Apesar de a última sessão ordinária do ano de 2019 ter sido no dia 20/12, o presidente da Câmara realizou outras quatro sessões extraordinárias, duas antes do fim de ano e duas em janeiro de 2020.
Vale lembrar que, das quatro sessões extraordinárias ocorridas após o início do recesso parlamentar não foram transmitidas pelos canais oficiais da Câmara Municipal (Youtube e Rádio Câmara), aliás esta última está paralisada há meses, duas delas eram para atender ao pedido da impopular da prefeitura municipal de doação do terreno a empresa de móveis Decomar, que naufragou junto com a estutícia dos pretendentes, e as outras duas foram para realizar os aumentos dos funcionários públicos municipais, coisa que com certeza só interessava aos servidores e aos vereadores que necessitam do apoio e voto do funcionalismo público para as próximas eleições. As “férias estendidas” dos vereadores de Alta Floresta, se deu por causa de reformas internas no prédio da Câmara Municipal, que não conseguiram ser concluídas no período de 45 dias do recesso, entre estas, estão “obras de reforma das instalações elétricas no edifício sede do Poder Legislativo, que ocasionaram extraordinária e momentânea insuficiência de meios técnicos e operacionais para implementação dos atos administrativos”, conforme publicação do site oficial da Câmara Municipal esta semana. O adiamento circunstancial se deu por decisão da presidência na forma de uma portaria (Portaria nº 007/2020, do dia 03 de fevereiro.), do presidente da Câmara Municipal, Emerson Sais Machado (MDB), que utilizou o Regimento Interno e a Lei Orgânica do município, para promover ponto facultativo, por mais 3 dias, aos vereadores, bem como todos os funcionários a estes subordinados. O atraso, que foi chamado de “excepcionalidade”, transferiu a sessão que deveria ser na última Terça-feira (04/02), para esta Sexta-feira (07/02), a partir das 09:00hs, tudo em nome da incomoda e oportuna obra nas instalações elétricas da casa de leis que em 45 dias não conseguiram ser concluídas. O que se sabe, é que agora em pleno ano eleitoral em que serão votados os candidatos as vagas do executivo e legislativo municipal em todo país, nossos nobres edis tiveram tempo de sobra as custas do bolsos dos eleitores e contribuintes para voltar revigorados e repaginados para encarar mais uma disputa no pleito eleitoral. Não foi a toa que, em meio a esta onda de preocupação com suas carreiras políticas, decidiram realizar a votação dos aumentos dos funcionalismo público municipal, prefeito e secretários, porém, se abstiveram de exercer o mesmo aumento para os próprios salários, seria um lampejo de consciência ou apenas a boa e velha astúcia política? Dentre todos os 13 vereadores de Alta Floresta, não há um se quer que não soubesse que seria um verdadeiro tiro no pé, em pleno planejamento de campanha para reeleição, não seria agora que se revestiriam de moralidade e cometeriam tamanho suicídio político. Bom demais pra ser verdade, ainda mais com tantas mazelas e escândalos revelados no último ano de 2019, aonde alguns vereadores protagonizaram situações vexatórias que despertaram a mais profunda indignação no eleitorado alta-florestense, das quais arrisco-me a dizer que por muitas décadas ainda serão lembrados pelas ruas do município, ainda mais por aqueles eleitores que não deixam no 0800, as oportunidades que deram a certos representantes, mas, que por estes foram traídos. |
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