Muito antes da deflagração da Operação Apocalipse já existiam cobranças sobre a mídia de Rondônia, mais especificamente sobre os jornalistas que atuam nos sites de notícias, que de longe são os mais independentes. Milito na imprensa local há exatos 20 anos, comecei trabalhando em rádio, fui para jornal impresso, televisão e internet. Foi com meu extinto Portal364 que consegui a independência para escrever, criticar e consequentemente, de responder judicialmente por meus escritos e opiniões.
Quem se der minimamente ao trabalho de pesquisar sobre nossa imprensa, vai descobrir que, não fosse pela atuação dos profissionais de imprensa que atuam na internet, grande parte da população ainda estaria sendo conduzida pelo superficial Jornal de Rondônia ou pelos programas pseudos-jornalísticos que infestam as programações locais.
Foi graças ao trabalho dos jornalistas de internet de Rondônia que foram abertas centenas de ações civis públicas contra malfeitos de gestores. Não se engane, caro leitor, os mandatários de plantão nunca ficam felizes com o trabalho da imprensa, e sejam eles quem for.
Evidente que em todas as profissões existem os bons e maus profissionais, mas daí a generalizar, que o é o que se costuma levianamente fazer, taxando jornalistas de “achacadores” ou de “estarem comprados” é uma tolice sem tamanho.
Se amanhã a internet deixasse de existir, os mandatários ficariam imensamente felizes, porque jornais impressos são extremamente caros, o que tiraria do mercado grande parte de quem de fato, atua na imprensa.
Ser jornalista não é uma profissão “legal” ou “romântica”. Jornalista morre cedo, com pressão alta, nunca tem tempo para a família nem para os amigos. Alguns morrem solitários, como Paulo Queiroz, que sempre é lembrado como “o melhor”, outros morrem em vida, sem aposentadoria, sem amigos e sem família.
Grande parte da culpa dessa má-fama se deve aos próprios jornalistas ou alguns abelhudos que se metem a escrever, sem ter a menor noção do que estão falando.
É evidente que existe bajulação, mas não se engane, ela existe apenas para quem tem um veículo com alguma penetração. Jornalista sem um canal de comunicação é como um mudo em uma feira livre.
Me entristece ao ver pessoas completamente alheias a história de Rondônia, e principalmente, a história da imprensa em Rondônia, taxar jornalistas de “vendidos” ou “achacadores”. Ainda mais quando se tratam de fedelhos, mal saído das fraldas que acreditam “saber tudo” e criticam o trabalho de a ou b.
Quem não gosta do que lê nos sites, pode fazer o mesmo que faz em sua casa na televisão, muda de canal, vai atrás dos Fantásticos ou Domingos espetaculares da vida. É graças a tecnologia e ao trabalho dos jornalistas que se empenham no dia a dia, sem segurança jurídica, sem segurança financeira, sem segurança física, sujeitos a sofrer nas mãos dos mandatários de plantão que o Ministério Público e a Justiça de Rondônia conseguiram prender e condenar os irmãos Donadon, Ivo Cassol, e ainda vai mandar para a cadeia uma turma grande até o fim do ano.
RONDINELI GONZALEZ – MEU IRMÃO DE PROFISSÃO
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