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sexta-feira, 17 de maio de 2024

ALTA FLORESTA | Base política do Republicanos racha após presidente fechar acordo isolado com Chico Gamba

CRISE NO REPUBLICANOS

Consultamos a base política dos pré-candidatos do Republicanos de Alta Floresta e todos foram unânimes em dizer que não foram consultados a participar da conversa entre o presidente municipal e o prefeito Chico Gamba e só depois foram comunicados.

A falta de experiência e articulação política interna dentro do partido pode acabar saindo caro para o atual presidente Roberto Rivelino dos Reis (Robertinho), que sem fazer qualquer comunicado ou consulta interna com os demais membros. Uma conversa travada em um grupo de Whatsapp (no último dia 15/5), trouxe os contornos da reunião onde o próprio Robertinho fez menção de umas reuniões recentes com atual prefeito.

Na ocasião da conversa uma participante do grupo afirmou que o Robertinho vai ser vice do Chico” e que teria firmando um acordo de apoiar a candidatura do atual prefeito, sendo rebatida imediatamente pelo presidente do Republicanos, que afirmou que ela estava mentindo, porém, deixou claro que foi a atual administração que “foi várias vezes procurar o pré-candidato do Republicanos para ser vice”, outra participante do grupo, pré-candidata do partido do atual prefeito acabou afirmando também que além do apoio o presidente do Republicanos estaria cotado como pretenso pré-candidato a vice do prefeito Chico Gamba.

Da base política parlamentar do atual presidente do Republicanos, composta de dois vereadores, Francisco Ailton, Leonice Klaus (ex-PDT, recém filiada) e Reginaldo Luiz da Silva (Naldo da Pista), apenas os vereadores Naldo e Ailton responderam a nossos questionamentos.

O vereador Naldo da pista declarou que: “com a desistência do Ednei sair pré-candidato a prefeito, o grupo decidiu apoiar o atual prefeito”. Perguntado se participou da reunião realizada entre o presidente do partido e o prefeito o vereador respondeu que “Sim“.

O vereador Francisco Ailton declarou que: “eu, a Leonice e o Naldo vamos juntos com o Chico!” Perguntado se participou da reunião que selou o acordo o vereador também respondeu que “Sim!”

A vereadora Leonice Klaus disse que não estava em condições de comentar sobre o assunto por razões pessoais e que só falaria sobre isso na próxima Segunda-feira, porém, interlocutores do partido disseram que ela foi a única que não concordou com o acordo.

CONFIRMAÇÃO DA PRESIDÊNCIA

Em conversa com a nossa reportagem, o presidente do Republicanos Roberto Rivelino, confirmou que logo após a decisão do pré-candidato Ednei Blasius ter desistido, em uma reunião com o prefeito “o partido” decidiu que não iria mais lançar outro nome ao cargo do executivo e que já teriam decidido que: “o partido vai estar junto com o ele” (Chico).

BASE POLÍTICA IGNORADA

Ao tomarem conhecimento da decisão da presidência junto com os vereadores nesta reunião a base política de pré-candidatos se sentiu traída e boa parte dos membros já declararam que não concordam com a decisão principalmente da forma como foi tomada, sem uma conversa interna e votação por parte da ampla maioria.

Apesar dos 3 vereadores do partido terem participado da reunião isolada com o prefeito Chico Gamba, os demais membros da base de pré-candidatos e demais lideranças do partido afirmam que não foram perguntados antes da reunião e não tiveram conhecimento de que tal reunião aconteceria, entre eles o pré-candidato desistente Ednei Blasius que apesar da desistência acabou se tornando o nome mais forte do partido para futuras candidaturas.

Além de Ednei, outra grande liderança do partido, o empresário da construção civil, Cézar Paulo Santana (conhecido como “Cézinha da ECON”), e que também fez parte da administração Chico Gamba como ex-Secretário de cidades, foi pego de surpresa com a decisão do presidente e dos vereadores, alegando que não foram convocados para participar e não estão de acordo com a decisão, já que a ordem da direção estadual do partido era de buscar um nome próprio para concorrer em Alta Floresta, mesmo após a desistência de Ednei Blasius.

Literalmente contrariado com a posição notícia da reunião com o prefeito e da decisão tomada pelo presidente e os vereadores, o empresário afirmou que isso deve complicar em muito o clima interno no partido pelo fato de que a maioria dos filiados não concordam com a posição tomada e se sentem “apunhalados” pelo presidente que não teve a consideração participação dos demais nas decisões do partido.

Diante de toda esta situação, fica no ar a pergunta sobre quais será o destino do Republicanos em Alta Floresta, pois com o grupo rachado dificilmente o presidente conseguirá sustentar seus pré-candidatos contrários que provavelmente não concordarão em permanecer na sigla por quebra de confiança da presidência. Ao que parece, essa história ainda vai dar muito “pano pra manga” e possivelmente com uma reviravolta contra a decisão tomada.

#republicanos #altafloresta #eleicoes2024 #edneiblasius #chicogamba #robertinhomotos #cezarsantana 

ALTA FLORESTA | Base política do Republicanos racha após presidente fechar acordo isolado com Chico Gamba

CRISE NO REPUBLICANOS

Consultamos a base política dos pré-candidatos do Republicanos de Alta Floresta e todos foram unânimes em dizer que não foram consultados a participar da conversa entre o presidente municipal e o prefeito Chico Gamba e só depois foram comunicados.

A falta de experiência e articulação política interna dentro do partido pode acabar saindo caro para o atual presidente Roberto Rivelino dos Reis (Robertinho), que sem fazer qualquer comunicado ou consulta interna com os demais membros. Uma conversa travada em um grupo de Whatsapp (no último dia 15/5), trouxe os contornos da reunião onde o próprio Robertinho fez menção de umas reuniões recentes com atual prefeito.

Na ocasião da conversa uma participante do grupo afirmou que o Robertinho vai ser vice do Chico” e que teria firmando um acordo de apoiar a candidatura do atual prefeito, sendo rebatida imediatamente pelo presidente do Republicanos, que afirmou que ela estava mentindo, porém, deixou claro que foi a atual administração que “foi várias vezes procurar o pré-candidato do Republicanos para ser vice”, outra participante do grupo, pré-candidata do partido do atual prefeito acabou afirmando também que além do apoio o presidente do Republicanos estaria cotado como pretenso pré-candidato a vice do prefeito Chico Gamba.

Da base política parlamentar do atual presidente do Republicanos, composta de dois vereadores, Francisco Ailton, Leonice Klaus (ex-PDT, recém filiada) e Reginaldo Luiz da Silva (Naldo da Pista), apenas os vereadores Naldo e Ailton responderam a nossos questionamentos.

O vereador Naldo da pista declarou que: “com a desistência do Ednei sair pré-candidato a prefeito, o grupo decidiu apoiar o atual prefeito”. Perguntado se participou da reunião realizada entre o presidente do partido e o prefeito o vereador respondeu que “Sim“.

O vereador Francisco Ailton declarou que: “eu, a Leonice e o Naldo vamos juntos com o Chico!” Perguntado se participou da reunião que selou o acordo o vereador também respondeu que “Sim!”

A vereadora Leonice Klaus disse que não estava em condições de comentar sobre o assunto por razões pessoais e que só falaria sobre isso na próxima Segunda-feira, porém, interlocutores do partido disseram que ela foi a única que não concordou com o acordo.

CONFIRMAÇÃO DA PRESIDÊNCIA

Em conversa com a nossa reportagem, o presidente do Republicanos Roberto Rivelino, confirmou que logo após a decisão do pré-candidato Ednei Blasius ter desistido, em uma reunião com o prefeito “o partido” decidiu que não iria mais lançar outro nome ao cargo do executivo e que já teriam decidido que: “o partido vai estar junto com o ele” (Chico).

BASE POLÍTICA IGNORADA

Ao tomarem conhecimento da decisão da presidência junto com os vereadores nesta reunião a base política de pré-candidatos se sentiu traída e boa parte dos membros já declararam que não concordam com a decisão principalmente da forma como foi tomada, sem uma conversa interna e votação por parte da ampla maioria.

Apesar dos 3 vereadores do partido terem participado da reunião isolada com o prefeito Chico Gamba, os demais membros da base de pré-candidatos e demais lideranças do partido afirmam que não foram perguntados antes da reunião e não tiveram conhecimento de que tal reunião aconteceria, entre eles o pré-candidato desistente Ednei Blasius que apesar da desistência acabou se tornando o nome mais forte do partido para futuras candidaturas.

Além de Ednei, outra grande liderança do partido, o empresário da construção civil, Cézar Paulo Santana (conhecido como “Cézinha da ECON”), e que também fez parte da administração Chico Gamba como ex-Secretário de cidades, foi pego de surpresa com a decisão do presidente e dos vereadores, alegando que não foram convocados para participar e não estão de acordo com a decisão, já que a ordem da direção estadual do partido era de buscar um nome próprio para concorrer em Alta Floresta, mesmo após a desistência de Ednei Blasius.

Literalmente contrariado com a posição notícia da reunião com o prefeito e da decisão tomada pelo presidente e os vereadores, o empresário afirmou que isso deve complicar em muito o clima interno no partido pelo fato de que a maioria dos filiados não concordam com a posição tomada e se sentem “apunhalados” pelo presidente que não teve a consideração participação dos demais nas decisões do partido.

Diante de toda esta situação, fica no ar a pergunta sobre quais será o destino do Republicanos em Alta Floresta, pois com o grupo rachado dificilmente o presidente conseguirá sustentar seus pré-candidatos contrários que provavelmente não concordarão em permanecer na sigla por quebra de confiança da presidência. Ao que parece, essa história ainda vai dar muito “pano pra manga” e possivelmente com uma reviravolta contra a decisão tomada.

#republicanos #altafloresta #eleicoes2024 #edneiblasius #chicogamba #robertinhomotos #cezarsantana 

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Famoso empresário de Alta Floresta era fugitivo da PF e acusado de fraude processual em posse de fazenda

O falsário Edison Martins Gomes, também conhecido como Edson Ramos Camargo, tentou ilegalmente reivindicar terras ocupadas pacificamente por famílias há 40 anos.

O advogado Antonio João de Carvalho Jr. realizou uma investigação minuciosa da cadeia sucessória de uma fazenda de 2.420 hectares em Sinop, avaliada em 200 milhões de reais, expondo uma fraude ideológica envolvendo a posse da fazenda.

A desembargadora Marilsen Addario revisou o caso, evitando uma decisão injusta em favor do falsário. A investigação revelou a extensão da fraude, destacando a vulnerabilidade dos registros públicos.  

A fraude, arquitetada por Gomes, revelou uma conspiração de grande escala, com o criminoso utilizando múltiplas identidades para enganar o sistema judicial. A reanálise do caso resultou na manutenção da posse legítima das famílias que ocupavam a propriedade por 40 anos, mas, tiveram que sair após decisão de primeira instância.

O caso revelou uma conspiração de grandes proporções, com o fraudador mudando de identidade ao longo das décadas, enganando o sistema judicial e sendo considerado um herói em Alta Floresta, a mais de mil quilômetros de São Paulo, onde fugiu da Polícia Federal após ser preso por tráfico de drogas.

Quando o advogado foi contratado quando o caso já estava se encaminhando para uma decisão favorável ao fraudador. Após uma investigação minuciosa, detalhou os eventos que levaram à recente decisão judicial, que reconheceu a usucapião em favor das famílias vítimas, trazendo à tona questões controversas e a questão de ordem pública relacionada à falsidade ideológica de Edison.

A investigação também revelou o histórico criminal de Edison, incluindo uma condenação por tráfico de drogas no estado de São Paulo. Após fugir da prisão, realizada pela Polícia Federal, Gomes estabeleceu-se em Mato Grosso, em Alta Floresta, onde intensificou o uso de documentos falsificados, inclusive em transações imobiliárias. No interior de Mato Grosso, onde era conhecido como “mão branca” na década de 80 e 90 no município.

Recentemente, o TJMT reconheceu por maioria, os magistrados da Primeira Câmara de Direito Privado mantiveram a sentença de primeiro grau que negou a ação reivindicatória movida por Edison Martins Gomes contra os produtores José Altemir Ottoni, Beatriz Lauxen Ottoni, Reneu Jacob Lerner e Bernardete Lerner.

O advogado revelou que o suposto proprietário, Edison Martins Gomes, na verdade era um impostor cujo nome verdadeiro era Edson Ramos Camargo, usado por um advogado conhecido como Pedro Pereira de Sousa, também conhecido como Pedro Nó, para ajuizar a ação reivindicatória em 2010.

Utilizando a identidade de Edison, Pedro Nó teria arquitetado uma fraude documental para apropriar-se indevidamente não apenas dos 2.420 hectares, mas de toda a área, de 6.000 hectares, ocupada pacificamente pelas famílias desde 1982.

A fraude tornou-se evidente durante uma investigação minuciosa da equipe jurídica de Antonio João, que descobriu que Gomes utilizava várias identidades falsas, com diferenças significativas, incluindo divergências nas fotografias das identidades e múltiplos números de CPF.

Atualmente, com mais de 80 anos, Edison vive impune e desfrutando do patrimônio obtido ilegalmente, instalado em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde é proprietário de imobiliárias e vários imóveis.

Desde 2016, as famílias Lerner e Ottoni estão privadas do acesso e uso da área. O julgamento, que já estava em andamento no Tribunal e estava favorecendo Edison, foi adiado devido à falta de quórum e o Superior Tribunal de Justiça determinou que uma nova sessão fosse realizada.

Diante disso, a desembargadora Marilsen Addario, relatora do caso, pediu vista para analisar o processo antes de apresentar seu voto. Ela não se sentiu confortável em decidir sem antes examinar todos os detalhes do litígio. Foi nesse ponto que o advogado Antônio entrou em cena, identificando uma falha crucial no título de propriedade e na identidade do indivíduo envolvido.

Antônio ressaltou a conexão entre falsificações documentais e disputas por terras, especialmente no contexto da ação reivindicatória em questão, chamando a atenção dos magistrados para esse problema.

Este tipo de ação é propenso a fraudes, com indivíduos utilizando documentos falsos para reivindicar a posse de terras sob o pretexto de posse injusta por parte dos legítimos possuidores. Esta prática, embora ilegal, é lamentavelmente comum no estado de Mato Grosso.

A reanálise de da desembargadora Marilsen Addario após a contratação do advogado Antônio João foi determinante para alterar o desfecho até então favorável a Edison. Até 2016, o Tribunal estava dando razão a ele e quase lhe concedeu a posse definitiva sobre a fazenda. O olhar atento de da desembargadora Marilsen e do advogado Antônio João evitaram que isso ocorresse.

Desde 1982, os membros da família cultivaram a terra sem qualquer disputa legal, até serem forçados a sair por ordem judicial em 2016. Atualmente, a terra disputada é totalmente dedicada à atividade agropecuária, sob o nome de Fazenda Bonanza. Os legítimos proprietários, Lerner e Ottoni, aguardam uma decisão sobre o pedido de reintegração de posse e consequente desocupação.

Além disso, a denúncia aponta para a vulnerabilidade dos registros públicos, explorados para construir um direito de propriedade fictício, enquanto indivíduos legítimos sofriam injustamente. O acusado, agora milionário graças aos frutos dos crimes referidos, chegou a apresentar uma declaração de pobreza assinada, na verdade, pelo próprio Pedro Nó, ilustrando uma atitude criminosa destemida e ousada.

Com informações do OLHARDIRETO (OLHAR JURÍDICO)

#altafloresta #fraudeprocessual #policiafederal #tjmt #sinop

Famoso empresário de Alta Floresta era fugitivo da PF e acusado de fraude processual em posse de fazenda

O falsário Edison Martins Gomes, também conhecido como Edson Ramos Camargo, tentou ilegalmente reivindicar terras ocupadas pacificamente por famílias há 40 anos.

O advogado Antonio João de Carvalho Jr. realizou uma investigação minuciosa da cadeia sucessória de uma fazenda de 2.420 hectares em Sinop, avaliada em 200 milhões de reais, expondo uma fraude ideológica envolvendo a posse da fazenda.

A desembargadora Marilsen Addario revisou o caso, evitando uma decisão injusta em favor do falsário. A investigação revelou a extensão da fraude, destacando a vulnerabilidade dos registros públicos.  

A fraude, arquitetada por Gomes, revelou uma conspiração de grande escala, com o criminoso utilizando múltiplas identidades para enganar o sistema judicial. A reanálise do caso resultou na manutenção da posse legítima das famílias que ocupavam a propriedade por 40 anos, mas, tiveram que sair após decisão de primeira instância.

O caso revelou uma conspiração de grandes proporções, com o fraudador mudando de identidade ao longo das décadas, enganando o sistema judicial e sendo considerado um herói em Alta Floresta, a mais de mil quilômetros de São Paulo, onde fugiu da Polícia Federal após ser preso por tráfico de drogas.

Quando o advogado foi contratado quando o caso já estava se encaminhando para uma decisão favorável ao fraudador. Após uma investigação minuciosa, detalhou os eventos que levaram à recente decisão judicial, que reconheceu a usucapião em favor das famílias vítimas, trazendo à tona questões controversas e a questão de ordem pública relacionada à falsidade ideológica de Edison.

A investigação também revelou o histórico criminal de Edison, incluindo uma condenação por tráfico de drogas no estado de São Paulo. Após fugir da prisão, realizada pela Polícia Federal, Gomes estabeleceu-se em Mato Grosso, em Alta Floresta, onde intensificou o uso de documentos falsificados, inclusive em transações imobiliárias. No interior de Mato Grosso, onde era conhecido como “mão branca” na década de 80 e 90 no município.

Recentemente, o TJMT reconheceu por maioria, os magistrados da Primeira Câmara de Direito Privado mantiveram a sentença de primeiro grau que negou a ação reivindicatória movida por Edison Martins Gomes contra os produtores José Altemir Ottoni, Beatriz Lauxen Ottoni, Reneu Jacob Lerner e Bernardete Lerner.

O advogado revelou que o suposto proprietário, Edison Martins Gomes, na verdade era um impostor cujo nome verdadeiro era Edson Ramos Camargo, usado por um advogado conhecido como Pedro Pereira de Sousa, também conhecido como Pedro Nó, para ajuizar a ação reivindicatória em 2010.

Utilizando a identidade de Edison, Pedro Nó teria arquitetado uma fraude documental para apropriar-se indevidamente não apenas dos 2.420 hectares, mas de toda a área, de 6.000 hectares, ocupada pacificamente pelas famílias desde 1982.

A fraude tornou-se evidente durante uma investigação minuciosa da equipe jurídica de Antonio João, que descobriu que Gomes utilizava várias identidades falsas, com diferenças significativas, incluindo divergências nas fotografias das identidades e múltiplos números de CPF.

Atualmente, com mais de 80 anos, Edison vive impune e desfrutando do patrimônio obtido ilegalmente, instalado em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde é proprietário de imobiliárias e vários imóveis.

Desde 2016, as famílias Lerner e Ottoni estão privadas do acesso e uso da área. O julgamento, que já estava em andamento no Tribunal e estava favorecendo Edison, foi adiado devido à falta de quórum e o Superior Tribunal de Justiça determinou que uma nova sessão fosse realizada.

Diante disso, a desembargadora Marilsen Addario, relatora do caso, pediu vista para analisar o processo antes de apresentar seu voto. Ela não se sentiu confortável em decidir sem antes examinar todos os detalhes do litígio. Foi nesse ponto que o advogado Antônio entrou em cena, identificando uma falha crucial no título de propriedade e na identidade do indivíduo envolvido.

Antônio ressaltou a conexão entre falsificações documentais e disputas por terras, especialmente no contexto da ação reivindicatória em questão, chamando a atenção dos magistrados para esse problema.

Este tipo de ação é propenso a fraudes, com indivíduos utilizando documentos falsos para reivindicar a posse de terras sob o pretexto de posse injusta por parte dos legítimos possuidores. Esta prática, embora ilegal, é lamentavelmente comum no estado de Mato Grosso.

A reanálise de da desembargadora Marilsen Addario após a contratação do advogado Antônio João foi determinante para alterar o desfecho até então favorável a Edison. Até 2016, o Tribunal estava dando razão a ele e quase lhe concedeu a posse definitiva sobre a fazenda. O olhar atento de da desembargadora Marilsen e do advogado Antônio João evitaram que isso ocorresse.

Desde 1982, os membros da família cultivaram a terra sem qualquer disputa legal, até serem forçados a sair por ordem judicial em 2016. Atualmente, a terra disputada é totalmente dedicada à atividade agropecuária, sob o nome de Fazenda Bonanza. Os legítimos proprietários, Lerner e Ottoni, aguardam uma decisão sobre o pedido de reintegração de posse e consequente desocupação.

Além disso, a denúncia aponta para a vulnerabilidade dos registros públicos, explorados para construir um direito de propriedade fictício, enquanto indivíduos legítimos sofriam injustamente. O acusado, agora milionário graças aos frutos dos crimes referidos, chegou a apresentar uma declaração de pobreza assinada, na verdade, pelo próprio Pedro Nó, ilustrando uma atitude criminosa destemida e ousada.

Com informações do OLHARDIRETO (OLHAR JURÍDICO)

#altafloresta #fraudeprocessual #policiafederal #tjmt #sinop

Famoso empresário de Alta Floresta era fugitivo da PF e acusado de fraude processual em posse de fazenda

O falsário Edison Martins Gomes, também conhecido como Edson Ramos Camargo, tentou ilegalmente reivindicar terras ocupadas pacificamente por famílias há 40 anos.

O advogado sinopense Antonio João de Carvalho Jr. realizou uma investigação minuciosa da cadeia sucessória de uma fazenda de 2.420 hectares em Sinop, avaliada em 200 milhões de reais, expondo uma fraude ideológica envolvendo a posse da fazenda.

A desembargadora Marilsen Addario revisou o caso, evitando uma decisão injusta em favor do falsário. A investigação revelou a extensão da fraude, destacando a vulnerabilidade dos registros públicos.  

A fraude, arquitetada por Gomes, revelou uma conspiração de grande escala, com o criminoso utilizando múltiplas identidades para enganar o sistema judicial. A reanálise do caso resultou na manutenção da posse legítima das famílias que ocupavam a propriedade por 40 anos, mas, tiveram que sair após decisão de primeira instância.

O caso revelou uma conspiração de grandes proporções, com o fraudador mudando de identidade ao longo das décadas, enganando o sistema judicial e sendo considerado um herói em Alta Floresta, a mais de mil quilômetros de São Paulo, onde fugiu da Polícia Federal após ser preso por tráfico de drogas.

Quando o advogado foi contratado quando o caso já estava se encaminhando para uma decisão favorável ao fraudador. Após uma investigação minuciosa, detalhou os eventos que levaram à recente decisão judicial, que reconheceu a usucapião em favor das famílias vítimas, trazendo à tona questões controversas e a questão de ordem pública relacionada à falsidade ideológica de Edison.

A investigação também revelou o histórico criminal de Edison, incluindo uma condenação por tráfico de drogas no estado de São Paulo. Após fugir da prisão, realizada pela Polícia Federal, Gomes estabeleceu-se em Mato Grosso, em Alta Floresta, onde intensificou o uso de documentos falsificados, inclusive em transações imobiliárias. No interior de Mato Grosso, onde era conhecido como “mão branca” na década de 80 e 90 no município.

Recentemente, o TJMT reconheceu por maioria, os magistrados da Primeira Câmara de Direito Privado mantiveram a sentença de primeiro grau que negou a ação reivindicatória movida por Edison Martins Gomes contra os produtores José Altemir Ottoni, Beatriz Lauxen Ottoni, Reneu Jacob Lerner e Bernardete Lerner.

O advogado revelou que o suposto proprietário, Edison Martins Gomes, na verdade era um impostor cujo nome verdadeiro era Edson Ramos Camargo, usado por um advogado conhecido como Pedro Pereira de Sousa, também conhecido como Pedro Nó, para ajuizar a ação reivindicatória em 2010.

Utilizando a identidade de Edison, Pedro Nó teria arquitetado uma fraude documental para apropriar-se indevidamente não apenas dos 2.420 hectares, mas de toda a área, de 6.000 hectares, ocupada pacificamente pelas famílias desde 1982.

A fraude tornou-se evidente durante uma investigação minuciosa da equipe jurídica de Antonio João, que descobriu que Gomes utilizava várias identidades falsas, com diferenças significativas, incluindo divergências nas fotografias das identidades e múltiplos números de CPF.

Atualmente, com mais de 80 anos, Edison vive impune e desfrutando do patrimônio obtido ilegalmente, instalado em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde é proprietário de imobiliárias e vários imóveis.

Desde 2016, as famílias Lerner e Ottoni estão privadas do acesso e uso da área. O julgamento, que já estava em andamento no Tribunal e estava favorecendo Edison, foi adiado devido à falta de quórum e o Superior Tribunal de Justiça determinou que uma nova sessão fosse realizada.

Diante disso, a desembargadora Marilsen Addario, relatora do caso, pediu vista para analisar o processo antes de apresentar seu voto. Ela não se sentiu confortável em decidir sem antes examinar todos os detalhes do litígio. Foi nesse ponto que o advogado Antônio entrou em cena, identificando uma falha crucial no título de propriedade e na identidade do indivíduo envolvido.

Antônio ressaltou a conexão entre falsificações documentais e disputas por terras, especialmente no contexto da ação reivindicatória em questão, chamando a atenção dos magistrados para esse problema.

Este tipo de ação é propenso a fraudes, com indivíduos utilizando documentos falsos para reivindicar a posse de terras sob o pretexto de posse injusta por parte dos legítimos possuidores. Esta prática, embora ilegal, é lamentavelmente comum no estado de Mato Grosso.

A reanálise de da desembargadora Marilsen Addario após a contratação do advogado Antônio João foi determinante para alterar o desfecho até então favorável a Edison. Até 2016, o Tribunal estava dando razão a ele e quase lhe concedeu a posse definitiva sobre a fazenda. O olhar atento de da desembargadora Marilsen e do advogado Antônio João evitaram que isso ocorresse.

Desde 1982, os membros da família cultivaram a terra sem qualquer disputa legal, até serem forçados a sair por ordem judicial em 2016. Atualmente, a terra disputada é totalmente dedicada à atividade agropecuária, sob o nome de Fazenda Bonanza. Os legítimos proprietários, Lerner e Ottoni, aguardam uma decisão sobre o pedido de reintegração de posse e consequente desocupação.

Além disso, a denúncia aponta para a vulnerabilidade dos registros públicos, explorados para construir um direito de propriedade fictício, enquanto indivíduos legítimos sofriam injustamente. O acusado, agora milionário graças aos frutos dos crimes referidos, chegou a apresentar uma declaração de pobreza assinada, na verdade, pelo próprio Pedro Nó, ilustrando uma atitude criminosa destemida e ousada.

Com informações do OLHARDIRETO (OLHAR JURÍDICO)

#altafloresta #fraudeprocessual #policiafederal #tjmt #sinop

ALTA FLORESTA | Pré-candidato desistente aponta falta de "gestão eficiente" no município

Ednei Blasius que teve seu nome lançado a pré-candidato a prefeito no último dia 30/4, acabou desistindo da corrida eleitoral após alegar motivos pessoais e empresariais.

Em entrevista concedida ao locutor Michel Pinto da Rádio Bambina FM de Alta Floresta, Ednei Blasius, atual presidente do Centro de Industrias Produtoras e Exportadoras de Madeira – Cipem, disse que o presidente do partido Republicanos, Robertino Motos, aceito com tranquilidade a sua desistência na última Terça-feira (7/4), mesmo após ter sido lançado em cerimônia oficial no último dia 30/4, e se colocou a disposição do partido para ajudar em outras frentes e na escolha de novos nomes para compor o legislativo municipal.

Ednei Blasius aproveitou também para criticar o setor de liberação de alvarás da atual administração e disse que Alta Floresta é carente de “políticas com gestão eficiente”, sugerindo o caminho para que atual administração desburocratize alguns setores que tem seus processos internos travados pelo próprio executivo, a exemplo do setor da construção civil que onde os arquitetos e engenheiros civis reclamam da morosidade e da burocracia na hora de entregar um documento ou um alvará para dar início numa obra.

Para Ednei, essa falta de “gestão eficiente”, acaba prejudicando o desenvolvimento de mão de obra, as vendas no comércio local e outros segmentos que seriam beneficiados com a boa vontade do poder executivo.

Ednei Blasius, lembrou também o desleixo das calçadas no município que são mal aproveitadas e desorganizadas e um bom  gestor saberia como fazer um aproveitamento melhor destes espaços, que poderiam ser revertidos em pista de caminhadas adequadas para a população, apenas com projetos viáveis sem gastar muito dinheiro, para dar uma imagem mais bonita e dinâmica para as principais ruas e avenidas do município.

Disse também que o lago das Capivaras, tem um potencial para se tornar um “cartão de visitas” no município, mas… Assim como a  MT 208 que está totalmente desestruturada e apesar dos esforços de entidades que cobram do prefeito que faça valer a sua representatividade junto ao governo estadual que até hoje não foi reconhecida.

Apesar das observações pontuais o empresário não deixou de se referir ao prefeito chico Gamba como “nosso prefeito”, prá cá e pra lá, para amenizar as críticas apresentadas.

Ednei fez menção também do aluguel do Hospital Geral como possível futura instalação do Pronto Atendimento Municipal – PAM, mas que o gargalo está na contratação de médicos com salários mais dignos, pois a realidade de Alta Floresta como cidade polo exige que a saúde e seus profissionais sejam bem mais valorizados.

OUÇA O ÁUDIO DO TRECHO DA ENTREVISTA:




#edneiblasius #cipem #altafloresta #matogrosso #chicogamba #republicanos 

 

ALTA FLORESTA | Pré-candidato desistente aponta falta de "gestão eficiente" no município

Ednei Blasius que teve seu nome lançado a pré-candidato a prefeito no último dia 30/4, acabou desistindo da corrida eleitoral após alegar motivos pessoais e empresariais.

Em entrevista concedida ao locutor Michel Pinto da Rádio Bambina FM de Alta Floresta, Ednei Blasius, atual presidente do Centro de Industrias Produtoras e Exportadoras de Madeira – Cipem, disse que o presidente do partido Republicanos, Robertino Motos, aceito com tranquilidade a sua desistência na última Terça-feira (7/4), mesmo após ter sido lançado em cerimônia oficial no último dia 30/4, e se colocou a disposição do partido para ajudar em outras frentes e na escolha de novos nomes para compor o legislativo municipal.

Ednei Blasius aproveitou também para criticar o setor de liberação de alvarás da atual administração e disse que Alta Floresta é carente de “políticas com gestão eficiente”, sugerindo o caminho para que atual administração desburocratize alguns setores que tem seus processos internos travados pelo próprio executivo, a exemplo do setor da construção civil que onde os arquitetos e engenheiros civis reclamam da morosidade e da burocracia na hora de entregar um documento ou um alvará para dar início numa obra.

Para Ednei, essa falta de “gestão eficiente”, acaba prejudicando o desenvolvimento de mão de obra, as vendas no comércio local e outros segmentos que seriam beneficiados com a boa vontade do poder executivo.

Ednei Blasius, lembrou também o desleixo das calçadas no município que são mal aproveitadas e desorganizadas e um bom  gestor saberia como fazer um aproveitamento melhor destes espaços, que poderiam ser revertidos em pista de caminhadas adequadas para a população, apenas com projetos viáveis sem gastar muito dinheiro, para dar uma imagem mais bonita e dinâmica para as principais ruas e avenidas do município.

Disse também que o lago das Capivaras, tem um potencial para se tornar um “cartão de visitas” no município, mas… Assim como a  MT 208 que está totalmente desestruturada e apesar dos esforços de entidades que cobram do prefeito que faça valer a sua representatividade junto ao governo estadual que até hoje não foi reconhecida.

Apesar das observações pontuais o empresário não deixou de se referir ao prefeito chico Gamba como “nosso prefeito”, prá cá e pra lá, para amenizar as críticas apresentadas.

Ednei fez menção também do aluguel do Hospital Geral como possível futura instalação do Pronto Atendimento Municipal – PAM, mas que o gargalo está na contratação de médicos com salários mais dignos, pois a realidade de Alta Floresta como cidade polo exige que a saúde e seus profissionais sejam bem mais valorizados.

OUÇA O ÁUDIO DO TRECHO DA ENTREVISTA:

#edneiblasius #cipem #altafloresta #matogrosso #chicogamba #republicanos 

 

ALTA FLORESTA | Pré-candidato desistente aponta falta de "gestão eficiente" no município

Ednei Blasius que teve seu nome lançado a pré-candidato a prefeito no último dia 30/4, acabou desistindo da corrida eleitoral após alegar motivos pessoais e empresariais.

Em entrevista concedida ao locutor Michel Pinto da Rádio Bambina FM de Alta Floresta, Ednei Blasius, atual presidente do Centro de Industrias Produtoras e Exportadoras de Madeira – Cipem, disse que o presidente do partido Republicanos, Robertino Motos, aceito com tranquilidade a sua desistência na última Terça-feira (7/4), mesmo após ter sido lançado em cerimônia oficial no último dia 30/4, e se colocou a disposição do partido para ajudar em outras frentes e na escolha de novos nomes para compor o legislativo municipal.

Ednei Blasius aproveitou também para criticar o setor de liberação de alvarás da atual administração e disse que Alta Floresta é carente de “políticas com gestão eficiente”, sugerindo o caminho para que atual administração desburocratize alguns setores que tem seus processos internos travados pelo próprio executivo, a exemplo do setor da construção civil que onde os arquitetos e engenheiros civis reclamam da morosidade e da burocracia na hora de entregar um documento ou um alvará para dar início numa obra.

Para Ednei, essa falta de “gestão eficiente”, acaba prejudicando o desenvolvimento de mão de obra, as vendas no comércio local e outros segmentos que seriam beneficiados com a boa vontade do poder executivo.

Ednei Blasius, lembrou também o desleixo das calçadas no município que são mal aproveitadas e desorganizadas e um bom  gestor saberia como fazer um aproveitamento melhor destes espaços, que poderiam ser revertidos em pista de caminhadas adequadas para a população, apenas com projetos viáveis sem gastar muito dinheiro, para dar uma imagem mais bonita e dinâmica para as principais ruas e avenidas do município.

Disse também que o lago das Capivaras, tem um potencial para se tornar um “cartão de visitas” no município, mas… Assim como a  MT 208 que está totalmente desestruturada e apesar dos esforços de entidades que cobram do prefeito que faça valer a sua representatividade junto ao governo estadual que até hoje não foi reconhecida.

Apesar das observações pontuais o empresário não deixou de se referir ao prefeito chico Gamba como “nosso prefeito”, prá cá e pra lá, para amenizar as críticas apresentadas.

Ednei fez menção também do aluguel do Hospital Geral como possível futura instalação do Pronto Atendimento Municipal – PAM, mas que o gargalo está na contratação de médicos com salários mais dignos, pois a realidade de Alta Floresta como cidade polo exige que a saúde e seus profissionais sejam bem mais valorizados.

OUÇA O ÁUDIO DO TRECHO DA ENTREVISTA:

#edneiblasius #cipem #altafloresta #matogrosso #chicogamba #republicanos 

 

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: