Gestor do Contrato (Secretário de Saúde), Controle Interno, Procuradoria do Município, Câmara de Vereadores e com cópias para Ministério Público Estadual e Escritório Regional de Saúde, deixa claro ao prefeito Chico Gamba que em face as investigações instauradas pelas autoridades policiais e judiciais que se encontram em andamento é imperativo que o contrato seja suspenso, segundo a avaliação técnica do próprio Fiscal de Contrato, caso não seja, o mesmo estará resguardado juridicamente de acusações cíveis, administrativas e criminais, apesar de que poderia ter tomado essa decisão a qualquer tempo desde o início das denúncias e independente das investigações iniciadas.

No Ofício nº 37/2021, de uma página, o servidor apresenta como justificativas diversas considerações que estariam amparadas nos relatórios de inspeção anexados na própria ACP, aonde são relatadas pelas três inspeções (Visitas Técnicas Conjuntas) realizadas, as “inconformidades” que há 7 meses não são sanadas pela direção do hospital que recebeu verbas federais e estaduais mais que suficiente para fazê-lo.

“Assim, sugiro ao Gestor do Contrato (Secretário de Saúde) diante de todos esses apontamentos bem como o Ofício nº 121/2021,PROJUS Cível de Alta Floresta/MT que encontra se em averiguação a suspensão dos contratos até o devido desfecho.”

O ofício, assinado pelo Fiscal de Contrato e recebido na mesma data pelo Secretário de Municipal de Saúde, Lauriano Barella, que oficiou a prefeitura municipal, resume e orienta com todas as letras ao prefeito Chico Gamba que suspenda a contratação do hospital enquanto durar o processo cível e criminal que corre em desfavor da entidade médica hospitalar.

Ao faze isso, significa que a partir do recebimento do ofício reencaminhado pela secretaria de Saúde ao prefeito Chico Gamba, fica expresso e notificado que todas as responsabilidades futuras com relação ao contrato recairão exclusivamente sobre suas costas e do secretário de Saúde que não poderão, em hipótese alguma, dizer que não foram avisados por seus intendentes dos perigos de prosseguir em negligenciar as denúncias trazidas a tona que culminaram na abertura de investigações policiais que consequentemente, caso sejam comprovadas, trarão penalidades criminais, cíveis e administrativas.

Na tarde desta Quinta-feira (29/04), em matéria divulgada na imprensa do município, o prefeito Chico Gamba reafirmou a permanência do secretário municipal de Saúde no cargo, após forte pressão popular e de alguns vereadores da Câmara Municipal para a exoneração do mesmo.

Além disso, na tumultuada reunião de ontem (28/04), do Consórcio Tapajós, que compõe os 6 municípios (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Carlinda), atendidos pelo Hospital Santa Rita, por 4 votos a 2, o prefeito de Alta Floresta foi taxativo em dizer que o contrato com o hospital vai continuar até enquanto não houver outro local para remover os pacientes que continuam sendo atendidos nas UTIs investigadas.

SEGUE ABAIXO O OFÍCIO ANEXADO A ACP PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA NA DATA DE HOJE:

Doc 4 - oficio 037-2021 FC SMS AF 27.04.2021

LEIA TAMBÉM:

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Fiscal de Contrato pede a Secretário de Saúde e Prefeito de Alta Floresta suspensão do contrato com o Hospital Santa Rita

Na visível intenção de “tirar da reta” para com responsabilidades futuras, o Fiscal de Contrato pediu imediata suspensão do contrato com o hospital ao secretário de Saúde.

Na tarde desta Quinta-feira (29/04), O promotor de Justiça, Luciano Martins da Silva, anexou ao processo de Ação Civil Pública – ACP, nº 1002633-31.2021.8.11.0007, movido pela 1ª Promotoria de Justiça Cível de Alta Floresta, um documento emitido e assinado em 27/04 (Terça), pelo Fiscal de Contrato do município, Fábio Francoly Fraciscon, sugerindo em tom recomendatório, a suspensão do Contrato 028/2020, que trata do convênio da Prefeitura de Alta Floresta com o Hospital e Maternidade Santa Rita até o “desfecho” do caso.

O pedido, reencaminhado para os seguintes setores: Prefeito, Gestor do Contrato (Secretário de Saúde), Controle Interno, Procuradoria do Município, Câmara de Vereadores e com cópias para Ministério Público Estadual e Escritório Regional de Saúde, deixa claro ao prefeito Chico Gamba que em face as investigações instauradas pelas autoridades policiais e judiciais que se encontram em andamento é imperativo que o contrato seja suspenso, segundo a avaliação técnica do próprio Fiscal de Contrato, caso não seja, o mesmo estará resguardado juridicamente de acusações cíveis, administrativas e criminais, apesar de que poderia ter tomado essa decisão a qualquer tempo desde o início das denúncias e independente das investigações iniciadas.

No Ofício nº 37/2021, de uma página, o servidor apresenta como justificativas diversas considerações que estariam amparadas nos relatórios de inspeção anexados na própria ACP, aonde são relatadas pelas três inspeções (Visitas Técnicas Conjuntas) realizadas, as “inconformidades” que há 7 meses não são sanadas pela direção do hospital que recebeu verbas federais e estaduais mais que suficiente para fazê-lo.

“Assim, sugiro ao Gestor do Contrato (Secretário de Saúde) diante de todos esses apontamentos bem como o Ofício nº 121/2021,PROJUS Cível de Alta Floresta/MT que encontra se em averiguação a suspensão dos contratos até o devido desfecho.”

O ofício, assinado pelo Fiscal de Contrato e recebido na mesma data pelo Secretário de Municipal de Saúde, Lauriano Barella, que oficiou a prefeitura municipal, resume e orienta com todas as letras ao prefeito Chico Gamba que suspenda a contratação do hospital enquanto durar o processo cível e criminal que corre em desfavor da entidade médica hospitalar.

Ao faze isso, significa que a partir do recebimento do ofício reencaminhado pela secretaria de Saúde ao prefeito Chico Gamba, fica expresso e notificado que todas as responsabilidades futuras com relação ao contrato recairão exclusivamente sobre suas costas e do secretário de Saúde que não poderão, em hipótese alguma, dizer que não foram avisados por seus intendentes dos perigos de prosseguir em negligenciar as denúncias trazidas a tona que culminaram na abertura de investigações policiais que consequentemente, caso sejam comprovadas, trarão penalidades criminais, cíveis e administrativas.

Na tarde desta Quinta-feira (29/04), em matéria divulgada na imprensa do município, o prefeito Chico Gamba reafirmou a permanência do secretário municipal de Saúde no cargo, após forte pressão popular e de alguns vereadores da Câmara Municipal para a exoneração do mesmo.

Além disso, na tumultuada reunião de ontem (28/04), do Consórcio Tapajós, que compõe os 6 municípios (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Carlinda), atendidos pelo Hospital Santa Rita, por 4 votos a 2, o prefeito de Alta Floresta foi taxativo em dizer que o contrato com o hospital vai continuar até enquanto não houver outro local para remover os pacientes que continuam sendo atendidos nas UTIs investigadas.

SEGUE ABAIXO O OFÍCIO ANEXADO A ACP PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA NA DATA DE HOJE:

Doc 4 - oficio 037-2021 FC SMS AF 27.04.2021

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Ministério Público move Ação Civil Pública contra Hospital Santa Rita que tem 10 dias para reparar negligências

A LUZ DA JUSTIÇA – 

Caso a empresa não atenda as exigências do ACP em 10 dias, a multa diária será de 50 mil, culminando em uma indenização por danos morais coletivos de 500 mil, caso o hospital seja condenado.

A Ação Civil Pública Cível, nº 1002633-31.2021.8.11.0007, foi movida na tarde desta Terça-feira (27/04), pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, sob comando da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Alta Floresta, na pessoa do promotor Luciano Martins da Silva, junto a 6ª Vara de Justiça de Alta Floresta contra os réus: Hospital e Maternidade Santa Rita e seu proprietário, Marcelo Vinícius de Miranda.

Pede Ministério Público, que o Hospital providencie e corrija de imediato todas as “inconformidades” instadas no último Relatório de Visita Técnica Conjunta, do Escritório Regional da Secretaria Estadual de Saúde – ERS-AF (SES/MT) em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta – SMS/AF, realizada no dia 15/04 (Quinta).

Apesar do Hospital Santa Rita ter respondido aos apontamentos do Relatório de Visita Técnica Conjunta nº 04/2021/ERSAF/SES/MT, no último dia 26 de Abril (Segunda), por meio do Ofício nº 50/2021, encaminhado ao Ministério Público, Escritório Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde na tentativa de justificar-se e destacando que, finalmente, estava tomando providências na forma de uma lista infinita “readequações” das “inconformidades” citadas em denúncias desde Outubro de 2020, e reapresentadas na (Fevereiro) (Março) e (Abril) inspeção do ERS/AF e SMS/AF, não restou margens dúvidas para que o MP/MT ajuizasse Ação Civil Pública – ACP, no intuito de trazer de forma definitiva uma reparação e resposta aos anseios sociedade de Alta Floresta e região norte de Mato Grosso, que ficaram chocados com as acusações de negligências gravíssimas apresentadas contra o hospital.

Na Ação, que tem Pedido Antecipação de Tutela de Urgência, o Hospital tem 10 dias para apresentar de forma convincente que todas as exigências foram sanadas e não visa apenas garantir a melhoria e adequação do serviço público de saúde prestado pelos requeridos.

A ACP do MP de Alta Floresta não levou em consideração os impedimentos apontados pela Controladoria Geral do Município – CGM, emitidos em Parecer Técnico, em 18 de Agosto de 2020, aonde o Controlador Geral, Herbet Villarruel já declarava que havia indícios de direcionamento de contrato e favorecimento da empresa contratada pelo município ainda na gestão passada, revelando desde o início a percepção de que havia gritantes “inconformidades” legais  de ordem estruturais e trabalhistas para o credenciamento do referido hospital, que mesmo assim foi contratado pelo município.

O pedido ajuizado pelo MP, apresenta também uma peça trabalhista que mostra os contornos de como foi tratado um profissional de saúde, técnico de enfermagem, que tinha que conviver pacientes infectados, em ambientes com insalubridade em grau máximo, sendo que para conseguir receber integralmente seus direitos não observados pela empresa, precisou recorrer a Justiça do Trabalho.

O pedido deixa bem claro que NÃO tem por objetivo a execução (finalização) do contrato entre o hospital e o poder público (prefeitura), deixando tal decisão ao encargo do prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, que na condição de gestor do município é quem tem o poder de decidir sobre a continuidade ou não dos serviços contratados.

Apesar disso a peça ainda trás as recomendações dirigidas ao poder executivo, na pessoa do prefeito Chico Gamba e do Secretário Municipal de Saúde, Lauriano Barella, no bojo do processo investigatório do Inquérito Civil SIMP 000776-011/2021, que se iniciou após as denúncias do médico Wagner Jeferson Miranda Junior, em 12/04, aonde se lê que: 

o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO RECOMENDA que adote todas as providências cabíveis no âmbito administrativo ou judicial como, por ex., a aplicação das cominações contratuais, de modo a compelir o Hospital e Maternidade Santa Rita de Alta Floresta/MT a cumprir adequadamente o contrato firmado e prestar serviço de qualidade e dentro dos parâmetros normativos para a espécie.
Assinalo o prazo de 10 (dez) dias para que comprovação do acatamento da recomendação.
Ressalto que a omissão das medidas recomendadas nesta notificação poderá ensejar a responsabilização cível, administrativa e criminal dos agentes públicos responsáveis, além de outras medidas judiciais voltadas ao atendimento dos interesses da coletividade. (Pág. 703)

O peça processual com suas 709 páginas trás vigorosos argumentos que sustentam o pedido da ACP, principalmente no sentido de trazer a público todos os fatos que vem sendo denunciados e agora serão analisados a luz do Código Civil e Código Penal brasileiro.

SEGUE ABAIXO A AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO MP DE ALTA FLORESTA:

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Ministério Público move Ação Civil Pública contra Hospital Santa Rita que tem 10 dias para reparar negligências

A LUZ DA JUSTIÇA – 

Caso a empresa não atenda as exigências do ACP em 10 dias, a multa diária será de 50 mil, culminando em uma indenização por danos morais coletivos de 500 mil, caso o hospital seja condenado.

A Ação Civil Pública Cível, nº 1002633-31.2021.8.11.0007, foi movida na tarde desta Terça-feira (27/04), pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, sob comando da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Alta Floresta, na pessoa do promotor Luciano Martins da Silva, junto a 6ª Vara de Justiça de Alta Floresta contra os réus: Hospital e Maternidade Santa Rita e seu proprietário, Marcelo Vinícius de Miranda.

Pede Ministério Público, que o Hospital providencie e corrija de imediato todas as “inconformidades” instadas no último Relatório de Visita Técnica Conjunta, do Escritório Regional da Secretaria Estadual de Saúde – ERS-AF (SES/MT) em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta – SMS/AF, realizada no dia 15/04 (Quinta).

Apesar do Hospital Santa Rita ter respondido aos apontamentos do Relatório de Visita Técnica Conjunta nº 04/2021/ERSAF/SES/MT, no último dia 26 de Abril (Segunda), por meio do Ofício nº 50/2021, encaminhado ao Ministério Público, Escritório Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde na tentativa de justificar-se e destacando que, finalmente, estava tomando providências na forma de uma lista infinita “readequações” das “inconformidades” citadas em denúncias desde Outubro de 2020, e reapresentadas na (Fevereiro) (Março) e (Abril) inspeção do ERS/AF e SMS/AF, não restou margens dúvidas para que o MP/MT ajuizasse Ação Civil Pública – ACP, no intuito de trazer de forma definitiva uma reparação e resposta aos anseios sociedade de Alta Floresta e região norte de Mato Grosso, que ficaram chocados com as acusações de negligências gravíssimas apresentadas contra o hospital.

Na Ação, que tem Pedido Antecipação de Tutela de Urgência, o Hospital tem 10 dias para apresentar de forma convincente que todas as exigências foram sanadas e não visa apenas garantir a melhoria e adequação do serviço público de saúde prestado pelos requeridos.

A ACP do MP de Alta Floresta não levou em consideração os impedimentos apontados pela Controladoria Geral do Município – CGM, emitidos em Parecer Técnico, em 18 de Agosto de 2020, aonde o Controlador Geral, Herbet Villarruel já declarava que havia indícios de direcionamento de contrato e favorecimento da empresa contratada pelo município ainda na gestão passada, revelando desde o início a percepção de que havia gritantes “inconformidades” legais  de ordem estruturais e trabalhistas para o credenciamento do referido hospital, que mesmo assim foi contratado pelo município.

O pedido ajuizado pelo MP, apresenta também uma peça trabalhista que mostra os contornos de como foi tratado um profissional de saúde, técnico de enfermagem, que tinha que conviver pacientes infectados, em ambientes com insalubridade em grau máximo, sendo que para conseguir receber integralmente seus direitos não observados pela empresa, precisou recorrer a Justiça do Trabalho.

O pedido deixa bem claro que NÃO tem por objetivo a execução (finalização) do contrato entre o hospital e o poder público (prefeitura), deixando tal decisão ao encargo do prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, que na condição de gestor do município é quem tem o poder de decidir sobre a continuidade ou não dos serviços contratados.

Apesar disso a peça ainda trás as recomendações dirigidas ao poder executivo, na pessoa do prefeito Chico Gamba e do Secretário Municipal de Saúde, Lauriano Barella, no bojo do processo investigatório do Inquérito Civil SIMP 000776-011/2021, que se iniciou após as denúncias do médico Wagner Jeferson Miranda Junior, em 12/04, aonde se lê que: 

o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO RECOMENDA que adote todas as providências cabíveis no âmbito administrativo ou judicial como, por ex., a aplicação das cominações contratuais, de modo a compelir o Hospital e Maternidade Santa Rita de Alta Floresta/MT a cumprir adequadamente o contrato firmado e prestar serviço de qualidade e dentro dos parâmetros normativos para a espécie.
Assinalo o prazo de 10 (dez) dias para que comprovação do acatamento da recomendação.
Ressalto que a omissão das medidas recomendadas nesta notificação poderá ensejar a responsabilização cível, administrativa e criminal dos agentes públicos responsáveis, além de outras medidas judiciais voltadas ao atendimento dos interesses da coletividade. (Pág. 703)

O peça processual com suas 709 páginas trás vigorosos argumentos que sustentam o pedido da ACP, principalmente no sentido de trazer a público todos os fatos que vem sendo denunciados e agora serão analisados a luz do Código Civil e Código Penal brasileiro.

SEGUE ABAIXO A AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO MP DE ALTA FLORESTA:

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Ministério Público move Ação Civil Pública contra Hospital Santa Rita que tem 10 dias para reparar negligências

A LUZ DA JUSTIÇA – 

Caso a empresa não atenda as exigências do ACP em 10 dias, a multa diária será de 50 mil, culminando em uma indenização por danos morais coletivos de 500 mil, caso o hospital seja condenado.

A Ação Civil Pública Cível, nº 1002633-31.2021.8.11.0007, foi movida na tarde desta Terça-feira (27/04), pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, sob comando da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Alta Floresta, na pessoa do promotor Luciano Martins da Silva, junto a 6ª Vara de Justiça de Alta Floresta contra os réus: Hospital e Maternidade Santa Rita e seu proprietário, Marcelo Vinícius de Miranda.

Pede Ministério Público, que o Hospital providencie e corrija de imediato todas as “inconformidades” instadas no último Relatório de Visita Técnica Conjunta, do Escritório Regional da Secretaria Estadual de Saúde – ERS-AF (SES/MT) em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta – SMS/AF, realizada no dia 15/04 (Quinta).

Apesar do Hospital Santa Rita ter respondido aos apontamentos do Relatório de Visita Técnica Conjunta nº 04/2021/ERSAF/SES/MT, no último dia 26 de Abril (Segunda), por meio do Ofício nº 50/2021, encaminhado ao Ministério Público, Escritório Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde na tentativa de justificar-se e destacando que, finalmente, estava tomando providências na forma de uma lista infinita “readequações” das “inconformidades” citadas em denúncias desde Outubro de 2020, e reapresentadas na (Fevereiro) (Março) e (Abril) inspeção do ERS/AF e SMS/AF, não restou margens dúvidas para que o MP/MT ajuizasse Ação Civil Pública – ACP, no intuito de trazer de forma definitiva uma reparação e resposta aos anseios sociedade de Alta Floresta e região norte de Mato Grosso, que ficaram chocados com as acusações de negligências gravíssimas apresentadas contra o hospital.

Na Ação, que tem Pedido Antecipação de Tutela de Urgência, o Hospital tem 10 dias para apresentar de forma convincente que todas as exigências foram sanadas e não visa apenas garantir a melhoria e adequação do serviço público de saúde prestado pelos requeridos.

A ACP do MP de Alta Floresta não levou em consideração os impedimentos apontados pela Controladoria Geral do Município – CGM, emitidos em Parecer Técnico, em 18 de Agosto de 2020, aonde o Controlador Geral, Herbet Villarruel já declarava que havia indícios de direcionamento de contrato e favorecimento da empresa contratada pelo município ainda na gestão passada, revelando desde o início a percepção de que havia gritantes “inconformidades” legais  de ordem estruturais e trabalhistas para o credenciamento do referido hospital, que mesmo assim foi contratado pelo município.

O pedido ajuizado pelo MP, apresenta também uma peça trabalhista que mostra os contornos de como foi tratado um profissional de saúde, técnico de enfermagem, que tinha que conviver pacientes infectados, em ambientes com insalubridade em grau máximo, sendo que para conseguir receber integralmente seus direitos não observados pela empresa, precisou recorrer a Justiça do Trabalho.

O pedido deixa bem claro que NÃO tem por objetivo a execução (finalização) do contrato entre o hospital e o poder público (prefeitura), deixando tal decisão ao encargo do prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, que na condição de gestor do município é quem tem o poder de decidir sobre a continuidade ou não dos serviços contratados.

Apesar disso a peça ainda trás as recomendações dirigidas ao poder executivo, na pessoa do prefeito Chico Gamba e do Secretário Municipal de Saúde, Lauriano Barella, no bojo do processo investigatório do Inquérito Civil SIMP 000776-011/2021, que se iniciou após as denúncias do médico Wagner Jeferson Miranda Junior, em 12/04, aonde se lê que: 

o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO RECOMENDA que adote todas as providências cabíveis no âmbito administrativo ou judicial como, por ex., a aplicação das cominações contratuais, de modo a compelir o Hospital e Maternidade Santa Rita de Alta Floresta/MT a cumprir adequadamente o contrato firmado e prestar serviço de qualidade e dentro dos parâmetros normativos para a espécie.
Assinalo o prazo de 10 (dez) dias para que comprovação do acatamento da recomendação.
Ressalto que a omissão das medidas recomendadas nesta notificação poderá ensejar a responsabilização cível, administrativa e criminal dos agentes públicos responsáveis, além de outras medidas judiciais voltadas ao atendimento dos interesses da coletividade. (Pág. 703)

O peça processual com suas 709 páginas trás vigorosos argumentos que sustentam o pedido da ACP, principalmente no sentido de trazer a público todos os fatos que vem sendo denunciados e agora serão analisados a luz do Código Civil e Código Penal brasileiro.

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terça-feira, 27 de abril de 2021

13ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Alta Floresta - 27/04/21

Recursos federais destinados ao Hospital Santa Rita ensejam investigação do MPF

Só pelos primeiros 3 meses de repasses o Hospital recebeu em 2020, R$ 1.440,000,00 do Ministério da Saúde, segundo a Portaria nº 2.814

As UTIs credenciadas pelo Ministério da Saúde para receber dinheiro público federal, foram habilitadas no dia 14 de Outubro de 2020, mediante os repasses de R$ 480,00 por mês, (R$ 480.000,00 X 3 = R$ 1.440.000,00) pelas primeiras 10 UTIs, com dinheiro recebido até hoje (6 meses e 13 dias), daria pra manter toda estrutura remédios e equipamentos que os relatórios das inspeções deram por faltosos, sem contar os repasses estaduais e municipais.

O valor destinado para o Hospital e Maternidade Santa Rita, pelo Governo Federal foram o dobro que os recursos destinados mensalmente ao município de Rondonópolis (236.042 habitantes), a segunda maior cidade do Estado de Mato Grosso, que obteve apenas (R$ 240.000,00 X 3 = R$ 720.000,00), pelo mesmo número de leitos de UTIs.

Conforme a Portaria nº 237, de 16 de Março de 2020, o custo diário de cada UTI mantida com dinheiro federal repassado ao Hospital Santa Rita foi de R$ 1.600,00, sendo inclusos todos os insumos necessários para os procedimentos para a manutenção da vida de cada paciente diagnosticado com a Covid-19, conforme Tabela de Procedimentos, para paciente de adultos de média e alta complexidade e também os pacientes de UTI pediátrica, anexada  e detalhada na Portaria que rege como dinheiro público deveria ser aplicado.

Além dos repasses iniciais de R$ 1.440,000,00 em 2020, o Hospital teria recebido outras duas parcelas em datas separadas, totalizando Cerca de R$ 768,000,00, sendo uma parcela de R$ 288.000,00 e outra de R$ 480.000,00.

Os valores foram apresentados nas Portarias do Ministério da Saúde, sendo a última em, no valor de mais R$ 480.000,00 (Portaria GM/MS Nº 624), e outra verba, em 02 de Março de 2021, por meio da (Portaria GM/MS Nº 373) – R$ 288.000,00.

Ao todo, os repasses ao Hospital Santa Rita oriundos do Governo Federal somados são da conta de R$ 2.208,000,00 (Dois Milhões e Duzentos e Oito Mil Reais), pelo período de 6 meses.

Segundo o portal do Ministério da Saúde, em todo esse período (6 meses) para o Hospital Regional Albert Sabin em Alta Floresta, foram repassados apenas R$ 100.531,20 (Cem Mil e Quinhentos e Trinta e Um Reais e Vinte Centavos), conforme a Portaria GM/MS Nº 561, de 26 de Março de 2021.

 O valor corresponde a apenas 7 leitos de UTIs que compõem a unidade estadual, ou seja,  menos de 5% dos valores repassados ao Hospital Santa Rita.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

É grave o estado de saúde do Dr. Oscar Miranda, internado no Hospital Santa Rosa em Cuiabá

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A internação ocorreu na Sexta-feira (23/04), segundo o áudio da colega de profissão do médico que circula nos grupos de Whatsapp.

O conhecido médico perito do INSS, servidor público federal, que também atua como plantonista no Hospital Santa Rita de Alta Floresta, Dr. Oscar Vanderlei Miranda, sendo este um dos irmãos do proprietário do Hospital, Dr. Marcelo Vinícius Miranda.

Segundo nossas fontes, o médico teria positivado a partir de Segunda (12/04), e teria sido encaminhado as pressas para Cuiabá na Quinta (22/04), no final da tarde, e recebido no Hospital Santa Rosa na Sexta (23/04), às 07:00 hs.

O médico, foi transladado da porta de sua residência, por uma ambulância do próprio Hospital e Maternidade Santa Rita, aonde estava recolhido em tratamento por 10 dias, sem fazer uso um dia se quer dos leitos de UTIs do Santa Rita, e já estava sob o uso de oxigênio, com graves dificuldades respiratórias.

O fato de o médico dispor do parentesco com o proprietário do Hospital Santa Rita (irmão), ser membro da equipe médica que atende na unidade de saúde, surpreendeu a população de Alta Floresta que passou a se perguntar por que o mesmo não preferiu ser atendido pelo próprio estabelecimento aonde trabalha, tendo sido este devidamente credenciado pelo Sistema Único de Saúde – SUS, como hospital de atendimento para a Covid-19, e disponibilizando 10 leitos de UTIs particulares, que se imagina que disponham de todos os recursos e níveis de qualidade para atender um paciente em estado de altíssima complexidade.

No áudio emitido pela fisioterapeuta, Katilaine Biazotto Almeida, que é colega de trabalho do médico no município de Carlinda, a profissional solicita a todos do grupo da Igreja Batista de Carlinda, para “levantar um clamor em oração”, pelos profissionais de saúde do município e ao mesmo tempo repassa a informação de que o Dr. Oscar Miranda estaria sendo internado naquele momento na UTI do Hospital Santa Rosa, que fica em Cuiabá, hospital particular considerado um dos mais competentes do Estado.

“O dr. Oscar, neste momento foi pra UTI, ele está em Cuiabá, na UTI do Santa Rosa… com bastante comprometimento pulmonar…”

Após a mensagem uma grande onda de comentários começaram a circular pelas redes sociais, bem como o áudio publicado, que imediatamente viralizou entre milhares de grupos de Whatsapp da região devido ao grande apreço e amizade que o médico possui ao longo de anos dedica a frente do INSS de Alta Floresta, que atende também a região norte de Mato Grosso.

A fisioterapeuta cita ainda no áudio que conversou com a esposa do Dr. Oscar Miranda, Maíra, que estaria muito abalada, sendo necessário a internação repentina na UTI do Hospital Santa Rosa, 24 horas após a sua chegada.

Até o momento o que se sabe é que o estado do médico é grave e se encontra internado na UTI, do Hospital Santa Rosa aonde um de seus filhos, que também é médico, trabalha.

A qualquer momento, traremos mais informações sobre as evoluções do estado de saúde do Dr. Oscar Miranda de Alta Floresta.

 

É grave o estado de saúde do Dr. Oscar Miranda, internado no Hospital Santa Rosa em Cuiabá

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A internação ocorreu na Sexta-feira (23/04), segundo o áudio da colega de profissão do médico que circula nos grupos de Whatsapp.

O conhecido médico perito do INSS, servidor público federal, que também atua como plantonista no Hospital Santa Rita de Alta Floresta, Dr. Oscar Vanderlei Miranda, sendo este um dos irmãos do proprietário do Hospital, Dr. Marcelo Vinícius Miranda.

Segundo nossas fontes, o médico teria positivado a partir de Segunda (12/04), e teria sido encaminhado as pressas para Cuiabá na Quinta (22/04), no final da tarde, e recebido no Hospital Santa Rosa na Sexta (23/04), às 07:00 hs.

O médico, foi transladado da porta de sua residência, por uma ambulância do próprio Hospital e Maternidade Santa Rita, aonde estava recolhido em tratamento por 10 dias, sem fazer uso um dia se quer dos leitos de UTIs do Santa Rita, e já estava sob o uso de oxigênio, com graves dificuldades respiratórias.

O fato de o médico dispor do parentesco com o proprietário do Hospital Santa Rita (irmão), ser membro da equipe médica que atende na unidade de saúde, surpreendeu a população de Alta Floresta que passou a se perguntar por que o mesmo não preferiu ser atendido pelo próprio estabelecimento aonde trabalha, tendo sido este devidamente credenciado pelo Sistema Único de Saúde – SUS, como hospital de atendimento para a Covid-19, e disponibilizando 10 leitos de UTIs particulares, que se imagina que disponham de todos os recursos e níveis de qualidade para atender um paciente em estado de altíssima complexidade.

No áudio emitido pela fisioterapeuta, Katilaine Biazotto Almeida, que é colega de trabalho do médico no município de Carlinda, a profissional solicita a todos do grupo da Igreja Batista de Carlinda, para “levantar um clamor em oração”, pelos profissionais de saúde do município e ao mesmo tempo repassa a informação de que o Dr. Oscar Miranda estaria sendo internado naquele momento na UTI do Hospital Santa Rosa, que fica em Cuiabá, hospital particular considerado um dos mais competentes do Estado.

“O dr. Oscar, neste momento foi pra UTI, ele está em Cuiabá, na UTI do Santa Rosa… com bastante comprometimento pulmonar…”

Após a mensagem uma grande onda de comentários começaram a circular pelas redes sociais, bem como o áudio publicado, que imediatamente viralizou entre milhares de grupos de Whatsapp da região devido ao grande apreço e amizade que o médico possui ao longo de anos dedica a frente do INSS de Alta Floresta, que atende também a região norte de Mato Grosso.

A fisioterapeuta cita ainda no áudio que conversou com a esposa do Dr. Oscar Miranda, Maíra, que estaria muito abalada, sendo necessário a internação repentina na UTI do Hospital Santa Rosa, 24 horas após a sua chegada.

Até o momento o que se sabe é que o estado do médico é grave e se encontra internado na UTI, do Hospital Santa Rosa aonde um de seus filhos, que também é médico, trabalha.

A qualquer momento, traremos mais informações sobre as evoluções do estado de saúde do Dr. Oscar Miranda de Alta Floresta.

 

domingo, 25 de abril de 2021

Vice prefeita de Alta Floresta tem mercado assaltado e passa momentos de...

Roubo foi registrado na noite de ontem (24) no bairro Bom Pastor em Alta Floresta. Dois homens armados renderam o casal, proprietários do mercado, com atos violentos e ameaças a dupla levou dinheiro e aparelho celular. A ação foi registrada pelas câmeras de circuito interno no escritório do estabelecimento. Um dos suspeitos foi detido.

Conforme registro da Polícia Militar, uma das vítimas relatou que estava saindo quando foi abordado pela dupla, um deles com arma em punho. O casal e um funcionário foi levado ao escritório do mercado, as imagens mostram a vice prefeita Roseli Rampazio e o esposo sendo agredidos. A dupla agitada e violenta exigia dinheiro, emitindo ameaças durante a ação. O valor levado gira em torno de R$ 2 mil em notas de pequeno valor e um aparelho celular.

Um dos suspeitos foi reconhecido pela vítima, que relatou que por volta das 09h o suspeito esteve no mercado solicitando que um cheque no valor de R$ 800,00 fosse trocado. O cheque apresentava rasuras, o titular do cheque informou que o valor era de R$ 300,00, fatos que levaram a não trocar o cheque para o suspeito. Diante a negativa da troca do cheque o suspeito ameaçou dizendo que "eles viriam o cheque rasurado".

A equipe de Força Tática localizou o suspeito, que estava na mesma casa com seu padrasto. O padrasto do suspeito informou que que durante todo o dia o jovem teve atitude suspeita com um outro amigo e conversavam baixo, e que estava fora na hora do roubo, o padrasto ainda afirmou que o suspeito ao chegar fez relatos de que o mercado foi roubado. Durante a abordagem o suspeito investiu contra a equipe de militares, que fizeram o uso de espargidor de pimenta para conter o suspeito.

O suspeito foi detido e encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária Civil para as devidas providências.


"CARREATA DA VERDADE" EM PROTESTO AS DENÚNCIAS CONTRA O HOSPITAL SANTA R...

terça-feira, 20 de abril de 2021

BOMBA | Documentos revelam que SES/MT e Sec. de Saúde de Alta Floresta sabiam "de tudo" desde Outubro de 2020

Denúncias sem respostas orbitam contra o Hospital Santa Rita desde os primeiros meses em que foi credenciado pelo Ministério da Saúde e vem recebendo recursos públicos federais e estaduais.

Desde de 1 de Outubro de 2020, o Escritório Regional de Saúde do Estado de Mato Grosso – ERS/MT-AF, enviou ofício em forma de denúncias, endereçados a Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta e ao fiscal de contrato, escalado desde o início, o enfermeiro Fábio Francoly Franciscon, que tem por papel supervisionar o estado das UTIs e a aplicação dos recursos dentro do Hospital Santa Rita, e que tinha por obrigação notificar, relatar e documentar qualquer tipo de situação de risco aos pacientes perante a secretaria de saúde.

As denúncias, que foram levadas em 1 de Outubro de 2020, há exatos 6 meses e 20 dias, ao ERS/MT – AF, que responde pela Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT no município e na região de Alta Floresta, por meio do Ofício nº 016/CA/ERS-AF/2020, relatadas por um grupo de profissionais de saúde que atuava nas UTIs do Hospital Santa Rita, acusam o mesmo de manter “inconformidades” recorrentes naquela Unidade médica, que seriam:

  1. Ausência de profissionais nos plantões (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem);
  2. Falta de insumos e medicamentos para assistência aos pacientes;
  3. Aparelho de hemodiálise não está funcionando.

Basicamente, uma “xerox” do “De ja vú” de denúncias de insuficiência operacional, apresentados pelo médico Wagner J. Miranda Junior, em 12 de Abril de 2021, a saber, falta de insumos, medicamentos, equipamentos e profissionais insuficientes, que conforme disse o Dr. Wagner Miranda, “acabaria fazendo grande diferença entre a vida e a morte de pacientes” ali internados.

No ofício, assinado pela diretoria do ERS-AF, na pessoa de sua Diretora, Evânia Maria Roman,  e duas Técnicas de Controle e Avaliação, o documento relata que, diante dos fatos, a secretaria precisa tomar providências imediatadas e que aguarda por respostas da secretaria.

O ofício em forma de denúncia foi recebido e assinado na época, no mesmo dia em que foi emitido (01/10/2020), às 11:05 hs, pelo então secretário municipal de Saúde, Marcelo Alécio Costa, na gestão Asiel Bezerra, pela supervisora Médica Autorizada da secretaria, Luana Pereira Costa e pelo enfermeiro, Eder Modesto Mendonça.

Procuramos a diretora do ERS-AF, Evânia Maria Roman, e fomo atendidos pela substituta Alcinéia Oliveira Souza, em razão da diretora estar de férias e fomos informados que jamais obtiveram as devidas respostas por parte da secretaria, exigidas no documento.

Questionamos a servidora estadual, se não deveriam ter pressionado e cobrado da secretaria após tanto tempo de atraso na informações, e a mesma nos disse apenas que não era função do ERS-AF fiscalizar ou cobrar respostas do hospital e sim a secretaria municipal de saúde, apesar do documento deixar explicitado que: “ficamos no aguardo de uma resposta”.

O Hospital e Maternidade Santa Rita é terceirizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, que repassa recursos públicos através da Prefeitura Municipal de Alta Floresta por meio de um contrato de convênio que exige que o prestador de serviços forneça todas as informações necessárias quando requisitadas.

POR QUE A SECRETARIA DE SAÚDE NUNCA ACIONOU O CONTRATO?

A secretaria municipal de Saúde, comandada desde de 1 de Janeiro de 2021 (4 meses e 20 dias), pelo secretário, Lauriano Barella, recebeu todas as informações e documentos dos andamentos administração da crise instalada em razão da Covid-19, porém, apesar de ter ciência da sonegação de informações, relativas as denúncias, praticadas pelo Hospital Santa Rita, aparentemente nunca tomou qualquer atitude efetiva que pudesse impedir a continuidade das negligências denunciadas, como reza os termos do contrato 028/2020.

Na condição gestora do contrato firmado entre a empresa privada e o município, a prefeitura detém a legalidade de, em casos como esses, até cancelar ou suspender o contrato e consequentemente o repasse de verbas, mas, em nenhum momento tomou qualquer providências, permitindo que por mais de 6 meses o hospital persistisse com as improbidades e descasos que fatalmente podem ter contribuído para a morte de pacientes no interior do hospital, como a falta de respiradores que só foram providenciados após o escândalo vir a tona na última Segunda-feira (12/04), por meio de denúncia crime apresentada pelo médico Wagner Jeferson Miranda Junior, sobrinho do proprietário do hospital e ex-funcionário demitido por “cobrar” mais qualidade e humanidade  para com os pacientes.  

A provável omissão  por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta, e do fiscal de contrato, servidor do município por relatar quaisquer negligências já vem se arrastando há mais de seis meses, e nada foi feito, apenas ofícios mal cobrados e sem respostas, até o caso ser trazido a tona pelas denúncias do Dr. Wagner Miranda.

A RESPOSTA DA SECRETARIA DE SAÚDE

Em resposta a nossa solicitação, quanto a informações que o Hospital deveria, por obrigação de contrato repassar a secretaria, o departamento jurídico nos remeteu um documento encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso, em forma de respostas, “Ref: Elucidação de denúncias que a instituição não responde até o momento”, por meio do Ofício nº 13/2020/FC/SMS/AF, assinado em 13 de Outubro de 2020, encaminhado pelo Dr. Francis Dias Paiva, Chefe de Processos Judiciais da Secretaria Municipal de Saúde, pedindo providências ao MP e para que fossem tomadas as “medidas necessárias”, aonde atesta que:

“Diante do exposto e a fim de viabilizar o fiel cumprimento do contrato 028/2020,  frente a inércia do Hospital e Maternidade Santa Rita em responder os questionamentos solicitados, vem a presença de Vossa Excelência solicitar que sejam tomadas medidas necessárias a fim de dar efetivo cumprimento ao contrato 028/2020, referente a habilitação de 10 leitos de UTI Adulto II e 30 leitos de Enfermaria – Síndrome Respiratória Aguda Grave – (SRAG) – COVID 19.

Deste modo, solicitamos o apoio para que possam ser esclarecidas tais denúncias.”

O QUE DISSE O MINISTÉRIO PÚBLICO

Em conversa com o Promotor, Luciano Martins da Silva, que solicitou as investigações a Polícia Judiciária Civil, após as denúncias do Dr. Wagner J. Miranda Junior, apesar dos fatos narrados pelo médico, o MP já vinha mantendo em sigilo uma investigação interna, que passou a ser pública, a partir de Março/21, na segunda inspeção, com mais solicitação de provas e documentos a entidade e aos órgãos competentes, para dar início as medidas cabíveis.

Afirmou que além dessa última inspeção ocorrida na semana passada, a pedido do MP, outras duas foram realizadas e realmente boa parte das denúncias se confirmaram, como equipamentos não adquiridos, ausência de equipes de profissionais de saúde e baixo estoque de medicamentos, que segundo o hospital estavam faltosos devido a logística que se dá entre a farmácia e a cesta de remédios dos pacientes.

Segundo o Promotor, última vistoria realizada nos dias 15 e 16 de Abril, será encaminhada hoje ao Ministério Público e trará luz as últimas denúncias apresentadas e quanto ao atraso por parte do hospital em cumprir os termos assinados em contrato.

CONCLUSÃO

Alheia as suas responsabilidades, a prefeitura municipal, no quesito da pasta da saúde, deixou a desejar e muito para a população de Alta Floresta, demonstrando omissão, irresponsabilidade, indisplicência, despreparo e inexperiência, no cometimento de erros gravíssimos, visivelmente evitáveis.

E o pior de tudo ainda, é que tenta fazer do Ministério Público seu “garoto de recados”, quando a mesma secretaria é a principal mantenedora dos contratos firmados, os quais independem de qualquer manifestação ministerial para poder agir, tanto de ofício como representante legal do dinheiro público investido, absurdamente permitiu que as negligências se perpetuassem por mais de 6 meses, tomando conhecimento desde o primeiro momento de denúncias graves e não oficiou em nenhum momento a suspensão do contrato e ou manifestou interesse em fazê-lo, conforme explicitado nas Cláusulas – 10 (DAS PENALIDADES), 11 (DA RESCISÃO CONTRATUAL) 13.7 (DOS PAGAMENTOS) e 16.3 (DAS DISPOSIÇÕES FINAIS), do contrato original nº 028/2020, assinado em 20 de Agosto de 2020.

Pelo contrário, esteve a todo momento ao lado do hospital, inclusive pleiteando junto ao governo do Estado de Mato Grosso e Ministério da Saúde a aquisição de mais 60 leitos já adquiridos que serão integralmente administrados pelo Hospital Santa Rita. 

O valor inicial a ser repassado originalmente ao Hospital, por cada 6 meses de atividades, será de R$ 5.220,000,00 (Cinco Milhões e Duzentos e vinte mil reais), ou “conforme produção diária de internação, sendo por demanda mensal de efetiva internação para os leitos clínico e por valor mensal fechado para os leitos de UTI Adulto”.

Nas últimas 24 horas, mais quatro pessoas morreram de Covid-19 em Alta Floresta e região, ultrapassando o número de 92 óbitos no município, até Dezembro de 2020 foram 26 óbitos enquanto nos últimos 4 meses o quadro de mortes triplicou.

LISTA DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS

PRIMEIRAS DENÚNCIAS APRESENTADAS EM 01 DE OUTUBRO DE 2020:

irregularidades no santa rita

DOCUMENTO ENCAMINHADO PELA SEC. DE SAÚDE AO MP CORROBORANDO AS DENÚNCIAS DE OUTUBRO DE 2020:

of. 13- denúncias

TERMOS DE INSPEÇÕES RECENTES DAS EQUIPES DE SAÚDE QUE COMPROVAM AS DENÚNCIAS DO DR. WAGNER MIRANDA:

Páginas 11_20 - rotocolo_000776-011-2021-11-20

CONTRATOS FIRMADOS ENTRE O HOSPITAL SANTA RITA E A PREFEITURA MUNICIPAL:

Contratos_prefeitura hospital SR - Protocolo_000776-011-2021-144-183

BOMBA | Documentos revelam que SES/MT e Sec. de Saúde de Alta Floresta sabiam "de tudo" desde Outubro de 2020

Denúncias sem respostas orbitam contra o Hospital Santa Rita desde os primeiros meses em que foi credenciado pelo Ministério da Saúde e vem recebendo recursos públicos federais e estaduais.

Desde de 1 de Outubro de 2020, o Escritório Regional de Saúde do Estado de Mato Grosso – ERS/MT-AF, enviou ofício em forma de denúncias, endereçados a Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta e ao fiscal de contrato, escalado desde o início, o enfermeiro Fábio Francoly Franciscon, que tem por papel supervisionar o estado das UTIs e a aplicação dos recursos dentro do Hospital Santa Rita, e que tinha por obrigação notificar, relatar e documentar qualquer tipo de situação de risco aos pacientes perante a secretaria de saúde.

As denúncias, que foram levadas em 1 de Outubro de 2020, há exatos 6 meses e 20 dias, ao ERS/MT – AF, que responde pela Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT no município e na região de Alta Floresta, por meio do Ofício nº 016/CA/ERS-AF/2020, relatadas por um grupo de profissionais de saúde que atuava nas UTIs do Hospital Santa Rita, acusam o mesmo de manter “inconformidades” recorrentes naquela Unidade médica, que seriam:

  1. Ausência de profissionais nos plantões (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem);
  2. Falta de insumos e medicamentos para assistência aos pacientes;
  3. Aparelho de hemodiálise não está funcionando.

Basicamente, uma “xerox” do “De ja vú” de denúncias de insuficiência operacional, apresentados pelo médico Wagner J. Miranda Junior, em 12 de Abril de 2021, a saber, falta de insumos, medicamentos, equipamentos e profissionais insuficientes, que conforme disse o Dr. Wagner Miranda, “acabaria fazendo grande diferença entre a vida e a morte de pacientes” ali internados.

No ofício, assinado pela diretoria do ERS-AF, na pessoa de sua Diretora, Evânia Maria Roman,  e duas Técnicas de Controle e Avaliação, o documento relata que, diante dos fatos, a secretaria precisa tomar providências imediatadas e que aguarda por respostas da secretaria.

O ofício em forma de denúncia foi recebido e assinado na época, no mesmo dia em que foi emitido (01/10/2020), às 11:05 hs, pelo então secretário municipal de Saúde, Marcelo Alécio Costa, na gestão Asiel Bezerra, pela supervisora Médica Autorizada da secretaria, Luana Pereira Costa e pelo enfermeiro, Eder Modesto Mendonça.

Procuramos a diretora do ERS-AF, Evânia Maria Roman, e fomo atendidos pela substituta Alcinéia Oliveira Souza, em razão da diretora estar de férias e fomos informados que jamais obtiveram as devidas respostas por parte da secretaria, exigidas no documento.

Questionamos a servidora estadual, se não deveriam ter pressionado e cobrado da secretaria após tanto tempo de atraso na informações, e a mesma nos disse apenas que não era função do ERS-AF fiscalizar ou cobrar respostas do hospital e sim a secretaria municipal de saúde, apesar do documento deixar explicitado que: “ficamos no aguardo de uma resposta”.

O Hospital e Maternidade Santa Rita é terceirizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, que repassa recursos públicos através da Prefeitura Municipal de Alta Floresta por meio de um contrato de convênio que exige que o prestador de serviços forneça todas as informações necessárias quando requisitadas.

POR QUE A SECRETARIA DE SAÚDE NUNCA ACIONOU O CONTRATO?

A secretaria municipal de Saúde, comandada desde de 1 de Janeiro de 2021 (4 meses e 20 dias), pelo secretário, Lauriano Barella, recebeu todas as informações e documentos dos andamentos administração da crise instalada em razão da Covid-19, porém, apesar de ter ciência da sonegação de informações, relativas as denúncias, praticadas pelo Hospital Santa Rita, aparentemente nunca tomou qualquer atitude efetiva que pudesse impedir a continuidade das negligências denunciadas, como reza os termos do contrato 028/2020.

Na condição gestora do contrato firmado entre a empresa privada e o município, a prefeitura detém a legalidade de, em casos como esses, até cancelar ou suspender o contrato e consequentemente o repasse de verbas, mas, em nenhum momento tomou qualquer providências, permitindo que por mais de 6 meses o hospital persistisse com as improbidades e descasos que fatalmente podem ter contribuído para a morte de pacientes no interior do hospital, como a falta de respiradores que só foram providenciados após o escândalo vir a tona na última Segunda-feira (12/04), por meio de denúncia crime apresentada pelo médico Wagner Jeferson Miranda Junior, sobrinho do proprietário do hospital e ex-funcionário demitido por “cobrar” mais qualidade e humanidade  para com os pacientes.  

A provável omissão  por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta, e do fiscal de contrato, servidor do município por relatar quaisquer negligências já vem se arrastando há mais de seis meses, e nada foi feito, apenas ofícios mal cobrados e sem respostas, até o caso ser trazido a tona pelas denúncias do Dr. Wagner Miranda.

A RESPOSTA DA SECRETARIA DE SAÚDE

Em resposta a nossa solicitação, quanto a informações que o Hospital deveria, por obrigação de contrato repassar a secretaria, o departamento jurídico nos remeteu um documento encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso, em forma de respostas, “Ref: Elucidação de denúncias que a instituição não responde até o momento”, por meio do Ofício nº 13/2020/FC/SMS/AF, assinado em 13 de Outubro de 2020, encaminhado pelo Dr. Francis Dias Paiva, Chefe de Processos Judiciais da Secretaria Municipal de Saúde, pedindo providências ao MP e para que fossem tomadas as “medidas necessárias”, aonde atesta que:

“Diante do exposto e a fim de viabilizar o fiel cumprimento do contrato 028/2020,  frente a inércia do Hospital e Maternidade Santa Rita em responder os questionamentos solicitados, vem a presença de Vossa Excelência solicitar que sejam tomadas medidas necessárias a fim de dar efetivo cumprimento ao contrato 028/2020, referente a habilitação de 10 leitos de UTI Adulto II e 30 leitos de Enfermaria – Síndrome Respiratória Aguda Grave – (SRAG) – COVID 19.

Deste modo, solicitamos o apoio para que possam ser esclarecidas tais denúncias.”

O QUE DISSE O MINISTÉRIO PÚBLICO

Em conversa com o Promotor, Luciano Martins da Silva, que solicitou as investigações a Polícia Judiciária Civil, após as denúncias do Dr. Wagner J. Miranda Junior, apesar dos fatos narrados pelo médico, o MP já vinha mantendo em sigilo uma investigação interna, que passou a ser pública, a partir de Março/21, na segunda inspeção, com mais solicitação de provas e documentos a entidade e aos órgãos competentes, para dar início as medidas cabíveis.

Afirmou que além dessa última inspeção ocorrida na semana passada, a pedido do MP, outras duas foram realizadas e realmente boa parte das denúncias se confirmaram, como equipamentos não adquiridos, ausência de equipes de profissionais de saúde e baixo estoque de medicamentos, que segundo o hospital estavam faltosos devido a logística que se dá entre a farmácia e a cesta de remédios dos pacientes.

Segundo o Promotor, última vistoria realizada nos dias 15 e 16 de Abril, será encaminhada hoje ao Ministério Público e trará luz as últimas denúncias apresentadas e quanto ao atraso por parte do hospital em cumprir os termos assinados em contrato.

CONCLUSÃO

Alheia as suas responsabilidades, a prefeitura municipal, no quesito da pasta da saúde, deixou a desejar e muito para a população de Alta Floresta, demonstrando omissão, irresponsabilidade, indisplicência, despreparo e inexperiência, no cometimento de erros gravíssimos, visivelmente evitáveis.

E o pior de tudo ainda, é que tenta fazer do Ministério Público seu “garoto de recados”, quando a mesma secretaria é a principal mantenedora dos contratos firmados, os quais independem de qualquer manifestação ministerial para poder agir, tanto de ofício como representante legal do dinheiro público investido, absurdamente permitiu que as negligências se perpetuassem por mais de 6 meses, tomando conhecimento desde o primeiro momento de denúncias graves e não oficiou em nenhum momento a suspensão do contrato e ou manifestou interesse em fazê-lo, conforme explicitado nas Cláusulas – 10 (DAS PENALIDADES), 11 (DA RESCISÃO CONTRATUAL) 13.7 (DOS PAGAMENTOS) e 16.3 (DAS DISPOSIÇÕES FINAIS), do contrato original nº 028/2020, assinado em 20 de Agosto de 2020.

Pelo contrário, esteve a todo momento ao lado do hospital, inclusive pleiteando junto ao governo do Estado de Mato Grosso e Ministério da Saúde a aquisição de mais 60 leitos já adquiridos que serão integralmente administrados pelo Hospital Santa Rita. 

O valor inicial a ser repassado originalmente ao Hospital, por cada 6 meses de atividades, será de R$ 5.220,000,00 (Cinco Milhões e Duzentos e vinte mil reais), ou “conforme produção diária de internação, sendo por demanda mensal de efetiva internação para os leitos clínico e por valor mensal fechado para os leitos de UTI Adulto”.

Nas últimas 24 horas, mais quatro pessoas morreram de Covid-19 em Alta Floresta e região, ultrapassando o número de 92 óbitos no município, até Dezembro de 2020 foram 26 óbitos enquanto nos últimos 4 meses o quadro de mortes triplicou.

LISTA DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS

PRIMEIRAS DENÚNCIAS APRESENTADAS EM 01 DE OUTUBRO DE 2020:

irregularidades no santa rita

DOCUMENTO ENCAMINHADO PELA SEC. DE SAÚDE AO MP CORROBORANDO AS DENÚNCIAS DE OUTUBRO DE 2020:

of. 13- denúncias

TERMOS DE INSPEÇÕES RECENTES DAS EQUIPES DE SAÚDE QUE COMPROVAM AS DENÚNCIAS DO DR. WAGNER MIRANDA:

Páginas 11_20 - rotocolo_000776-011-2021-11-20

CONTRATOS FIRMADOS ENTRE O HOSPITAL SANTA RITA E A PREFEITURA MUNICIPAL:

Contratos_prefeitura hospital SR - Protocolo_000776-011-2021-144-183

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: