quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Lembranças de dias áureos
É com muita honra que relembro a campanha para o governo de Mato Grosso, ao lado do então candidato e futuro governador, Blairo Maggi (PPS), nos idos de 2002, onde sagrou-se vitorioso após uma desvastadora campanha contra o então senador da república, Antero Paes de Barros (PSDB), da base aliada do governador Dante de Oliveira, que disputava uma cadeira no Senado Federal.
Fazer parte da equipe principal de marketing político desse grande político acrescentou preciosas experiências como profissional da comunicação, o que restou confirmado nos anos seguintes com a sua reeleição e as grandes mudanças provocadas naquele Estado.
Com o brefing de que conhecia o seu estado, o seu povo e as suas soluções como a palma da sua mão, Maggi conquistou a simpatia e os votos de todos que estavam saturados da boa e velha turma do cordão dos velhos coronéis da política matogrossensse.
Fazer parte da equipe principal de marketing político desse grande político acrescentou preciosas experiências como profissional da comunicação, o que restou confirmado nos anos seguintes com a sua reeleição e as grandes mudanças provocadas naquele Estado.
Com o brefing de que conhecia o seu estado, o seu povo e as suas soluções como a palma da sua mão, Maggi conquistou a simpatia e os votos de todos que estavam saturados da boa e velha turma do cordão dos velhos coronéis da política matogrossensse.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Empresa ligada a prefeito firma contrato de R$ 33 milhões com a Ceron
O prefeito de Ouro Preto do Oeste, Juan Alex Testoni (PTN), é um homem de sorte. Sua empresa, a Materias para Construção Dom Bosco LTDA, firmou um contrato de R$ 33,5 milhões com Centrais Eletréticas de Rondônia (Ceron) para execução de obras de eletrificação rural.
O contrato foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União.
Contrato: CERON/PR/177/2011. Contratante: Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - Ceron. Contratada: Materiais para Construção Dom Bosco Ltda. Proveniente da Concorrência n.º 004/2011.
Objeto: Contratação de empresa de engenharia para levantamento de dados, elaboração de projetos executivos e execução de obras de eletrificação rural georreferenciadas, com cadastramento de consumidores, instalação e ligação de medidores no estado de Rondônia, com fornecimento integral de materiais, equipamentos e de mão-de-obra, em atendimento ao Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - LUZ Para Todos.
Vigência: 15 (quinze) meses. Valor total R$ 33.595.046,69 (trinta e três milhões, quinhentos e noventa e cinco mil, quarenta e seis reais e sessenta e noventa centavos).
Assinatura: 10/11/2011. Marcos Aurélio Madureira da Silva - Diretor Presidente e Luis Hiroshi Sakamoto - Diretor de Gestão, pela Contratante, Juan Alex Testoni - Sócio Gerente, pela Contratada.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Aniversário da Vitória Emanuela
Minha filha Vitória Emanuela completou mais um aninho de vida neste dia 01/11/2011 e estava radiante.
Dou graças a deus todos os dias pelos meus 3 filhos amados que nunca me saem do pensamento e nem do coração.
agradeço a todos os amigos que estiveram presentes a esta singela reunião de aniversário e que presentearam a nossa filha com a sua simpatia e calor humano.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Meio século de espera...
Nilo Fujimoto
Você gostaria de viver num paraíso onde liberdade é apenas um sonho, onde todos são iguais (na miséria e no infortúnio) exceto os “mais iguais que os outros” e a fraternidade é o conluio entre os dirigentes.
Cuba é esse paraíso, a ilha da fantasia do socialismo latino-americano para o qual alguns se dirigem apenas de passagem, óbvio, para prestigiá-la e privar com “el comandante” e receber seus “conselhos” e os “bons” influxos de um ambiente resultante da aplicação brutal do ideal comunista.
No outro extremo, a realidade dos “proletários unidos” é outra, como se pode deduzir da notícia publicada na Folha de São Paulo ( 29/9/2011), sob o título “Cuba autoriza comercialização de carros”. Diz o vespertino que, com a edição digital da Gazeta Oficial (www.gacetaoficial.cu) de 28 de setembro último, o pobre “endinheirado” cubano poderá – após um espera de meio século (!) – realizar o que qualquer pessoa nos países não comunista pode: a livre comercialização de um simples veículo.
Segundo a reportagem da Folha, a lei estabelece que “quem comprar ou vender carros na ilha deverá pagar um imposto de 4% sobre o valor do veículo. Os consumidores ainda deverão apresentar uma declaração de que o dinheiro usado para a compra foi obtido de forma legal. Até agora, apenas carros fabricados antes da revolução de 1959 — em sua maioria, americanos — podiam ser comercializados em Cuba. Com a mudança, não haverá restrição de ano ou modelo para a compra, e será permitido que cada cidadão adquira mais de um carro.”
Triste situação a de nossos infortunados irmãos cubanos. Se não há nada para invejar do paraíso cubano, devemos sim recear a ditadura anunciada pelos dirigentes de esquerda no Brasil. Num passado não muito distante houve grupos armados que justificaram seus atos de terrorismo e formação de guerrilha arguindo não suportar viver em regime ditatorial. Porém, o que hoje não querem confessar – e estão ocupando atualmente as mais altas esferas políticas e sociais – é que a derrubada daquele regime tinha como meta o estabelecimento de um regime nos moldes cubanos e houvera logrado realizar não fosse a atuação de forças vivas anticomunistas.
Ocupou o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira um lugar de inegável destaque no panorama nacional e internacional como líder e orientador, intrépido na trincheira polêmica, paladino da luta anticomunista. Nossas homenagens pela passagem do décimo sexto ano de seu falecimento ocorrido em 3 de outubro de 1995. Maior homenagem, seguramente, é seguir defendendo os ideais por ele proclamado com tanta galhardia.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Fazem falta verdadeiras elites
Leo Daniele (*)
Poucas coisas existem simples como a desigualdade. Poucas complicadas, torcidas e equivocadas, como o igualitarismo.
Neste mundo sem dogmas e sem religião, o igualitarismo é uma espécie de “dogma”. Para os igualitários, as desigualdades são como as doenças: não se consegue evitá-las completamente, mas é preciso afastá-las o quanto for possível.
Verdadeiro ou falso? Falso! Como se lê no livro “Nobreza e Elites Tradicionais análogas”, de Plinio Corrêa de Oliveira (ao lado foto da capa) . E inclusive a sabedoria imemorial de todos os povos rejeita essa concepção igualitária.
A falta de espaço impede uma explanação metódica e completa sobre o tema das desigualdades, como a faria Dr. Plinio, considerado “o teólogo das desigualdades sociais”. Ouçamos, entretanto, em breves sentenças o eco da sabedoria dos povos e dos milênios, sobre este asssunto.
- O velho Eurípedes afirmava que a igualdade não tem outra existência que a de seu nome.
- Plutarco observava que a distância de animal a animal de espécies diversas não é tão grande quanto a que vai de homem a homem.
- Constatam os árabes que até os cinco dedos da mão não são iguais.
- Os alemães, de seu lado, recomendam a quem procura a igualdade, que vá ao cemitério.
- Dizem os indianos: “entre os homens, uns são jóias, outros pedregulhos”.
- Com espírito, acrescentam os turcos: “os cisnes pertencem à mesma família que os patos, só que eles são cisnes”.
- Os gregos sentenciam: “Se o sol não existisse, seria noite apesar da presença de todas as estrelas”.
- Vauvenargues remata: “A natureza nada fez de igual; sua lei soberana é a submissão e a dependência”.
E cada leitor pode acrescentar suas observações, pois até duas gotas de água da chuva que caem numa vidraça são desiguais. Se isso é assim, é porque Deus quis que assim fosse. Vamos, então, para as alturas! “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”, ensinava Nosso Senhor.
O que concluir? Deus é o autor de todas as desigualdades e, respeitada a igualdade fundamental proveniente do fato de todos os homens terem a mesma natureza e os mesmos direitos fundamentais, devemos amar as desigualdades se queremos amar a Deus.
Bem… se isto for visto assim por muitos, será natural a formação de numerosas elites. Sim, de verdadeiras elites. De elites tradicionais. De elites autênticas. De cuja ausência, hoje tanto se ressente a sociedade brasileira.
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(*) Léo Daniele é colaborar da ABIM
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(*) Léo Daniele é colaborar da ABIM
domingo, 28 de agosto de 2011
Monavie Testemunhos.mp4
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Conheça a Monavie, uma fantástica proposta de vida saúdável, bem estar e ganhos imediatos.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Alex Testoni é denunciado novamente pelo MPF
Ter, 26 de Julho de 2011 22:55
Escrito por Gazeta de Rondônia O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito de Ouro Preto do Oeste (RO), Juan Alex Testoni, por não prestar contas no prazo, de convênio firmado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a aquisição de veículo de transporte coletivo de alunos da Educação Básica.
A prestação de contas deveria ter sido feita até março de 2009, porém, o prefeito só a apresentou em maio do mesmo ano. "O denunciado, na condição de prefeito do município, não cumpriu com sua obrigação legal de prestar contas no prazo previsto no convênio, sendo que o atraso na apresentação das contas configura infração à lei", explicou o procurador regional da República Osnir Belice.
A denúncia aguarda o recebimento pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Nº judicial: 0026718-83.2011.4.01.0000
terça-feira, 26 de julho de 2011
BRASIL UM PAÍS DE QUASE TODOS !
- Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para comandar uma fragata !
- Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.
- Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda uma Região Militar ou uma grande fração do Exército.
- Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro do que ganha um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.
- Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um
- O SUS paga a um médico, por uma cirurgia cardíaca com abertura de peito, a importância de R$ 70,00,
O PIOR É QUE ACEITAMOS ESSAS COISAS COMO SE TIVESSE QUE SER ASSIM MESMO OU QUE NADA TEM MAIS JEITO.
SERÁ QUE VALE A PENA TENTAR?
- Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.
- Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda uma Região Militar ou uma grande fração do Exército.
- Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro do que ganha um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.
- Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um
cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.
- O SUS paga a um médico, por uma cirurgia cardíaca com abertura de peito, a importância de R$ 70,00,
equivalente ao que uma diarista cobra para fazer a faxina num apartamento de dois quartos.
PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM CHOQUE DE MORALIDADE NOS TRÊS PODERES DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ACABANDO COM OS OPORTUNISMOS E CABIDES DE EMPREGO.
OS RESULTADOS NÃO JUSTIFICAM O ATUAL NÚMERO DE SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES.
TEMOS QUE DAR FIM A ESSES "CURRAIS" ELEITORAIS, QUE TRANSFORMARAM O BRASIL NUMA OLIGARQUIA SEM ESCRÚPULOS, ONDE OS NEGÓCIOS PÚBLICOS SÃO GERIDOS PELA “BRASILIENSE COSA NOSTRA”.
O PAÍS DO FUTURO JAMAIS CHEGARÁ A ELE SEM QUE HAJA RESPONSABILIDADE SOCIAL E COM OS GASTOS PÚBLICOS.
SERÁ QUE JÁ PERDEMOS A CAPACIDADE DE NOS INDIGNAR?
PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM CHOQUE DE MORALIDADE NOS TRÊS PODERES DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ACABANDO COM OS OPORTUNISMOS E CABIDES DE EMPREGO.
OS RESULTADOS NÃO JUSTIFICAM O ATUAL NÚMERO DE SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES.
TEMOS QUE DAR FIM A ESSES "CURRAIS" ELEITORAIS, QUE TRANSFORMARAM O BRASIL NUMA OLIGARQUIA SEM ESCRÚPULOS, ONDE OS NEGÓCIOS PÚBLICOS SÃO GERIDOS PELA “BRASILIENSE COSA NOSTRA”.
O PAÍS DO FUTURO JAMAIS CHEGARÁ A ELE SEM QUE HAJA RESPONSABILIDADE SOCIAL E COM OS GASTOS PÚBLICOS.
SERÁ QUE JÁ PERDEMOS A CAPACIDADE DE NOS INDIGNAR?
O PIOR É QUE ACEITAMOS ESSAS COISAS COMO SE TIVESSE QUE SER ASSIM MESMO OU QUE NADA TEM MAIS JEITO.
SERÁ QUE VALE A PENA TENTAR?
domingo, 24 de julho de 2011
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Um Diploma ou um Sacerdócio?
Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno
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