Com o fim do carnaval e considerando que o ano de trabalho (mesmo!) só começa depois da folia, o BG colocou sua equipe de estagiários para ralar. A tarefa era encontrar as tão confidenciais logomarcas novas do poder público rondoniense.
Mais um estagiário morreu, mas também fez valer seu sacrifício enviando as novas logos do Governo de Rondônia e da Prefeitura de Porto Velho que estariam escondidas às sete chaves.
Confiram:
Essa foi feita pelo Rubinho Barrichelo, embaixo de uma forte chuva.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
O DESTINO DAS PRINCESAS DOS CONTOS DE FADAS
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Em reunião, Expedito avisa a Cassol que não desistirá da pré-candidatura
Expedito tem fortes argumentos para dizer a Cassol que não desistirá da pré-candidatura. Um deles é que já conta com o apoio de 30 dos 52 prefeitos de Rondônia. Outro é que o próprio irmão de Ivo, César Cassol (PSDB), tem viajado pelo interior, dizendo que o melhor dos pré-candidatos ao governo é Expedito Júnior.
Mais uma vez o governador Ivo Cassol (PP) não conseguiu fazer o ex-senador Expedito Júnior (PSDB) desistir de sua pré-candidatura ao governo do Estado. Os dois se reuniram ontem (8) à noite, mas não conseguiram chegar a um acordo.
Expedito disse a Cassol que só desistirá de sua pretensão se for colocada em suas mãos uma pesquisa de opinião demonstrando que o vice-governador João Cahulla (PPS) conseguirá vencer as eleições.
Cassol prefere Cahulla por uma razão muito forte. O governador terá que renunciar em março para ser candidato ao Senado. Se Cahulla for candidato ao governo no exercício do cargo, será uma reeleição, e assim daqui a quatro anos não poderá concorrer novamente.
Ivo Cassol não esconde de ninguém que em 2014 pretende novamente ser candidato a governador. Acontece que, se Expedito vencer, certamente concorrerá à reeleição daqui a quatro anos e isso não é bom para as pretensões de Cassol.
Expedito tem fortes argumentos para dizer a Cassol que não desistirá da pré-candidatura. Um deles é que já conta com o apoio de 30 dos 52 prefeitos de Rondônia. Outro é que o próprio irmão de Ivo, César Cassol (PSDB), tem viajado pelo interior, dizendo que o melhor dos pré-candidatos ao governo é Expedito Júnior.
César Cassol é um dos nomes cogitados para ser o pré-candidato a vice na chapa encabeçada por Expedito. Esse é mais um problema doméstico para ser resolvido pelo governador.
Fonte: correiodenoticias.com
http://namoscaro.blogspot.com/2010/02/em-reuniao-expedito-avisa-cassol-que.html
sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Autoridades respondem por dois terços das agressões a jornalistas no México, diz estudo
Redação Portal IMPRENSA
Uma pesquisa realizada por duas organizações não governamentais de defesa da liberdade de expressão revelou que 244 jornalistas foram agredidos por autoridades no México em 2009. Ao todo, 11 profissionais de imprensa perderam a vida por conta de suas atividades de trabalho no país.
O estudo foi coordenado de forma conjunta pelo Centro Mexicano de Comunicação Social (Cencos) e a britânica Artigo 19. "Pensávamos que era o crime organizado que fazia do México o país mais perigoso para o exercício do Jornalismo, mas acontece que 65,5% das agressões são cometidas por funcionários públicos", declarou Ricardo Rafael, da Cencos.
Outra pesquisa, feita pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF), classificou o México como o país mais perigoso para o exercício do Jornalismo na América Latina. De acordo com a entidade, três jornalistas foram mortos no país apenas em janeiro deste ano.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Lula vai sancionar lei de Registro da Identidade Civil – que cria o número único desejado pelo projeto globalitário.
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA:
ALERTA TOTAL
Mais um velho projeto do modelo de controle globalitário vai se tornar realidade no Brasil. O chefão Lula da Silva deve sancionar, sem vetos, a lei de Registro da Identidade Civil – que cria o número único para os cidadãos. A nova regra unifica vários documentos: o Cadastro de Pessoa Física (CPF), a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o passaporte, além de quaisquer outros documentos necessários ao cidadão.
Por trás da numeração única – que parece uma medida boa e lógica, anti-burocrática – está a facilidade criada para um aperfeiçoamento do controle do cidadão. O novo documento único terá fotografia e um chip eletrônico – que poderá ser usado como localizador, rastreador ou até como medidor do consumo do cidadão. Basta que obrigar que o cidadão use o número para fazer suas compras – como já acontece atualmente no projeto experimental da nota fiscal paulista, por exemplo.
O projeto do Registro da Identidade Civil - de autoria do deputado Celso Russomanno (PP-SP) – tem aspectos positivos, para camuflar seu real objetivo de controle social. O novo documento unificado terá o tipo e o fator sanguíneo do titular. A pedido do titular, também será possível que o documento contenha carimbo comprobatório de deficiência física, desde que esta seja atestada por autoridade de saúde competente.
Os defensores do documento único – que é um processo inevitável forçado pelo modelo globalitário que avança a cada segundo – argumentam que a utilização do número da identidade nos demais documentos dificultará a ocorrência de fraudes e propiciará o aperfeiçoamento do sistema de identificação civil, ajudando no combate ao crime. Na verdade, o Estado conquista mais um instrumento para facilitar a padronização do controle sobre o cidadão – que já ocorre hoje, só que usando números diferentes, da identidade e do CPF.
Por Jorge Serrão
ALERTA TOTAL
Mais um velho projeto do modelo de controle globalitário vai se tornar realidade no Brasil. O chefão Lula da Silva deve sancionar, sem vetos, a lei de Registro da Identidade Civil – que cria o número único para os cidadãos. A nova regra unifica vários documentos: o Cadastro de Pessoa Física (CPF), a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o passaporte, além de quaisquer outros documentos necessários ao cidadão.
Por trás da numeração única – que parece uma medida boa e lógica, anti-burocrática – está a facilidade criada para um aperfeiçoamento do controle do cidadão. O novo documento único terá fotografia e um chip eletrônico – que poderá ser usado como localizador, rastreador ou até como medidor do consumo do cidadão. Basta que obrigar que o cidadão use o número para fazer suas compras – como já acontece atualmente no projeto experimental da nota fiscal paulista, por exemplo.
O projeto do Registro da Identidade Civil - de autoria do deputado Celso Russomanno (PP-SP) – tem aspectos positivos, para camuflar seu real objetivo de controle social. O novo documento unificado terá o tipo e o fator sanguíneo do titular. A pedido do titular, também será possível que o documento contenha carimbo comprobatório de deficiência física, desde que esta seja atestada por autoridade de saúde competente.
Os defensores do documento único – que é um processo inevitável forçado pelo modelo globalitário que avança a cada segundo – argumentam que a utilização do número da identidade nos demais documentos dificultará a ocorrência de fraudes e propiciará o aperfeiçoamento do sistema de identificação civil, ajudando no combate ao crime. Na verdade, o Estado conquista mais um instrumento para facilitar a padronização do controle sobre o cidadão – que já ocorre hoje, só que usando números diferentes, da identidade e do CPF.
Por Jorge Serrão
domingo, 31 de janeiro de 2010
Brasil, um país de tolos
Os programas do governo federal que são tão festejados pelas ostes de seguidores que acompanham o cordão dos puxa sacos deste governo, vai ficar na história como o maior "fábrica de votos" já idealizada por um governo republicano, basta dizer que, enquanto os milhões de brasileiros "benefeciados" com o valor simbólico acham que o presidente Lula trouxe uma nova forma de ajuda, na verdade, estão sendo mais sacrificados do que nunca.
Na realidade o nome certo deveria ser "Bolsa Imposto", pois na prática, apesar de recebrem seu ricos noventa reais por mês, estão sendo lesados em 33% do que recebem para pagar os tributos que nem sonham existirem, pois essa parte da história fica fora das grandes peças publicitárias exibidas nas redes de televisão e rádio que atingem diretamente esse público alvo.
A exorbitante e pesadíssima carga tributária brasileira, uma das piores do mundo, incide muito mais sobre a população pobre do que sobre os mais bem posicionados na cadeia social.
Os brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais precisaram trabalhar 197 dias no ano passado para pagar seus impostos.
Quem recebeu mais de 30 salários mínimos também contribuiu forte, mas precisou de 106 dias para honrar os compromissos com tributos. No fim das contas, quase a metade do que os pobres pagaram.
No entanto, a propaganda que chega aos pobres é que eles estão sendo socorridos pelos governos. Jamais se dirá na TV ou em comícios que os políticos estão "garfando" dinheiro dos pobres e o entregando aos trens da alegria, às múltiplas atividades que enriquecem as empreiteiras, prestadores de serviços terceirizados à administração, mesmo que não se toque em corrupção, fraudes e mau uso do erário.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), organismo do governo federal, os 10% mais pobres do País gastam 33% do que recebem para pagar tributos, enquanto os mais ricos destinam 23% da renda. Com base na carga tributária de 2008, o estudo mostra que esse desequilíbrio histórico da economia vem aumentando e está longe de ser resolvido.
De 2004 para 2008, o comprometimento da renda com o pagamento de tributos dos brasileiros aumentou mais para os pobres, crescendo a distância que separa dos brasileiros mais ricos. No ano passado, estima o Ipea, as famílias com renda de até dois salários mínimos comprometeram 53,9% de tudo que ganharam com o pagamento de impostos.
Em 2004, essas famílias gastavam 48,8%. Um salto de quase cinco pontos percentuais em apenas quatro anos Já para as famílias mais ricas, o peso dos tributos sobre a renda cresceu menos: subiu no período de 26,3% para 29%. (Dados do IPEA).
Pois bem, agora me digam, apesar da inquestionável popularidade que o presidente Lula atingiu, superando todos os estadistas presidenciais anteriores juntos, a questão é não ter medo de perguntar: As custas de quantos miseráveis vale a pena manter um programa que engana muito mais o povo do que ajuda a livrá-los desse massacre?
Enquanto isso, os votos não param de cair nas urnas e povo continua sem a tão aguardada redenção de seus flagelos.
Nesse ano de eleições, as mentes dos brasileiros serão novamente com centenas de fotos e depoimentos de "vidas transformadas", mas assim como nas novelas o que assistimos é apenas uma pequena fração fictícia da verdadeira realidade que o país atravessa.
Na realidade o nome certo deveria ser "Bolsa Imposto", pois na prática, apesar de recebrem seu ricos noventa reais por mês, estão sendo lesados em 33% do que recebem para pagar os tributos que nem sonham existirem, pois essa parte da história fica fora das grandes peças publicitárias exibidas nas redes de televisão e rádio que atingem diretamente esse público alvo.
A exorbitante e pesadíssima carga tributária brasileira, uma das piores do mundo, incide muito mais sobre a população pobre do que sobre os mais bem posicionados na cadeia social.
Os brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais precisaram trabalhar 197 dias no ano passado para pagar seus impostos.
Quem recebeu mais de 30 salários mínimos também contribuiu forte, mas precisou de 106 dias para honrar os compromissos com tributos. No fim das contas, quase a metade do que os pobres pagaram.
No entanto, a propaganda que chega aos pobres é que eles estão sendo socorridos pelos governos. Jamais se dirá na TV ou em comícios que os políticos estão "garfando" dinheiro dos pobres e o entregando aos trens da alegria, às múltiplas atividades que enriquecem as empreiteiras, prestadores de serviços terceirizados à administração, mesmo que não se toque em corrupção, fraudes e mau uso do erário.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), organismo do governo federal, os 10% mais pobres do País gastam 33% do que recebem para pagar tributos, enquanto os mais ricos destinam 23% da renda. Com base na carga tributária de 2008, o estudo mostra que esse desequilíbrio histórico da economia vem aumentando e está longe de ser resolvido.
De 2004 para 2008, o comprometimento da renda com o pagamento de tributos dos brasileiros aumentou mais para os pobres, crescendo a distância que separa dos brasileiros mais ricos. No ano passado, estima o Ipea, as famílias com renda de até dois salários mínimos comprometeram 53,9% de tudo que ganharam com o pagamento de impostos.
Em 2004, essas famílias gastavam 48,8%. Um salto de quase cinco pontos percentuais em apenas quatro anos Já para as famílias mais ricas, o peso dos tributos sobre a renda cresceu menos: subiu no período de 26,3% para 29%. (Dados do IPEA).
Pois bem, agora me digam, apesar da inquestionável popularidade que o presidente Lula atingiu, superando todos os estadistas presidenciais anteriores juntos, a questão é não ter medo de perguntar: As custas de quantos miseráveis vale a pena manter um programa que engana muito mais o povo do que ajuda a livrá-los desse massacre?
Enquanto isso, os votos não param de cair nas urnas e povo continua sem a tão aguardada redenção de seus flagelos.
Nesse ano de eleições, as mentes dos brasileiros serão novamente com centenas de fotos e depoimentos de "vidas transformadas", mas assim como nas novelas o que assistimos é apenas uma pequena fração fictícia da verdadeira realidade que o país atravessa.
domingo, 24 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Álcool: O grande "Astro" da Novela das Oito
Desde os tempos em que as propagandas de cigarro eram permitidas não se percebe uma banalização tão acentuada de uma droga legalizada como o álcool promovida pela Rede Globo, através da novela das oito "Viver a Vida".
A grande desculpa para os milhares de "profissionais" que precisam se sustentar as custas das desgraças dos outros, as quais eles mesmo ajudam a promover, é a de que a "ficção imita a realidade"... Porém, especialistas afirmam que a verdade é bem ao contrário do que a emissoras milionárias, de contratos astronômicos com a maiores cervejarias do país, tentam sustentar.
Para aqueles que convivem profissionalmente, no dia a dia com os problemas sociais causados pelos dependentes químicos, vítimas do alcoolismo, o que a novela provoca na vida na verdade é um estímulo ao ato de beber, ou seja a ficção "estimula" e, até facilita a iniciação de algumas crianças e adolescentes que não dormem cedo, e ficam suscetíveis ao assédio da telinha.
Não estou falando apenas da novela Viver a Vida, pelo fato de trazer um problema sobre o tema em questão,a situação é generalizada em todas as outras novelas de todas as emissoras, mas o fato de tratar especificamente sobre o alcoolismo, mostrando como se ficar de pôrre todas as noites, acaba cerceando o direito do cidadão de não permitir que o problema entre em sua residência, como ficar longe das bebidas se as novelas apresentam 99,99% de glamour e normalidade no ato de beber e, apenas 0,01% de conscientização prática, ou a informação realista sobre os flagelos dos dependentes enquanto lutam para sair dessa escravidão.
Tá certo que a personagem Renata (vivida por Bárbara Paz), que substitui a comida pelo álcool, "luta" e se diz confiante na sua recuperação todas as vezes que se encontra em situações difíceis que comprometem até mesmo a sua integridade física, mas, continua bebendo sem que o telespectador vislumbre qualquer válvula de escape coerente para o drama da personagem.
Além disso, não é só o fato da personagem que vive o drama específico, a novela se reserva o direito de introduzir todos os demais personagem num sarau de coquetéis em diversas tomadas, como se "Viver a Vida" fosse encher a cara num constante Happy Hour entre amigos, o personagem Marcos (vivido por José Mayer), não sai de casa para os desfiles de sua esposa e baladas sociais,sem tomar um belo drinque em sua sala de estar, ornamentada com uma mesa repleta de bebidas internacionais, em memoráveis encontros familiares com suas filhas em segundo plano, a personagem Helena (vivida por Thaís Araújo), aparece ao lado de Marcos em longas tomadas com suas taças de champagnhe, as duas "médicas" (vividas por Daniele Suzuki e Christine Fernandes) não vão pra cama sem um belo vinho para encerrar a noitada, os irmãos gêmeos Miguel e Jorge (vividos por Mateus Solano), os dois com nomes de santos diga-se de passagem, tomam cerveja descontraídamente em uma pizzaria como se fosse um ritual familiar, a Sandra (vivida por Aparecida Petrowsky), irmã de Helena, grávida, vem desde o início da novela só no gargalo da garrafa, a Betina (vivida por Letícia Spiller), pra lá de alegrinha dá carona bêbada para Tereza (vivida por Lila cabral), que de tão embriagada, ao descer do carro desbarranca no meio fio, e por fim, Dona Noêmia (vivida por Lolita Rodriguez), mãe do galã principal, Marcos, é advertida periodicamente por sua dama de companhia para ir devagar com o champagnhe, das incontáveis cenas de regalos que a novela introduz nos lares brasileiros.
Vejam bem que, em nenhuma destas cenas eu citei a aparição da personagem Renata,que vive o drama do alcoolismo em questão.
Conhecido por abordar temas relevantes, o autor da novela Manoel Carlos tenta justificar os excessos e a idéia de naturalidade do uso contínuo de bebidas nas mesas brasileiras, afirmando que: "O álcool é uma das maiores desgraças de nossa sociedade", e que por isso sempre aborda o alcoolismo em seus trabalhos.
Porém, entre abordar um tema polêmico e relevante e passar da linha de tolerância cultural existe um largo e profundo abismo, em uma trama onde personagens bebem compulsivamente gera no público uma falsa aimpressão de que a maioria das pessoas bebem com a maior naturalidade em seus lares, como se fosse um costume arraigado no seio da família, quando se sabe que, metade da população brasileira não toma absolutamente nenhuma gota de álcool, segundo pesquisas da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e da UNIAD - Unidade de Pesquisa e Álcool, comandadas pela pesquisadora Ilana Pinsky, coordenadora do ambulatório de adolescentes em São Paulo.
Na outra metade, apenas 1/4 (um quarto), tem distúrbios ligados aos problemas gerados pelo alccolismo, como a simples fato de ter dificuldade de falar em público, ou seja, vender a imagem do álcoólico bem sucedido interessa mil vezes mais aos fabricantes do setor do que aos pais e filhos da nação, que recebem muito mais mensagem subliminar de que o álcool atrai glamour, sexo, diversão, amizade, fortuna e status social do que a verdadeira tragédia vivida por uma minoria de brasileiros.
A maneira como é apresentado o tema leva o publico a absorver muito mais a normalidade de se beber a vontade do que o agravante relacionado ao problema, ela não aborda como deveria que a maioria dos acidentes de carros são provocados pelos alcoólicos, os diversos vexamos promovidos pelos dependentes, inclusive com reflexos irreparáveis na vida e carreira das pessoas, a violência sem limites desencadeada por um simples gole de cerveja, ou seja, dá-se a impressão que é normal beber "socialmente", pois a maioria dos que assim o fazem têm sempre o auto-controle na destra de suas atitudes.
Se pretendem incluir o marketing social em suas abordagens, por que não apresentam uma grande discussão entre amigos sobre a necessidade de se entregar o automóvel a quem não bebeu durante uma balada ao fim da madrugada?
Mas com certeza não, isso acarretaria muitos minutos valiosos desperdiçados fora do verdadeiro foco principal da novela que naturalmente é, não perder os milionários contratos com as cervejarias e adegas internacionais, e assim, "vamos vivendo a vida por viver", como o refrão da música de tom boêmio interpretada pelo Julio iglesias.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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Um Diploma ou um Sacerdócio?
Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno
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