segunda-feira, 25 de março de 2019

Vereador Emerson Machado ameaças jornalistas na tribuna da Câmara de Alt...





AMEAÇAS PROFERIDAS NA TRIBUNA DA CÂMARA MUNICIPAL:

No trecho em que fez uso da palavra, no plenário do auditório da Câmara Municipal, o presidente Emerson Machado proferiu que quem "planta colhe, é a lei da semeadura", ou seja, aqueles que estão produzindo notícias contra ele precisam se preocupar, por assim dizer, com os riscos que a "natureza" pode proporcionar em suas vidas.

O tempo todo, o presidente Emerson Machado fez questão de se referir aos seus desafetos como "pessoas que estão fazendo maldades", e que tais pessoas precisam "cuidar mais de suas famílias", pois os familiares estariam precisando delas.

Entre as ameaças proferidas, por diversas vezes o vereador fez questão de citar  e clamar o nome de Deus, atribuindo todo seu sucesso na carreira política ao Criador e que como bom evangélico, jamais desejaria mal a ninguém, mas, e que "sua justiça" virá pelas mãos do Todo Poderoso, aplicando a velha e manjada tática aplicada da psicologia inversa, uma hora acendendo uma vela à Deus e outra hora à "natureza".







Independente das ameaças, ocorre que o site da Câmara Municipal é de domínio público, e não pode maneira nenhuma ser manipulado a favor deste ou daquele vereador, e há muito tempo percebe-se, que o vereador presidente utiliza o site oficial da Câmara como vitrine para promover-se a si mesmo e aos poucos vereadores aliados, basta dar uma rápida conferida nas notícias que trazem sempre o presidente com um fluxo de notícias extremamente maior do que seus pares.



O fato de ter-se retirado justamente o áudio da página, aonde o vereador Emerson Machado emite ameaças aos seus "inimigos" políticos, como assim definiu, já denotam o alto grau de controle e manipulação por parte desta presidência, sendo que a mesma é a única responsável pelos assuntos e pautas ali inseridos.

Uma página que deveria estar reservada a mais completa transparência quanto aos atos e discursos nas sessões do plenário da Câmara, foi emudecida após o próprio presidente perceber as insanidades que havia destilado no microfone, cabe dizer que, no mínimo alguém de sua assessoria jurídica o alertou para que este não deixasse perpetuar as provas que estava produzindo contra si mesmo.

Não há o que se dizer quanto a "problemas técnicos", como figura em texto na referida página de divulgação dos áudios, pois qualquer técnico amador de web-designer (construtor de sites), sabe muito bem que se o áudio, que não teve seu arquivo corrompido, se não está lá é por que não querem que esteja.

Vale lembrar que além do áudio da sessão do dia 07/03 (quinta feira), o áudio da última sessões ordinárias realizada após esta data estão sendo omitidos da população.







Oras se a Câmara se propôs a divulgar os áudios de todas as sessões pela assim intitulada "Rádio Câmara",  e de uma hora pra outra esse expediente é paralisado há que se ter uma justa explicação aos ouvintes e a população , que é quem pagou com seus impostos pelos dispendiosos serviços contratados e com a tecnologia necessária para tais divulgações, senão, quem será responsabilizado pelas omissões que estão acontecendo no site da Câmara Municipal de Alta Floresta?

sábado, 16 de março de 2019

Após concessão dos aeroportos, mato-grossenses aguardam início das obras em rodovias que foram privatizadas e nunca começam

Em Janeiro de 2018, o então secretário estadual da infraestrutura do governo de Pedro Taques, Marcelo Duarte, garantiu a todos a ampliação e reformas nas rodovias mais críticas do Estado, por meio de concessões à iniciativa privada, devido a limitação do orçamento no governo do Estado.

Trecho da MT 100, entre Alto Taquari e Alto Araguaia, que tem como responsável o Consórcio Via Brasil, o mesmo que venceu o trecho entre Alta Floresta e Colíder.

Passados um ano e dois meses, não se fala mais nada sobre as obras nas rodovias privatizadas, o novo  governador, Mauro Mendes(DEM), até agora em nada se pronunciou abertamente sobre o assunto.

Ouve-se falar muito atualmente em concluir o trecho da BR 163, que liga Mato Grosso ao Pará, com destino ao Porto de Miritituba, por meio de atuação do governo federal, em trabalho conjunto com o exército, mas, ninguém mais disse uma palavra sobre as demais rodovias mato-grossenses que esfarelam a luz do dia, trazendo grandes prejuízos aos condutores e provocando centenas de acidentes em grande parte fatais.

Na época o secretário disse aos mato-grossenses que o governo pretendia arrecadar com as privatizações cerca 1,5 bilhões de reais e as concessões teriam um prazo de 30 anos, como no caso dos aeroportos de Mato Grosso leiloados ontem pelo governo federal.

Um edital foi publicado no dia 11/01/2018, no Diário oficial do Estado (DOE), nele o governo decretou que:

Após vencerem o certame, as empresas concessionárias deverão instalar nove praças de pedágio nas:

MTs 100, 246, 343, 358, 480, 320 e 208, nos municípios de Rosário Oeste, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Alto Taquari, Alto Araguaia, Colíder e Alta Floresta.

Conforme consta no edital, serão três praças de pedágios no Nortão.

  • A primeira ficará no quilômetro 14 da MT-320, em Colíder (a 14 quilômetros do entroncamento da rodovia com a BR-163).
  • A segunda praça ficará no quilômetro 59, em Nova Canaã do Norte.
  • A terceira será instalada no quilômetro 23 da MT-208 (a 23 quilômetros do entroncamento com a MT-320).

Também serão instaladas praças nos quilômetros 15 e 86 da MT-100, em Alto Taquari e Alto Araguaia, respectivamente.

O edital ainda prevê a implantação de praças de pedágio no quilômetro 22 da MT-246, em Rosário Oeste, no quilômetro 5,6 da MT-343, em Barra do Bugres, e nos quilômetros 37 e 114 da MT-328, em Tangará da Serra.

O edital fixou a tarifa básica máxima de pedágio em R$ 7,90, com “objetivo de uniformizar os valores cobrados nas rodovias concessionadas, proporcionando recursos compatíveis com os investimentos previstos e para a preservação do patrimônio rodoviário através da conservação de grande parte das rodovias do Estado de Mato Grosso”.

A instalação das praças estariam previstas para o 13º mês de concessão, após a execução dos trabalhos iniciais previstos no edital. 

O critério de julgamento da licitação foi o de maior “outorga fixa”.  Desta forma, serão declaradas vencedoras as empresas que ofertarem o maior pagamento.
  • Para o lote 1 (Alto Araguaia), o valor mínimo é de R$ 3,6 milhões.
  • Para o lote 2 (Alta Floresta), foi estipulado valor mínimo de R$ 1 milhão.
  • Já para Lote 3 (Tangará da Serra), o valor mínimo a título de outorga será de R$ 3 milhões.
Na época, o governador Pedro Taques justificou as concessões na necessidade de investimentos em logística em Mato Grosso. Lembrou que o Estado tem o maior rebanho bovino do país, além da liderança na produção grãos como milho e algodão.

As propostas das empresas interessadas foram abertas no dia 21 de fevereiro de 2018, e o leilão ocorreu em 28 de fevereiro de 2018, na Bolsa de Valores em São Paulo.

Foram concedidos à inciativa privada os trechos de 111 quilômetros da MT-100, em Alto Araguaia, 233 quilômetros da 246, 343, 358 e 480, em Tangará da Serra, além de 188 quilômetros das MTs 320 e 208, em Alta Floresta e Colíder. A abertura do procedimento licitatório foi autorizada pelo governador em exercício, Carlos Fávaro, no dia 6/01/2018.

“segundo recomendado pelo estudo econômico-financeiro, podendo ser prorrogado por normas contratuais”. As empresas vencedoras deverão prestar serviços de “manutenção, recuperação, implantação de melhorias e operação rodoviária”.

Os serviços de melhoria incluem as rodovias e “todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais, marginais ou locais, ciclovias, acostamentos, obras de artes especiais, futuras obras de melhorias e quaisquer outros elementos que se encontrem nos limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão”, afirmou Marcelo Duarte.

Na segunda fase, serão incluídos no programa mais de 2.600 km, divididos em 12 trechos rodoviários. Todo o programa deve receber investimentos superiores a R$ 6 bilhões. Ao todo, serão concedidos (somadas as duas fases) 3.126 km de rodovias. Para estes outros lotes, o Estado já publicou o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), que é um instrumento democrático para o planejamento de concessões, onde o Estado e as empresas atuam. As empresas apresentam estudos de interesse antes da realização da licitação pelo Estado.

O trabalho de modelagem das concessões foi feito por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), com apoio da MT Parcerias S.A (MT PAR), Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager) e consultoria contratada pelo Estado.

MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os condutores de qualquer tipo de veículo não conseguem desenvolver mais que 10 quilômetros por hora

SÓ QUE NÃO

Pois bem, as empresas que participaram e venceram as concessões estão praticamente inertes e o governo omisso com a situação dos usuários da MTs, como são chamadas as rodovias estaduais, após mais de um ano as obras nem começaram e nem se sabe quando começarão, como no caso do Consórcio Via Brasil, que ganhou o trecho de 188,2 quilômetros das rodovias MT-320 e MT-208 em Alta Floresta (188 KM), sendo também vencedor do trecho entre Alto taquari e Alto Araguaia, na MT 100 (111 KM).

Na Câmara de Vereadores de Alto Taquari, em novembro de 2018, criticou duramente o Consórcio, além de exigir esclarecimentos sobre as atividades a serem inciadas, porém não obteve respostas até hoje.

“ Esta empresa ganhou uma licitação milionária, mas eu já imaginava que ela não iria começar os trabalhos por conta do período eleitoral, mas infelizmente o descaso deles tem causado grandes prejuízos ao município de Alto Taquari.

Imaginem quem está doente, sentindo dores e mal-estar e precisa trafegar nessa rodovia” afirmou o vereador Leandro Almeida.

Já a Câmara de Vereadores de Alta Floresta, aonde uma grande parte é aliada do governo de Mauro Mendes (DEM) e do deputado Nininho (PSDB), um dos defensores do Consórcio Via Brasil, vencedor do leilão, o silêncio é sepulcral, nenhum dos 13 vereadores sequer se levanta para “lembrar” dos atrasos nas obras, as péssimas condições das estradas e os risco de mortes diárias nessas estradas que são de custo inestimável a aqueles que aguardam que os políticos e as empreiteiras cumpram seu papel.

E assim é que, está sendo tratada questão pelas demais empresas vencedoras dos trechos privatizados e principalmente pelo novo governo de Mauro Mendes, que até hoje não trouxe uma posição séria sobre o assunto e muito menos cobrou as empresas quanto ao estado de descaso, abandono e total precariedade das estradas que já deveriam estar as obras a pleno vapor, mas, como dizem na nova linguagem coloquial das redes sociais, “SQN”.

DETALHE: (As obras deveriam te sido inciadas em julho de 2018)

 

 

 

Outro trecho da MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os perigos se agravam ainda mais em período chuvoso, quando a visibilidade e a estabilidade dos veículos ficam comprometidas.

 

DANNY BUENO – COLUNA AF | ANÁLISE DOS FATOS

Após concessão dos aeroportos, mato-grossenses aguardam início das obras em rodovias que foram privatizadas e nunca começam

Em Janeiro de 2018, o então secretário estadual da infraestrutura do governo de Pedro Taques, Marcelo Duarte, garantiu a todos a ampliação e reformas nas rodovias mais críticas do Estado, por meio de concessões à iniciativa privada, devido a limitação do orçamento no governo do Estado.

Trecho da MT 100, entre Alto Taquari e Alto Araguaia, que tem como responsável o Consórcio Via Brasil, o mesmo que venceu o trecho entre Alta Floresta e Colíder.

Passados um ano e dois meses, não se fala mais nada sobre as obras nas rodovias privatizadas, o novo  governador, Mauro Mendes(DEM), até agora em nada se pronunciou abertamente sobre o assunto.

Ouve-se falar muito atualmente em concluir o trecho da BR 163, que liga Mato Grosso ao Pará, com destino ao Porto de Miritituba, por meio de atuação do governo federal, em trabalho conjunto com o exército, mas, ninguém mais disse uma palavra sobre as demais rodovias mato-grossenses que esfarelam a luz do dia, trazendo grandes prejuízos aos condutores e provocando centenas de acidentes em grande parte fatais.

Na época o secretário disse aos mato-grossenses que o governo pretendia arrecadar com as privatizações cerca 1,5 bilhões de reais e as concessões teriam um prazo de 30 anos, como no caso dos aeroportos de Mato Grosso leiloados ontem pelo governo federal.

Um edital foi publicado no dia 11/01/2018, no Diário oficial do Estado (DOE), nele o governo decretou que:

Após vencerem o certame, as empresas concessionárias deverão instalar nove praças de pedágio nas:

MTs 100, 246, 343, 358, 480, 320 e 208, nos municípios de Rosário Oeste, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Alto Taquari, Alto Araguaia, Colíder e Alta Floresta.

Conforme consta no edital, serão três praças de pedágios no Nortão.

  • A primeira ficará no quilômetro 14 da MT-320, em Colíder (a 14 quilômetros do entroncamento da rodovia com a BR-163).
  • A segunda praça ficará no quilômetro 59, em Nova Canaã do Norte.
  • A terceira será instalada no quilômetro 23 da MT-208 (a 23 quilômetros do entroncamento com a MT-320).

Também serão instaladas praças nos quilômetros 15 e 86 da MT-100, em Alto Taquari e Alto Araguaia, respectivamente.

O edital ainda prevê a implantação de praças de pedágio no quilômetro 22 da MT-246, em Rosário Oeste, no quilômetro 5,6 da MT-343, em Barra do Bugres, e nos quilômetros 37 e 114 da MT-328, em Tangará da Serra.

O edital fixou a tarifa básica máxima de pedágio em R$ 7,90, com “objetivo de uniformizar os valores cobrados nas rodovias concessionadas, proporcionando recursos compatíveis com os investimentos previstos e para a preservação do patrimônio rodoviário através da conservação de grande parte das rodovias do Estado de Mato Grosso”.

A instalação das praças estariam previstas para o 13º mês de concessão, após a execução dos trabalhos iniciais previstos no edital. 

O critério de julgamento da licitação foi o de maior “outorga fixa”.  Desta forma, serão declaradas vencedoras as empresas que ofertarem o maior pagamento.
  • Para o lote 1 (Alto Araguaia), o valor mínimo é de R$ 3,6 milhões.
  • Para o lote 2 (Alta Floresta), foi estipulado valor mínimo de R$ 1 milhão.
  • Já para Lote 3 (Tangará da Serra), o valor mínimo a título de outorga será de R$ 3 milhões.
Na época, o governador Pedro Taques justificou as concessões na necessidade de investimentos em logística em Mato Grosso. Lembrou que o Estado tem o maior rebanho bovino do país, além da liderança na produção grãos como milho e algodão.

As propostas das empresas interessadas foram abertas no dia 21 de fevereiro de 2018, e o leilão ocorreu em 28 de fevereiro de 2018, na Bolsa de Valores em São Paulo.

Foram concedidos à inciativa privada os trechos de 111 quilômetros da MT-100, em Alto Araguaia, 233 quilômetros da 246, 343, 358 e 480, em Tangará da Serra, além de 188 quilômetros das MTs 320 e 208, em Alta Floresta e Colíder. A abertura do procedimento licitatório foi autorizada pelo governador em exercício, Carlos Fávaro, no dia 6/01/2018.

“segundo recomendado pelo estudo econômico-financeiro, podendo ser prorrogado por normas contratuais”. As empresas vencedoras deverão prestar serviços de “manutenção, recuperação, implantação de melhorias e operação rodoviária”.

Os serviços de melhoria incluem as rodovias e “todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais, marginais ou locais, ciclovias, acostamentos, obras de artes especiais, futuras obras de melhorias e quaisquer outros elementos que se encontrem nos limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão”, afirmou Marcelo Duarte.

Na segunda fase, serão incluídos no programa mais de 2.600 km, divididos em 12 trechos rodoviários. Todo o programa deve receber investimentos superiores a R$ 6 bilhões. Ao todo, serão concedidos (somadas as duas fases) 3.126 km de rodovias. Para estes outros lotes, o Estado já publicou o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), que é um instrumento democrático para o planejamento de concessões, onde o Estado e as empresas atuam. As empresas apresentam estudos de interesse antes da realização da licitação pelo Estado.

O trabalho de modelagem das concessões foi feito por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), com apoio da MT Parcerias S.A (MT PAR), Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager) e consultoria contratada pelo Estado.

MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os condutores de qualquer tipo de veículo não conseguem desenvolver mais que 10 quilômetros por hora

SÓ QUE NÃO

Pois bem, as empresas que participaram e venceram as concessões estão praticamente inertes e o governo omisso com a situação dos usuários da MTs, como são chamadas as rodovias estaduais, após mais de um ano as obras nem começaram e nem se sabe quando começarão, como no caso do Consórcio Via Brasil, que ganhou o trecho de 188,2 quilômetros das rodovias MT-320 e MT-208 em Alta Floresta (188 KM), sendo também vencedor do trecho entre Alto taquari e Alto Araguaia, na MT 100 (111 KM).

Na Câmara de Vereadores de Alto Taquari, em novembro de 2018, criticou duramente o Consórcio, além de exigir esclarecimentos sobre as atividades a serem inciadas, porém não obteve respostas até hoje.

“ Esta empresa ganhou uma licitação milionária, mas eu já imaginava que ela não iria começar os trabalhos por conta do período eleitoral, mas infelizmente o descaso deles tem causado grandes prejuízos ao município de Alto Taquari.

Imaginem quem está doente, sentindo dores e mal-estar e precisa trafegar nessa rodovia” afirmou o vereador Leandro Almeida.

Já a Câmara de Vereadores de Alta Floresta, aonde uma grande parte é aliada do governo de Mauro Mendes (DEM) e do deputado Nininho (PSDB), um dos defensores do Consórcio Via Brasil, vencedor do leilão, o silêncio é sepulcral, nenhum dos 13 vereadores sequer se levanta para “lembrar” dos atrasos nas obras, as péssimas condições das estradas e os risco de mortes diárias nessas estradas que são de custo inestimável a aqueles que aguardam que os políticos e as empreiteiras cumpram seu papel.

E assim é que, está sendo tratada questão pelas demais empresas vencedoras dos trechos privatizados e principalmente pelo novo governo de Mauro Mendes, que até hoje não trouxe uma posição séria sobre o assunto e muito menos cobrou as empresas quanto ao estado de descaso, abandono e total precariedade das estradas que já deveriam estar as obras a pleno vapor, mas, como dizem na nova linguagem coloquial das redes sociais, “SQN”.

DETALHE: (As obras deveriam te sido inciadas em julho de 2018)

 

 

 

Outro trecho da MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os perigos se agravam ainda mais em período chuvoso, quando a visibilidade e a estabilidade dos veículos ficam comprometidas.

 

DANNY BUENO – COLUNA AF | ANÁLISE DOS FATOS

Após concessão dos aeroportos, mato-grossenses aguardam início das obras em rodovias que foram privatizadas e nunca começam

Em Janeiro de 2018, o então secretário estadual da infraestrutura do governo de Pedro Taques, Marcelo Duarte, garantiu a todos a ampliação e reformas nas rodovias mais críticas do Estado, por meio de concessões à iniciativa privada, devido a limitação do orçamento no governo do Estado.

Trecho da MT 100, entre Alto Taquari e Alto Araguaia, que tem como responsável o Consórcio Via Brasil, o mesmo que venceu o trecho entre Alta Floresta e Colíder.

Passados um ano e dois meses, não se fala mais nada sobre as obras nas rodovias privatizadas, o novo  governador, Mauro Mendes(DEM), até agora em nada se pronunciou abertamente sobre o assunto.

Ouve-se falar muito atualmente em concluir o trecho da BR 163, que liga Mato Grosso ao Pará, com destino ao Porto de Miritituba, por meio de atuação do governo federal, em trabalho conjunto com o exército, mas, ninguém mais disse uma palavra sobre as demais rodovias mato-grossenses que esfarelam a luz do dia, trazendo grandes prejuízos aos condutores e provocando centenas de acidentes em grande parte fatais.

Na época o secretário disse aos mato-grossenses que o governo pretendia arrecadar com as privatizações cerca 1,5 bilhões de reais e as concessões teriam um prazo de 30 anos, como no caso dos aeroportos de Mato Grosso leiloados ontem pelo governo federal.

Um edital foi publicado no dia 11/01/2018, no Diário oficial do Estado (DOE), nele o governo decretou que:

Após vencerem o certame, as empresas concessionárias deverão instalar nove praças de pedágio nas:

MTs 100, 246, 343, 358, 480, 320 e 208, nos municípios de Rosário Oeste, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Alto Taquari, Alto Araguaia, Colíder e Alta Floresta.

Conforme consta no edital, serão três praças de pedágios no Nortão.

  • A primeira ficará no quilômetro 14 da MT-320, em Colíder (a 14 quilômetros do entroncamento da rodovia com a BR-163).
  • A segunda praça ficará no quilômetro 59, em Nova Canaã do Norte.
  • A terceira será instalada no quilômetro 23 da MT-208 (a 23 quilômetros do entroncamento com a MT-320).

Também serão instaladas praças nos quilômetros 15 e 86 da MT-100, em Alto Taquari e Alto Araguaia, respectivamente.

O edital ainda prevê a implantação de praças de pedágio no quilômetro 22 da MT-246, em Rosário Oeste, no quilômetro 5,6 da MT-343, em Barra do Bugres, e nos quilômetros 37 e 114 da MT-328, em Tangará da Serra.

O edital fixou a tarifa básica máxima de pedágio em R$ 7,90, com “objetivo de uniformizar os valores cobrados nas rodovias concessionadas, proporcionando recursos compatíveis com os investimentos previstos e para a preservação do patrimônio rodoviário através da conservação de grande parte das rodovias do Estado de Mato Grosso”.

A instalação das praças estariam previstas para o 13º mês de concessão, após a execução dos trabalhos iniciais previstos no edital. 

O critério de julgamento da licitação foi o de maior “outorga fixa”.  Desta forma, serão declaradas vencedoras as empresas que ofertarem o maior pagamento.
  • Para o lote 1 (Alto Araguaia), o valor mínimo é de R$ 3,6 milhões.
  • Para o lote 2 (Alta Floresta), foi estipulado valor mínimo de R$ 1 milhão.
  • Já para Lote 3 (Tangará da Serra), o valor mínimo a título de outorga será de R$ 3 milhões.
Na época, o governador Pedro Taques justificou as concessões na necessidade de investimentos em logística em Mato Grosso. Lembrou que o Estado tem o maior rebanho bovino do país, além da liderança na produção grãos como milho e algodão.

As propostas das empresas interessadas foram abertas no dia 21 de fevereiro de 2018, e o leilão ocorreu em 28 de fevereiro de 2018, na Bolsa de Valores em São Paulo.

Foram concedidos à inciativa privada os trechos de 111 quilômetros da MT-100, em Alto Araguaia, 233 quilômetros da 246, 343, 358 e 480, em Tangará da Serra, além de 188 quilômetros das MTs 320 e 208, em Alta Floresta e Colíder. A abertura do procedimento licitatório foi autorizada pelo governador em exercício, Carlos Fávaro, no dia 6/01/2018.

“segundo recomendado pelo estudo econômico-financeiro, podendo ser prorrogado por normas contratuais”. As empresas vencedoras deverão prestar serviços de “manutenção, recuperação, implantação de melhorias e operação rodoviária”.

Os serviços de melhoria incluem as rodovias e “todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais, marginais ou locais, ciclovias, acostamentos, obras de artes especiais, futuras obras de melhorias e quaisquer outros elementos que se encontrem nos limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão”, afirmou Marcelo Duarte.

Na segunda fase, serão incluídos no programa mais de 2.600 km, divididos em 12 trechos rodoviários. Todo o programa deve receber investimentos superiores a R$ 6 bilhões. Ao todo, serão concedidos (somadas as duas fases) 3.126 km de rodovias. Para estes outros lotes, o Estado já publicou o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), que é um instrumento democrático para o planejamento de concessões, onde o Estado e as empresas atuam. As empresas apresentam estudos de interesse antes da realização da licitação pelo Estado.

O trabalho de modelagem das concessões foi feito por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), com apoio da MT Parcerias S.A (MT PAR), Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager) e consultoria contratada pelo Estado.

MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os condutores de qualquer tipo de veículo não conseguem desenvolver mais que 10 quilômetros por hora

SÓ QUE NÃO

Pois bem, as empresas que participaram e venceram as concessões estão praticamente inertes e o governo omisso com a situação dos usuários da MTs, como são chamadas as rodovias estaduais, após mais de um ano as obras nem começaram e nem se sabe quando começarão, como no caso do Consórcio Via Brasil, que ganhou o trecho de 188,2 quilômetros das rodovias MT-320 e MT-208 em Alta Floresta (188 KM), sendo também vencedor do trecho entre Alto taquari e Alto Araguaia, na MT 100 (111 KM).

Na Câmara de Vereadores de Alto Taquari, em novembro de 2018, criticou duramente o Consórcio, além de exigir esclarecimentos sobre as atividades a serem inciadas, porém não obteve respostas até hoje.

“ Esta empresa ganhou uma licitação milionária, mas eu já imaginava que ela não iria começar os trabalhos por conta do período eleitoral, mas infelizmente o descaso deles tem causado grandes prejuízos ao município de Alto Taquari.

Imaginem quem está doente, sentindo dores e mal-estar e precisa trafegar nessa rodovia” afirmou o vereador Leandro Almeida.

Já a Câmara de Vereadores de Alta Floresta, aonde uma grande parte é aliada do governo de Mauro Mendes (DEM) e do deputado Nininho (PSDB), um dos defensores do Consórcio Via Brasil, vencedor do leilão, o silêncio é sepulcral, nenhum dos 13 vereadores sequer se levanta para “lembrar” dos atrasos nas obras, as péssimas condições das estradas e os risco de mortes diárias nessas estradas que são de custo inestimável a aqueles que aguardam que os políticos e as empreiteiras cumpram seu papel.

E assim é que, está sendo tratada questão pelas demais empresas vencedoras dos trechos privatizados e principalmente pelo novo governo de Mauro Mendes, que até hoje não trouxe uma posição séria sobre o assunto e muito menos cobrou as empresas quanto ao estado de descaso, abandono e total precariedade das estradas que já deveriam estar as obras a pleno vapor, mas, como dizem na nova linguagem coloquial das redes sociais, “SQN”.

DETALHE: (As obras deveriam te sido inciadas em julho de 2018)

 

 

 

Outro trecho da MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os perigos se agravam ainda mais em período chuvoso, quando a visibilidade e a estabilidade dos veículos ficam comprometidas.

 

DANNY BUENO – COLUNA AF | ANÁLISE DOS FATOS

Após concessão dos aeroportos, mato-grossenses aguardam início das obras em rodovias que foram privatizadas e nunca começam

Em Janeiro de 2018, o então secretário estadual da infraestrutura do governo de Pedro Taques, Marcelo Duarte, garantiu a todos a ampliação e reformas nas rodovias mais críticas do Estado, por meio de concessões à iniciativa privada, devido a limitação do orçamento no governo do Estado.

Trecho da MT 100, entre Alto Taquari e Alto Araguaia, que tem como responsável o Consórcio Via Brasil, o mesmo que venceu o trecho entre Alta Floresta e Colíder.

Passados um ano e dois meses, não se fala mais nada sobre as obras nas rodovias privatizadas, o novo  governador, Mauro Mendes(DEM), até agora em nada se pronunciou abertamente sobre o assunto.

Ouve-se falar muito atualmente em concluir o trecho da BR 163, que liga Mato Grosso ao Pará, com destino ao Porto de Miritituba, por meio de atuação do governo federal, em trabalho conjunto com o exército, mas, ninguém mais disse uma palavra sobre as demais rodovias mato-grossenses que esfarelam a luz do dia, trazendo grandes prejuízos aos condutores e provocando centenas de acidentes em grande parte fatais.

Na época o secretário disse aos mato-grossenses que o governo pretendia arrecadar com as privatizações cerca 1,5 bilhões de reais e as concessões teriam um prazo de 30 anos, como no caso dos aeroportos de Mato Grosso leiloados ontem pelo governo federal.

Um edital foi publicado no dia 11/01/2018, no Diário oficial do Estado (DOE), nele o governo decretou que:

Após vencerem o certame, as empresas concessionárias deverão instalar nove praças de pedágio nas:

MTs 100, 246, 343, 358, 480, 320 e 208, nos municípios de Rosário Oeste, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Alto Taquari, Alto Araguaia, Colíder e Alta Floresta.

Conforme consta no edital, serão três praças de pedágios no Nortão.

  • A primeira ficará no quilômetro 14 da MT-320, em Colíder (a 14 quilômetros do entroncamento da rodovia com a BR-163).
  • A segunda praça ficará no quilômetro 59, em Nova Canaã do Norte.
  • A terceira será instalada no quilômetro 23 da MT-208 (a 23 quilômetros do entroncamento com a MT-320).

Também serão instaladas praças nos quilômetros 15 e 86 da MT-100, em Alto Taquari e Alto Araguaia, respectivamente.

O edital ainda prevê a implantação de praças de pedágio no quilômetro 22 da MT-246, em Rosário Oeste, no quilômetro 5,6 da MT-343, em Barra do Bugres, e nos quilômetros 37 e 114 da MT-328, em Tangará da Serra.

O edital fixou a tarifa básica máxima de pedágio em R$ 7,90, com “objetivo de uniformizar os valores cobrados nas rodovias concessionadas, proporcionando recursos compatíveis com os investimentos previstos e para a preservação do patrimônio rodoviário através da conservação de grande parte das rodovias do Estado de Mato Grosso”.

A instalação das praças estariam previstas para o 13º mês de concessão, após a execução dos trabalhos iniciais previstos no edital. 

O critério de julgamento da licitação foi o de maior “outorga fixa”.  Desta forma, serão declaradas vencedoras as empresas que ofertarem o maior pagamento.
  • Para o lote 1 (Alto Araguaia), o valor mínimo é de R$ 3,6 milhões.
  • Para o lote 2 (Alta Floresta), foi estipulado valor mínimo de R$ 1 milhão.
  • Já para Lote 3 (Tangará da Serra), o valor mínimo a título de outorga será de R$ 3 milhões.
Na época, o governador Pedro Taques justificou as concessões na necessidade de investimentos em logística em Mato Grosso. Lembrou que o Estado tem o maior rebanho bovino do país, além da liderança na produção grãos como milho e algodão.

As propostas das empresas interessadas foram abertas no dia 21 de fevereiro de 2018, e o leilão ocorreu em 28 de fevereiro de 2018, na Bolsa de Valores em São Paulo.

Foram concedidos à inciativa privada os trechos de 111 quilômetros da MT-100, em Alto Araguaia, 233 quilômetros da 246, 343, 358 e 480, em Tangará da Serra, além de 188 quilômetros das MTs 320 e 208, em Alta Floresta e Colíder. A abertura do procedimento licitatório foi autorizada pelo governador em exercício, Carlos Fávaro, no dia 6/01/2018.

“segundo recomendado pelo estudo econômico-financeiro, podendo ser prorrogado por normas contratuais”. As empresas vencedoras deverão prestar serviços de “manutenção, recuperação, implantação de melhorias e operação rodoviária”.

Os serviços de melhoria incluem as rodovias e “todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais, marginais ou locais, ciclovias, acostamentos, obras de artes especiais, futuras obras de melhorias e quaisquer outros elementos que se encontrem nos limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão”, afirmou Marcelo Duarte.

Na segunda fase, serão incluídos no programa mais de 2.600 km, divididos em 12 trechos rodoviários. Todo o programa deve receber investimentos superiores a R$ 6 bilhões. Ao todo, serão concedidos (somadas as duas fases) 3.126 km de rodovias. Para estes outros lotes, o Estado já publicou o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), que é um instrumento democrático para o planejamento de concessões, onde o Estado e as empresas atuam. As empresas apresentam estudos de interesse antes da realização da licitação pelo Estado.

O trabalho de modelagem das concessões foi feito por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), com apoio da MT Parcerias S.A (MT PAR), Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager) e consultoria contratada pelo Estado.

MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os condutores de qualquer tipo de veículo não conseguem desenvolver mais que 10 quilômetros por hora

SÓ QUE NÃO

Pois bem, as empresas que participaram e venceram as concessões estão praticamente inertes e o governo omisso com a situação dos usuários da MTs, como são chamadas as rodovias estaduais, após mais de um ano as obras nem começaram e nem se sabe quando começarão, como no caso do Consórcio Via Brasil, que ganhou o trecho de 188,2 quilômetros das rodovias MT-320 e MT-208 em Alta Floresta (188 KM), sendo também vencedor do trecho entre Alto taquari e Alto Araguaia, na MT 100 (111 KM).

Na Câmara de Vereadores de Alto Taquari, em novembro de 2018, criticou duramente o Consórcio, além de exigir esclarecimentos sobre as atividades a serem inciadas, porém não obteve respostas até hoje.

“ Esta empresa ganhou uma licitação milionária, mas eu já imaginava que ela não iria começar os trabalhos por conta do período eleitoral, mas infelizmente o descaso deles tem causado grandes prejuízos ao município de Alto Taquari.

Imaginem quem está doente, sentindo dores e mal-estar e precisa trafegar nessa rodovia” afirmou o vereador Leandro Almeida.

Já a Câmara de Vereadores de Alta Floresta, aonde uma grande parte é aliada do governo de Mauro Mendes (DEM) e do deputado Nininho (PSDB), um dos defensores do Consórcio Via Brasil, vencedor do leilão, o silêncio é sepulcral, nenhum dos 13 vereadores sequer se levanta para “lembrar” dos atrasos nas obras, as péssimas condições das estradas e os risco de mortes diárias nessas estradas que são de custo inestimável a aqueles que aguardam que os políticos e as empreiteiras cumpram seu papel.

E assim é que, está sendo tratada questão pelas demais empresas vencedoras dos trechos privatizados e principalmente pelo novo governo de Mauro Mendes, que até hoje não trouxe uma posição séria sobre o assunto e muito menos cobrou as empresas quanto ao estado de descaso, abandono e total precariedade das estradas que já deveriam estar as obras a pleno vapor, mas, como dizem na nova linguagem coloquial das redes sociais, “SQN”.

DETALHE: (As obras deveriam te sido inciadas em julho de 2018)

 

 

 

Outro trecho da MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda, os perigos se agravam ainda mais em período chuvoso, quando a visibilidade e a estabilidade dos veículos ficam comprometidas.

 

DANNY BUENO – COLUNA AF | ANÁLISE DOS FATOS

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: