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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Bolo de 65 mil para aniversário de Alta Floresta vira piada em página de memes e redes sociais revoltando população

Seria até cômico se não fosse trágico, diante de tantas mazelas ainda a serem superadas no município, como bairros sem asfalto, ruas esburacadas, mal atendimento na saúde por falta de médicos e uma lista enorme de problemas que atual gestão fecha os olhos diante do clamor da população.

BOLO AMARGO

No próximo dia 19 de maio, a cidade de Alta Floresta completará 47 anos e, para celebrar a data, um bolo de 47 metros será preparado, além do tradicional desfile.

O tamanho do bolo será proporcional a quantidade de anos que a cidade completa (47), sendo que na licitação oferta ao ganhador R$ 65.142,00, o que daria uma média de R$ 1.386,00 por metro, de pouco mais de uma tonelada de guloseima que serão consumidos em poucos minutos. Se o mesmo valor fosse revertido em cestas básicas ao custo de R$ 120,00 cada, daria para se comprar cerca de 543 cestas básicas que durariam pelo menos 15 dias alimentando uma família de 4 pessoas.

O processo licitatório nº 002/2023 foi publicado no Diário Oficial para a aquisição do bolo recheado, que será destinado às festividades do aniversário da cidade.

RECEITA INDIGESTA

Tão logo a matéria sobre a confecção do bolo foi publicada no portal NativaNews, uma enxurrada de piadas misturadas com protestos  e críticas ferozes nas principais páginas de memes e perfis de redes sociais começaram a “detonar” o desperdício injustificado de dinheiro público cometido pelo executivo municipal.

Não é que Alta Floresta não mereça a mais gloriosa das homenagens em reconhecimento a pujante história de pioneirismo e conquistas da qual seu povo guerreiro tanto sofreu para alcançar, mas, diante de tantas administrações mal sucedidas ao longo dos últimos 40 anos de alternância de grupos políticos na cadeira do executivo, a população sabe muito bem que hoje o município carece de muito mais estrutura do que cidades vizinhas, que nasceram décadas depois e superam em grau, número e gênero a qualidade de vida e o atendimento básico na saúde, educação, infraestrutura e lazer, envergonhando os alta-florestenses  quando são comparados com cidades como Paranaíta e até Carlinda, que sempre tiveram administrações bem mais competentes.

O BOLO NO HUMANITARISMO

Em um dos comentários emitidos por uma popular, ela trouxe a lembrança de um acidente cometido por um funcionário da prefeitura municipal, do setor de vigilância sanitária, onde nem ele e nem qualquer representante da prefeitura se dignou a visitar a menina Brenda Ketlyn Freitas da Silva,  17 anos, que foi violentamente atingida por uma camionete da prefeitura a 9 meses atrás (04/08/2022), vindo a falecer cerca de 2 meses depois (20/10/2022), sem qualquer assistência do município ou do servidor que provocou o acidente.

No comentário a cidadã alta-florestense diz: Engraçado isso KKKKKK pra pagar os prejuisos que os próprios funcionários fasem nao pagam, nao isso e muita vergonha mesmo… Lenbra do caso da menina que acidentou aqui na vila provocado pelo próprio funcionário deles… “ (Conforme escrito no texto original).

O comentário foi seguido depois pela irmã de Brenda Ketlyn:

O HOMEM DO BOLO

Na sua grande maioria os comentários, mostram que o prefeito gosta de “dar o bolo” nas questões prioritárias do município, e fazem menção para se destinar o valor do bolo a Associação Amamos Animais que está prestes a fechar as suas porta por total falta de compromisso e assistência do município, outros lembravam o estado precário da Perimetral Rogério Silva que até hoje, apesar de prometido e pago já, não foi refeita pelo executivo, outros faziam menção ao estado caótico da saúde no município e teve até que fizesse lembrar que o tal bolo talvez tenha caráter eleitoreiro, já que em 2024 o prefeito haverá de se recandidatar para um segundo mandato.

No texto da publicação expedida pelo Diário Oficial diz:

“O prefeito Chico Gamba, em cumprimento às leis vigentes e aos princípios ordenados pela Lei nº 8.666/93 e suas alterações, anunciou que o objeto da licitação foi concedido à licitante vencedora em 05 de maio de 2023. A empresa especializada confeccionará um bolo recheado e confeitado de 47 metros de comprimento, pesando 1.034 kg, pelo valor total de R$65.142,00″.

A CEREJA DO BOLO

Em alguns grupos de Whatsapp houve até mesmo menção de se extinguir a Câmara de Vereadores diante de tamanha inoperância com ações tão contraproducentes do executivo para com o município.

Comentário do Whatsapp:

Ainda não foi definido o local e horário de entrega do bolo, o fato é, que após essa polêmica iniciativa indigesta me parece que “pelo andar da carruagem”, agora o povo vai “pedir a cabeça” do prefeito Chico Gamba ornamentando a parte principal do já famigerado bolo, como se fosse uma cereja.

 

SEGUE A LISTA DE ALGUNS DE MILHARES DE COMENTÁRIOS:

 

 

 
 
 
 
 
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BOLO AMARGO

No próximo dia 19 de maio, a cidade de Alta Floresta completará 47 anos e, para celebrar a data, um bolo de 47 metros será preparado, além do tradicional desfile.

O tamanho do bolo será proporcional a quantidade de anos que a cidade completa (47), sendo que na licitação oferta ao ganhador R$ 65.142,00, o que daria uma média de R$ 1.386,00 por metro, de pouco mais de uma tonelada de guloseima que serão consumidos em poucos minutos. Se o mesmo valor fosse revertido em cestas básicas ao custo de R$ 120,00 cada, daria para se comprar cerca de 543 cestas básicas que durariam pelo menos 15 dias alimentando uma família de 4 pessoas.

O processo licitatório nº 002/2023 foi publicado no Diário Oficial para a aquisição do bolo recheado, que será destinado às festividades do aniversário da cidade.

RECEITA INDIGESTA

Tão logo a matéria sobre a confecção do bolo foi publicada no portal NativaNews, uma enxurrada de piadas misturadas com protestos  e críticas ferozes nas principais páginas de memes e perfis de redes sociais começaram a “detonar” o desperdício injustificado de dinheiro público cometido pelo executivo municipal.

Não é que Alta Floresta não mereça a mais gloriosa das homenagens em reconhecimento a pujante história de pioneirismo e conquistas da qual seu povo guerreiro tanto sofreu para alcançar, mas, diante de tantas administrações mal sucedidas ao longo dos últimos 40 anos de alternância de grupos políticos na cadeira do executivo, a população sabe muito bem que hoje o município carece de muito mais estrutura do que cidades vizinhas, que nasceram décadas depois e superam em grau, número e gênero a qualidade de vida e o atendimento básico na saúde, educação, infraestrutura e lazer, envergonhando os alta-florestenses  quando são comparados com cidades como Paranaíta e até Carlinda, que sempre tiveram administrações bem mais competentes.

O BOLO NO HUMANITARISMO

Em um dos comentários emitidos por uma popular, ela trouxe a lembrança de um acidente cometido por um funcionário da prefeitura municipal, do setor de vigilância sanitária, onde nem ele e nem qualquer representante da prefeitura se dignou a visitar a menina Brenda Ketlyn Freitas da Silva,  17 anos, que foi violentamente atingida por uma camionete da prefeitura a 9 meses atrás (04/08/2022), vindo a falecer cerca de 2 meses depois (20/10/2022), sem qualquer assistência do município ou do servidor que provocou o acidente.

No comentário a cidadã alta-florestense diz: Engraçado isso KKKKKK pra pagar os prejuisos que os próprios funcionários fasem nao pagam, nao isso e muita vergonha mesmo… Lenbra do caso da menina que acidentou aqui na vila provocado pelo próprio funcionário deles… “ (Conforme escrito no texto original).

O comentário foi seguido depois pela irmã de Brenda Ketlyn:

O HOMEM DO BOLO

Na sua grande maioria os comentários, mostram que o prefeito gosta de “dar o bolo” nas questões prioritárias do município, e fazem menção para se destinar o valor do bolo a Associação Amamos Animais que está prestes a fechar as suas porta por total falta de compromisso e assistência do município, outros lembravam o estado precário da Perimetral Rogério Silva que até hoje, apesar de prometido e pago já, não foi refeita pelo executivo, outros faziam menção ao estado caótico da saúde no município e teve até que fizesse lembrar que o tal bolo talvez tenha caráter eleitoreiro, já que em 2024 o prefeito haverá de se recandidatar para um segundo mandato.

No texto da publicação expedida pelo Diário Oficial diz:

“O prefeito Chico Gamba, em cumprimento às leis vigentes e aos princípios ordenados pela Lei nº 8.666/93 e suas alterações, anunciou que o objeto da licitação foi concedido à licitante vencedora em 05 de maio de 2023. A empresa especializada confeccionará um bolo recheado e confeitado de 47 metros de comprimento, pesando 1.034 kg, pelo valor total de R$65.142,00″.

A CEREJA DO BOLO

Em alguns grupos de Whatsapp houve até mesmo menção de se extinguir a Câmara de Vereadores diante de tamanha inoperância com ações tão contraproducentes do executivo para com o município.

Comentário do Whatsapp:

Ainda não foi definido o local e horário de entrega do bolo, o fato é, que após essa polêmica iniciativa indigesta me parece que “pelo andar da carruagem”, agora o povo vai “pedir a cabeça” do prefeito Chico Gamba ornamentando a parte principal do já famigerado bolo, como se fosse uma cereja.

 

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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Consórcio Alto Tapajós emite Nota após matéria veiculada sob suspeitas de vereadores quanto a exames duplicados

Em resposta a matérias publicada com exclusividade, pelo MatoGrossoAoVivo, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Tapajós, declara que, ainda, não recebeu qualquer notificação criminal da justiça, PJC/MT ou MP/MT e classificou a matéria que trouxe a tona as suspeitas levantadas pela Câmara como injustas.

SEGUE NOTA DE ESCLARECIMENTO EMITIDA PELO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DO ALTO TAPAJÓS:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

RECAPITULANDO

Na Nota de Esclarecimento, que chegou ao nosso conhecimento por maios não oficiais, assinada pelo prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, que também é o presidente do Consórcio entre os municípios que o integram (Alta Floresta, Carlinda, Nova Bandeirantes, Apiacás, Paranaíta e Nova Monte Verde), a entidade tenta minimizar a repercussão do requerimento encaminhado pela Câmara dos vereadores de Alta Floresta, assinada pela vereadora Leonice Klaus (PDT), na sessão do último dia 02/05/2023, após a deflagração de investigação criminal gigantesca em todo Estado de Mato Grosso, denominada “Operação Espelho II”, conduzida pelo delegado Henrique Trevisan, da DECOR/MT – Delegacia de Especializada Combate a Corrupção, também acompanhado pelo GAECO/MTGrupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, força tarefa coordenada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

A nota acusa ainda o nosso portal de produzir uma matéria “injusta” e divorciada da realidade por simplesmente não apontar que tais procedimentos são emitidos pela Centrais de Regulação e submetidas ao controle externo, como se isso fosse algum empecilho que tais procedimento fossem burlados, levando-se em conta as 3.178 páginas do processo da “Operação Espelho II” onde se encontram diversas vezes a atual do grupo criminoso investigado com rigor, os quais envolveram também alguns municípios pertencentes ao CIS do Alto do Tapajós quanto Cuiabá, Colíder, Sinop, Sorriso e Guarantã do Norte.

ENTRETANTO

Cabe lembrar que o processo da investigação cita a prática de cooptação de agentes públicos, políticos e até servidores do alto escalão das referidas prefeituras e até da SES/MT, citados fartamente nas páginas da investigação. Basta lembrar que, entre os principais investigados Gustavo Ivoglo, com o médico Renes Filho e empresas privadas estabelecidas tanto em Alta Floresta (3 empresas são citadas no processo), cria um link perigoso com as participações dessas empresas na atual gestão, por meio de mensagens interceptadas pela perícia em Março de 2021, da época do primeiro secretário da gestão Gamba, Laureano Barella (que atuou do início de Fevereiro até 25 de Maio de 2021), com as quais Renes diz ter mantido contato frequente e planejavam atendimento médico sem licitação no município de Alta Floresta.

Páginas 180, 181 e 363 do processo:

Apesar da Nota afirmar que o consórcio, ainda, não recebeu qualquer notificação ou intimação da justiça que justifique qualquer desconfiança por parte da investigação, na Nota “se esquece” de mencionar que todos os municípios envolvidos, além dos demais restantes no Estado, receberam ordem judicial, na pessoa do Juiz João Bosco Soares da Silva, titular da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, a pedido do MP/MT e da DECOR, por meio de ação cautelar, no sentido de determinar a proibição de novas contratações com as administração pública no Estado e nos municípios, nem permitir mais a participação em processos licitatórios das referidas empresas investigadas por “suposta ocorrência dos crimes de peculato, adulteração de documentos públicos e associação criminosa”, sob pena de desobediência de ordem judicial, o que implicitamente associa todos os municípios membros do consórcio ao processo.

Caso o prefeito de Alta Floresta e demais municípios do CIS do Alto Tapajós, estejam se sentindo constrangidos pela imprensa por divulgar os atos legítimos do legislativo de Alta Floresta, cabe aos mesmos enviarem “Nota” ao delegado titular do inquérito policial, Dr. Henrique Trevisan e ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso, no sentido reclamar pelas suspeitas levantadas contra seus municípios, só que para isso terão que apresentar argumentos mais bem mais plausíveis de como médicos, empresas, servidores e agentes públicos, que tanto prestam serviços ao Estado como aos municípios, agiam criminosamente nas barbas de suas administrações sem que nunca soubessem de nada ou algo chegasse ao conhecimento de seus governos.

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sexta-feira, 28 de abril de 2023

EXCLUSIVA | Alta Floresta no centro do escândalo criminoso da saúde, investigado pela PJC/MT

Uma história sombria digna de uma série premiada na Netflix trás no epicentro da trama, profissionais da área médica de Alta Floresta, envolvidos até o pescoço na investigação deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Entre os indiciados e envolvidos pela PJC/MT, por meio de uma investigação minuciosa, comandada pelo Dr. Henrique Trevisan, a frente da “Operação Espelho II“, junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO/MT, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – MPMT, na pessoa do Promotor Sérgio Silva da Costa, encontram-se médicos e servidores conhecidos do meio hospitalar que atendem junto ao Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, unidade regional (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Carlinda), que atende apenas pacientes de natureza grave e gravíssima.

O processo revela, por meio de mensagens interceptadas pela PJC/MT a pedido do MP/MT,  que os suspeitos envolvidos especificamente com o contrato de licitação ganho para administrar as UTIs de Alta Floresta instaladas pelo governo estadual dentro do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, conversam sobre a “negociata” de forma sombria, monstruosa e repugnante, digna dos personagens do clássico filme “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekyll e Mister Hyde – obra de 1885 – Autor: Robert Louis Stevenson). Nas conversas o grupo de médicos e empresários para lucrar ilegalmente às custas das verbas públicas repassadas para o combate à covid-19.

Mortes omitidas criminosamente

Nas conversas trocadas, por meio de mensagens promíscuas, o grupo versou sobre a omissão de eventuais mortes e irregularidades no Hospital Regional de Alta Floresta (790 km de Cuiabá) com intuito de garantir um ‘acordo de paz’ entre as empresas. Os trechos foram obtidos por meio de perícia técnica e o Sistema “Guardião” nos celulares dos envolvidos Luiz Gustavo Castilho Ivoglo (Cuiabá) e Osmar Gabriel Chemin (São Paulo), em que os médicos comemoram o enriquecimento em virtude da pandemia.

Trechos do processo:

 

 

Na lista dos nome de empresas, médicos e servidores que correspondem aos supostamente envolvidos e citados no processo de  investigação criminal, conhecidos e residentes em Alta Floresta e região estão médicos, empresários servidores e até citação em conversas de gente graúda da política municipal e regional, entre eles encabeça a lista o ex-secretário de saúde municipal na gestão passada, Marcelo de Alécio Costa, o Dr. Renes Leão Silva Filho, a Dra. Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Thaisa Babilonia de Lima (esposa de Renes) e a Dra. Thais Caroline Cavalcante de Sousa.

 

O preço da morte

Por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado, mas serviços não eram fornecidos na forma contratada e, segundo a polícia, por vezes contavam também com o consentimento de agentes públicos fiscalizadores. 

De acordo com as descobertas da Polícia Civil, os investigados e as empresas constituídas se dedicavam a fraudar licitações  e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso, especialmente durante o período da pandemia da covid-19, os investigados intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade dos gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Acordos Ilícitos

Entre as aberrações praticadas pelo grupo criminoso suspeito e investigado pela PJC/MT, o que chama mais atenção é o acordo estabelecido entre o empresário/médico Renes Filho e o empresário/médico Gustavo Ivoglo, tratando quanto a cessão de administração do setor de UTIs no Hospital Regional de Alta Floresta através de uma simples conversa troca de mensagens onde a empresa ganhadora – (BONE M ESPECIALIZADA LTDA – registrada em nome de Osmar Gabriel Chemin, Gabriel naves Torres Borges e Alberto Pires de Almeida), recebeu  a bagatela de R$ 500.000,00 para repassar a administração absoluta das UTIs ao Dr. Renes Leão Silva Filho, pela pagos por meio de um único PIX, transferido direto da conta pessoal da esposa do Dr. Renes Leão Silva Filho, a empresária/anestesista Thaísa Babilonia de Lima, como se fosse o pagamento de rupa comprada em uma boutique de luxo. Para garantir o bom funcionamento do esquema até servidores administrativos do Hospital Regional Albert Sabin eram citados como protegidos e ao mesmo tempo favorecidos pelo grupo criminoso, para a PJC/MT há indícios fortíssimos de pagamentos de propinas para que os mesmo ficassem calados diante de todas as atrocidades cometidas pelos médicos responsáveis do setor de UTIs. 

Trecho

Fases da investigação

A fase da investigação iniciada ainda em 2021, que surgiu a partir de uma denúncias anônimas e foi apresentada em continuidade pelo delegado Paulo Trevisan, da DECCOR/MT (Delegacia Especializada de Combate a Corrupção), junto a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em Dezembro de 2022, trás até o momento num processo sigiloso de 3.178 páginas, o qual nossa redação teve acesso com exclusividade, o suposto envolvimento de servidores do primeiro escalão da Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT, médicos, empresários, servidores regionais e até políticos membros da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso – ALMT.

Ao todo, 7 empresas e os respectivos envolvidos em toda trama, já tiveram seus bens e contas bloqueados pela justiça por meio a partir da 2ª fase da “Operação Espelho“, iniciada no último dia 24 de Março, que trás a notícia crime sobre a formação de suposto Cartel de empresas que desde a 1ª fase da operação, em 2021 (a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva – hospital metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, o núcleo de investigação da DECCOR/MT apurou que empresas contratadas integravam um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Nesta 2ª fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam a casa dos R$ 35 milhões, com potencial de sensível aumento, conforme a investigação.

Sequestro de bens

Por ordem judicial, e buscando a reparação ao erário, foram sequestrados 36 veículos e bloqueados mais de 20 imóveis. Entre os veículos estão de marcas de luxo como BMW, Land Rover, Porsche, Audi, Jaguar, além de camionetes e outros automóveis de alto valor de mercado. Também foram bloqueadas casas e lotes em condomínios de luxo, além de fazendas no estado, com o objetivo de chegar, ao menos, aos R$ 35 milhões em bens sequestrados.

CARROS APREENDIDOS NA OPERAÇÃO:

#operacaoespelho #matogrosso #pjcmt #gaecomt #hras #hospitalregionaldealtafloresta 

EXCLUSIVA | Alta Floresta no centro do escândalo criminoso da saúde, investigado pela PJC/MT

Uma história sombria digna de uma série premiada na Netflix trás no epicentro da trama, profissionais da área médica de Alta Floresta, envolvidos até o pescoço na investigação deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Entre os indiciados e envolvidos pela PJC/MT, por meio de uma investigação minuciosa, comandada pelo Dr. Henrique Trevisan, a frente da “Operação Espelho II“, junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO/MT, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – MPMT, na pessoa do Promotor Sérgio Silva da Costa, encontram-se médicos e servidores conhecidos do meio hospitalar que atendem junto ao Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, unidade regional (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Carlinda), que atende apenas pacientes de natureza grave e gravíssima.

O processo revela, por meio de mensagens interceptadas pela PJC/MT a pedido do MP/MT,  que os suspeitos envolvidos especificamente com o contrato de licitação ganho para administrar as UTIs de Alta Floresta instaladas pelo governo estadual dentro do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, conversam sobre a “negociata” de forma sombria, monstruosa e repugnante, digna dos personagens do clássico filme “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekyll e Mister Hyde – obra de 1885 – Autor: Robert Louis Stevenson). Nas conversas o grupo de médicos e empresários para lucrar ilegalmente às custas das verbas públicas repassadas para o combate à covid-19.

Mortes omitidas criminosamente

Nas conversas trocadas, por meio de mensagens promíscuas, o grupo versou sobre a omissão de eventuais mortes e irregularidades no Hospital Regional de Alta Floresta (790 km de Cuiabá) com intuito de garantir um ‘acordo de paz’ entre as empresas. Os trechos foram obtidos por meio de perícia técnica e o Sistema “Guardião” nos celulares dos envolvidos Luiz Gustavo Castilho Ivoglo (Cuiabá) e Osmar Gabriel Chemin (São Paulo), em que os médicos comemoram o enriquecimento em virtude da pandemia.

Trechos do processo:

 

 

Na lista dos nome de empresas, médicos e servidores que correspondem aos supostamente envolvidos e citados no processo de  investigação criminal, conhecidos e residentes em Alta Floresta e região estão médicos, empresários servidores e até citação em conversas de gente graúda da política municipal e regional, entre eles encabeça a lista o ex-secretário de saúde municipal na gestão passada, Marcelo de Alécio Costa, o Dr. Renes Leão Silva Filho, a Dra. Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Thaisa Babilonia de Lima (esposa de Renes) e a Dra. Thais Caroline Cavalcante de Sousa.

 

O preço da morte

Por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado, mas serviços não eram fornecidos na forma contratada e, segundo a polícia, por vezes contavam também com o consentimento de agentes públicos fiscalizadores. 

De acordo com as descobertas da Polícia Civil, os investigados e as empresas constituídas se dedicavam a fraudar licitações  e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso, especialmente durante o período da pandemia da covid-19, os investigados intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade dos gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Acordos Ilícitos

Entre as aberrações praticadas pelo grupo criminoso suspeito e investigado pela PJC/MT, o que chama mais atenção é o acordo estabelecido entre o empresário/médico Renes Filho e o empresário/médico Gustavo Ivoglo, tratando quanto a cessão de administração do setor de UTIs no Hospital Regional de Alta Floresta através de uma simples conversa troca de mensagens onde a empresa ganhadora – (BONE M ESPECIALIZADA LTDA – registrada em nome de Osmar Gabriel Chemin, Gabriel naves Torres Borges e Alberto Pires de Almeida), recebeu  a bagatela de R$ 500.000,00 para repassar a administração absoluta das UTIs ao Dr. Renes Leão Silva Filho, pela pagos por meio de um único PIX, transferido direto da conta pessoal da esposa do Dr. Renes Leão Silva Filho, a empresária/anestesista Thaísa Babilonia de Lima, como se fosse o pagamento de rupa comprada em uma boutique de luxo. Para garantir o bom funcionamento do esquema até servidores administrativos do Hospital Regional Albert Sabin eram citados como protegidos e ao mesmo tempo favorecidos pelo grupo criminoso, para a PJC/MT há indícios fortíssimos de pagamentos de propinas para que os mesmo ficassem calados diante de todas as atrocidades cometidas pelos médicos responsáveis do setor de UTIs. 

Trecho

Fases da investigação

A fase da investigação iniciada ainda em 2021, que surgiu a partir de uma denúncias anônimas e foi apresentada em continuidade pelo delegado Paulo Trevisan, da DECCOR/MT (Delegacia Especializada de Combate a Corrupção), junto a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em Dezembro de 2022, trás até o momento num processo sigiloso de 3.178 páginas, o qual nossa redação teve acesso com exclusividade, o suposto envolvimento de servidores do primeiro escalão da Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT, médicos, empresários, servidores regionais e até políticos membros da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso – ALMT.

Ao todo, 7 empresas e os respectivos envolvidos em toda trama, já tiveram seus bens e contas bloqueados pela justiça por meio a partir da 2ª fase da “Operação Espelho“, iniciada no último dia 24 de Março, que trás a notícia crime sobre a formação de suposto Cartel de empresas que desde a 1ª fase da operação, em 2021 (a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva – hospital metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, o núcleo de investigação da DECCOR/MT apurou que empresas contratadas integravam um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Nesta 2ª fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam a casa dos R$ 35 milhões, com potencial de sensível aumento, conforme a investigação.

Sequestro de bens

Por ordem judicial, e buscando a reparação ao erário, foram sequestrados 36 veículos e bloqueados mais de 20 imóveis. Entre os veículos estão de marcas de luxo como BMW, Land Rover, Porsche, Audi, Jaguar, além de camionetes e outros automóveis de alto valor de mercado. Também foram bloqueadas casas e lotes em condomínios de luxo, além de fazendas no estado, com o objetivo de chegar, ao menos, aos R$ 35 milhões em bens sequestrados.

CARROS APREENDIDOS NA OPERAÇÃO:

#operacaoespelho #matogrosso #pjcmt #gaecomt #hras #hospitalregionaldealtafloresta 

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

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