Para os dez mil trabalhadores da construção civil de Porto Velho, que estão construindo as usinas de Jirau e Santo Antônio, custa caro a presença da Policia Militar na manutenção da sociedade, basicamente a sua própria dignidade e a liberdade de defender seus direitos, já para os proprietários das empresas Norberto Odebrecht e Camargo Correia, custa bem menos, pouco mais de vinte oito bilhões de reais.
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Durante as manifestações dos trabalhadores na tarde de ontem, que pretendia reunir os trabalhadores perante os canteiros de obras para deliberar em assembléia sobre a greve geral que já havia sido indicada na última segunda feira (31/08), o COE – Comando de Operações Especiais da Policia Militar do Estado de Rondônia, prestou-se mais uma vez ao papel desprezível, que já vem se tornando rotina nos canteiros das usinas com a Policia Ambiental, de praticar a guarda patrimonial e impedir qualquer tipo de reunião com a finalidade de promover culto religioso, abaixo assinado e toda e qualquer forma de manifestação.
Munidos de material bélico de alto poder de fogo e dispostos a tudo para não permitir que os trabalhadores se organizem em torno da paralisação da categoria, em alguns casos é possível flagrar a forma cínica como é praticado o clientelismo para as empresas, quando os policiais são chamados para conversar em particular com os administradores das usinas em uma sala reservada durante o início das manifestações, sem a presença de um integrante do sindicato ou dos trabalhadores.
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Durante a manifestação de ontem a tropa do COE, sob o comando do comandante Góes, fez papel de guarda de trânsito, ao liberarem centenas de ônibus abarrotados de trabalhadores para trafegarem em pé dentro dos ônibus, apesar dos protestos dos trabalhadores, o que é proibido por lei federal, sem o menor critério de segurança na BR 364, o que não deixa de ser também uma negligência da policial rodoviária federal que, acompanha todos os dias essas irregularidades sem notificar as empresas responsáveis, ficando patente a indiferença das autoridades quanto à alegação desconsertada de estarem ali para preservar o direito de ir e vir dos trabalhadores e garantir as leis de trânsito, quando na verdade estavam nitidamente tele-guiados pela ordem de impedir a votação da assembléia.
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Além desta, são milhares de denuncias que se acumulam diariamente na sede do STICCERO – Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de Rondônia, que tem apoio e acompanhamento das centrais CUT e da CONTICON, quanto à presença de policiais ambientais no interior dos refeitórios e escritórios administrativos assegurando e coagindo trabalhadores que manifestem alguma reclamação contra as construtoras.
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Tais policiais se servem de “favores individuais” como reuniões comemorativas e refeições fornecidas pela construtora e desfrutam de ambiente interno de lazer dos trabalhadores, para matar o tempo, enquanto deveriam atuar firmemente contra os abusos ambientais a que uma obra desta magnitude possa afetar no equilíbrio ecológico do empreendimento.
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Na verdade, segundo nossas fontes oficiais, é que centenas de policiais militares de civis, que escondem seus crachás na hora de serem filmados, exercem a velha pratica do “bico” e trabalham paramentados com armas do estado fazendo segurança pessoal durante 24 horas aos administradores, gerentes e até encarregados dentro e fora das usinas, em muitos casos são revelados até tais atos são praticados até mesmo durante o período de atividade na corporação fazendo uso da farda.
Na lista de empresas que mais tem colaborado para essa pratica criminosa que corrompeu de vez o policiamento da capital, são justamente aquelas que vieram de fora como as gigantes Andrade Gutierrez, Camargo Correia e Norberto Odebrecht, que na tentativa de se eximirem de suas responsabilidades sub empreitam as suas obras para construtoras de outros estados, como a BS Construtora, da cidade de Sorriso, interior do Mato Grosso, que já exercem as mesmas arbitrariedades e importam seus capatazes com fama de jagunços para promover o medo e aplicar a violência física diante dos indefesos trabalhadores.
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Como pano de fundo, os policiais usam como justificativa os altos investimentos em veículos, armas e equipamentos que as usinas proporcionaram ao governo do estado como compensação social pelo impacto das obras, porém, fica explícito a todo o momento que desde o alto comando como a mais baixa patente, percebe-se que nenhuma esfera tem qualquer compromisso com os direitos dos trabalhadores que são submetidos diariamente a todo tipo de hostilização e descaso do setor da segurança.
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