Após dez meses sentado na cadeira, as coisas começam a esquentar na administração pública do prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni (PTN), e parece que tem muita coisa cabeluda em baixo do boné mais empinado de Rondônia.
Na manhã do último dia 17 de novembro (terça-feira), conforme nossas fontes oficiais confirmaram, deu entrada na sede da Delegacia da Polícia Federal de Ji-Paraná, uma ocorrência de ordem perturbadora que chama a atenção pelas fortes palavras e principalmente pela frase comprometedora do prefeito, ao demonstrar que está verdadeiramente preocupado com fato de estar sendo fiscalizado por vereador eleito pelo povo, Deraldo Pereira (PT), que não poderia esperar nada, além disso, de seu representante.
CONHEÇAM OS FATOS:O motivo da ameaça.Não é de hoje que o vereador vem alardeando o município sobre uma série de abusos e desmandos que o chefe do executivo vem cometendo de forma contumaz em desrespeito a coisa pública e a forma legal de se conduzir os projetos municipais.
Já da parte do prefeito, que conta com o apoio incondicional de sete dos nove vereadores na aprovação de suas propostas, conduzir o município como se fosse uma de suas empresas virou uma coisa corriqueira, que faz com que os moradores se sintam até confundidos quanto ao fato de estarem certos ou errados em desaprovar qualquer ato do executivo.
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O fato é que, o vereador Deraldo Pereira ao tentar exercer a função para a qual foi eleito se viu numa situação no mínimo constrangedora, que foge a toda compreensão da ética e da moralidade, pois quando um prefeito se sente ameaçado pelo trabalho honesto de um vereador que tem o papel de representar os votos que o elegeram, é por que algo de podre está sendo acobertado.
O golpe das casas populares.Nesse caso, a podridão que se encontra nas vizinhanças da AGRISHOW NORTE de Ouro Preto do Oeste, que ninguém pode requerer qualquer documento, segundo o prefeito, pois senão ele será “prejudicado”, já nasceu com cheirando mal e com ares de discurso eleitoreiro, coisa que se confirma agora com as inúmeras irregularidades da obra e a revolta dos beneficiados que estão a ponto de explodir nesse verdadeiro barril de pólvoras.
Tudo começou nas vésperas da eleição para prefeitura, quando o então deputado Alex Testoni, vice–presidente da Assembléia, que mais tarde renunciaria para ser o candidato oficial a vaga chefe do executivo, lançou o projeto com fogos e artifícios acompanhado da caravana da ilusão que sempre vem encabeçada pelo governador Cassol, aliado de Testoni e também beneficiado em votos pelo programa apresentado.
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A princípio, o programa de construção das 400 casas, conforme matéria de uma página publicada no jornal Folha de Rondônia de 24 de fevereiro de 2008, que depois foram reduzidas para 200 casas, oferecidas no projeto do Conjunto Habitacional Dom Bosco, que faz alusão direta às empresas e postos de gasolina do prefeito Testoni dentro e fora do município, arrebanhou praticamente cinco mil inscrições de famílias carentes, inclusive de fora do município, que só tiveram seus nomes escolhidos após as eleições, as quais fora ”arranjadas”, conforme testemunhas, pelos então candidatos a vereadores Evaldo Pium (PTN), Gilvane Fernades (PTN), atual presidente da Câmara, e Rosária Helena (PPS), ambos do partido e da base aliada do prefeito os quais foram eleitos com ampla margem de votos, mas hoje, sequer cobram a entrega das casas à população, demonstrando a mais completa conivência com o golpe arquitetado para a captação ilícita de votos.

Acontece que, passadas as eleições, após um ano e nove meses para ser mais exato, o sonho dourados das famílias “sorteadas” para o recebimento das casas se tornou em um amargo pesadelo, ao passo que conforme o plano de execução e entrega das casas se daria em 50 unidades a cada 90 dias, mas ainda não foram entregues nem o primeiro lote de residências, que estão abandonadas as traças em meio a um matagal que cresce em torno da obra e dos materiais de construção depositados a céu aberto que correm o sério risco de se perderem pelo descaso e inoperância dos responsáveis.
As mesmas velhas promessas eleitorais.Até ai tudo bem, nada fora normalidade dos casos de compra de votos através de promessas enganosas e nunca cumpridas, assim como o prefeito Alex Testoni se valeu para chegar a Assembléia com a promessa de geração de mais mil e quinhentos empregos através da sua fábrica de caçados e a garantia de que um frigorífico formado por um conglomerado de criadores, pequenos, médios e grandes, de Ouro Preto e região, e que hoje não passam de palavras produzidas na “fábrica de sonhos” da Família Testoni, que tem como objetivos lançar o irmão do prefeito, Jaques Testoni a deputado estadual para o ano que vem, quando provavelmente as obras das casas retomarão suas atividades para relacionar a entrega ao candidato da família.
Dinheiro Público Federal nas mãos de candidatos declarados.Para completar, o grande golpe se deu mesmo foi em âmbito Federal, com a estranha aprovação imediata da Caixa Econômica, que entrou com 77,5% dos investimentos, no valor de R$ 1.396,600,00, mesmo sabendo que a AGRI-SHOW não era um organismo público para gerir o dinheiro federal, além de mais R$ 400 mil reais do governo do Estado, totalizando R$ 1.793,600,00, onde a entidade financeira do governo Federal, através de seu superintendente sacramentou o inicio do programa no mês de fevereiro de 2008, com a realização de uma grande festa nas dependências do parque de exposições AGRISHOW, que até hoje é o “responsável” pela manutenção do dinheiro destinado à obra via prefeitura e Governo Federal, mesmo não tendo habilitação legal para tal.
Já naquela época, o então candidato, Jaques Testoni, se beneficiava diretamente como candidato a prefeitura, tanto é que foi denunciado pelo MCCE - Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral de Rondônia, e teve que abandonar a sua candidatura em face de pesadas multas que inviabilizariam a sua imagem e pretensões, fazendo com o irmão Alex Testoni tomasse a frente da candidatura, mesmo tendo sido ele próprio o precursor de todo o programa de casas populares que seriam doadas à população mais carente.
Hoje, Jaques Testoni, é o candidato a uma das cadeiras da Assembléia Legislativa, conforme se vê em propagandas eleitorais antecipadas que circulam por todos os eventos e comemorações do município e tudo indica que será ele quem sairá de salvador da pátria na hora de concretizar a entrega do primeiro lote de 50 residências que não foram entregues até hoje, após um ano e seis meses de lançamento do programa de habitação, coisa que já era pra estar mais do que concluída.
Famílias têm que sacrificar o fim de semana para ver as promessas cumpridasPara agravar ainda mais a situação, os proprietários das residências populares tem que trabalhar aos fins de semanas em processo de mutirão se quiserem ver algum avanço nas casas, pois só nos primeiros três meses o chefe do executivo providenciou alguns pedreiros e mestres de obras para orientar os proprietários dos imóveis.

Hoje,de lá pra cá, todas as unidades encontram-se em estado de mais completo desleixo, proporcionando toda a sorte de constrangimentos aos cidadãos, que são diariamente chacoteados pelos parentes e conhecidos por serem os proprietários das casas apelidadas de “Copa do Mundo”, aquelas que só são construídas de quatro em quatro anos , pois o desinteresse, a desinformação e a antipatia do prefeito municipal é aflorada toda vez que alguém procura saber sobre a finalização ou estado da obra.
Resta agora saber, quais vão ser as desculpas e providências que o prefeito Alex Testoni vai sacar de seu boné e principalmente se os vereadores do município em conjunto com as autoridades competentes terão autorização expressa do Alcaide, sem serem ameaçadas, com acesso livre aos processos e o canteiro da obra popular para tirar suas próprias conclusões.
Com a palavra o senhor prefeito, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e o povo de Ouro Preto do Oeste.