sexta-feira, 29 de abril de 2022
quarta-feira, 27 de abril de 2022
Vereadores de Alta Floresta cobram do prefeito desmandos e descasos promovidos por secretarias e diretorias
“O Chico, ele coloca uma venda no olho, e tá “cagando” pra população…”
Após a repercussão das denuncias publicadas no portal MatoGrossoAoVivo, na manhã desta Terça-feira (26/04), que também foram divulgadas pela Rádio Bambina FM, através do Programa Ponto a Ponto, com os jornalistas Oliveira Dias e Danny Bueno, o vereador José Vaz Neto (Zé Eskiva – PL), que também é citado na matéria (por ter já denunciado anteriormente supostos repasses de informações sigilosas, cometidos pelo atual diretor de trânsito, Fernando Carvalho de Oliveira), usou a tribuna da Câmara Municipal na sessão desta Terça (26/04), para reafirmar que já tinha pleno conhecimento das ações praticadas pelo gestor do trânsito municipal, o qual classificou como “caso de polícia”. Segundo Eskiva, apesar de já ter solicitado as imagens, no último dia 13/04, quando recebeu a informação de por parte do setor de trânsito de que justamente naquele dia o sistema não estava funcionando, o vereador afirma que já conseguiu as referidas imagens que mostram o momento em que veículos são retirados do pátio do departamento de trânsito, com a autorização expressa e inclusive a presença do diretor Fernando Carvalho de Oliveira.
O vereador Zé Eskiva fez menção ainda da situação caótica em que se encontra o setor de obras no município, lembrando que obras que começaram desde o início da gestão, mais precisamente, em Fevereiro de 2021, como é o caso de uma simples sala ampliada para o setor de engenharia do município, que inclusive fica ao lado do gabinete do prefeito, não foi concluída até hoje, passados já um ano e quatro meses do início da reforma.
Segundo o vereador Eskiva, se após as denúncias apresentadas contra o diretor de trânsito o prefeito não tomar providências “pode soltar né, pois falta mais o quê? falta levar em cana? Olha prefeito, irresponsabilidade administrativa, abre o olho prefeito, eu já denunciei e já te mostrei e você tá “passando a mão”… |
ASSISTA AO VÍDEO COM A FALA DOS VEREADORES NA SESSÃO DESTA TERÇA (26/04):
OBRAS INACABADAS COM PRAZOS VENCIDOS Na sequência da fala do vereador José Vaz Neto (Zé Eskiva), o vereador Luciano Silva (Podemos), engrossou o coro contra a gestão do prefeito Chico Gamba (PSD) e a secretária municipal de Educação, Lucinéia Martins de Matos, sobre a questão das obras em duas escolas municipais, sendo elas a escola Laura Vicuña, escola Geni Silvério Dalarincy e Nilo Procópio Peçanha (Jardim Primavera), que estão sendo reformadas com recursos próprios do município desde 27 de Setembro de 2021, com prazo para o término exatamente hoje, 27 de Abril de 2022 (6 meses completos). Segundo o vereador Luciano Silva, que também fez questão de mencionar os esforços da vereadora Ilmarli Teixeira (PT), na solicitação de esclarecimentos quanto aos atrasos na entrega das obras, a preocupação só aumentou ao ouvir da boca do vereador Zé Eskiva, que a sala da engenharia não teria sido entregue até hoje.
A fala do vereador Luciano Silva é embasada em suas recentes visitas as escolas municipais, mais especificamente a Laura Vicuña e a Geni Silvério Delarincy, onde fez um registro fotográfico da precariedade e da periculosidade em que se encontram as obras em andamento em plena atividade escolar. Segundo o vereador Luciano, na Escola Geni Silvério, uma criança chegou a se machucar na semana passada no pátio de obras, que fica exposto com material e ferramentas justamente aonde as crianças tem que circular e brincar, vindo a ficar apenas com escoriações e machucados, porém, a situação enseja uma tragédia previamente anunciada, pois a criança caiu em um dos buracos em que passam a fiação elétrica que se encontra aberta naquela unidade escolar. Para o vereador Luciano, a empresa responsável já deveria estar terminando a obra, pois a previsão de entrega é 27 de Abril de 2022 (hoje), mas, a não está sem previsão de ser concluída, e conforme ele consultou a prefeitura, o termo “previsão de término“, segundo o setor de obras e engenharia da prefeitura, não significa necessariamente a data do término. Já o vereador lembrou que o Tribunal de Contas do Estado – TCE/MT trabalha com prazos, e que o fato de envolver uma obra pública cuja necessidade de se dar continuidade ao calendário escolar de crianças que dependem do prédio para estudar, não cabe a justificativa de se prolongar a data do término, com data até mesmo indefinida, sob pena de prejudicar ainda mais a qualidade do ensino e a vida escolar dos alunos matriculados. O vereador disse que teve a curiosidade de perguntar e mostrar as imagens que registrou a um fiscal do Conselho Regional de Engenharia – CREA/MT, e o mesmo disse que tais condições não oferecem qualquer segurança nem paras a crianças e nem para os trabalhadores. Nesse caso, o vereador disse haver necessidade de se prestar duas denúncias, uma ao Ministério do Trabalho, quanto as condições dos funcionários da empresa e outra ao Ministério Público Estadual, com relação a condição de riscos para as crianças. O vereador afirmou ainda, que apesar do valores orçados nas obras, R$ 758.190,66 (b) e R$ 743.596,93 (Geni Silvério), foram feitos gordos aditivos, em menos de dois meses do início das obras, que não tem qualquer margem de conclusão. |
VEJA A SITUAÇÃO DAS ESCOLAS COM AS OBRAS AINDA SEM PREVISÃO DE TÉRMINO:
LAURA VICUÑA:
GENI SILVÉRIO DELARINCY:
Vereadores de Alta Floresta cobram do prefeito desmandos e descasos promovidos por secretarias e diretorias
“O Chico, ele coloca uma venda no olho, e tá “cagando” pra população…”
Após a repercussão das denuncias publicadas no portal MatoGrossoAoVivo, na manhã desta Terça-feira (26/04), que também foram divulgadas pela Rádio Bambina FM, através do Programa Ponto a Ponto, com os jornalistas Oliveira Dias e Danny Bueno, o vereador José Vaz Neto (Zé Eskiva – PL), que também é citado na matéria (por ter já denunciado anteriormente supostos repasses de informações sigilosas, cometidos pelo atual diretor de trânsito, Fernando Carvalho de Oliveira), usou a tribuna da Câmara Municipal na sessão desta Terça (26/04), para reafirmar que já tinha pleno conhecimento das ações praticadas pelo gestor do trânsito municipal, o qual classificou como “caso de polícia”. Segundo Eskiva, apesar de já ter solicitado as imagens, no último dia 13/04, quando recebeu a informação de por parte do setor de trânsito de que justamente naquele dia o sistema não estava funcionando, o vereador afirma que já conseguiu as referidas imagens que mostram o momento em que veículos são retirados do pátio do departamento de trânsito, com a autorização expressa e inclusive a presença do diretor Fernando Carvalho de Oliveira.
O vereador Zé Eskiva fez menção ainda da situação caótica em que se encontra o setor de obras no município, lembrando que obras que começaram desde o início da gestão, mais precisamente, em Fevereiro de 2021, como é o caso de uma simples sala ampliada para o setor de engenharia do município, que inclusive fica ao lado do gabinete do prefeito, não foi concluída até hoje, passados já um ano e quatro meses do início da reforma.
Segundo o vereador Eskiva, se após as denúncias apresentadas contra o diretor de trânsito o prefeito não tomar providências “pode soltar né, pois falta mais o quê? falta levar em cana? Olha prefeito, irresponsabilidade administrativa, abre o olho prefeito, eu já denunciei e já te mostrei e você tá “passando a mão”… |
ASSISTA AO VÍDEO COM A FALA DOS VEREADORES NA SESSÃO DESTA TERÇA (26/04):
OBRAS INACABADAS COM PRAZOS VENCIDOS Na sequência da fala do vereador José Vaz Neto (Zé Eskiva), o vereador Luciano Silva (Podemos), engrossou o coro contra a gestão do prefeito Chico Gamba (PSD) e a secretária municipal de Educação, Lucinéia Martins de Matos, sobre a questão das obras em duas escolas municipais, sendo elas a escola Laura Vicuña, escola Geni Silvério Dalarincy e Nilo Procópio Peçanha (Jardim Primavera), que estão sendo reformadas com recursos próprios do município desde 27 de Setembro de 2021, com prazo para o término exatamente hoje, 27 de Abril de 2022 (6 meses completos). Segundo o vereador Luciano Silva, que também fez questão de mencionar os esforços da vereadora Ilmarli Teixeira (PT), na solicitação de esclarecimentos quanto aos atrasos na entrega das obras, a preocupação só aumentou ao ouvir da boca do vereador Zé Eskiva, que a sala da engenharia não teria sido entregue até hoje.
A fala do vereador Luciano Silva é embasada em suas recentes visitas as escolas municipais, mais especificamente a Laura Vicuña e a Geni Silvério Delarincy, onde fez um registro fotográfico da precariedade e da periculosidade em que se encontram as obras em andamento em plena atividade escolar. Segundo o vereador Luciano, na Escola Geni Silvério, uma criança chegou a se machucar na semana passada no pátio de obras, que fica exposto com material e ferramentas justamente aonde as crianças tem que circular e brincar, vindo a ficar apenas com escoriações e machucados, porém, a situação enseja uma tragédia previamente anunciada, pois a criança caiu em um dos buracos em que passam a fiação elétrica que se encontra aberta naquela unidade escolar. Para o vereador Luciano, a empresa responsável já deveria estar terminando a obra, pois a previsão de entrega é 27 de Abril de 2022 (hoje), mas, a não está sem previsão de ser concluída, e conforme ele consultou a prefeitura, o termo “previsão de término“, segundo o setor de obras e engenharia da prefeitura, não significa necessariamente a data do término. Já o vereador lembrou que o Tribunal de Contas do Estado – TCE/MT trabalha com prazos, e que o fato de envolver uma obra pública cuja necessidade de se dar continuidade ao calendário escolar de crianças que dependem do prédio para estudar, não cabe a justificativa de se prolongar a data do término, com data até mesmo indefinida, sob pena de prejudicar ainda mais a qualidade do ensino e a vida escolar dos alunos matriculados. O vereador disse que teve a curiosidade de perguntar e mostrar as imagens que registrou a um fiscal do Conselho Regional de Engenharia – CREA/MT, e o mesmo disse que tais condições não oferecem qualquer segurança nem paras a crianças e nem para os trabalhadores. Nesse caso, o vereador disse haver necessidade de se prestar duas denúncias, uma ao Ministério do Trabalho, quanto as condições dos funcionários da empresa e outra ao Ministério Público Estadual, com relação a condição de riscos para as crianças. O vereador afirmou ainda, que apesar do valores orçados nas obras, R$ 758.190,66 (b) e R$ 743.596,93 (Geni Silvério), foram feitos gordos aditivos, em menos de dois meses do início das obras, que não tem qualquer margem de conclusão. |
VEJA A SITUAÇÃO DAS ESCOLAS COM AS OBRAS AINDA SEM PREVISÃO DE TÉRMINO:
LAURA VICUÑA:
GENI SILVÉRIO DELARINCY:
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Um Diploma ou um Sacerdócio?
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno