Deosdete Pêgo (FOTO) passou meses internado em São Paulo e agora está no município, onde reside com a família.
Susto.
Essa é a única palavra que vem à mente quando nos deparamos com o
colega de imprensa Deosdete Pêgo, que “sumiu” desde o início do ano e
reapareceu 57 kg mais magro, abatido, caminhando lentamente sob os
cuidados do filho, Ithalo Carlos Pêgo, no Centro de Tradições Gaúchas
(CTG) na última visita do Governador Confúcio Moura a Vilhena.
Ele
estava sentado nas primeiras fileiras e acompanhava toda a movimentação
dos colegas de imprensa, assessores e até mesmo os próprios políticos,
que outrora não deixavam de lhe cumprimentar por conta do trabalho
prestado, sem ser reconhecido.
Com os braços e pernas cruzados
abusava do seu anonimato temporário e fitava a todo o momento os amigos,
bem como as pessoas que passavam por ele, como se estivesse
experimentando, novamente, os pontos positivos de ser mais uma pessoa em
meio à multidão, ou mesmo indignado por ninguém o reconhecer. Ao final
da solenidade, o susto.
Quando começou a se reapresentar, as
pessoas simplesmente se recusavam a crer que aquele magricela era o
mesmo gordinho sorridente e conversador de meses atrás (FOTO ABAIXO); os
Jornalistas ficaram abismados, por não o reconhecer e até mesmo não
acreditar que aquele era o Deosdete.
Duas viagens seguidas (uma
no final de dezembro de 2012, outra em janeiro do ano seguinte)
resultaram em uma série de exames, três cirurgias e a partir de agora
pelo menos cinco anos de acompanhamento médico, e recuperação total.
“Quando cheguei em casa em janeiro, depois da viagem, estava travado.
Para sair do carro tive que ser carregado”, relembra Deosdete sobre a
manifestação de um sintoma que o levou a procurar um médico. Um Câncer
no intestino foi a causa de tudo.
Os primeiros sintomas vieram
através das fezes (esbranquiçadas) e urina (muito avermelhada), e em
seguida o susto toma conta quando chega ao município de Cacoal, e é
transferido com urgência para a Unidade do Hospital do Câncer de
Barretos, em Porto Velho.
Lá novamente, e mais um, susto. Desta
vez quando recebe a notícia de que tem que fazer uma cirurgia urgente
por conta de um desvio da bílis para a corrente sanguínea. “Me deram
três dias de vida”, relembra.
A cirurgia fora um sucesso. Porém,
dias depois quando já estava em casa, foi notificado pelo hospital a
retornar. “A prótese colocada para trazer a bílis ao lugar correto era
pequena, e não daria certo. Fui encaminhado novamente às pressas à sede
do Hospital, em Barretos (SP)”, conta o Jornalista.
No município
paulistano Deosdete começa a sentir uma série de sintomas e, segundo
ele, sofria com inchaços constantes, que lhe rendiam muitos quilos
extras.
No dia 11 de junho ele foi submetido a uma cirurgia de
Videolaparoscopia (quando o procedimento é realizado sem cortes, e
através de câmeras) e 11 horas depois o tumor, que havia tampado todo o
canal da vesícula, parte do intestino, parte do pâncreas, a própria
vesícula e um pedaço do estômago foram retirados do corpo de Deosdete,
que ficou três dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e
posteriormente 15 dias internado sob observação. “Depois da cirurgia
fiquei dois meses de cama, sem conseguir andar”, relembra o Jornalista.
Depois
de nove doses diárias de antibióticos, durante pouco mais de quatro
meses, e um susto tremendo, Deosdete retorna a Vilhena e se emociona ao
relembrar do caso, e diz que o momento mais duro de toda essa briga foi
quando estava no hospital de Cacoal, e os médicos pediram que ele
chamasse a família. “Meus filhos saíram de Vilhena e ficaram sabendo da
gravidade do problema primeiro que eu. Foi muito difícil”, relembra às
lágrimas.
Deosdete tem três filhos (além de Ithalo, Debora Pêgo e
Rebeca Pêgo), atua na imprensa desde 1997 e já passou pelos jornais
Tribuna Popular, O Observador, Folha do Vale e Folha do Guaporé, jornal
que é proprietário há 10 anos. Deosdete está com 58 anos e deve retornar
a Barretos a cada três meses para acompanhamento por pelo menos cinco
anos.
“Eu gostaria de agradecer pela ajuda do Deputado Estadual
Luizinho Goebel, e também de Maurão de Carvalo, sem os quais não estaria
aqui hoje para falar sobre esse assunto”, arremata o Jornalista. O caso
de Deosdete é um dos muitos que às vezes passam despercebidos no
cotidiano das pessoas. Vale lembrar que é de suma importância fazer
exames periódicos para evitar esse tipo de susto.
A foto abaixo mostra o Jornalista durante a cobertura de um evento em outubro de 2012 em Vilhena. Acima, como está atualmente.
FONTE: EXTRA DE RONDÔNIA
TEXTO: DA REDAÇÃO
FOTOS: RÔMULO
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