quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Uma Análise do "Efeito Zezinho": Entendendo a busca pela verdade

No contexto político de Alta Floresta, diversas questões têm sido levantadas, especialmente em relação às práticas eleitorais e à influência de figuras políticas locais.

A conversa entre Zezinho e outros interlocutores da Rádio Rota FM, revela um panorama complexo sobre a política municipal, envolvendo denúncias, candidaturas e a luta pela verdade em meio a um cenário muitas vezes obscuro.

O Papel da Imprensa e as Denúncias

A mídia desempenha um papel crucial na formação da opinião pública e na fiscalização das ações políticas. Zezinho, em sua participação, destaca a importância da imprensa em Alta Floresta. Ele menciona que a cidade não pode ser refém de assessores políticos que manipulam informações e escondem a verdade. Esse é um ponto central da discussão, onde a falta de transparência pode levar a um ciclo vicioso de corrupção e desconfiança.

As denúncias de compra de votos e candidaturas laranjas são temas recorrentes. A necessidade de que a justiça eleitoral atue de maneira ágil e contundente é enfatizada, pois a inércia pode perpetuar práticas corruptas que prejudicam a democracia local. Zezinho menciona que há muitos anos, os problemas de corrupção têm sido uma constante, e a população merece respostas.

Candidaturas Laranjas e a Manipulação Política

Um dos tópicos mais polêmicos discutidos é a questão das candidaturas laranjas, que são aquelas que visam apenas cumprir cotas eleitorais sem a real intenção de competir. Zezinho afirma que essa prática é uma artimanha comum utilizada por partidos para garantir a quantidade mínima de candidatos mulheres, mas sem a real participação ou apoio a essas candidaturas.

A discussão avança para o impacto que essas práticas têm na composição da câmara municipal e como isso afeta diretamente a representação política na cidade. O uso de candidaturas laranjas não apenas engana o eleitorado, mas também deslegitima o trabalho de candidatos que realmente desejam representar a população.

Os Bastidores da Política Local

As conversas entre Zezinho e outros políticos, como Robertinho, revelam um cenário de desconfiança e manipulação. Zezinho menciona que, em uma conversa anterior, foi sugerido que ele precisaria “se juntar a bandidos” para conseguir apoio. Essa frase emblemática reflete a percepção de que a política local está permeada por práticas ilegais e antiéticas.

A impressão que fica é de que a política em Alta Floresta opera em um nível de complexidade que vai além das simples disputas eleitorais. Há um jogo de poder em que interesses pessoais e financeiros muitas vezes se sobrepõem ao bem-estar da comunidade.

VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA COM ZEZINHO NA ROTA FM:

O Impacto das Denúncias e a Busca pela Verdade

Zezinho expressa sua frustração com a lentidão das respostas da justiça e a falta de ação em relação às denúncias feitas. Ele acredita que a população merece saber a verdade sobre as práticas políticas que ocorrem em sua cidade. Essa busca pela verdade é essencial não apenas para a justiça, mas também para restaurar a confiança da população nas instituições.

Além disso, a conversa aborda a importância de a justiça eleitoral tomar providências rápidas e eficazes. A impunidade pode levar a uma normalização de práticas corruptas, prejudicando ainda mais a já fragilizada democracia local.

Reflexões Finais sobre a Política em Alta Floresta

A conversa entre Zezinho e os demais participantes do programa revela um cenário desafiador para a política em Alta Floresta. A luta contra a corrupção e a busca pela verdade são essenciais para que a população possa recuperar a confiança em seus representantes. O papel da imprensa e da justiça é fundamental nesse processo, pois sem uma fiscalização adequada, as práticas corruptas tendem a se perpetuar.

Por fim, é imprescindível que a população se mantenha informada e engajada, não apenas durante os períodos eleitorais, mas em todas as etapas da gestão pública. Somente assim será possível construir um futuro mais transparente e justo para Alta Floresta.

DANNY BUENO – COLUNA ANÁLISE DOS FATOS

 

terça-feira, 29 de outubro de 2024

O Caso Nena Castro em Alta Floresta: A Verdade por trás das acusações

A política brasileira é frequentemente marcada por polêmicas e desconfiança, especialmente em tempos de eleição.

Recentemente, o município de Alta Floresta se viu em meio a um turbilhão de acusações envolvendo a candidata Nena Castro e alegações de que ela seria uma “laranja” em um esquema eleitoral. Neste post, vamos explorar as nuances desse caso, ouvindo a perspectiva de sua filha, Franciele, que decidiu se manifestar em defesa da mãe e esclarecer a verdade por trás das denúncias.

O Contexto das Acusações

As acusações contra Nena Castro surgiram quando o vereador Zé Esquiva fez uma denúncia pública, alegando que ela não havia trabalhado durante a campanha e que era usada como uma “laranja” para favorecer o partido Republicanos. A filha de Nena, Franciele, ficou chocada ao ouvir essas afirmações, especialmente porque sua mãe sempre se dedicou ao trabalho político.

Franciele compartilha que a situação começou quando sua mãe chegou em casa triste, informando que havia sido denunciada. Isso motivou Franciele a investigar mais a fundo e a buscar a verdade, não apenas para proteger a reputação da mãe, mas também para entender o que realmente estava acontecendo.

A Resposta de Franciele

Determinada a provar a inocência de sua mãe, Franciele começou a coletar evidências. Ela entrou em contato com Zé Esquiva, perguntando sobre as razões da denúncia e tentando entender a situação. O diálogo inicial foi amistoso, mas rapidamente se tornou um campo de batalha onde Franciele se comprometeu a defender a honra de sua mãe.

Após essa conversa, um post no Instagram de Zé Esquiva, que mostrava uma laranja podre ao lado da foto de Nena, foi a gota d’água. Franciele decidiu que não poderia ficar em silêncio e que iria atrás da verdade.

Os Detalhes das Denúncias

Durante suas investigações, Franciele descobriu que existiam áudios e documentos que contradiziam as alegações feitas contra sua mãe. Entre eles, um áudio de Robertinho, presidente do partido de Nena, onde ele falava sobre pagamentos e a estrutura da campanha. Esses áudios revelam uma narrativa que sugere que Nena realmente trabalhou e que as acusações de “laranjagem” eram infundadas.

  • Franciele questionou Robertinho sobre os R$ 800 que foram dados à sua mãe e sobre como o partido estava gerenciando os recursos.
  • Robertinho, em resposta, mencionou que o partido não havia enviado dinheiro, mas que os outros partidos sim, o que levantou ainda mais dúvidas.
  • Franciele continuou a buscar provas, insistindo que sua mãe não tinha sido tratada com o respeito que merecia, especialmente considerando sua dedicação e esforço durante a campanha.

A Importância da Prestação de Contas

Um dos pontos críticos levantados por Franciele é a questão da prestação de contas nas campanhas eleitorais. Ela explica que, mesmo que alguém trabalhe voluntariamente, isso deve ser documentado e declarado. A falta de transparência em torno dos pagamentos e do apoio financeiro pode criar um ambiente propenso a fraudes e irregularidades.

Franciele enfatiza que sua mãe não recebeu o apoio necessário e que, em vez disso, foi usada como uma peça de um jogo político maior. Ela acredita que a justiça eleitoral deve investigar a fundo essas alegações para garantir que a verdade prevaleça.

VEJA A ENTREVISTA DE FRANCIELE NA RÁDIO ROTA FM:

O Papel da Justiça e das Autoridades

A situação em Alta Floresta destaca a necessidade de que as autoridades, incluindo o Ministério Público e a justiça eleitoral, atuem de forma rápida e eficaz diante de denúncias de irregularidades. A falta de ação pode minar a confiança da população no sistema eleitoral e criar um ambiente de impunidade.

Franciele expressa sua frustração com a aparente inércia das autoridades em investigar as denúncias e pede que todos os envolvidos sejam responsabilizados, independentemente de sua posição política.

Conclusão: A Luta pela Verdade

O Caso de Nena Castro e as acusações de “laranjagem” são um lembrete da complexidade do cenário político brasileiro. Franciele, como filha, não apenas defende sua mãe, mas também busca justiça e transparência em um sistema que muitas vezes parece opaco e corrupto.

Enquanto as investigações prosseguem, é fundamental que a verdade venha à tona, não apenas para proteger a reputação de Nena, mas também para garantir que as eleições sejam justas e representativas da vontade popular. A luta de Franciele é um exemplo do que significa ser um defensor da verdade em tempos desafiadores.

Danny Bueno  – Coluna Análise dos Fatos

 

sábado, 26 de outubro de 2024

Justiça cancela acordo do MP/MT de isenção de pedágio a produtores de Alta Floresta

Produtores foram surpreendidos com uma nota na manhã deste Sábado ao cruzarem a praça de pedágio entre Alta Floresta e Carlinda.

Mesmo antes da construção da praça de pedágio, o Ministério Público e a concessionária firmaram um acordo de isenção para os moradores que possuíam propriedades rurais e comércio entre os dois municípios, para efeito de minimizar os gastos da rotina de circulação diária e logística de comercialização de produtos.

Porém, desde a conciliação entre a empresa, MP e moradores, a empresa recorreu a justiça para desfazer o acordo no qual se dizia prejudicada financeiramente por prejuízos causados pelo acordo.

Passados quase 4 anos do acordo, esta semana a justiça decidiu a favor da empresa e restituiu a cobrança do pedágio, cancelando a isenção e obrigando os beneficiados retornarem os pagamentos como qualquer usuário comum.

A notificação da empresa, em tom de vitória, apresentada como “Comunicado“, foi divulgada entre membros de um grupo de Whatsapp criado em 2020, com integrantes da comunidade de moradores beneficiados pela isenção, com imagens da notificação entregue aos que atravessaram a praça de pedágio na manhã deste Sábado (26/10), obrigando-os a pagarem pela travessia.

Imediatamente os comentários e manifestações de revolta começaram a explodir em forma de revolta entre os membros do grupo que atribuíram a culpa pela derrota na justiça as autoridades locais, entre eles o prefeito Chico Gamba e os vereadores da atual legislatura, aos quais responsabilizaram pela inércia e os abusos cometidos pela empresa mesmo ao longo dos últimos anos, que sempre deixou claro que buscaria na justiça a reparação pelo pedágio gratuito concedido mediante acordo legal.

A partir da discussão iniciada no grupo de Whatsapp, os produtores deram início a um movimento em protesto a decisão judicial que deverá resultar em manifestação no local da praça de pedágio, com possíveis bloqueios da MT 208 nos próximos dias, pois sentem traídos pelo acordo quebrado.

EM NOTA A VIA BRASIL RESPONDEU

Diante da coluna de opinião publicada em 26/10, com o título “Produtores foram surpreendidos com uma nota na manhã deste Sábado ao cruzarem a praça de pedágio entre Alta Floresta e Carlinda”, e de informações nela equivocadas, a Via Brasil esclarece:

  • As isenções foram concedidas pelo Poder Concedente (Estado do Mato Grosso), por meio da SINFRA, cabendo à concessionária cumprir com as isenções concedidas pelo Poder Concedente.
  • A concessionária não recorreu à Justiça para desfazer o acordo;
  • O acordo foi anulado por decisão judicial proferida em medida adotada pelo Estado de Mato Grosso.

SEGUE ABAIXO A DECISÃO DA JUSTIÇA:

 

Decisao-carencia-de-Acao

 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Crise Hídrica e Energética em Alta Floresta acende alerta vermelho contra concessionárias

Neste texto, vamos explorar as causas e consequências dessa crise, além das responsabilidades dos envolvidos.

Alta Floresta enfrenta uma crise hídrica e energética que afeta diretamente a vida de seus moradores e a economia local. As discussões sobre esse tema são fundamentais para entender as raízes do problema e buscar soluções. 

A Crise Hídrica em Alta Floresta

A crise hídrica que atinge Alta Floresta não é um fenômeno recente. Desde 2017, relatórios apontam para a escassez de água no município, indicando que a falta de planejamento e a ineficiência na gestão da água são fatores críticos. O que se observa agora é o resultado de anos de desinteresse e negligência por parte da administração pública e da concessionária de água.

Relatórios da AGER

Recentemente, a AGER/Sinop (Agência Reguladora de Serviços Públicos) apresentou um relatório que revela a situação alarmante do abastecimento de água. Entre os principais pontos estão:

  • A concessionária deveria ter implantado uma nova estação de tratamento de água, mas não o fez em 22 anos de contrato.
  • A capacidade de reserva de água deveria ser de 6.500 metros cúbicos, mas atualmente é de apenas 4.900 metros cúbicos, o que representa uma defasagem significativa.
  • Além disso, o percentual de atendimento de esgotamento sanitário é apenas de 53%, demonstrando a falta de investimentos na infraestrutura.

Essas falhas não são apenas números; elas afetam a vida cotidiana da população, que enfrenta racionamento e água de má qualidade.

Impactos no Comércio e na Economia Local

O comércio de Alta Floresta está entre os mais afetados pela crise hídrica. Sem água, muitos estabelecimentos são forçados a fechar ou reduzir suas atividades. O presidente do CDL, Alex Fabiano, destacou que a falta de água compromete não apenas a operação das empresas, mas também a qualidade de vida dos cidadãos.

Consequências Diretas para os Comerciantes

Empresas que dependem de água, como lava-jatos, pet shops e restaurantes, estão enfrentando dificuldades financeiras. A impossibilidade de oferecer serviços adequados resulta em perda de clientes e, consequentemente, na demissão de funcionários. A pergunta que fica é: quem arcará com os prejuízos?

SOCIEDADE CIVIL SEM RESPOSTAS

Responsabilidade da Concessionária e do Poder Público

Um dos principais problemas identificados na discussão é a responsabilidade da concessionária de água. A falta de investimentos e a ineficiência na prestação de serviços são evidentes. A concessionária, que detém o monopólio do abastecimento, não tem competidores que a forcem a melhorar seus serviços.

O Papel do Prefeito e dos Vereadores

O prefeito Chico Gamba e os vereadores também têm sua grande parcela de responsabilidade. Durante o evento, foi mencionado que, se houvesse uma pressão maior sobre a concessionária desde o início do ano, a situação atual poderia ser diferente. A falta de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação foi um ponto crítico levantado pelos participantes.

Crise Energética: Um Problema Paralelo

Além da crise hídrica, a energia elétrica é outro tema preocupante. A Energisa, responsável pelo fornecimento de energia, também enfrenta críticas pela sua capacidade de atendimento. O município está no limite, e a subestação não suporta novas demandas, o que pode afetar a chegada de novas empresas.

O Caso da HAVAN

A loja HAVAN, prevista para inaugurar em breve, enfrenta problemas para obter a carga elétrica necessária para suas operações. A concessionária garantiu apenas 225 kVA, enquanto a loja necessita de 500 kVA. Isso não apenas compromete a inauguração da loja, mas também os empregos que seriam gerados.

Mobilização da Sociedade

Com a crise se agravando, a mobilização da sociedade civil torna-se essencial. Uma grande manifestação está programada para cobrar ações do Ministério Público e das autoridades responsáveis. A população não pode ficar à mercê de promessas não cumpridas e precisa exigir respostas e soluções imediatas.

A Importância da Participação Cidadã

O envolvimento da comunidade é crucial. A participação em audiências públicas, manifestações e discussões sobre a crise é uma forma de pressionar os representantes eleitos a tomarem medidas concretas. O fortalecimento das entidades de classe e a união da sociedade podem fazer a diferença.

Perspectivas Futuras

Enquanto a crise hídrica e energética persiste, é fundamental que a administração pública elabore um plano de ação efetivo. Medidas emergenciais, como a limpeza de represas e a busca por fontes alternativas de água, devem ser priorizadas. Além disso, a revisão dos contratos com as concessionárias é uma necessidade urgente.

O Papel do Ministério Público

O Ministério Público deve atuar como um guardião dos direitos da população, exigindo que as concessionárias cumpram suas obrigações contratuais e que o poder público tome as rédeas da situação. A pressão por soluções deve ser constante, e a transparência nas ações é essencial para restaurar a confiança da população.

Considerações Finais

Alta Floresta vive um momento crítico, onde a falta de água e energia impacta a vida de todos. A responsabilidade é compartilhada entre a concessionária, o poder público e a própria sociedade. Somente com ação conjunta e mobilização será possível enfrentar e superar essa crise. É hora de exigir mudanças e garantir um futuro melhor para todos os alta-florestenses.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

NOVOS ÁUDIOS | Candidato a presidência da Câmara denunciado em esquema de "candidatas laranjas" em Alta Floresta

No último final de semana gravações clandestinas agitaram os bastidores da política com troca de acusações entre lideranças e candidatos da coligação “Acelera Alta Floresta”.

No epicentro das denúncias está José Aparecido da Silva, , também conhecido como “Zezinho“, um servidor público municipal, lotado na secretaria de educação, que possui uma página de memes e fofocas chamada “Sincerão Alta Floresta”, no Instagram.

NOVOS ÁUDIOS REFORÇAM INDÍCIOS DE CAIXA 2 DA COLIGAÇÃO

Recebemos novos áudios comprometedores que implicam fortemente agora a vida do vereador Francisco Ailton (reeleito pelo Republicanos), e atual indicado em chapa já formada, menos de 15 dias após as eleições, para assumir a presidência da Câmara Municipal na próxima composição da mesa diretora, o que pode causar uma reviravolta na tentativa do Republicanos de comandar a Casa de Leis na próxima legislatura.

Independente das promessas não cumpridas, a evidente guerra de egos e interesses políticos partidários a lista de nomes envolvidos só aumenta, dessa vez, o vereador reeleito Francisco Ailton (Republicanos), até então entra em cena com novas acusações diretas de recebimento de dinheiro em espécie, na própria residência do vereador.

Nos áudios, segundo a filha da candidata Nena Castro (Dirce Ribeiro de Castro – Republicanos), afirma que dinheiro vivo foi repassado em mãos pelo vereador Francisco Ailton, como parte de parcelas de pagamentos acordados ainda na pré-campanha dos candidatos da coligação.

Segundo o áudio da filha da Nena Castro, o próprio vereador Francisco Ailton orientou sobre como proceder com o dinheiro recebido, indo ao banco e fazer o depósito no caixa interno e depois fazer um TED para a conta dela como vereadora.

Nesta Segunda-feira (21/10), 4 dos 13 vereadores em seguiram viajem à Cuiabá para tratar de assuntos do município, segundo ofícios apresentados na sessão da Câmara Municipal, Francisco Ailton (Republicanos), Leonice Klaus (Republicanos), Naldo da Pista (Republicanos) , Oslen Dias dos Santos (PSDB) e o candidato eleito Chicão do Motocros (Republicanos), curiosamente ambos pretendentes a participar da mesa diretora na próxima legislatura, com chapa apresentada 15 dias após as eleições.

OUÇA O ÁUDIO DA FILHA DA CANDIDATA:

ENTENDA O CASO NA ORDEM DOS FATOS

Na semana passada um vídeo publicado pelo perfil Sincerão, mostrou uma discussão entre Zezinho (secretário executivo do Partido Progressista – PP), o proprietário de uma empresa de madeiras e o recém eleito ao cargo de vereador Darlan Carvalho (PRD), que aparentemente estavam “fugindo” de explicações, enquanto eram gravados, sobre supostas ameaças feitas a Zezinho, após denúncias feitas por candidatos adversários junto a Justiça Eleitoral com base em suspeitas de candidaturas fictícias (candidaturas laranja), nos partidos PRD e Republicanos.

Em seguida, na Sexta-feira a noite (18/10), passou a circular um vídeo com áudio editado, trazia praticamente um monólogo, com a voz de Zezinho, mediando acordos em nomes de candidatos não eleitos que, segundo ele, estavam cobrando prejuízos de campanha, com cifras de 30 a 50 mil reais.

Em resposta ao vídeo compartilhado nos grupos de Whatsapp, Zezinho começou a publicar uma série de áudios e vídeos que as candidatas gravaram, com o presidente do Republicanos  (Robertinho Motos), onde o mesmo orientava as candidatas já apontadas como “laranjas” a mentir em depoimento para a Justiça Eleitoral, diante das possíveis fraudes descobertas e denunciadas após as eleições. 

Caso haja a comprovação, por parte da Justiça Eleitoral, tais irregularidades podem até levar a cassação de chapas completas, a depender da proporcionalidade prejudicada de outros partidos concorrentes. O fato da denúncia ter circulado em uma rede social não invalidam a gravidade das acusações e precisam ser amplamente investigadas pela Justiça Eleitoral, pois foram feitas por membros da coligação “Acelera Alta Floresta” e não por terceiros, como no caso do perfil “Sincerão” e seu proprietário, que apenas tornou pública as gravações. Mesmo por que o divulgador das denúncias é secretário executivo do Partido Progressista – PP, coligado a chapa do atual prefeito reeleito, a pedido das candidatas denunciantes.

No caso de Alta Floresta, o que chama mais atenção é que as denúncias circuladas nas redes sociais e grupos de Whatsapp, partiram de dentro do próprio núcleo da campanha da coligação “Acelera Alta Floresta”, com ataques diretos do secretário do Partido Progressista (Zezinho), e depoimentos de candidatas que se sentiram envolvidas no esquema dos partidos, após perceberem que promessas financeiras feitas pela coligação a seus candidatos antes das eleições não estavam sendo cumpridas. Enquanto isso, alguns, “escolhidos a dedo”, estavam recebendo cifras acima de 10 mil reais, a grande maioria dos demais partidos aliados recebia apenas dinheiro para a gasolina, segundo a denúncia feita nos vídeos e áudios.

Para corroborar as acusações de todos os demais denunciantes, próprio Zezinho revelou a nossa reportagem que recebeu dinheiro direto da campanha do prefeito Chico Gamba (R$ 3.000,00), contratado como motorista, mas, não trabalhou nenhum dia sequer ou teve algum veículo para dirigir durante toda campanha.

O QUE DIZEM OS DENUNCIANTES

As requisições de gasolina eram repassadas diretamente das mãos de presidentes e coordenadores de campanha dos seus respectivos partidos, segundo as acusações dos denunciantes, dos quais os candidatos tiraram fotos dos vale combustíveis, prints de conversas, e de depósitos em conta particular e, em alguns casos, valores foram repassados em mãos, fora das contas dos candidatos.

Curiosamente, somente após as denúncias, valores apareceram nas prestação de contas de tais candidatos apenas após o término das eleições (6/10), é que foram depositados em suas contas de campanha, ou seja, após as denúncias começarem a ser divulgadas.

Em suas gravações, os denunciantes conseguiram gravar no próprio escritório da empresa, uma uma conversa com o atual presidente do Republicanos, Roberto Rivelino dos Reis, empresário alta-florestense, conhecido como “Robertinho Motos”, sendo que acordos comprometedores foram firmados pelo presidente do partido que, em tese, estaria afirmando que as candidatas que seus pagamentos seriam repassados em breve, fora da conta oficial da campanha.

Durante as eleições são conhecidas quando há queda no Demonstrativo de Regularidade nos Atos Partidários (DRAPs), que impõe aos partidos o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas, como instrumento essencial para promover a representatividade das mulheres nos espaços políticos, e se tornaram obrigatórias desde 2009, com a edição da Lei 12.034, já pacificadas no cenário eleitoral.

 

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Alô MP: Tô sem Chico, Tô sem água, Tô sem luz; em breve

Previsões apontam que “crise hídrica” é apenas o começo da série inevitável de crises que abalará a vida dos alta-florestenses.

As recentes revelações de relatórios da AGER/SINOP encomendadas de forma tardia pela prefeitura municipal de Alta Floresta escancararam de vez o descaso e omissão praticado pelo prefeito Chico Gamba que ao longo de todo seu mandato teve tempo suficiente para tomar maiores providências contra a empresa concessionária Águas Alta Floresta e não tomou por que não quis.

Passados 10 dias que os primeiros manifestantes interromperam a sessão da Câmara Municipal aos gritos (8/10), calando a boca dos vereadores enquanto discursavam sobre as eleições, e no dia seguinte a realização de uma audiência pública promovida pelo Ministério Público, praticamente nada mudou em relação ao reestabelecimento do abastecimento no município, aliás a situação apenas piorou, pois já são 10 dias de racionamento desumano que tem aumentado a revolta popular.

Nas redes sociais, vereadores e o prefeito tentam aparentar tranquilidade com vídeos e selfies midiáticas, tiradas ao lado de represas provisórias, do que eles chamaram solução emergencial de uma “força tarefa” para salvar a população. Sem perder tempo de se promover o prefeito faz as honras nas imagens com aparições malabaristicas se pendurando na ponta de guindaste para tentar impressionar os mais desavisados.

MACACOS ME MORDAM

Enquanto a população está passando os piores dias de sua existência, na última Segunda-feira (14/10), o prefeito se reuniu com seu Staff, para festejar a criação de um projeto idealizado por pousadas, ONGs e bancado em parceria com o município, que proporciona trilhas e pontes de segurança para macacos e outros animais silvestres atravessarem sobre as avenidas de bairros com reservas ambientais. Enquanto isso, cachorros e gatos morrem atropelados nas ruas e avenidas e são descartados as margens de vicinais do município

Após uma solenidade no Teatro Municipal Agostinho Bizinoto, uma comemoração fechada para cerca de 60 convidados, foi oferecida aos envolvidos no projeto, autoridades municipais e seus familiares. No Buffet do evento, entre os pratos principais, havia até “Cevite de Corvina” regado a bebidas e água mineral a vontade para os presentes. Vereadores, o prefeito e o vice também estavam presentes.

APRENDA A PREPARAR UM CEVITE DE CORVINA:

VOTOU POR QUE QUIS

Enquanto isso, os dias vão passando e nada de haver uma luz de esperança quanto a normalização do abastecimento de água, nos grupos de Whatsapp, vereadores ouvem calados o clamor do povo e são acuados por moradores que afirmam terem votados nos mesmos, o prefeito mesmo, só se vê em fotos repetidas de reuniões inócuas e quando é chamado a dar satisfações finge que nem é com ele que estão falando.

Na sessão da última Terça (15/10), vereadores comparam briga com a OAB municipal por se sentirem ultrajados que alguns advogados estejam se posicionando ao lado das vítimas desse caos que eles mesmo, ainda que indiretamente, ajudaram a criar. Digo isso, por que se tivessem desde o início do ano trancado a pauta, pressionado ou mesmo ameaçado o prefeito com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), hoje o povo não estaria pagando tão caro pelos erros de nossa classe política.

Não há como nenhum deles negar que não sabiam de nada, pois há pelo menos 5 anos (2019), desde a última reunião no Ministério Público os mesmos problemas foram apresentados e relevados pelo poderes públicos após caírem nas promessas enganosas da empresa de realizar os investimentos necessários. Por ser ano eleitoral, e a sua grande maioria ser aliada do prefeito, abriram mão de cumprir com seu papel de defender seus eleitores acima dos interesses econômicos privados.

CRISE ELÉTRICA VEM NO MESMO GALOPE

Esta semana, recebemos informações de que a Energisa está no seu limite no município, com uma rede elétrica sucateada e sua sub-estação sem mais condições de fornecer ampliações de redes para futuros loteamentos ou empresas de grande porte que queiram investir no município.

O caso mais emblemático é o da HAVAN que está prevista para inaugurar dia 7 de Dezembro, mas, já foi avisada pela Energisa que não poderá suprir o fornecimento de 500 KVAs que a loja vai precisar para dar início a suas atividades em Alta Floresta. A Energisa garantiu apenas 250 KVAs após muito apelo dos investidores. Caso não seja inaugurada, afetará não apenas a economia da empresa, mas, também centenas de empregos que já estão sendo recrutados para trabalharem no empreendimento.

Constantes apagões tem causado prejuízos financeiros a famílias e empresas, e a coisa fica pior a cada ano, basta dar uma chuva forte em algum bairro que a rede toda fica comprometida, confirmando assim o risco de um colapso eminente na sub-estação que há décadas não é ampliada, e nem mesmo há projetos em andamento de investimentos na rede elétrica municipal.

A “batata quente” agora está nas mãos do Ministério Público, na pasta de cidadania, que atualmente é respondido há dois anos pela Dra. Fernanda Alberton, mas, nos últimos tempos teve vários titulares que muito pouco fizeram para tanto a empresa quanto o poder executivo evitasse que atual crise tomasse a proporção que tomou. Apesar de tudo, o Ministério Público é a última tábua de salvação que a população de Alta Floresta espera que não fracasse, em nome da dignidade roubada que esse povo está passando. 

Uma grande manifestação está prevista na frente do Ministério Público, para esta Segunda-feira (21/10), às 17:00hs, para cobrar celeridade nas responsabilizações dos envolvidos na pior tragédia hídrica que Alta Floresta atravessa desde a sua fundação.

domingo, 13 de outubro de 2024

Relatório da AGER mostra que "crise hídrica" poderia ser evitada se município não fosse leniente com a empresa

_REPORTAGEM ESPECIAL_ | COLUNA DANNY BUENO |

A conclusão do relatório mostra, aquilo que há anos todos já sabiam, que a prefeitura devia ter penalizado ou rompido o contrato, e agora finge que não sabia de nada.

As falhas críticas descritas no “Relatório de Fiscalização Nº 08/2024“, como não conformidades em instalações e ausência de investimentos obrigatórios, violaram todas as obrigações contratuais assumidas pela concessionária com o município, das quais tão somente o chefe do executivo municipal tinha poderes suficientes para evitar o agravamento da crise, mas, preferiu blindar a empresa de suas obrigações, conceder aumentos e assumir para si toda responsabilidade pelo caos instalado no município, e agora, terá que responder solidariamente como a maior responsável pelos danos e prejuízos causados a população.

Contratada pelo município pela segunda vez, a AGER/SINOP, autarquia criada pela prefeitura de Sinop para atender os interesse daquele município, firmou o seu primeiro contrato com Alta Floresta em Abril de 2022, que durou cerca de 6 meses, ao custo de 2% da conta de água de cada cidadão alta-florestense, o que levou alguns vereadores a não aprovarem a renovação do contrato na sequência daquele ano.

Na época, segundo declarações de vereadores na Câmara Municipal, a empresa levou R$ 400,000,00 de Alta Floresta, por 6 meses de atuação inócua e sem resultados visíveis para o município, pois trabalhou apenas dois dias em todo período de 6 meses. (<MATÉRIA DO JORNAL MATOGROSSO DO NORTE)

A tarifa aplicada nas contas de águas da população, vem especificadas nas contas como  “Taxa de Regulação” e “Taxa de Fiscalização” (TR e TF), e é mensalmente recolhida da conta da Águas Alta Floresta para a conta da AGER/SINOP,  sobre o valor operacional líquido, a qual se destina à uma regulação e “fiscalização eficiente” e “adequada dos serviços públicos de saneamento básico”.

Um segundo contrato, foi rejeitado a princípio pela Câmara Municipal, em Dezembro de 2023, porém, recolocado em votação e aprovado em Janeiro de 2024, e trouxe de volta o mesmo projeto de 2022, com rejeição apenas de dois vereadores (Luciano Silva e Zé Eskiva), que com ressalvas do vereador Luciano protestou na tribuna da Câmara, no início deste ano:

“..no artigo1º,  fala que o contrato pode ser prorrogado, mas não fala o prazo da prorrogação e nem quantas vezes. E também que a AGER deve encaminhar mensalmente o relatório de serviço, mas não fala para quem. E fala em estudos para a implantação de uma agência reguladora no município, mas este tema já foi discutido há um ano com a gestão e foi falado que não há viabilidade. Então, meu voto é contra… A Águas de Alta Floresta vem sendo alvo de muitas reclamações por parte da população de Alta Floresta pela qualidade da água que chega às residências.”

Já o vereador Zé Eskiva declarou:

“durante um ano em que a AGER foi contratada pela prefeitura para realizar o serviço de fiscalização, nada se modificou. E agora, com o novo contrato, o valor pago pelo município será ainda maior dos que os mais de R$ 400 mil que recebeu na primeira vez”.
“Vamos aceitar novamente uma empresa que durante um ano não fez o trabalho dela e agora vai renovar o contrato pagando ainda mais?”

Se aplicarmos a mesma matemática de 400 mil reais por 6 meses de serviço no primeiro contrato da AGER/SINOP, nos últimos 10 meses, o novo contrato pode ter rendido para os cofres da autarquia sinopense, cerca de mais de R$ 650.000,00,  calculando proporcionalmente os ganhos anteriores com o números de meses da recontratação da AGER

ALTA FLORESTA “ENTROU PELO CANO”

Passados 10 meses da assinatura do novo contrato, apenas em Outubro (9/10), curiosamente um dia após a eleição a prefeitura recebeu um relatório da AGER/SINOP, resultados de dois dias de fiscalização, bem como não se tem qualquer prestações de contas de quanto já foi repassado em pagamentos para a AGER/SINOP desde a renovação do contrato, pois o mesmo nem é encontrado no Portal da Transparência do município.

No recente relatório, realizado entre os dias 16 e 17 de Setembro (em apenas dois dias), fica patente o descumprimento  e violações das obrigações contratuais da empresa, ao longo dos últimos anos, mesmo com o crescimento pulsante de Alta Floresta.

Na avaliação da AGER/SINOP,  tais violações ensejam a aplicação imediatas de sanções administrativas, incluindo advertência, multa e, em casos mais graves, até a rescisão contratual, conforme previsto no art. 38 da Lei nº 8.987/1995, mesmo assim o município insiste em dar prazos e fazer a manutenção do contrato com a empresa.

TRECHO DO RELATÓRIO SOBRE CONCESSIONÁRIA:

Na verdade, desde 2022, quando AGER/SINOP executou sua primeira fiscalização o município já tinha ciência da situação atual e do agravamento inevitável, porém, simplesmente fechou os olhos para a população, mesmo sabendo dos riscos e danos que seriam causados, além das alarmantes previsões climáticas para a região nos últimos 12 meses, escondendo a verdade e “tampando o sol com a peneira”.

Tivesse apenas cumprido com seu papel de advertir e aplicar as multas estipuladas à Águas de Alta Floresta, quando já nos primeiros indícios de que não estaria cumprindo as cláusulas contratuais, talvez, a situação não chegasse aonde chegou. No entanto, a atual gestão preferiu omitir-se de agir em favor do povo, e pagar pra ver se a aposta ia dobrar, e dobrou, aliás triplicou.

Agora, com ares de “Madalena arrependida”,  tenta correr atrás de um prejuízo que ela mesma ajudou a criar, não há como a a atual administração negar sua omissão e cumplicidade, e muito menos atribuir a gestões passadas os erros fatais que permitiu tacitamente a empresa praticar, o “jogo de empurra” não cola mais.

DAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS NÃO CUMPRIDAS:

“O POVO QUE LUTE”

Resultado, mais prejuízos logísticos ao erário público, mais dor e sofrimento para todas a população, que já se sente amargamente arrependida de ter reeleito uma gestão tão conivente e leniente.

Além disso, Alta Floresta passa para todo país a pior imagem negativa possível, como modelo de cidade que não pensou em sua rede de abastecimento sanitário e ignorou o próprio crescimento, pois qualquer empresário que se preze jamais se sentiria atraído a investir em um município com uma gestão tão obtusa e ineficiente, e que ao invés de proporcionar desenvolvimento pujante, sequestra de seus próprios cidadãos a esperança de uma vida digna em uma cidade incapaz de ser habitada.

Com a aproximação do caos na crise hídrica que se avizinhava com o aumento a extrema seca dos reservatórios a prefeitura se limitou apenas a emitir um Decreto Municipal (nº271/2024), enquanto tapava o sol com a peneira sem revelar o Estado de Emergência que já deveria ter sido decretado em favor da população. Buscou apenas medidas paliativas para esconder sua grande parcela de culpa pela eminente catástrofe que não tem data para ser controlada.

DAS PENALIDADES DO CONTRATO QUE NÃO FORAM APLICADAS:

DAS OBRIGAÇÕES QUE O MUNICÍPIO SE OMITIU:

CAOS GENERALIZADO, ECONOMIA DEVASTADA

Enquanto isso, Alta Floresta vive dias apocalípticos, com empresas e setor público fechando as portas, dentre elas, restaurantes, escolas, clínicas médicas, setor de serviços, comércio em geral e até o Fórum de Justiça, absorvendo um prejuízo incalculável diante uma tragédia anunciada que poderia ter sido evitada, por interesses que ainda precisam ser investigados.

Nos bairros e no centro, a população já está farta de buscar ajuda e obter apenas respostas desencontradas e na maioria das vezes enganosas, pois o cronograma de abastecimento montado, fornecido para a população nunca cumpre a tabela apresentada, o que pode se tornar um barril de pólvora e uma revolta popular a qualquer momento.

PRAZOS FURADOS PARA REESTABELECER RACIONAMENTO

Na manhã da última Quarta-feira (9/10), na Câmara Municipal, ao lado prefeito e do Ministério Público, o gerente operacional da Águas Alta Floresta, Cristian Martarello, garantiu a população presente que em 48 horas (2 dias), haveria o reestabelecimento do racionamento, mas, o prazo de extinguiu na noite da última Sexta (11/10) e a cada nova reunião com a empresas eles pedem mais 2 dias para reestabelecer o racionamento.

Na mesma tarde Quarta, outra reunião, convocada pelo Ministério Público, na pessoa da promotora Fernanda Alberton, reuniu grande parte da sociedade civil organizada, com a participação de empresários do setor de loteamentos, docentes da UNEMAT, advogados, líderes de comunidades, comerciantes e representantes de um recém formado movimento popular pela volta do abastecimento de água.

Até o final da noite deste Domingo (13/10), nem o poder público e nem a empresa conseguiram apresentar respostas satisfatórias e reestabelecer a ordem que a população tanto merece.

CONTRATO DA PREFEITURA COM A ÁGUAS ALTA FLORESTA:

_contrato 344_2002

CONTRATO DA PREFEITURA COM A AGER/SINOP:

Contrato AGER-2022-alta_floresta-mt

RELATÓRIO DA AGER/SINOP SOBRE A CRISE HÍDRICA:

Relatorio_de_Fiscalizacao_008_PR112_2024_compressed_assinado_assinado_assinado

AUTO DE NOTIFICA DA AGER PARA A ÁGUAS ALTA FLORESTA:

4._AUTO_DE_NOTIFICACAO_152_2024_v.1_assinado_assinado_assinado

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Suspeita de fraude leva pesquisa que favorece Chico Gamba a ser denunciada no TRE/MT

Na ação movida pelo jurídico da campanha do candidato Oliveira Dias, comprova por meios matemáticos que a suposta vantagem mostrada para o candidato Chico Gamba foi “fabricada”.

A denúncia afirma que a empresa responsável pela pesquisa realizada em Alta Floresta, PERCENT PESQUISA DE MERCADO E OPINIÃO LTDA, multiplicou eleitores que responderam a favor do candidato Chico Gamba (União Brasil), segundo denúncia apresentada junto ao Tribunal Regional Eleitoral – TRE/MT, com graves indícios de fraude.

A ação liminar com Tutela de Urgência, é assinada pelo advogado Dione Ramos, do jurídico do Partido Liberal – PL de Alta Floresta e também pela presidente do partido Silvia Caselato.

 A PERCENT PESQUISA DE MERCADO E OPINIÃO LTDA, teve no último mês de Agosto, uma de suas pesquisas suspensas por fraude de dados nestes eleições de 2024, em pesquisa realizada, no município de Rondonópolis/MT, questionada na Justiça pela coligação Rondonópolis Pronta para o Futuro, do candidato Paulo José Correia (PSB), com multa aplicada pela Justiça Eleitoral de R$ 53.205,00.

Segundo a a denúncia, a pesquisa patrocinada pela Rádio Bambina de Alta Floresta, foi apresentada ao TRE/MT em 19/9, sob o registro nº 05905/2024, e reproduzida por meio de propaganda eleitoral nas redes sociais contendo informações imprecisas e acusações não comprovadas que geram desinformação no ambiente eleitoral com potencial de influenciar o eleitor.

Na denúncia, o advogado demonstra que há grave inconsistência e contradição, passível de gerar a impugnação da referida pesquisa com o consequente impedimento de sua divulgação. As irregularidades verificadas encontram-se, a priori na metodologia aplicada quanto a apresentação errônea entre os percentuais e a base de entrevistados aduzidos na pesquisa.

Nas sabias palavras de Albert Einstein“A Matemática não mente. Mente quem faz mau uso dela”, cita a denúncia do Dr. Dione Ramos.

Considerando os 600 entrevistados informados, o percentual de 36,3% representa o total de 217,8 pessoas entrevistas, ou seja, número quebrado de pessoas votantes!

Observando o total de pessoas entrevistas representadas pelos votos validos (217,8 pessoas) e retirando o percentual dentro de cada vereador, resta perceptível as incongruências nas informações apresentadas ao público, nota-se:

No mesmo sentido, observando o gráfico apresentado para os votos para Prefeito, tem-se a clara manipulação dos dados:

Os votos Nulo/Branco; NS/Indeciso; NR representam o total de 14,00%
Neste sentido, calcula-se:

600 entrevistados – 14% = 516 pessoas votantes.
516 votantes X 81,2% Chico Gamba = 418,99 pessoas votantes.
516 votantes X 4,8% Oliveira Dias = 24,76 pessoas votantes.

“Observando os cálculos, o quantitativo não representa sequer a quantidade de votos que se alegam terem sidos entrevistados em votos válidos.
Excelência, os cálculos não se deixam enganar, como é possível a metade de uma pessoa apresentar um voto, como é o caso do gráfico apresentado para os vereadores e, de igual forma a quantidade de 24,76 pessoas, eis que magicamente nesta pesquisa, as pessoas votam 1 pessoa e a metade de outra.
Se considerando os percentuais sem o devido desconto dos votos Nulo/Branco; NS/Indeciso; NR, ou seja considerando a base de 600 entrevistados, ainda será obtido o número quebrado de pessoas, exemplo: 600 X 0,3% (voto a Vereador), se terá 1,8 pessoa votante, se considerando o total X 3,5% (Naldo da Pista) se terá o total assertivo de 21 pessoas.
Logo se os cálculos batem para um percentual, se teria de bater em 100% dos votos apresentados, o que não é o caso da referida pesquisa”.

No mesmo sentido errôneo, é a apresentação quanto a rejeição aos candidatos apresentados no gráfico, observa-se:

Os votos Nulo/Branco; NS/Indeciso; NR representam o total de 53,7%
Neste sentido, considerando os votos validos, calcula-se:
600 – 53,7% = 277,8 pessoas
277,8 X 44,2% = 122,78 pessoas
277,8 X 2,2% = 6,11 pessoas
No mesmo sentido, considerando a quantidade total, sem o devido desconto:
600 X 44,2% = 265,2 pessoas
600 X 2,2% = 13,2 pessoas
Notório resta, a preocupação foi em bater o percentual, não cuidando do número de pessoas que alegam terem sido entrevistadas.

“Ora Excelência, deixar de informar – corretamente – os dados publicados em uma pesquisa supostamente regular, deixa grave margem de dúvidas sobre a idoneidade desses dados, se tratando claramente de um sistema de desinformação e manipulação cognitiva dos eleitores.”

A liminar pede ao TRE/MT a “suspensão imediata” da pesquisa pois “restam evidente os danos irreparáveis que a pesquisa ora impugnada com evidente falha em sua apresentação, caso mantida a veiculação continuará afetando a lisura e a isonomia no processo eleitoral, bem como, entre os eleitores de Alta Floresta/MT”.

A liminar pede também, multa a ser fixada por este juízo, bem como para que os demais veículos de imprensa, e a coligação abaixo arrolada suspendam a veiculação da pesquisa atuada.

Pede ainda que seja determinado, a disponibilização de acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades e das empresas que divulgarem pesquisas de opinião relativas às candidatas, aos candidatos e às eleições, incluídos os referentes à identificação de entrevistadoras e entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade das pessoas entrevistadas.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: