sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

"Maníaco dos Pets" assusta população de Alta Floresta e mortes em série de animais continua em bairros diferentes

Dezenas de cachorros envenenados sem qualquer motivo está perturbando o sono da população que não consegue entender o por que tanta crueldade injustificada.

Os animais vem sendo encontrados em bairros diferentes após 1 semana de mortes, mas, sempre com o mesmo padrão criminoso.

O “serial killer de cães”, que já está sendo chamado pela população de “Maníaco dos Pets”, após o registro de mais de 20 animais encontrados nas ruas e em quintais de moradores, de Alta Floresta (800 Km de Cuiabá), ainda não foi identificado pela polícia que recebeu registro de pelo menos três proprietárias de animais vítima de envenenamento.

Os animais em sua grande maioria de rua, simplesmente aparecem mortos pela manhã, nos casos de animais domesticados ou de raça, os próprios proprietários estão recorrendo as autoridades para buscar uma maneira de frear aos atentados que estão se tornando quase que diários.

As ocorrências estão sendo caracterizadas como crueldade contra animais prevista na “Lei de Crimes ambientais”, no Artigo 32 da Lei 9605/98 , com agravante de aumento de pena em caso de morte da espécie. 

O veneno encontrado é misturado a pedaços de carne e um tipo de massa comestível ainda não identificada.

O “modus operandi” do “maníaco” é sempre o mesmo, em alguns casos, nos lugares aonde os animais são encontrados mortos, pela manhã, são encontrados umas “trouxinhas” (pacote de plásticos), com carne envenenada dentro do quintal, ou próximo ao animal.

Muitas famílias da cidade, preocupadas com seus pets, estão recolhendo os animais dentro de casa durante a noite e prestando mais atenção na movimentação de estranhos pela rua, bem com vistoriando seus quintais pela manhã.

Sofrimento dos animais

A reação do veneno é longa e dolorosa para os animais, pois podem levar horas para vir a óbito, enquanto isso gemem de dor, vomitam muito e espumam pela boca, algo simplesmente desesperador de ser visto por qualquer proprietário, conforme o relato dos proprietários.

 

Moradora publica nas redes sociais o drama de assistir a morte de seu animal sem poder fazer nada, mesmo sendo socorrido por veterinários.

 

As mortes vem sendo denunciadas desde o dia 10 de janeiro, ao um Grupo de Proteção aos Animais do município, segundo um dos dirigentes do grupo, Leir Ribeiro, as mortes não estão relacionadas a furtos de residências, o que leva a acreditar que os crimes estão sendo praticados “por pura maldade”.

Entre os bairros já atacados pelo maníaco estão: Setor B, Jardim das Flores, Jardim Guaraná, Setor industrial, Setor D e Jardim das Araras.

Durante a semana, alguns populares chegaram a cogitar que o crime poderia estar sendo praticado por profissionais dos correios ou da coleta de lixo municipal, mas, tudo não passou de especulação barata sem qualquer indício de prova.

A Polícia Judiciária Civil de Alta Floresta já está trabalhando no caso juntamente com a Politec (Setor de perícia forense da polícia), que recolheu material suspeito trazido pelos proprietários de animais mortos, e está analisando o tipo de veneno utilizado na ação do “maníaco”.

Informações e denúncias sobre quem estaria praticando o envenenamento dos animais, ou flagrantes de suspeitos podem ser repassadas diretamente via 190 (Polícia Militar) ou 197 (Polícia Civil) e o Whatsapp: (66) 9.9981 – 8232.

 ___________________________________________

 

0 111.4K

___________________________________________

Nenhum comentário:

Pesquisar matérias no Blog

Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: