As autoridades competentes deveriam fiscalizar com muito mais prestatividade o "camelódromo" localizado bem no coração comercial de Porto Velho, paralelo a Avenida 7 de Setembro, no antigo calçadão da Praça Jônatas Pedrosa, que já se tornou um verdadeiro câncer popular que só tumultua e compromete a vida dos comerciantes legais que pagam rigorosamente todos seus impostos e batalham duro para manter suas portas abertas cotidianamente.
A reportagem da revista Painel Político ficou estarrecida ao deparar-se com a absurda situação de desserviço e impunidade que reina nas palavras dos próprios proprietários das "Bancas", que se identificam como "comerciantes informais".
Em uma abordagem direta de compra de uma capa para celular, sem saber que estava sendo gravada, a proprietária de uma das lojas de acessórios e conserto não autorizado para celular, identificada apenas como "Maria", cuja loja leva seu próprio nome, afirmou categoricamente ao ser solicitada uma nota fiscal ou mesmo um recibo simples com carimbo do comércio que, "não é o "costume" dos camelos de emitir qualquer tipo de documento para comprovar a venda ou assistência oferecida aos clientes em geral", e fez questão de demonstrar sua indignação e maus tratos ao ser exigida na emissão do documento, principalmente por ter sido solicitado que assinasse o recibo.
Ao que parece, bastaria que fosse ferozmente confrontada quanto a legalidade do direito de receber a nota fiscal e as procedência das mercadorias, para sermos radicalmente ameaçados e expulsos pelos vários "companheiros de profissão" que começaram a adentrar o recinto assim que foi manifestada necessidade de um comprovante de compra e venda.
Tudo indica que um circuito interno de comunicação instantânea faz com que os "profissionais em venda de produtos paralelos" monitorem cada visitante que circula pelo referido espaço que certamente contém o maior número de mercadorias sonegadas por centímetro quadrado do Estado de Rondônia.
E tudo isso funciona a luz do dia a poucos metros das barbas da prefeitura municipal e de alguns dos principais órgãos públicos Municipais, Estaduais e Federais que controlam a arrecadação tributária de cada cidadão de bem e empresa legalmente constituída no centro da capital rondoniense, entre estes Justiça Federal, Palácio do Governo Estadual, Fórum Criminal e Tribunal Regional do Trabalho.
Após cinco minutos de uma tensa discussão, a proprietária Maria, emitiu um tosco recibo a muito contra-gosto, como se estivesse fazendo um favor extremo ao pagador da mercadoria adquirida e ainda sugerindo que se acaso fosse a nossa intenção ela devolveria com prazer a quantia paga pela capa de celular.
Ao concluir a visita, conseguimos com muita dificuldade extrair uma foto escondida do referido comercio mesmo sendo acompanhado ao longe de algumas figuras mal encaradas que fizeram questão de nos conduzir até o carro da equipe.
Há muitos anos a prefeitura ameaça e faz estardalhaço circense na imprensa quanto a retirada dos camelos daquela região, curiosamente sempre em véspera de eleições, que acabam sucumbindo no esquecimento poucos dias após e nunca se vê a ação prática do poder público.
Provavelmente, até mesmo a Polícia Federal já sucumbiu ao cansaço de inúmeras e infrutíferas abordagens que nunca resultam na solução dos problemas gerados por esses sonegadores, quem sabe alguma autoridade de plano maior tenha alguma atitude eficaz para varrer do centro da nossa capital esse câncer fiscal revestido de comércio informal.
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