Há mais de um ano a população sofre com a falta dos medicamentos mais necessários como uma simples dipirona, que em muitos casos não é encontrada após o cidadão percorrer quilômetros de distância dependendo do bairro que precisa se deslocar para chegar a única farmácia básica em funcionamento no município.
Desde de Maio de 2019,a vereadora Elisa Gomes (PDT), já havia notificado em forma de denúncia ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso, na pessoa do Promotor Luciano Martins da Silva, da 1ª Promotoria de Justiça de Alta Floresta, sobre o fechamento da Farmácia Básica na rodoviária, o descaso com o sofrimento de moradores mais distantes do bairro Cidade Alta e as precariedades da lista de medicamentos oferecida na unidade Policlínica aonde funciona a única Farmácia Básica do município, um setor de difícil acesso a maioria dos demais bairros no município. |
Esta semana, recebemos a denúncia de moradores de Alta Floresta que de lá pra cá a situação só fica pior a cada dia que passa, ainda mais com a crise instalada da pandemia do Corona Vírus, que causa uma onda generalizada de pânico nas pessoas, que tem seu psicológico e seu emocional afetados pelas inúmeras informações, na maioria das vezes alarmantes, dos perigos e dos sintomas que a doença provoca. Não é nenhum exagero dizer que em muitos casos pessoas acabam ficando desesperadas com a pressão psicológica da mídia e da montanha de informações impactantes que circulam nas redes sociais, e com isso, associado ao desemprego crescente e a crise no setor empresarial, venham a se influenciar negativamente e consequentemente adquirir quadros de doenças corriqueiras ou graves que em outras época acabariam sendo tratadas com uma aspirina comprada nas farmácias do comércio. Mas, e quando até o dinheiro da aspirina já não se encontra mais na carteira? A grande maioria da população que depende dos remédios da única farmácia básica existente no município, que hoje já contabiliza perto de 70 mil moradores, não tem se quer uma bicicleta para poder se locomover, milhares dependem de carona ou de transporte pago para conseguir chegar ao centro de distribuição, que em tese deveria concentrar todos os medicamentos suficientes para atender as prescrições médicas indicadas nos Posto de Saúde, mas, o que encontram é uma prateleira vazia dos mais básicos e essenciais aos mais complexos. Há casos onde os de maior complexidade são encontrados facilmente, mas, isso é até certo ponto compreensivo, pois há um número reduzido de pacientes que tem necessidade desses medicamentos, pois são tratamentos pontuais de doenças não tão recorrentes na grande massa, mas igualmente essenciais para os casos em questão. MORADOR MOSTRA RECEITA QUE FOI BUSCAR PARA ESPOSA, MAS NÃO ENCONTROU: |
Nossa reportagem esteve na tarde de hoje para constatar em imagens a ausências de medicamentos denunciados pelos moradores, e com uma simples olhada na prateleira da Farmácia Básica, é possível observar a ausência de uma série de medicamentos essenciais, em plena Segunda feira. LISTA DOS MEDICAMENTOS FALTANDO NA FARMÁCIA BÁSICA:
Além desta lista enorme de medicamentos essenciais ao atendimento da população, nossas fontes informaram que há a falta de medicamentos psicotrópicos como Ceftroxona (infecções), Levotiroxina (Tireóide) e Carbamazepina (Dores agudas), outros necessários também no auxílio ao combate da Covid-19, como no casos de pessoas diabéticas, além de crianças e adolescentes que dependem destas receitas para tratamentos específicos. Em matéria divulgada essa semana pelo Jornal Mato Grosso do Norte, moradores da Pista do Cabeça reforçam a falta recorrente de medicamentos, até mesmo material para curativos de natureza leve. Segundos os moradores, o atendimento e o acesso a qualquer tipo de remédios, que antes da entrada do secretário Marcelo Alécio Costa eram frequentes na unidade de saúde daquela zona rural, há mais de um ano se tornou um transtorno emocional, pois caso precisem de uma dipirona precisam se deslocar até o bairro Cidade Alta, na única unidade de Farmácia Básica mantida pela secretaria de saúde. Os atendimentos médicos ocorrem uma vez por semana, geralmente as Terças, em horários agendados, nos demais dias da semana apenas uma atendente fica a disposição da localidade que engloba as comunidades de Ourolanda, Pista do Cabeça, São Mateus e Jacaminho, ainda assim, apenas para medir a temperatura e e aferir a pressão.
O morador pontuou ainda que remédios controlados receitados nas consultas médicas, só podem ser obtidos na Farmácia Básica, porém, a maioria dos moradores não tem meio de se locomover, ficando na dependência de caronas, quando conseguem. Além dessas comunidades rurais, outros bairros do município ficam extremamente prejudicados com a distância a ser percorrida para se conseguir os remédios da Farmácia Básica, entre estes, o bairro Universitário, Primavera, Jardim tropical, Jardim das Oliveiras, Renascer, Panorama, Jardim Araras, Centro e demais zonas rurais, que em muitos casos vinham a cidade apenas para descer na rodoviária buscar os remédios e retornar para suas comunidades. Segundo a vereadora Elisa Gomes, até hoje o Ministério Público de Mato Grosso se quer deu respostas ao seu ofício com pedidos de providências no que tange ao fechamento da Farmácia Básica na rodoviária e os problemas causados a população pela dificuldade em percorrer distâncias tão extremas para se conseguir um simples analgésico, e que, na maioria das vezes não é encontrado no local que ficou designado para que se concentrasse a distribuição municipal. É difícil acreditar que possa estar havendo omissão por parte do Ministério Público municipal, mas, passados mais de um ano, em que nada foi providenciado ou mesmo respondido a vereadora que insistentemente fala na tribuna da Câmara Municipal todas as semanas sobre o desleixo da secretaria de saúde quando se trata de fornecimento de remédios, seria de bom tom que o promotor de justiça, Luciano Martins da Silva viesse a público esclarecer o por que de tanto silêncio diante de tanto clamor popular por uma situação tão dramática e prejudicante que já se tornou uma tragédia na vida de muitos cidadãos alta-florestenses. |
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