
O apenado Jaime Cavalheiro Gomes, 27 anos, que cumpre sentença em prisão domiciliar, confessou ser o autor dos disparos que atingiram a fachada do prédio do Ministério Público de Rondônia em Porto Velho. Ele foi capturado no último final de semana, durante operação conjunta entre o Grupo de Investigações e Capturas (GIC), Ministério Público, através do Caex e GEI – Gerência de Estratégia e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. O suspeito tem várias passagens na polícia e já cumpriu quatro anos de cadeia, no presídio Urso Branco.
De acordo com as declarações do suspeito, ele estaria em casa no dia do atentado, quando recebeu determinações de criminosos que estão recolhidos no Urso Branco, para fazer a “parada”. O emissário da facção criminosa que atua no presídio teria entregue a Gomes uma pistola calibre 380 com capacidade para 12 tiros e determinou que o crime deveria acontecer naquele mesmo dia. Para não perder a amizade dos colegas que estão na cadeia, o acusado aceitou e solicitou o auxílio de um homem conhecido pelo apelido de “Zerão”.
TIROS
Gomes e “Zerão” saíram de casa por volta das 22 horas, em uma motocicleta Falcon vermelha. Às 23h30min, após darem várias voltas em torno do prédio para certificarem-se de que não havia perigo de serem presos em flagrante, Gomes que estava de carona, disparou 12 tiros contra as vidraças da sede do MP, que ficaram estilhaçadas. Depois do atentado cada um foi para a sua casa. Ainda segunda a versão do suspeito, caso não obedecesse à ordem que veio do presídio, correria sérios riscos junto com os familiares.
A reportagem procurou informações junto ao delegado Jeremias Mendes, do GIC que apenas confirmou a participação das equipes e que a arma apreendida será periciada e ficará a disposição da Justiça. Mas continua trabalhando.
PISTOLA
Conforme as investigações, a pistola utilizada no atentado, marca Taurus nº KS677195 pertencia a um ex-policial militar e havia sido roubada. A arma foi apreendida na madrugada do último dia 25 de junho, pela PM, após assalto que teria sido praticado por Luiz Nunes da Costa Neto, no bairro Flodoaldo Pontes Pinto, zona Norte da capital rondoniense. Três dias antes do roubo, Jaime Cavalheiro Gomes teria vendido a pistola a Neto por R$ 750,00.
FOI UM AVISO
Demonstra claramente a insegurança que reina em nossa região. Se algumas de nossas autoridades já evitavam um confronto com os bandidos, agora já tem um forte argumento para permanecer com os olhos fechados no combate ao crime. Fica difícil ser rígido e cumpridor da lei sabendo que com um simples telefonema os bandidos do sistema penal colocam em risco a vida das suas famílias.
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