quinta-feira, 28 de março de 2024

PL Estadual lança Ivan Moreno como pré-candidato a prefeitura de Paranaíta

A decisão do partido se deu poucas horas após Tony Rufatto, pretenso pré-candidato, debandar sorrateiramente para o União Brasil de Mauro Mendes.

Ananias Filho, presidente da Executiva Estadual do Partido Liberal (PL), lançou a pré-candidatura do produtor rural Ivan Moreno à prefeitura em evento de Cuiabá. O evento ocorreu durante uma reunião com a presença do deputado federal Abílio Brunini e do empresário Rodrigo Colombo.

Antes da escolha de Ivan Moreno, o partido contava já com a palavra do ex-prefeito Tony Rufatto para compor a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro no cargo de pré-candidato a prefeitura de Paranaíta, mas, foi surpreendido por divulgações partidárias do União Brasil, apresentando Tony como já filiado ao partido de Mauro Mendes e Domingos Brazão (deputado suspeito de mandar matar Marielle).

IVAN MORENO – HOMEM DO AGRO

Nas eleições de 2020, Ivan Moreno, produtor rural, ex-presidente do sindicato rural de Paranaíta, concorreu à prefeitura pelo PRTB, um partido de direita, e conquistou aproximadamente 40% dos votos válidos.

Reconhecido pelos bolsonaristas como um patriota fervoroso, Moreno compartilha a mesma ideologia política do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está programado para visitar Mato Grosso em 8 de Abril, em Cuiabá, onde se encontrará com Moreno para oficializar seu apoio na disputa pelo cargo executivo.

“Ivan Moreno reúne todas as qualidades de um forte concorrente, sendo um patriota dedicado e compartilhando a mesma visão política do nosso presidente Bolsonaro”, afirmou Ananias Filho.

O PL de Paranaíta está trabalhando na formação de uma coalizão e já está em negociações com diversos partidos de direita, todos alinhados com um plano de governo para os próximos quatro anos de gestão municipal.

“O município de Paranaíta é nossa prioridade e estamos comprometidos em implementar um novo modelo de governança, com foco especial na criação de empregos para a população”, concluiu Ananias Filho.

De acordo com o pré-candidato à prefeitura, Ivan Moreno (PL), a cidade está bem estruturada, mas carece de oportunidades de emprego para seus cidadãos. “Precisamos unir forças para enfrentar esse desafio que afeta nossa população em todos os níveis. Uma cidade onde a prefeitura é a principal fonte de emprego não pode prosperar economicamente e acaba incentivando a migração para outras regiões em busca de trabalho”, destacou Moreno.

“É crucial gerar empregos para nossa população. Devemos promover o turismo local e investir na indústria agropecuária, incluindo avicultura, suinocultura e piscicultura, para impulsionar a criação de empregos. Estou pronto para enfrentar esse desafio”, concluiu Moreno.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: