Mas, como cabe a mim, que fui uma das testemunhas oculares da paródia, contar as impagáveis cenas presenciadas naquela casa, com o máximo de fidelidade possível, é com muito esforço e respeito para não chorar de tanto rir que narrarei as próximas linhas:
O vereador Evaldo Pium, que de bobo só tem a cara e o jeito de andar, esquecendo-se da pretensão política de sua liderança executiva para 2010 (que pretende se expor o mínimo possível à opinião pública), decidiu sugerir ao presidente Geovani que a Câmara passe a realizar algumas sessões itinerantes no distrito de Rondominas e em alguns colégios do município.
Em um discurso acalorado, em tom de euforia comos e tivesse descoberto a fórmula da Coca Cola, sendo embrasado ainda mais pelo vereador Deraldo que encheu-lhe a bola quanto a surpreendente iniciativa, berrava aos microfones que o presidente providenciasse de imediato a medida necessária para a realização de tais sessões.
Já o vereador Geovani, presidente da Câmara, sem perder o guancho do companheiro de mesa, emendou a sua resposta e disse que "ainda no esse ano, no mês de outubro o pedido do vereador Pium seria atendido".
E isso foi o suficiente para detonar uma das sessões mais hilárias já realizadas naquela casa de leis, assustado com a resposta do presidente, o vereador Pium arregalou os olhos, se sentindo traído pelo colega que esfriava-lhe os ânimos, quase que engasgando com a própria saliva, deu três passos pra trás e gritou: "Como é que é seu presidente?"
Ao ouvir novamente a confirmação sobre a possibilidade das sessões ocorrerem apenas no mês de outubro, aplumou os ombros e insistiu na explicação: "Por causa de quê seu presidente?"
Já em tom presidencial, o vereador Geovani disse que preferia explicar em particular sobre o mês escolhido para as sessões, porém, o vereador Pium não satisfeito com a retirada do vereador presidente, exigiu que o mesmo esclarecesse o por quê de tanta demora, ali mesmo, ai a confusão estava armada.
A essa altura, todo o público presente e os próprios vereadores que acompanhavam a sessão já se esborrachavam no chão de tanto rir com a cara de incompreensão do vereador Pium que mais parecia um baleado no meio de um salão de festa.
Preocupado com que a discussão se prolongasse, o presidente Geovani, renovando a postura de dirigente, porém, acometido de um esforço sobre humano para não ceder a situação pra lá de engraçada e roxo de vontade de rir, engrossou mais uma vez a voz e praticamente ordenou que o vereador Pium recolhesse suas guarras pois o assunto não seria esclarecido em público, deixando o desnorteado companheiro ainda mais empilhado cuspindo fogo pelas ventas.
Outro fato inusitado foi o dicursso do vereador Joaquim Cota, que duas vezes esqueceu do nome do bairro em que morava (Setor do Aeroporto), e outra hora do nome de uma rua do município.
Foi o que bastou para o vereador Almir Barbosa, já fora da sessão, sacar a seguinte frase: "E eu que pensei que o cara pra se eleger a vereador precisava saber pelo menos o nome do bairro aonde mora?"
Nem preciso dizer que a semana estava ganha e acredito que nem mesmo os pernilongos da Câmara sairam sem cambalear as pernas de tanta dor de barriga e os olhos rasos d'água pela impagável noite que tiveram por conta da humorística discussão e dos flashs de aminésia que se apoderaram do vereador Cota, que não deixou por menos e ao ouvir o o presidente pronunciar o final da sessão, não teve dúvidas e gritou ainda em sua mesa do plenário, "Agora eu vou tomar é uma pinga!!!"
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