Mal assentou-se de volta a cadeira do executivo, após ficar afastado por exatos 69 dias, tendo se licenciado por razões pessoais, o prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni (PSD), retornou ao cargo envolto a uma meia dúzias de novos requerimentos que agitaram a mesa de prootocolos do Ministério Público do município, coincidindo com sua retomada ao cargo.
Informações precisas, dão conta inclusive de que uma “vigília” de boas vindas teria sido montada à frente da prefeitura, para acompanhar de perto a movimentada reaparição do prefeito e seus assessores mais fiéis.
Para prefeita interina que saiu, Joselita Araújo (PMDB), muito pouco restou para realizar durante estes últimos 60 dias de inércia à frente do cargo, a mesma ficou totalmente inviabilizada de todas as formas por diversos setores da administração m unicipal, que não permitiam que a mesma mocesse uma palha em favor de seu mandato provisório.
Impedida de atuar de forma eficiente, informações internas de funcionários, relatam que o setor de obras e pavimentação foi o que mais ficou engessado, por ordem direta do prefeito, tendo também setores fundamentais como a educação, saúde e segurança suas manutenções altamente comprometidas, registrando um aumento do índice de arrombamentos a residências e assaltos a população em torno de toda região.
Para justificar a sua volta, o prefeito promoveu um verdadeiro espetáculo de populismo protagonizado nas dependências da Câmara Municipal, um dia após o incontrooverso arquivamento de uma denúncia levantada pelo vereador petista Dr. Deraldo, em que pedia a abertura de uma CPI contra o prefeito.
Na sessão de votação, apenas 3 dos 9 vereadores apoiaram a sustenção da abertura da CPI, entre eles seu autor, que foram atropelados pelos seus pares que nem sequer discutiram a propoositura.
Já no dia da retomada, também na Câmara municipal, um pequena multidão de pessoas que nunca se viu nas sessões ordinárias, algumas pertencentes ao quadro de funcionários das empresas da família do prefeito e outra metade de funcionários comissionados na prefeitura, compareceram com faixas, palmas e gritos de apoio que se fossem mais ensaiados seriam imediatamente convidados a participar do Domingão do Faustão com cachê garantido por uma temporada.
Para cada 10 palavras pronunciadas uma salva de palmas era oferecida, a quem chegasse ao “evento” e fosse de fora da cidade pensaria com certeza que algum episódio da novela “O Bem Amado” estava sendo gravada naquele recinto, até mesmo o personagem principal, mereceu ter seus 15 minutos de fama reconhecidos pela Academia em detrimento de um Oscar de melhor ator.
Com ameaças constantes de desandar o discurso e desaguar em choro, o “Odorico Paraguassú” de Ouro Preto do Oeste, pedia a todo instânte que o povo lhe poupasse de tanta emoção, tendo até mesmo se utilizado de um versículo bíblico para alfinetar seus adversários que, segundo ele, são “forças do mal” que perseguem a ele e sua família em sua luta incessante pela salvação messianica de sua cidade a quem o próprio Deus lhe encomendou. Dorme com essa…
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