PUNIÇÃO INJUSTIFICADA –
A ordem de reintegração só aconteceu coincidentemente dia 19/6, após a diretora conceder entrevista e expor as injustiças a que foi exposta.
Em clima de festa, com direito a bolo e refrigerantes, os alunos e pais da escola municipal Laura Vicunã, recepcionaram a diretora Cléia Rodrigues Gottert, que ficou afastada por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a pedido da Secretaria Municipal de Educação – , onde foi acusada e responsabilizada pelo curto circuito ocorrido na rede elétrica da escola.
No último dia 19/6 (Segunda), a diretora concedeu uma entrevista bombástica revelando que em nenhum momento, durante todo os 122 dias, ficou foi procurada pela equipe da Comissão processante que conduz o processo para maiores esclarecimento do por de seu afastamento e que jamais foi notificada ou assinou qualquer documento reconhecendo que descumpriu ordem administrativa de não instalar qualquer equipamento elétrico ou aparelho de ar condicionado no prédio da escola, desmentindo assim as alegações que eram dadas pela prefeitura como sendo a justificativa do afastamento.
DESMENTINDO A COMISSÃO
Além disso, a diretora deixou claro que não era atributo dela realizar compra ou instalação de equipamentos no prédio, e tão somente a prefeitura, por meio do setor de engenharia poderiam ser responsabilizados por tais ordens, sendo de exclusividade deles a questão estrutural da escola, esclarecendo que todos os aparelhos pertencentes ao prédio foram adquiridos pela Secretaria de Educação e consequentemente instalados por eles durante o período de reforma que a estrutural passou.
OUÇA O ÁUDIO DA ENTREVISTA:
REINTEGRAÇÃO TARDIA
Na tarde de ontem (21/06), por meio divulgações em grupos de Whatsapp, a própria diretora Cléia Rodrigues apresentou uma portaria recém publicada e encaminhada a ela onde a prefeitura solicitava a sua reapresentação junto a escola para reassumir as funções na diretoria, porém, informando que o seu processo administrativo ainda não estava concluído, sendo necessários ainda mais 60 dias de apuração.
QUAL O PROPÓSITO?
Perguntada na entrevista sobre qual pergunta faria frente a frente da Secretaria de Educação e ao prefeito municipal o por quê foi submetida a tamanha punição, a mesma perguntaria apenas: “Por que tudo isso? Qual é o objetivo?”
A diretora Cléia Rodrigues encerrou a entrevista agradecendo o apoio de pais e alunos, além de toda sociedade que está recebendo e que já tem uma representação legal e o acompanhamento do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTEP/MT), que também estão perplexos com o caso atípico nunca antes registrado na história da categoria em todo Estado.
PREFEITO SEM PULSO
Mais uma vez o prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba (PSD), acaba absorvendo da pior maneira possível os erros e imperícias de seus comandados que acabam atropelando a imagem política do chefe do executivo com situações vexatórias que o expõem cada vez mais perda de capital político.
Quando muitos pensam que a maior vítima desse episódio surreal de afastamento indevido da professora Cléia Rodrigues, seja a apenas a diretora afastada, eu diria que na verdade existem duas vítimas centrais nesta história, e acrescentaria a figura do prefeito Chico Gamba junto ao lado da professora, pois não se sabe por que, mais parece que a alguns setores e secretarias (neste caso a Secretaria de Educação e o setor de engenharia), trabalham em conjunto para prejudicar a administração Chico Gamba, colocando reiterada vezes em “saia justa” e “maus lençóis” perante a população.
Na maioria das vezes o próprio prefeito não tem noção do tamanho do estrago que estão provocando em sua gestão e quando percebe resta ao mesmo ter que tomar decisões tardias que poderiam muito bem ter sido evitadas caso tivesse uma equipe de mais comprometida com a sua gestão.