ALTA FLORESTA NA BERLINDA
Com o novo Decreto, restaurantes, lanchonetes e empresas noturnas deverão funcionar só até as 21:00hs, após esse horário apenas sistema delivery e qualquer cidadão que for pego nas ruas vai precisar de “justificativa excepcional”.
Conforme Lei aprovada pela Câmara Municipal de Alta Floresta na forma do Projeto de Lei 003/2020, de autoria do vereador presidente Emerson Machado, no último dia 17/04 (Sexta) e sancionada pelo prefeito Asiel Bezerra, o toque de recolher anterior ordenava que as pessoas parassem as 23:00, porém não haviam registrado nenhum óbito antes. Na tarde de ontem uma nova edição do Decreto Municipal alterou e antecipou o horário do toque de recolher para as 21:00hs, com a reedição do Decreto Municipal, de Nº 096/2020, no intuito de atender aos apelos de alguns setores da sociedade que passaram a se manifestar contra a permanência de alguns setores comerciais, que segundo eles, teriam uma parcela de “mea-culpa” no aumento das contaminações e consequentemente nos primeiros óbitos quer ocorreram a cerca de 10 dias, tendo a primeira morte ocorrida a cerca de 8 dias, quando um detento de 76 anos veio a falecer no Hospital Regional de Alta Floresta, porém a confirmação da sua morte em decorrência do Covid-19 só foi divulgada na última Quarta-feira (27/05). Nas últimas 48 horas a tensão e o medo tomou conta das redes sociais e grande parte da população passou a ficar perplexa com a notícia de que em menos de 24hs, mais precisamente na manhã de ontem – 28/05 (Quinta-feira), uma segunda morte teria acontecido, desta vez uma senhora de 73 anos, que também estava internada no Hospital Regional de Alta Floresta e veio a falecer com pouco mais de uma semana de internação. Na manhã de hoje, Sexta-feira (29/05), em nota enviada ao MatoGrossoAoVivo, a Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT, confirmou a morte pela doença, e a secretaria municipal de Saúde emitiu um comunicado em tom de pesar, relatando que outro detento, de 79 anos, que também estava na lista de contaminados da cadeia municipal, veio a falecer em decorrência do contágio com a doença. Com o avanço das mortes, na tarde desta Sexta-feira, o prefeito Asiel Bezerra novamente reeditou e publicou o Decreto Municipal, desta vez de Nº 097/2020, estendendo para 31 de Julho de 2020, podendo o mesmo ser prorrogado caso haja necessidade e o aumento das contaminações e mortes. CONTRA-PONTOS Enquanto prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, está reabrindo os shoppings, bares, restaurantes e similares até as 22:00, no entanto a prefeitura de Alta Floresta, retrocede em suas medidas, e reedita o Decreto Municipal, que agora é de Nº 096/2020 e 097/2020, com um novo horário no toque de recolher, o que vai refleti diretamente na forma de penalidade para o setor gastronômico a quem a prefeitura acaba prejudicando como esse fosse o principal responsável pelo aumento dos casos no município. DADOS ATUALIZADOS HOJE Apesar de ter havido duas mortes em Alta Floresta, dos 141 municípios mato-grossenses, os que registram os maiores índices da Covid-19, são: Cuiabá com 692 doentes, Várzea Grande tem 218, Rondonópolis está com 170, Tangará da Serra 98, Primavera do Leste 96, Sorriso 75, Lucas do Rio Verde registra 75 infectados, Barra do Garças são 72, Confresa tem 72, Rosário Oeste 42, Jaciara 37, e também Alta Floresta com 37 casos confirmados hoje, mantendo-se o número de ontem (Quinta-feira). Mas, se compararmos, em uma análise rápida, a população de Cuiabá com 612 547 mil habitantes (655 casos e 8 óbitos), e de Alta Floresta com 51 782 habitantes (37 casos e 2 óbitos), de certa forma, qualquer um assusta-se com a proporção de mortos, mas, para grande parte da população e principalmente o setor produtivo e a classe empresarial, o que falta é a estratégias nos protocolos de segurança e um consenso maior na liberação e funcionamento do comércio, que deve e pode sim ser controlado com normas rígidas de atendimento, porém, não fechado completamente para não causar em crise generalizada na economia local, principalmente em município do interior do Estado. No meio do tiroteio, com a reedição do Decreto Municipal, o prefeito Asiel Bezerra tenta apaziguar os ânimos atiçados de ambas as partes, de um lado estão as empresas, que estão envolvidas na manutenção da economia do município e do outro a classe trabalhadora, que tem opiniões contrárias sobre os riscos e o grau de perigo real que o município corre caso a normalização do comércio permaneça, mas, será muito difícil de manter essa ordem caso o número de óbitos venha a se elevar nos próximos dias. REPERCUSSÃO POLÍTICA Já uma parte da classe política, leia-se os vereadores do município, estão sendo procurados pela imprensa e duramente cobrados pela população, mas, de certa forma “tiraram o time de campo”, após as primeiras mortes em decorrência da doença, e se silenciaram numa espécie de aguardar o compasso das horas. Já o presidente da Câmara, Emerson Machado, mais uma vez protagonizou um lamentável exemplo de descaso e omissão para com a imprensa, ao ser procurado e questionado pelo repórter Bruno Felipe, do jornal O Diário, além de não se achar na obrigação de dar satisfações a população sobre os último acontecimentos, fez questão de bloquear o repórter por meio do aplicativo whatsapp, provavelmente o vereador procura fugir da responsabilidade que tem de se posicionar contra ou a favor de maiores restrições em meio aos últimos acontecimentos. E suas última aparição na Câmara Municipal, na sessão desta Terça-feira (26/05), o vereador deixou bem claro que não é a favor do fechamento do comércio em hipótese alguma, mesmo por que é o autor da lei que permitiu a reabertura e a prorrogação do horário para atender as empresas noturnas e aos bancos, de quem é um ferrenho defensor.
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