segunda-feira, 24 de maio de 2021

Em coletiva Secretária de Saúde de Alta Floresta diz que o foco de sua gestão é o controle da Covid-19 no município

Falando com mais segurança e demonstrando conhecimento dos problemas pontuais no município, a nova secretária municipal de Saúde pediu que todos colaborem com as medidas necessárias para a diminuição de casos de Covid-19.

Sandra Correia de Mello – Sec. Municipal de Saúde de Alta Floresta/MT

A advogada, Sandra Correia de Mello, recém empossada na vaga de secretária municipal de Saúde de Alta Floresta, fez questão de pedir com humildade que todos lhe permitam um espaço de uma semana para apresentar as suas novas diretrizes de trabalho com relação as frentes de enfrentamento que serão implantadas junto a saúde pública municipal.

Falou também que apesar de ser secretária, nem tudo depende apenas dela, que muitas diretrizes e decisões partem também do âmbito estadual e federal e com isso fica as vezes impedida de abordar certos setores na saúde como um todo.

Durante a coletiva a secretária frisou que estará ampliando as fiscalizações noturnas, com ações mais rigorosas, caso as aglomerações que tem ocorrido ultimamente não diminuam, mas, que por enquanto as ações estão sendo apenas no sentido de orientar a população dos riscos eminentes de novos contágios coma chegada de uma nova onda da pandemia, incluindo a nova Cepa Indiana, do Corona Vírus que provoca a doença da Covid-19, que se apresenta muito mais contagiosa para todas as idades.

Perguntada por nossa reportagem se o município já está preparado com medicamentos, profissionais treinados e leitos suficientes para atender um número elevado de pacientes, a secretária se limitou apenas em dizer que há sim preparativos no setor da saúde estadual e municipal já em andamento no sentido de absorver novos casos de contaminação. mas, que o alerta é internacional e também há sim o risco de não se suportar a demanda de casos futuros.

Com relação ao tratamento preventivo a secretária disse que tem médico tratamento trabalhando em um novo protocolo técnico para tratar sobre a definição de um protocolo referendado pelos médicos o qual todos deverão acatado, caso contrário questões administrativas poderão ser tomadas.

VEJA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA COLETIVA OCORRIDA NESTA SEGUNDA FEIRA – 25/05:

 

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: