quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Confúcio visita João Paulo II e anuncia plano emergencial

Confúcio visita João Paulo II e anuncia plano emergencial: " <(Leia completa na Gazeta de Rondônia)

Na manhã desta terça-feira (4), o governador Confúcio Moura, em seu terceiro dia de trabalho, visitou as instalações do Pronto Socorro João Paulo II, acompanhado de parte de sua equipe de governo.

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O Pronto Socorro João Paulo II atende casos de urgência e emergência de média e alta complexidade, recebendo a média de 200 pacientes por dia, o que totaliza aproximadamente 6 mil atendimentos/mês. São doentes de Porto Velho e de todas as regiões do Estado, além de pacientes da Bolívia, Mato Grosso, Acre e Amazonas.

confucio_Joao_paulo_374_decomO governador disse que a situação do João Paulo II é 'desumana', ao constatar dezenas de pacientes atendidos nos corredores. Hoje o João Paulo II possui 137 leitos comuns e 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). 'Essa situação não pode continuar, é prioridade absoluta acabar com a superlotação do João Paulo'.


Plano emergencial

Um plano emergencial para o João Paulo II começou a ser desenhado logo apos a visita feita pela comitiva do governador. Além de medidas no curtíssimo prazo, outras providências serão tomadas, como a contratação de médicos para visitação diária aos pacientes; aumento da capacidade de cirurgia ortopédica no Hospital de Base – reformando todas as salas de cirurgias e equipando-as adequadamente; aumento do número de plantões médicos, inicialmente para dois turnos cirúrgicos; contratação emergencial de técnicos de enfermagem e enfermeiros para o atendimento dos médicos clínicos gerais; ampliação de 10 leitos na UTI e 5 para os pacientes traumatizados; procedimentos administrativos imediatos para notificação dos concursados e aprovados para assumirem suas funções e construção de um anexo para serviços radiológicos, incluindo tomografia e ressonância magnética no prazo de um ano.

Confúcio reforçou também a importância do projeto de regionalização dos hospitais localizados em cidades como Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes e Guajará-Mirim e a imediata inauguração dos hospitais de São Francisco do Guaporé e Cacoal, que já estão com a estrutura pronta, necessitando apenas da contrapartida do governo para iniciar o atendimento ao público.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: