Após as denúncias exibidas aqui pelo Mato Grosso Ao Vivo, em nota o prefeito de Alta Floresta afirmou que a imprensa e a sociedade receberiam respostas no prazo máximo de 15 dias, mas, passados 30 dias nenhuma satisfação foi apresentada a população ou a imprensa local.
Dois dos treze vereadores do município de Alta Floresta estão cobrando desde o mês de Julho (29/07), do prefeito Asiel Bezerra (MDB), informações mais detalhadas da licitação que envolve a empresa de Cuiabá, Climatec – Climatização e Refrigeração, vencedora do certame de R$ 1.282 milhão de reais, mas, até agora não obtiveram qualquer resposta do gabinete do prefeito e muito menos do setor de licitação ou Controladoria Geral do município. Na Nota de Esclarecimento emitida em 26/07 (Sexta), pela assessoria de imprensa do município e assinada pelo próprio prefeito Asiel Bezerra, o chefe do executivo municipal declarou que, “diante da existência de possível irregularidades”, desde o dia 25/07 (Quinta), estaria suspendendo a licitação 028/2019, e ordenando uma instauração de uma auditoria, porém, no site do Portal Transparência, desde a emissão da nota da prefeitura, nenhuma alteração ocorreu nos tramites do processo licitatório, que para todos os efeitos permanece em vigência, como se a Nota de Esclarecimentos da maior autoridade do município nem tivesse valor algum para o setor de licitações. Não alheios aos fatos, pelo menos dois vereadores da Câmara Municipal, Elisa Gomes (PDT) e Dida Pires (PPS), tomaram a inciativa, dentro das prerrogativas legais que o cargo lhes garante, de cobrar por requerimento legislativo maiores detalhes sobre a empresa, valores repassados, serviços prestados e as reais condições do Processo Licitatório 028/2019, mas, seguem completamente sem respostas por parte do prefeito e sua equipe da Controladoria Geral do Município e do Setor de licitações. OUÇA A FALA DO VEREADOR DIDA PIRES NA TRIBUNA DA CÂMARA NA SESSÃO DO ÚLTIMO DIA 20/08 (TERÇA): A vereadora Elisa Gomes foi a primeira a se manifestar em razão do escândalo gerado pela pela denúncia publicada pela Coluna AF – Análise dos Fatos, do jornalista Danny Bueno, e emitiu seu requerimento de nº 035/2019, a praticamente trinta dias também, sendo este enviado a prefeitura no último dia 29/07. No requerimento a vereadora solicita, o quanto foi repassado em valores a empresa vencedora da licitação, o nome do Fiscal de Contrato, que deveria acompanhar os serviços prestados e relatórios devidamente assinados pelo fiscal sobre os serviços realizados: |
Já o vereador Dida Pires, indignado com o atraso nas informações, e já tendo corrido dez dias do prazo dado pelo próprio prefeito, sobre os “esclarecimentos” prometidos a sociedade alta-florestense, emitiu seu requerimento, de nº 054/2019, no último dia 05/08 (Segunda), solicitando a cópia integral do processo licitatório 028/2019, lembrando que a denúncia havia sido publicada pelo portal Mato Grosso Ao Vivo: |
Ambos requerimentos não foram atendidos até a presente data, e provavelmente nunca serão, pois é de senso comum na Câmara Municipal de Alta Floresta que 99% dos requerimentos enviados a Prefeitura Municipal jamais são respondidos pelo chefe de equipe e ou seus secretários. Ministério Público apura os fatos Não obstante as constantes omissões por parte da prefeitura, para com a Câmara Municipal, o Ministério Público Estadual, na pessoa da Promotora Carina Sfredo Dalmolin, da 2ª Promotoria de Justiça de Alta Floresta, solicitou a nossa redação o envio de todos os áudios e vídeos obtidos na capital do Estado (Cuiabá), no intuito de apurar os fatos denunciados e localizar os responsáveis da empresa Climatec, que em conversa gravada afirmaram que utilizam da prática de vencer licitações e posteriormente terceirizar empresas pequenas para fazer o serviço para o qual foram contratados pelo município em questão, ao que o próprio proprietário da empresa afirmou se tratar de um negócio “de porta em porta”. Com certeza, o MP não deixará de cobrar também a Prefeitura Municipal, quanto a auditoria e os detalhes sobre a referida licitação, que após o “sumiço” das redes sociais, do proprietário da empresa, Victor Bobadilla Bazan Junior, que sequer aparece na sede “fantasma” da mesma em Cuiabá, ou deixa qualquer funcionário para atender seus clientes, trará a tona a verdadeira história que está por trás deste emaranhado esquema de licitação com uma “empresa de gaveta”. |
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