quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Você sabe o que é Clientelismo?



Gerhard Erich Böhme

A maioria dos políticos brasileiros é clientelista. É uma das formas de se fazer política no Brasil, decorrente da falta de um instrumento autêntico e democrático como o voto distrital, voto distrital misto ou voto distrital de média magnitude, este último o mais adequado, segundo minha opinião, à realidade brasileira. ...

O voto distrital é um instrumento que aproxima o político de seu eleitor e vice-versa, cria responsabilidades e compromissos, permite que os problemas sejam resolvidos a nível local, afinal é lá que mora o cidadão. ...

Nós estamos passando pela ilusão socialista, com os espasmos do PSDB e PT no poder, com suas "políticas progressistas". ...

Na última década foi introduzida uma novidade, também passam o bastão de marido para mulher ou amante ... De pai para filha. Progredimos... É a participação feminina na política.

Quando vejo um político dizer que vai consultar sua base eleitoral, aqui no Brasil vemos que vai consultar os seus afiliados e financiadores de sua campanha. Na Alemanha, Espanha, Grécia e mesmo nos Estados Unidos, por que não - apesar desta onda de antiamericanismo? E em muitos outros países o político realmente vai consultar sua base eleitoral: seus eleitores.

Mas o que significa o vocábulo? Clientelismo é a utilização dos órgãos da administração pública com a finalidade de prestar serviços para alguns privilegiados em detrimento da grande maioria da população, através de intermediários, que podem ser afiliados políticos, prefeitos, vereadores, servidores públicos, deputados, secretários, pessoas influentes, etc.

O clientelismo tem a finalidade de amarrar politicamente o beneficiado. Os intermediários de favores, prestados às custas dos cofres públicos, são os chamados clientelistas, despachantes de luxo ou traficantes de influências. O grande objetivo dos intermediários é o voto do beneficiado ou dinheiro (corrupção).

O clientelismo é a porta da corrupção política e o pai e a mãe das irregularidades e do uso da "máquina administrativa" com finalidades perversas e no final da história os prejudicados são a maioria dos cidadãos e cidadãs que cumprem com seus deveres.

Outra questão importante, já que temos uma grave distorção de representatividade, tanto na Câmara e nos Senado, diferenciando os brasileiros em função de onde vota, fazendo com que a maioria dos brasileiros - aqueles que votam nos Estados mais populosos da União - cheguem a valer 15 a 20 vezes menos que os cidadãos de Estados do Nordeste e Norte. Esta questão nos trás uma grave distorção: o poder político e econômico decorrente deste, normalmente na mão de algumas famílias centenárias, passado de pai para filho, é concentrado, criando nestes Estados verdadeiros "currais eleitorais".

Deveríamos seguir um dos princípios da verdadeira democracia: cada cidadão um voto, obviamente com o mesmo valor.

Infelizmente o brasileiro é ignorante neste assunto de representatividade política e coeficiente eleitoral:

1.. Ele é obrigado a votar, não tem livre arbítrio ou liberdade de decidir.
2.. Acha certo saber quem é o Presidente e esperar dele soluções, ao passo que desconhece quem são os seus deputados, vereadores e até mesmo prefeitos, aqueles que poderiam contribuir, de forma participativa, na solução de seus problemas.
3.. Acha certo um acreano ou nordestino valer cinco a vinte vezes um paulista ou carioca na hora de votar.
4.. Acha certo que um vereador ou um deputado não tenha vínculo que o amarre a idéias ou a sua base eleitoral, seus eleitores.
5.. Acha certo pertencer a currais eleitorais e eleger pseudo-líderes que passam o bastão de pai para filho, desde o início das capitanias hereditárias.
6.. Acha certo um político ser eleito defendendo valores e princípios de um partido e posteriormente não seguí-los, na maioria das vezes mudando de partido.


Infelizmente o brasileiro é ignorante neste assunto de representatividade política e coeficiente eleitoral, prefere apontar todas as mazelas aos conspiradores, sejam eles de direita, esquerda,liberais ou totalitários, ou ainda esquerda-volver:

Ele é obrigado a votar, não tem livre arbítrio ou liberdade de decidir se deve ou não participar das eleições.

Acha certo saber quem é o Presidente e esperar dele soluções, ao passo que desconhece quem são os seus deputados, vereadores e até mesmo prefeitos, aqueles que poderiam contribuir, de forma participativa, na solução de seus problemas.

Acha certo um acreano ou nordestino valer cinco a vinte vezes um paulista ou carioca na hora de votar devido a falta de coeficiente eleitoral único no Brasil.

Acha certo que um vereador ou um deputado não tenha vínculo que o amarre a idéias ou a sua base eleitoral, seus eleitores.

Acha certo pertencer a currais eleitorais e eleger pseudo-líderes que passam o bastão de pai para filho, desde o início das capitanias hereditárias.

Acha certo um político ser eleito defendendo valores e princípios de um partido e posteriormente não seguí-los, na maioria das vezes mudando de partido.

Acha certo termos um parlamentarismos às avessas, primeiro se elege o primeiro-ministro para que ele depois venha a compor a base aliada através de mecanismos corruPTos e clientelistas, sendo o mensalão apenas mais um exemplo. ...

O brasileiro acredita ingenuamente que os "políticos de plantão" resolverão seus problemas, transferindo a eles suas responsabilidades e autoridade. Esquecem que estes, devido ao modo de se fazer política no Brasil, defenderão seus interesses e de seus pares e raramente servirão aos interesses de seus eleitores ou seguirão os princípios e valores de seus partidos.

Gerhard Erich Böhme

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ALEX TESTONI - CLIENTELISMO, PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA E PROMOÇÃO PESSOAL.


Como se já não bastasse o clientelismo praticado pelo deputado Alex Testoni durante a aplicação de lama asfáltica no município de Ouro Preto do Oeste em novembro a dezembro de 2007, quando o mesmo bancou de seu próprio bolso, o valor de R$ 25.000,00, para o pagamento do caminhão usina que veio de Mato Grosso aplicar o material.

A cada dia Ouro Preto do Oeste presencia mais e mais abusos e manifestação de publicidade pessoal promovida pelo deputado e sua equipe de assessores como se ainda em campanha estivessem, talves seja mera inexperiência, ou até mesmo falta de conhecimento da legislação brasileira, o que complica cada vez mais a vida política do estreiante na vida pública.

No Carnaouro 2008, em Ouro Preto do Oeste, era comum ver o automóvel Fiat Mille, que é o veículo oficial do gabinete do deputado, desfilando pelas ruas do município divulgando de forma ensurdecedora a vinda da Banda Bahiana Tchaka Bum.
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Bom até ai pode se dzer que tudo bem, pois qualquer político pode prestar "apoio" aos eventos festivos e culturais, porém nesse caso a Banda em questão foi contratada pelos próprios filhos do deputado Alex Testoni que arrebanharam uma multidão na compra de Abadás vendidos a R$ 100,00, para uma apresentação no dia 02/02/2008, fato que não aconteceu, pois a Banda não compareceu, sendo que até as vésperas do show Ouro Preto do Oeste não constava no calendário de shows da banda, mas sim a cidade de Cacoal apenas.

Milhares de foliões de municípios vizinhos se viram prejudicados por que não tiveram como comparecer no dia da apresentação da banda, 48 horas após, mesmo por que não foi feita em tempo hábil a devida comunicação por parte da organização do evento que conseguiu contornar a situação remanejando a vinda da mesma para o dia 04/02 e desembolsando novamente mais R$ 25.000,00 para cumprir o pagamento do cachê para que a mesma se apresentasse, ainda assim a organização não cumpriu a promessa de desfilar pelas avenidas da cidade em cima do trio elétrico e tocou parada sem cumprir o devido acordo de isolamento dos foliões que desembolsaram R$ 100,00, ou seja quem não pagou também curtiu a Tchaka Bum sem a menor cerimônia usufruindo das mesmas regalias dos que portavam os abadás.
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Não satisfeitos, a brilhante equipe e o deputado agora promovem o lançamento da pré candidatura de seu irmão, o empresário Jacques Testoni, para concorrer a cadeira de prefeito do município através de propaganda política antecipada, associando o nome do empresário a todos os eventos festivos do município, desde a última Agri-Show Norte e principalmente no Latino Americano de Moto Cross, onde o nome do mesmo foi massiçamente pulverizado pelos microfones e um considerável numero de bonés contendo o nome do empresário foi despejado entre a multidão que compareceu ao evento, e que são utilizados propositalmente pelos funcionários do Gabinete Central do deputado e pelo próprio pré candidato em suas aparições públicas.
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Essa semana a farra se tornou ainda maior, pois espalham-se pela cidade diversas faixas de agradecimento e auto promoção do deputado em vias públicas e em colégios do estado, como se todos devessem reverênciar o legislador por toda sorte de coisas que existem no município.
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A ponto de, até mesmo de se utilizarem de integrantes do sistema prisional para promoverem a imagem política do deputado Alex Testoni dentro de órgãos públicos do estado.
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Em entrevista gravada concedida ontem (18/02/2008), a nossa reportagem, o senhor Douglas Vailant Mariano, que cumpre pena de detenção de 14 anos no presídio municipal em regime semi aberto, por pratica de roubo, artigo 157, diz que a mais de um mês recebeu pessoalmente das mãos do Chefe de Gabinete Central em Ouro Preto do Oeste, Marcos Marques, uma camiseta com o nome do deputado, com os dizeres:"Equipe Alex Testoni", contendo o logotipo de campanha do deputado (Fora de época, diga-se de passagem) e um boné do Posto Avenida, que pertence ao Grupo Dom Bosco, com o objetivo de que o mesmo sirva de uniforme de trabalho dentro das dependências do Colégio Estadual Joaquim de Lima aonde presta serviços comunitários para a redução de sua pena.

No momento em que concluíamos a entrevista fomos surpreendidos por mais um integrante da equipe do deputado Alex Testoni e funcionário da Dom Bosco, de nome Giovani,e que também é pré-candidato a uma das vagas de vereador no município nas próximas eleições, o qual se sentiu extremamente incomodado a presença de nossa reportagem a ponto de sugerir uma intimidação indireta e depois impediu a continuidade da entrevista do apenado sugerindo que o mesmo se recolhesse para o interior do colégio, demonstrando uma evidente autoridade sobre os serviços do detento naquela entidade educacional.
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Emitimos aqui a nossa repulsa a exploração de seres humanos que desconhecem o fato de estarem sendo usados para fins escusos e todos os abusos de autoridade e cometidos por esse deputado e toda a sua equipe que obviamente só faz o que faz por o seu comandante se acha acima da lei e de todas as normas e convenções éticas, sociais e morais que fundamentam a democracia e a vida pública.
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Como diria Barnun: "A cada minuto nasce um "otário", e graças DEUS por eles existirem, em sua essência são o sal da terra, pois são aqueles nos quais se perpetua a idéia de que a felicidade nunca vai morrer, pois a recusa de observar as regras de decência e honestidade estabelecidas leva muitos homens a serem menos respeitados e infinitamente infelizes, exatamente por que ampla maioria da humanidade, ou seja, os "otários", sentem intuitivamente que a decência e a honra são necessárias para a busca da felicidade; são assim relativamente inocentes e até certo ponto estão a mercê de pessoas inescrupulosas, mas que porém, certamente se tivessem tomado o caminho certa não se veriam excluídos da verdadeira felicidade."

Se alguém encontrar dignidade nesse tipo de político, por favor me avisem...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Parabéns para nós repórteres!



Hoje, 16 de fevereiro comemora-se o Dia do Repórter. Como estamos no Brasil, país em que mais se processa jornalistas no mundo, decidimos prestar nossa homenagem aos repórteres brasileiros na figura do jornalista Luís Nassif, que acaba de receber cinco processos por seus trabalhos.

Muito embora seja uma profissão notória, poucos sabem realmente o que ela exige e qual deve ser o perfil deste profissional.

O Dicionário Houaiss dá a seguinte definição: "Jornalista que recolhe informações, notícias de qualquer natureza, para transformá-las em matéria de noticiário. Noticiarista de periódicos, rádio, televisão etc." Teoricamente, seria apenas isso. No entanto, na prática é preciso muito mais.

Dia do Repórter: momento de comemoração ou de reflexão?, pergunta o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Ceará, uma das poucas entidades dos jornalistas que lembrou a data, para emendar: "Não dá para fingir que estamos com uma venda nos olhos e não enxergarmos que, no Dia do Repórter (16 de fevereiro) e em quase todos os outros do ano, os jornalistas estão sendo submetidos ao excesso de trabalho, a salários humilhantes e ao desrespeito à profissão que abraçaram por amor."

Parabéns para os repórteres!

URGENTÍSSIMO !!!


URGENTÍSSIMO

Fiquem atentos nos próximos dias!·
Não abram nenhuma mensagem com um arquivo chamado ' invitation', Independente de quem a enviou.·
é um vírus que 'abre' um tocha olímpica que 'queima' todo o Disco rígido do computador.

Este vírus virá de uma pessoa conhecida que tem seu nome em sua Lista·
de endereços, por isso você deve enviar esta mensagem a todos Os seus contactos.·
É preferível receber 25 vezes esta mensagem, do que receber o vírus e abrí-lo.·
Se receber a mensagem chamada 'Invitation' não a abra e apague do seu computador imediatamente!·
É o pior vírus Anunciado pela CNN e classificado pela Microsoft Como o mais destrutivo que já existiu .

Ele foi descoberto ontem à tarde pela McKafee e não existe Anti-vírus para ele.·
O vírus destrói o Sector Zero do Disco Rígido, onde as informações Vitais de seu funcionamento são guardadas.·
ENVIE ESTA MENSAGEM A TODOS QUE VOCÊ CONHECE...

Não saia sem pagar não seus "Mala"...











Dois grandes desafetos meu quase foram pra "caixa prego" essa semana ao se ver envolvido em um acidente nas rodovias brasileiras.

Não fosse a grande soma em dinheiro que os "mal-acabados" me devem eu até que estaria soltando caixas e mais caixas de rojão, mas como diz o ditado: "Aqui se faz, aqui se paga."

Quero pedir aos meus "nobres" amigos da onça, que não se despesam do mundo real sem antes acertar as contas por aqui com os que vocês um dia prejudicaram.

Depois vocês podem sair detonando lá pra bandas do inferno, de onde nunca deveriam ter saído...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Logotipos que nunca "funcionaram".

INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS ORIENTAIS


LOJA DE TROCA DE BRINQUEDOS


MARCA DE GRIFF ITALIANA


CENTRO PEDIÁTRICO (PROPRIETÁRIO M. JACKSON)


CLINICA DENTÁRIA ARGENTINA


FARMÁCIA DE TRATAMENTO DE DOR NAS COSTAS


MARCA DE CACHORRO QUENTE ALEMÃO


LOJA DE RECUPERAÇÃO DE COMPUTADORES

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A Lei não pesca "Peixe Grande".




Contam os pescadores urbanos do município que quem quase foi enquadrado em crime de preservação ambiental e pesca ilegal foi prefeito de um município do interior que tem uma praça muito famosa no estado e recheada de peixes de todas as mais exuberantes espécies.

Segundo o vigia da praça, na manhã de sábado último dia 08/02, ao raiar o dia, encontrou dois abusados munidos de suas respectivas varas de pescar desfrutavam alegremente das terapeuticas beliscadas dos peixinhos.

Porém, mal sabia o desavisado funcionário público que um dos espertinhos era ninguém mais que o próprio prefeito, que juntamente com sua irmã que colocavam a conversa em dia enquanto treinavam a suas habilidades esportivas.

Com a chegada da polícia militar, rapazes novatos que acabaram de ser incorporados, quase que o prefeito e sua estimada irmão são conduzidos à delegacia para prestar os devidos esclarecimentos, caso que só pode ser contornado por que o prefeito sacou de seus documentos públicos e conseguiu provar aos policiais que era realmente quem dizia ser.

Ao saber de sua bola fora, o vigia da praça entrou em desespero tendo como certa a sua demissão, porém o prefeito se redimiu de seus pecados ao considerar que o funcionário foi mais do que eficiente, pois o pior seria se o funcionário público acabasse seguindo os passos do patrão e não cumprisse seu papel em denunciar os que tentam subtrair os venerados peixinhos, que fazem parte do acervo ambiental do patrimônio público.

Ai, ai, coisas de Ouro Preto.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

ALGO NÃO CHEIRA BEM OURO PRETO DO OESTE.

Segundo nossas fontes o orgão fiscalizador da saúde estadual, a Sedam, andou passando por cima de algumas competências municipais e se adiantando em liberar certas certidões que não estão de acordo com a real situação de conservação ambiental dos iguarapés que um laticínio local proporciona ao município.

Ao que tudo parece, a origem do mal odor generalizado que se espalha no período noturno pela município está sendo rigorosamente investigado pela saúde sanitária e secretaria de meio ambiente da cidade, mas a pergunta que não quer calar é a falta de entrosamento, ou a prepotência do orgão estadual em não aguarda o parecer do município e sair liberando uma documentação sem os devidos laudos conclusivos.

Caso o empresa seja inocentada, o grande desafio dos ambientalista de plantão e da população em geral será apontar uma fonte mais justificada para a podridão apreciada em certos dias da semana, ou então se conformar e dormir com um pregador no nariz sonhando estar em uma câmara de gás coletiva, ai nem a "Santa Maria" aguenta autoridades.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Novidade na Praça da Liberdade


Pessoal não podemos perder hoje é dia de Rodízio de Pizza na Praça da Liberdade em Ouro Preto do Oeste, quem está promovendo é a nova administração do Shopping da Liberdade, bem no coração da cidade, a partir das 19:00h.

São 10 sabores deliciosos que e atrações musicais, eu recomendo e vou estar lá, quem sabe você não vem e de quebra acaba sendo entrevistado para o novo programa de entrevista "Gente Nossa" da nova TV GAZETA NEWS.
Vale a pena conferir! (Faça a sua reserva pelo fone: 9204 - 7007)

Boné Virado I

Contam as línguas santas que quem não anda nada feliz com o carnaval 2008 é um certo deputado “bonézeiro” do interior do estado, que teve que sair de boné virado e comer tampado um sonoro NÃO da administração municipal, quando tentava persuadir o prefeito a manter um cordão de isolamento entre o público da cidade e seus logrados foliões, que compraram abadás a R$ 100,00 para assistir uma banda bahiana no dia 02/02 e quase ficaram sem seu show atendido, pois a mesma só pode comparecer na segunda dia 04/02, alegando problemas de “teto” para o pouso do avião em Ji-Paraná.



Boné virado II

Além de sair nitidamente constrangido do gabinete do prefeito, um dos seus assessores ainda teve que ouvir da boca do prefeito que não passava de um “arrogante” para tratar dos assuntos do deputado, deixando claro que em nada contribuiu para a integração do município com um de seus representantes na Assembléia.



Boné virado III

Resumo da ópera, mais uma vez quem ficou na mão mesmo foi o povo que mora em outros municípios e não tiveram condições de vir ao desprogramado show que foi adiado por falta de “teto”, e com isso dançou ao som do “Tim Ganei” ao invés Tchaka bum, com uma Garoupa de R$ 100,00. Será que o nobre deputado que acabou de comprar um helicóptero não poderia ter solucionado o problema antes de ficar novamente queimado por sua “assessoria” e parentes?

Uma coisa nós temos que reconhecer, enquanto houver trouxas, sempre haverão pessoas milionárias...

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: