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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Bolo de 65 mil para aniversário de Alta Floresta vira piada em página de memes e redes sociais revoltando população

Seria até cômico se não fosse trágico, diante de tantas mazelas ainda a serem superadas no município, como bairros sem asfalto, ruas esburacadas, mal atendimento na saúde por falta de médicos e uma lista enorme de problemas que atual gestão fecha os olhos diante do clamor da população.

BOLO AMARGO

No próximo dia 19 de maio, a cidade de Alta Floresta completará 47 anos e, para celebrar a data, um bolo de 47 metros será preparado, além do tradicional desfile.

O tamanho do bolo será proporcional a quantidade de anos que a cidade completa (47), sendo que na licitação oferta ao ganhador R$ 65.142,00, o que daria uma média de R$ 1.386,00 por metro, de pouco mais de uma tonelada de guloseima que serão consumidos em poucos minutos. Se o mesmo valor fosse revertido em cestas básicas ao custo de R$ 120,00 cada, daria para se comprar cerca de 543 cestas básicas que durariam pelo menos 15 dias alimentando uma família de 4 pessoas.

O processo licitatório nº 002/2023 foi publicado no Diário Oficial para a aquisição do bolo recheado, que será destinado às festividades do aniversário da cidade.

RECEITA INDIGESTA

Tão logo a matéria sobre a confecção do bolo foi publicada no portal NativaNews, uma enxurrada de piadas misturadas com protestos  e críticas ferozes nas principais páginas de memes e perfis de redes sociais começaram a “detonar” o desperdício injustificado de dinheiro público cometido pelo executivo municipal.

Não é que Alta Floresta não mereça a mais gloriosa das homenagens em reconhecimento a pujante história de pioneirismo e conquistas da qual seu povo guerreiro tanto sofreu para alcançar, mas, diante de tantas administrações mal sucedidas ao longo dos últimos 40 anos de alternância de grupos políticos na cadeira do executivo, a população sabe muito bem que hoje o município carece de muito mais estrutura do que cidades vizinhas, que nasceram décadas depois e superam em grau, número e gênero a qualidade de vida e o atendimento básico na saúde, educação, infraestrutura e lazer, envergonhando os alta-florestenses  quando são comparados com cidades como Paranaíta e até Carlinda, que sempre tiveram administrações bem mais competentes.

O BOLO NO HUMANITARISMO

Em um dos comentários emitidos por uma popular, ela trouxe a lembrança de um acidente cometido por um funcionário da prefeitura municipal, do setor de vigilância sanitária, onde nem ele e nem qualquer representante da prefeitura se dignou a visitar a menina Brenda Ketlyn Freitas da Silva,  17 anos, que foi violentamente atingida por uma camionete da prefeitura a 9 meses atrás (04/08/2022), vindo a falecer cerca de 2 meses depois (20/10/2022), sem qualquer assistência do município ou do servidor que provocou o acidente.

No comentário a cidadã alta-florestense diz: Engraçado isso KKKKKK pra pagar os prejuisos que os próprios funcionários fasem nao pagam, nao isso e muita vergonha mesmo… Lenbra do caso da menina que acidentou aqui na vila provocado pelo próprio funcionário deles… “ (Conforme escrito no texto original).

O comentário foi seguido depois pela irmã de Brenda Ketlyn:

O HOMEM DO BOLO

Na sua grande maioria os comentários, mostram que o prefeito gosta de “dar o bolo” nas questões prioritárias do município, e fazem menção para se destinar o valor do bolo a Associação Amamos Animais que está prestes a fechar as suas porta por total falta de compromisso e assistência do município, outros lembravam o estado precário da Perimetral Rogério Silva que até hoje, apesar de prometido e pago já, não foi refeita pelo executivo, outros faziam menção ao estado caótico da saúde no município e teve até que fizesse lembrar que o tal bolo talvez tenha caráter eleitoreiro, já que em 2024 o prefeito haverá de se recandidatar para um segundo mandato.

No texto da publicação expedida pelo Diário Oficial diz:

“O prefeito Chico Gamba, em cumprimento às leis vigentes e aos princípios ordenados pela Lei nº 8.666/93 e suas alterações, anunciou que o objeto da licitação foi concedido à licitante vencedora em 05 de maio de 2023. A empresa especializada confeccionará um bolo recheado e confeitado de 47 metros de comprimento, pesando 1.034 kg, pelo valor total de R$65.142,00″.

A CEREJA DO BOLO

Em alguns grupos de Whatsapp houve até mesmo menção de se extinguir a Câmara de Vereadores diante de tamanha inoperância com ações tão contraproducentes do executivo para com o município.

Comentário do Whatsapp:

Ainda não foi definido o local e horário de entrega do bolo, o fato é, que após essa polêmica iniciativa indigesta me parece que “pelo andar da carruagem”, agora o povo vai “pedir a cabeça” do prefeito Chico Gamba ornamentando a parte principal do já famigerado bolo, como se fosse uma cereja.

 

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BOLO AMARGO

No próximo dia 19 de maio, a cidade de Alta Floresta completará 47 anos e, para celebrar a data, um bolo de 47 metros será preparado, além do tradicional desfile.

O tamanho do bolo será proporcional a quantidade de anos que a cidade completa (47), sendo que na licitação oferta ao ganhador R$ 65.142,00, o que daria uma média de R$ 1.386,00 por metro, de pouco mais de uma tonelada de guloseima que serão consumidos em poucos minutos. Se o mesmo valor fosse revertido em cestas básicas ao custo de R$ 120,00 cada, daria para se comprar cerca de 543 cestas básicas que durariam pelo menos 15 dias alimentando uma família de 4 pessoas.

O processo licitatório nº 002/2023 foi publicado no Diário Oficial para a aquisição do bolo recheado, que será destinado às festividades do aniversário da cidade.

RECEITA INDIGESTA

Tão logo a matéria sobre a confecção do bolo foi publicada no portal NativaNews, uma enxurrada de piadas misturadas com protestos  e críticas ferozes nas principais páginas de memes e perfis de redes sociais começaram a “detonar” o desperdício injustificado de dinheiro público cometido pelo executivo municipal.

Não é que Alta Floresta não mereça a mais gloriosa das homenagens em reconhecimento a pujante história de pioneirismo e conquistas da qual seu povo guerreiro tanto sofreu para alcançar, mas, diante de tantas administrações mal sucedidas ao longo dos últimos 40 anos de alternância de grupos políticos na cadeira do executivo, a população sabe muito bem que hoje o município carece de muito mais estrutura do que cidades vizinhas, que nasceram décadas depois e superam em grau, número e gênero a qualidade de vida e o atendimento básico na saúde, educação, infraestrutura e lazer, envergonhando os alta-florestenses  quando são comparados com cidades como Paranaíta e até Carlinda, que sempre tiveram administrações bem mais competentes.

O BOLO NO HUMANITARISMO

Em um dos comentários emitidos por uma popular, ela trouxe a lembrança de um acidente cometido por um funcionário da prefeitura municipal, do setor de vigilância sanitária, onde nem ele e nem qualquer representante da prefeitura se dignou a visitar a menina Brenda Ketlyn Freitas da Silva,  17 anos, que foi violentamente atingida por uma camionete da prefeitura a 9 meses atrás (04/08/2022), vindo a falecer cerca de 2 meses depois (20/10/2022), sem qualquer assistência do município ou do servidor que provocou o acidente.

No comentário a cidadã alta-florestense diz: Engraçado isso KKKKKK pra pagar os prejuisos que os próprios funcionários fasem nao pagam, nao isso e muita vergonha mesmo… Lenbra do caso da menina que acidentou aqui na vila provocado pelo próprio funcionário deles… “ (Conforme escrito no texto original).

O comentário foi seguido depois pela irmã de Brenda Ketlyn:

O HOMEM DO BOLO

Na sua grande maioria os comentários, mostram que o prefeito gosta de “dar o bolo” nas questões prioritárias do município, e fazem menção para se destinar o valor do bolo a Associação Amamos Animais que está prestes a fechar as suas porta por total falta de compromisso e assistência do município, outros lembravam o estado precário da Perimetral Rogério Silva que até hoje, apesar de prometido e pago já, não foi refeita pelo executivo, outros faziam menção ao estado caótico da saúde no município e teve até que fizesse lembrar que o tal bolo talvez tenha caráter eleitoreiro, já que em 2024 o prefeito haverá de se recandidatar para um segundo mandato.

No texto da publicação expedida pelo Diário Oficial diz:

“O prefeito Chico Gamba, em cumprimento às leis vigentes e aos princípios ordenados pela Lei nº 8.666/93 e suas alterações, anunciou que o objeto da licitação foi concedido à licitante vencedora em 05 de maio de 2023. A empresa especializada confeccionará um bolo recheado e confeitado de 47 metros de comprimento, pesando 1.034 kg, pelo valor total de R$65.142,00″.

A CEREJA DO BOLO

Em alguns grupos de Whatsapp houve até mesmo menção de se extinguir a Câmara de Vereadores diante de tamanha inoperância com ações tão contraproducentes do executivo para com o município.

Comentário do Whatsapp:

Ainda não foi definido o local e horário de entrega do bolo, o fato é, que após essa polêmica iniciativa indigesta me parece que “pelo andar da carruagem”, agora o povo vai “pedir a cabeça” do prefeito Chico Gamba ornamentando a parte principal do já famigerado bolo, como se fosse uma cereja.

 

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: