Essa semana a novela da transposição finalmente revelou seu aguardado último capítulo com um final infeliz que todo mundo teimava, ou até mesmo apostava todas as fichas, que tudo sairia conforme as esperanças dos servidores que depositaram todas suas expectativas e economias nos heroicos discursos de advogados e políticos que amarravam as esperanças de todos com a promessa de que a própria presidente Dilma Roussef já teria chegado a um consenso sobre a matéria e até viria a Rondônia para promover a redenção dos aflitos servidores.
Passados quase 10 anos de agonia, quando então a senadora recém-chegada ao congresso, Fátima Cleide (PT), constituiu o texto original em 2003, a classe de servidores do quadro da União, que aguardavam a decisão da Advocacia Geral da União – AGU tiveram que ouvir da boca da própria ministra chefe da Casa Civil, que despacha diretamente com a presidente todos os dias, Gleisi Hoffmann e Miriam Belchior (Planejamento), além de representantes da A.G.U., que tudo aquilo que lhes foi diligentemente prometido por meio de sedutores discursos, desabou diante do posicionamento oficial do Governo Federal contrário à Transposição, alegando falta de embasamento jurídico e de recursos financeiros do Tesouro.
No capítulo final desse fatídico dia 07/08 (terça-feira), O que aconteceu com a transposição foi que muita gente que dourou a pílula, enxergando apenas aquilo que traria uma segurança para servidores "injustiçados", uma forma redentora de se beneficiar, agora amarga a triste realidade que foi omitida daqueles que acreditaram piamente em mercadores de ilusões.
Qualquer estudante de direito de primeiro período sabe que nenhuma norma se sobrepõe à Constituição. Nunca existiu a menor possibilidade de servidores contratados até 1991 serem inclusos na transposição e quem disse o contrário, simplesmente sempre agiu de má fé.
Os políticos de Rondônia como todos os sindicalistas, que só vivem de marcar reunião em Brasília, contracenaram articuladamente e falharam vergonhosamente, agora, ninguém quer assumir a paternidade do resultado, ou mesmo, se assume tentar culpar os "burocratas de Brasília", e ainda afirmam que os opositores políticos, políticos esses que sempre tentaram abrir os olhos dos servidores e, eram taxados de inimigos do publico numero um do funcionalismo, tentam sair a francesa da situação e, tirar proveito do tiro que lhes foi dado no próprio pé.
Poucos foram os que arriscaram declarar que tudo não passava de uma grande jogada política, e que a União não iria amparar os termos dos sindicatos, agora, passados os últimos momentos do capítulo final todos retornam a realidade e são obrigados a reconhecer que, por mais dolorosas que fossem as previsões daqueles que não embarcaram nesse naufrágio, elas refletiam a pura verdade.
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