Apesar do ostensivo e preventivo trabalho de fiscalização do trânsito que os comandantes do batalhão de Polícia Militar do município, na pessoa do Capitão Áureo e do Sgtº Pires, vem desenvolvendo para renovar a consciência da população e corrigir o trânsito local quanto à necessidade do uso do capacete, coisa pouco usual há anos na cidade, algo que traz uma impressão de falta de policiamento e desordem, distinguindo Ouro Preto do Oeste dos demais municípios do país, onde o uso do utensílio de segurança é obrigatório.
Não bastasse essa sensação de insegurança por essa omissão dos comandos anteriores, o atual comando agora enfrenta um outro desafio, talvez até maior do que o fato de conscientizar a população sobre o uso de capacetes, ou seja, o despreparo de alguns soldados provoca uma nova onda de atitudes abusivas que mancham e desvirtuam o real papel da Polícia Militar que é o de promover segurança e preservar a dignidade das pessoas de bem.

No último sábado (23/02), nossa equipe de reportagem flagrou um episódio de brutal excesso de autoridade por parte do policiamento que estava realizando uma blitz na Avenida Daniel Comboni, no coração da cidade, dois adolescentes passeavam com um patinete de menos de 50 cilindradas, quando foram abordados com extrema hostilidade por policiais, que ao sugerirem a apreensão do patinete se sentiram ultrajados com o fato dos jovens perguntarem o porquê da apreensão e foram logo dando voz de prisão aos adolescentes, P. F. A. Júnior, de 17 anos, e o maior Glauber Rocha, de 20 anos.

Por ser estudante de direito o menor argumentou que não poderia ser preso e que não era bandido para que o policial o tratasse com agressividade, porém sem qualquer justificativa e perante dezenas de testemunhas e amigos os jovens foram imobilizados e empurrados para dentro do veículo policial, mesmo sobre os protestos da população.
Mesmo o estudante declarando que estava em frente ao escritório do pai, e que o mesmo deveria ser requisitado para responder por qualquer um dos seus atos, os policiais se quer deram chances de diálogo, aponto de quebra o dedo mindinho, altura do 5º quilodactilo, comprometendo permanentemente a articulação da mão esquerda do menor que foi radiacalmente preso.

O ocorrido foi registrado pela família do menor na delegacia de Ouro Preto do Oeste como lesão corporal e abuso autoridade seguido de métodos de tortura, junto ao titular Dr. José Luiz Moreira que afirmou que todos os procedimentos serão tomados para apurar os fatos e instaurar o inquérito sem reservas para com os envolvidos.
Entre os Policiais Militares que participaram dessa ação vergonhosa estavam, segundo declarações de testemunhas, o soldado PM Marcelino, o soldado PM Teodoro, o soldado PM Jailson, o soldado PM Aparecido e por último o soldado PM Lemos, que foi o autor da agressão física no menor.

O pai do menor, Pedro Felizardo de Alencar, advogado, cujo escritório fica em frente ao local da blitz, já entrou com uma representação contra a Polícia Militar do Estado de Rondônia junto ao Ministério público e pede a reparação dos danos morais e a punição máxima aos PMs pela inconcebível demonstração de desrespeito a população e violência policial do PM Lemos, que ocasionou a lesão corporal em seu filho que segundo os médicos jamais será reparada.
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