sexta-feira, 28 de abril de 2023

EXCLUSIVA | Alta Floresta no centro do escândalo criminoso da saúde, investigado pela PJC/MT

Uma história sombria digna de uma série premiada na Netflix trás no epicentro da trama, profissionais da área médica de Alta Floresta, envolvidos até o pescoço na investigação deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Entre os indiciados e envolvidos pela PJC/MT, por meio de uma investigação minuciosa, comandada pelo Dr. Henrique Trevisan, a frente da “Operação Espelho II“, junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO/MT, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – MPMT, na pessoa do Promotor Sérgio Silva da Costa, encontram-se médicos e servidores conhecidos do meio hospitalar que atendem junto ao Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, unidade regional (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Carlinda), que atende apenas pacientes de natureza grave e gravíssima.

O processo revela, por meio de mensagens interceptadas pela PJC/MT a pedido do MP/MT,  que os suspeitos envolvidos especificamente com o contrato de licitação ganho para administrar as UTIs de Alta Floresta instaladas pelo governo estadual dentro do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, conversam sobre a “negociata” de forma sombria, monstruosa e repugnante, digna dos personagens do clássico filme “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekyll e Mister Hyde – obra de 1885 – Autor: Robert Louis Stevenson). Nas conversas o grupo de médicos e empresários para lucrar ilegalmente às custas das verbas públicas repassadas para o combate à covid-19.

Mortes omitidas criminosamente

Nas conversas trocadas, por meio de mensagens promíscuas, o grupo versou sobre a omissão de eventuais mortes e irregularidades no Hospital Regional de Alta Floresta (790 km de Cuiabá) com intuito de garantir um ‘acordo de paz’ entre as empresas. Os trechos foram obtidos por meio de perícia técnica e o Sistema “Guardião” nos celulares dos envolvidos Luiz Gustavo Castilho Ivoglo (Cuiabá) e Osmar Gabriel Chemin (São Paulo), em que os médicos comemoram o enriquecimento em virtude da pandemia.

Trechos do processo:

 

 

Na lista dos nome de empresas, médicos e servidores que correspondem aos supostamente envolvidos e citados no processo de  investigação criminal, conhecidos e residentes em Alta Floresta e região estão médicos, empresários servidores e até citação em conversas de gente graúda da política municipal e regional, entre eles encabeça a lista o ex-secretário de saúde municipal na gestão passada, Marcelo de Alécio Costa, o Dr. Renes Leão Silva Filho, a Dra. Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Thaisa Babilonia de Lima (esposa de Renes) e a Dra. Thais Caroline Cavalcante de Sousa.

 

O preço da morte

Por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado, mas serviços não eram fornecidos na forma contratada e, segundo a polícia, por vezes contavam também com o consentimento de agentes públicos fiscalizadores. 

De acordo com as descobertas da Polícia Civil, os investigados e as empresas constituídas se dedicavam a fraudar licitações  e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso, especialmente durante o período da pandemia da covid-19, os investigados intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade dos gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Acordos Ilícitos

Entre as aberrações praticadas pelo grupo criminoso suspeito e investigado pela PJC/MT, o que chama mais atenção é o acordo estabelecido entre o empresário/médico Renes Filho e o empresário/médico Gustavo Ivoglo, tratando quanto a cessão de administração do setor de UTIs no Hospital Regional de Alta Floresta através de uma simples conversa troca de mensagens onde a empresa ganhadora – (BONE M ESPECIALIZADA LTDA – registrada em nome de Osmar Gabriel Chemin, Gabriel naves Torres Borges e Alberto Pires de Almeida), recebeu  a bagatela de R$ 500.000,00 para repassar a administração absoluta das UTIs ao Dr. Renes Leão Silva Filho, pela pagos por meio de um único PIX, transferido direto da conta pessoal da esposa do Dr. Renes Leão Silva Filho, a empresária/anestesista Thaísa Babilonia de Lima, como se fosse o pagamento de rupa comprada em uma boutique de luxo. Para garantir o bom funcionamento do esquema até servidores administrativos do Hospital Regional Albert Sabin eram citados como protegidos e ao mesmo tempo favorecidos pelo grupo criminoso, para a PJC/MT há indícios fortíssimos de pagamentos de propinas para que os mesmo ficassem calados diante de todas as atrocidades cometidas pelos médicos responsáveis do setor de UTIs. 

Trecho

Fases da investigação

A fase da investigação iniciada ainda em 2021, que surgiu a partir de uma denúncias anônimas e foi apresentada em continuidade pelo delegado Paulo Trevisan, da DECCOR/MT (Delegacia Especializada de Combate a Corrupção), junto a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em Dezembro de 2022, trás até o momento num processo sigiloso de 3.178 páginas, o qual nossa redação teve acesso com exclusividade, o suposto envolvimento de servidores do primeiro escalão da Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT, médicos, empresários, servidores regionais e até políticos membros da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso – ALMT.

Ao todo, 7 empresas e os respectivos envolvidos em toda trama, já tiveram seus bens e contas bloqueados pela justiça por meio a partir da 2ª fase da “Operação Espelho“, iniciada no último dia 24 de Março, que trás a notícia crime sobre a formação de suposto Cartel de empresas que desde a 1ª fase da operação, em 2021 (a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva – hospital metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, o núcleo de investigação da DECCOR/MT apurou que empresas contratadas integravam um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Nesta 2ª fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam a casa dos R$ 35 milhões, com potencial de sensível aumento, conforme a investigação.

Sequestro de bens

Por ordem judicial, e buscando a reparação ao erário, foram sequestrados 36 veículos e bloqueados mais de 20 imóveis. Entre os veículos estão de marcas de luxo como BMW, Land Rover, Porsche, Audi, Jaguar, além de camionetes e outros automóveis de alto valor de mercado. Também foram bloqueadas casas e lotes em condomínios de luxo, além de fazendas no estado, com o objetivo de chegar, ao menos, aos R$ 35 milhões em bens sequestrados.

CARROS APREENDIDOS NA OPERAÇÃO:

#operacaoespelho #matogrosso #pjcmt #gaecomt #hras #hospitalregionaldealtafloresta 

EXCLUSIVA | Alta Floresta no centro do escândalo criminoso da saúde, investigado pela PJC/MT

Uma história sombria digna de uma série premiada na Netflix trás no epicentro da trama, profissionais da área médica de Alta Floresta, envolvidos até o pescoço na investigação deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Entre os indiciados e envolvidos pela PJC/MT, por meio de uma investigação minuciosa, comandada pelo Dr. Henrique Trevisan, a frente da “Operação Espelho II“, junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO/MT, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – MPMT, na pessoa do Promotor Sérgio Silva da Costa, encontram-se médicos e servidores conhecidos do meio hospitalar que atendem junto ao Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, unidade regional (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Carlinda), que atende apenas pacientes de natureza grave e gravíssima.

O processo revela, por meio de mensagens interceptadas pela PJC/MT a pedido do MP/MT,  que os suspeitos envolvidos especificamente com o contrato de licitação ganho para administrar as UTIs de Alta Floresta instaladas pelo governo estadual dentro do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, conversam sobre a “negociata” de forma sombria, monstruosa e repugnante, digna dos personagens do clássico filme “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekyll e Mister Hyde – obra de 1885 – Autor: Robert Louis Stevenson). Nas conversas o grupo de médicos e empresários para lucrar ilegalmente às custas das verbas públicas repassadas para o combate à covid-19.

Mortes omitidas criminosamente

Nas conversas trocadas, por meio de mensagens promíscuas, o grupo versou sobre a omissão de eventuais mortes e irregularidades no Hospital Regional de Alta Floresta (790 km de Cuiabá) com intuito de garantir um ‘acordo de paz’ entre as empresas. Os trechos foram obtidos por meio de perícia técnica e o Sistema “Guardião” nos celulares dos envolvidos Luiz Gustavo Castilho Ivoglo (Cuiabá) e Osmar Gabriel Chemin (São Paulo), em que os médicos comemoram o enriquecimento em virtude da pandemia.

Trechos do processo:

 

 

Na lista dos nome de empresas, médicos e servidores que correspondem aos supostamente envolvidos e citados no processo de  investigação criminal, conhecidos e residentes em Alta Floresta e região estão médicos, empresários servidores e até citação em conversas de gente graúda da política municipal e regional, entre eles encabeça a lista o ex-secretário de saúde municipal na gestão passada, Marcelo de Alécio Costa, o Dr. Renes Leão Silva Filho, a Dra. Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Thaisa Babilonia de Lima (esposa de Renes) e a Dra. Thais Caroline Cavalcante de Sousa.

 

O preço da morte

Por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado, mas serviços não eram fornecidos na forma contratada e, segundo a polícia, por vezes contavam também com o consentimento de agentes públicos fiscalizadores. 

De acordo com as descobertas da Polícia Civil, os investigados e as empresas constituídas se dedicavam a fraudar licitações  e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso, especialmente durante o período da pandemia da covid-19, os investigados intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade dos gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Acordos Ilícitos

Entre as aberrações praticadas pelo grupo criminoso suspeito e investigado pela PJC/MT, o que chama mais atenção é o acordo estabelecido entre o empresário/médico Renes Filho e o empresário/médico Gustavo Ivoglo, tratando quanto a cessão de administração do setor de UTIs no Hospital Regional de Alta Floresta através de uma simples conversa troca de mensagens onde a empresa ganhadora – (BONE M ESPECIALIZADA LTDA – registrada em nome de Osmar Gabriel Chemin, Gabriel naves Torres Borges e Alberto Pires de Almeida), recebeu  a bagatela de R$ 500.000,00 para repassar a administração absoluta das UTIs ao Dr. Renes Leão Silva Filho, pela pagos por meio de um único PIX, transferido direto da conta pessoal da esposa do Dr. Renes Leão Silva Filho, a empresária/anestesista Thaísa Babilonia de Lima, como se fosse o pagamento de rupa comprada em uma boutique de luxo. Para garantir o bom funcionamento do esquema até servidores administrativos do Hospital Regional Albert Sabin eram citados como protegidos e ao mesmo tempo favorecidos pelo grupo criminoso, para a PJC/MT há indícios fortíssimos de pagamentos de propinas para que os mesmo ficassem calados diante de todas as atrocidades cometidas pelos médicos responsáveis do setor de UTIs. 

Trecho

Fases da investigação

A fase da investigação iniciada ainda em 2021, que surgiu a partir de uma denúncias anônimas e foi apresentada em continuidade pelo delegado Paulo Trevisan, da DECCOR/MT (Delegacia Especializada de Combate a Corrupção), junto a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em Dezembro de 2022, trás até o momento num processo sigiloso de 3.178 páginas, o qual nossa redação teve acesso com exclusividade, o suposto envolvimento de servidores do primeiro escalão da Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT, médicos, empresários, servidores regionais e até políticos membros da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso – ALMT.

Ao todo, 7 empresas e os respectivos envolvidos em toda trama, já tiveram seus bens e contas bloqueados pela justiça por meio a partir da 2ª fase da “Operação Espelho“, iniciada no último dia 24 de Março, que trás a notícia crime sobre a formação de suposto Cartel de empresas que desde a 1ª fase da operação, em 2021 (a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva – hospital metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, o núcleo de investigação da DECCOR/MT apurou que empresas contratadas integravam um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Nesta 2ª fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam a casa dos R$ 35 milhões, com potencial de sensível aumento, conforme a investigação.

Sequestro de bens

Por ordem judicial, e buscando a reparação ao erário, foram sequestrados 36 veículos e bloqueados mais de 20 imóveis. Entre os veículos estão de marcas de luxo como BMW, Land Rover, Porsche, Audi, Jaguar, além de camionetes e outros automóveis de alto valor de mercado. Também foram bloqueadas casas e lotes em condomínios de luxo, além de fazendas no estado, com o objetivo de chegar, ao menos, aos R$ 35 milhões em bens sequestrados.

CARROS APREENDIDOS NA OPERAÇÃO:

#operacaoespelho #matogrosso #pjcmt #gaecomt #hras #hospitalregionaldealtafloresta 

EXCLUSIVA | Alta Floresta no centro do escândalo criminoso da saúde, investigado pela PJC/MT

Uma história sombria digna de uma série premiada na Netflix trás no epicentro da trama, profissionais da área médica de Alta Floresta, envolvidos até o pescoço na investigação deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Entre os indiciados e envolvidos pela PJC/MT, por meio de uma investigação minuciosa, comandada pelo Dr. Henrique Trevisan, a frente da “Operação Espelho II“, junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO/MT, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – MPMT, na pessoa do Promotor Sérgio Silva da Costa, encontram-se médicos e servidores conhecidos do meio hospitalar que atendem junto ao Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, unidade regional (Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Carlinda), que atende apenas pacientes de natureza grave e gravíssima.

O processo revela, por meio de mensagens interceptadas pela PJC/MT a pedido do MP/MT,  que os suspeitos envolvidos especificamente com o contrato de licitação ganho para administrar as UTIs de Alta Floresta instaladas pelo governo estadual dentro do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, conversam sobre a “negociata” de forma sombria, monstruosa e repugnante, digna dos personagens do clássico filme “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekyll e Mister Hyde – obra de 1885 – Autor: Robert Louis Stevenson). Nas conversas o grupo de médicos e empresários para lucrar ilegalmente às custas das verbas públicas repassadas para o combate à covid-19.

Mortes omitidas criminosamente

Nas conversas trocadas, por meio de mensagens promíscuas, o grupo versou sobre a omissão de eventuais mortes e irregularidades no Hospital Regional de Alta Floresta (790 km de Cuiabá) com intuito de garantir um ‘acordo de paz’ entre as empresas. Os trechos foram obtidos por meio de perícia técnica e o Sistema “Guardião” nos celulares dos envolvidos Luiz Gustavo Castilho Ivoglo (Cuiabá) e Osmar Gabriel Chemin (São Paulo), em que os médicos comemoram o enriquecimento em virtude da pandemia.

Trechos do processo:

 

 

Na lista dos nome de empresas, médicos e servidores que correspondem aos supostamente envolvidos e citados no processo de  investigação criminal, conhecidos e residentes em Alta Floresta e região estão médicos, empresários servidores e até citação em conversas de gente graúda da política municipal e regional, entre eles encabeça a lista o ex-secretário de saúde municipal na gestão passada, Marcelo de Alécio Costa, o Dr. Renes Leão Silva Filho, a Dra. Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Thaisa Babilonia de Lima (esposa de Renes) e a Dra. Thais Caroline Cavalcante de Sousa.

 

O preço da morte

Por meio das empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado, mas serviços não eram fornecidos na forma contratada e, segundo a polícia, por vezes contavam também com o consentimento de agentes públicos fiscalizadores. 

De acordo com as descobertas da Polícia Civil, os investigados e as empresas constituídas se dedicavam a fraudar licitações  e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso, especialmente durante o período da pandemia da covid-19, os investigados intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade dos gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Acordos Ilícitos

Entre as aberrações praticadas pelo grupo criminoso suspeito e investigado pela PJC/MT, o que chama mais atenção é o acordo estabelecido entre o empresário/médico Renes Filho e o empresário/médico Gustavo Ivoglo, tratando quanto a cessão de administração do setor de UTIs no Hospital Regional de Alta Floresta através de uma simples conversa troca de mensagens onde a empresa ganhadora – (BONE M ESPECIALIZADA LTDA – registrada em nome de Osmar Gabriel Chemin, Gabriel naves Torres Borges e Alberto Pires de Almeida), recebeu  a bagatela de R$ 500.000,00 para repassar a administração absoluta das UTIs ao Dr. Renes Leão Silva Filho, pela pagos por meio de um único PIX, transferido direto da conta pessoal da esposa do Dr. Renes Leão Silva Filho, a empresária/anestesista Thaísa Babilonia de Lima, como se fosse o pagamento de rupa comprada em uma boutique de luxo. Para garantir o bom funcionamento do esquema até servidores administrativos do Hospital Regional Albert Sabin eram citados como protegidos e ao mesmo tempo favorecidos pelo grupo criminoso, para a PJC/MT há indícios fortíssimos de pagamentos de propinas para que os mesmo ficassem calados diante de todas as atrocidades cometidas pelos médicos responsáveis do setor de UTIs. 

Trecho

Fases da investigação

A fase da investigação iniciada ainda em 2021, que surgiu a partir de uma denúncias anônimas e foi apresentada em continuidade pelo delegado Paulo Trevisan, da DECCOR/MT (Delegacia Especializada de Combate a Corrupção), junto a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em Dezembro de 2022, trás até o momento num processo sigiloso de 3.178 páginas, o qual nossa redação teve acesso com exclusividade, o suposto envolvimento de servidores do primeiro escalão da Secretaria Estadual de Saúde – SES/MT, médicos, empresários, servidores regionais e até políticos membros da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso – ALMT.

Ao todo, 7 empresas e os respectivos envolvidos em toda trama, já tiveram seus bens e contas bloqueados pela justiça por meio a partir da 2ª fase da “Operação Espelho“, iniciada no último dia 24 de Março, que trás a notícia crime sobre a formação de suposto Cartel de empresas que desde a 1ª fase da operação, em 2021 (a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva – hospital metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, o núcleo de investigação da DECCOR/MT apurou que empresas contratadas integravam um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Nesta 2ª fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.

Os prejuízos apurados, até o momento, superam a casa dos R$ 35 milhões, com potencial de sensível aumento, conforme a investigação.

Sequestro de bens

Por ordem judicial, e buscando a reparação ao erário, foram sequestrados 36 veículos e bloqueados mais de 20 imóveis. Entre os veículos estão de marcas de luxo como BMW, Land Rover, Porsche, Audi, Jaguar, além de camionetes e outros automóveis de alto valor de mercado. Também foram bloqueadas casas e lotes em condomínios de luxo, além de fazendas no estado, com o objetivo de chegar, ao menos, aos R$ 35 milhões em bens sequestrados.

CARROS APREENDIDOS NA OPERAÇÃO:

#operacaoespelho #matogrosso #pjcmt #gaecomt #hras #hospitalregionaldealtafloresta 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Crise na Politec de Alta Floresta pode ser agravado com saída do único legista em atividade

Cansado de carregar nas costas a enorme demanda de casos da região de Alta Floresta, o atual legista do município não descarta a possibilidade de pedir exoneração por perceber o descaso do Estado para com o município.

Em entrevista concedida ao repórter Guilherme Paz, da TV Nativa (Record), de Alta Floresta, o médico legista Dr. Paulinelli F. Martins, que atua na Politec de Alta Floresta8 anos, pela primeira vez veio a público relatar as dificuldades que vem encontrando sozinho e acumulando sozinho cargas horárias ha mais de dois anos devido a saída de outro colega que deixou a unidade da Politec, sem que a vaga tivesse sido preenchida.

A situação precária de Alta Floresta que já se arrasta há quase mais de mais de 6 anos sem alteração no quadro de legistas que até o momento seria de no máximo dois, se agrava mais ainda com a deficiência a demora do Estado de Mato Grosso em resolver a questão, que ano após ano, só recebe promessas do governo e nunca vê a solução aplicada.

Ao todo, a Politec de Alta Floresta, que é uma unidade regional atende a mais 4 município, entre eles Paranaíta, Carlinda, Nova Bandeirantes, Apiacás e em alguns casos absorvendo até demandas do município de Colíder, causando uma sobrecarga desumana sobre o profissional médico que já não suporta mais ficar calado.

Conforme ele mesmo lembro, recentemente foram aprovados 16 médicos e convocados apenas 8 no último concurso público do Estado, porém, nenhum destes foram designados a município de Alta Floresta apesar de toda cobrança que vem sendo feita nos últimos 5 anos, pelo drama que a região tem atravessado com esta deficiência profissional.

Apesar da espera de quase 10 anos, chega a ser cruel para com Alta Floresta e região saber não há uma só resposta por parte do Estado de Mato Grosso, que literalmente abandonou a região e virou as costas para as inúmeras petições e apelos dos mais de 300 mil habitantes que compõem as cidades atendidas.

A única previsão recebida ainda no dia de ontem, devido a coincidente passagem do Diretor Geral da Politec no Estado, Rubens Okada, que esteve presente na unidade, na companhia do prefeito municipal, Chico Gamba e a direção da unidade, aonde veio trazer como resposta ao município que “talvez” nos próximos meses poderá haver a indicação de outro médico legista para atender a demanda regional, mas, nada de concreto foi firmado com os presentes na reunião.

O que mais pesa em toda essa situação é ver a humilhação e vergonha perante a sociedade estampada na cara dos agentes e profissional que constantemente tem que dar explicações vazias sem qualquer expectativa de ter os anseios atendidos pelo Estado que se omite sem qualquer respeito ao sofrimento das pessoas atingidas, enquanto isso a população segue refém desta explícita falta de competência e desdém por parte daqueles que tem o poder de resolver e não querem resolver.

ASSISTA A ENTREVISTA COM O MÉDICO LEGISTA DA POLITEC DE ALTA FLORESTA:

DANNY BUENO

@matogrossoaovivo

#AltaFloresta #MatoGrosso #descasopolítico #PolitecMT #MauroMendes #GovernodeMatoGrosso #médicolegista 

Crise na Politec de Alta Floresta pode ser agravado com saída do único legista em atividade

Cansado de carregar nas costas a enorme demanda de casos da região de Alta Floresta, o atual legista do município não descarta a possibilidade de pedir exoneração por perceber o descaso do Estado para com o município.

Em entrevista concedida ao repórter Guilherme Paz, da TV Nativa (Record), de Alta Floresta, o médico legista Dr. Paulinelli F. Martins, que atua na Politec de Alta Floresta8 anos, pela primeira vez veio a público relatar as dificuldades que vem encontrando sozinho e acumulando sozinho cargas horárias ha mais de dois anos devido a saída de outro colega que deixou a unidade da Politec, sem que a vaga tivesse sido preenchida.

A situação precária de Alta Floresta que já se arrasta há quase mais de mais de 6 anos sem alteração no quadro de legistas que até o momento seria de no máximo dois, se agrava mais ainda com a deficiência a demora do Estado de Mato Grosso em resolver a questão, que ano após ano, só recebe promessas do governo e nunca vê a solução aplicada.

Ao todo, a Politec de Alta Floresta, que é uma unidade regional atende a mais 4 município, entre eles Paranaíta, Carlinda, Nova Bandeirantes, Apiacás e em alguns casos absorvendo até demandas do município de Colíder, causando uma sobrecarga desumana sobre o profissional médico que já não suporta mais ficar calado.

Conforme ele mesmo lembro, recentemente foram aprovados 16 médicos e convocados apenas 8 no último concurso público do Estado, porém, nenhum destes foram designados a município de Alta Floresta apesar de toda cobrança que vem sendo feita nos últimos 5 anos, pelo drama que a região tem atravessado com esta deficiência profissional.

Apesar da espera de quase 10 anos, chega a ser cruel para com Alta Floresta e região saber não há uma só resposta por parte do Estado de Mato Grosso, que literalmente abandonou a região e virou as costas para as inúmeras petições e apelos dos mais de 300 mil habitantes que compõem as cidades atendidas.

A única previsão recebida ainda no dia de ontem, devido a coincidente passagem do Diretor Geral da Politec no Estado, Rubens Okada, que esteve presente na unidade, na companhia do prefeito municipal, Chico Gamba e a direção da unidade, aonde veio trazer como resposta ao município que “talvez” nos próximos meses poderá haver a indicação de outro médico legista para atender a demanda regional, mas, nada de concreto foi firmado com os presentes na reunião.

O que mais pesa em toda essa situação é ver a humilhação e vergonha perante a sociedade estampada na cara dos agentes e profissional que constantemente tem que dar explicações vazias sem qualquer expectativa de ter os anseios atendidos pelo Estado que se omite sem qualquer respeito ao sofrimento das pessoas atingidas, enquanto isso a população segue refém desta explícita falta de competência e desdém por parte daqueles que tem o poder de resolver e não querem resolver.

ASSISTA A ENTREVISTA COM O MÉDICO LEGISTA DA POLITEC DE ALTA FLORESTA:

DANNY BUENO

@matogrossoaovivo

#AltaFloresta #MatoGrosso #descasopolítico #PolitecMT #MauroMendes #GovernodeMatoGrosso #médicolegista 

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

SEM ACORDO | Naufraga a nomeação de novo super secretário de saúde de Alta Floresta

Apesar de ter ficado a disposição do município após árdua negociação junto ao Ministério da Saúde que cedeu o servidor, desacordos financeiros com a gestão causaram a desistência da nomeação.

Mesmo tendo sido anunciado pelo município como uma contratação ideal e após permanecer por mais de 30 dias  a disposição e em reuniões com o setor da saúde o engenheiro de classe padrão III, Luiz Soares, lotado na FUNASA de Mato Grosso, porém cedido pelo Ministério da Saúde, foi descartado pela administração Chico Gamba após vários dias de impasses em negociações que resultaram na desistência do nome por parte da prefeitura municipal.

Anunciado amplamente como certo, em toda imprensa, no mês de Julho como sendo o substituto oficial da ex-secretária municipal de Saúde, Sandra Correia de Mello, que deixou o cargo por não suportar as pressões e imposições do executivo municipal, o nome de Luiz Soares era tido como a “carta na manga” para suprir a demanda do setor da saúde que é um dos mais problemáticos do município.

Indicado pessoalmente por sua ex-colega de setor, Maria Sirleide Gonçalves da Silva (envolvida em um caso de nepotismo ao permitir que a própria filha trabalhasse no setor em que comandava), e que ocupa o cargo de superintendente geral de saúde da secretaria, Luiz Soares era a grande promessa para comandar a pasta que hoje é dirigida por José Aparecido, que assumiu interinamente e depois foi efetivado.

Apesar de todo o esforço do próprio prefeito municipal, Chico Gamba e o secretário municipal de governo e gestão, Robson Quintino de Oliveira, em reuniões e apelos ao órgão federal que resultaram em viagens a Cuiabá e por fim a requisição do servidor ao Ministério da Saúde, de nada adiantou a maratona de conversas que resultaram em quase dois meses de pura perda de tempo, as custa do dinheiro público.

A portaria de liberação do servidor federal foi concedida no último dia 03/08/2022, e foi assinada pelo próprio ministro da Saúde, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga, mas, para efeitos legais, o mesmo deveria ter sido nomeado imediatamente ao apresentar-se ao município requisitante, em no máximo 30 dias, após a expedição da portaria.

Entre idas e vindas o sr. Luiz Soares esteve presente perante os demais servidores da saúde municipal por várias vezes em reuniões e conversas sendo apresentado como certo para ocupar a cadeira de secretário, mas, o que era tido como certeza acabou virando uma longa discussão em torno das exigências e benefícios que o mesmo teria exigido para vir atuar em Alta Floresta, após ter sido insistentemente solicitado pelo executivo municipal.

Como o prazo para a nomeação municipal de extinguiu no último dia 03/09, e após várias tentativas de fazer com que o executivo cumprisse sua palavra no acordo antes de sua vinda, o servidor teve que suportar nos últimos dias, vários “chás de cadeira” para poder conseguir falar com o prefeito municipal e o secretário de gestão, que ao final comunicaram que o mesmo não mais seria nomeado ao cargo.

Diante do papelão administrativo, restou ao servidor federal apenas o retorno as suas funções junto ao órgão de onde foi copitado irresponsavelmente., causando prejuízos ao Estado de Mato Grosso, que dispõe de apenas dois servidores em todo o Estado para as funções de engenheiro sanitário (sendo um deles Luiz Soares), e principalmente ao Ministério da Saúde que atendeu ao pedido do município em ceder de boa vontade o mesmo por razões de extrema necessidade apresentadas pelo município, mas que porém, ficaram pelo meio do caminho. 

@matogrossoaovivo

#ChicoGamba #AltaFloresta #MatoGroso #Funasa #MinistériodaSaúde #PMAF #RobsonQuintino #SMSAF #improbidadeadministrativa

SEM ACORDO | Naufraga a nomeação de novo super secretário de saúde de Alta Floresta

Apesar de ter ficado a disposição do município após árdua negociação junto ao Ministério da Saúde que cedeu o servidor, desacordos financeiros com a gestão causaram a desistência da nomeação.

Mesmo tendo sido anunciado pelo município como uma contratação ideal e após permanecer por mais de 30 dias  a disposição e em reuniões com o setor da saúde o engenheiro de classe padrão III, Luiz Soares, lotado na FUNASA de Mato Grosso, porém cedido pelo Ministério da Saúde, foi descartado pela administração Chico Gamba após vários dias de impasses em negociações que resultaram na desistência do nome por parte da prefeitura municipal.

Anunciado amplamente como certo, em toda imprensa, no mês de Julho como sendo o substituto oficial da ex-secretária municipal de Saúde, Sandra Correia de Mello, que deixou o cargo por não suportar as pressões e imposições do executivo municipal, o nome de Luiz Soares era tido como a “carta na manga” para suprir a demanda do setor da saúde que é um dos mais problemáticos do município.

Indicado pessoalmente por sua ex-colega de setor, Maria Sirleide Gonçalves da Silva (envolvida em um caso de nepotismo ao permitir que a própria filha trabalhasse no setor em que comandava), e que ocupa o cargo de superintendente geral de saúde da secretaria, Luiz Soares era a grande promessa para comandar a pasta que hoje é dirigida por José Aparecido, que assumiu interinamente e depois foi efetivado.

Apesar de todo o esforço do próprio prefeito municipal, Chico Gamba e o secretário municipal de governo e gestão, Robson Quintino de Oliveira, em reuniões e apelos ao órgão federal que resultaram em viagens a Cuiabá e por fim a requisição do servidor ao Ministério da Saúde, de nada adiantou a maratona de conversas que resultaram em quase dois meses de pura perda de tempo, as custa do dinheiro público.

A portaria de liberação do servidor federal foi concedida no último dia 03/08/2022, e foi assinada pelo próprio ministro da Saúde, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga, mas, para efeitos legais, o mesmo deveria ter sido nomeado imediatamente ao apresentar-se ao município requisitante, em no máximo 30 dias, após a expedição da portaria.

Entre idas e vindas o sr. Luiz Soares esteve presente perante os demais servidores da saúde municipal por várias vezes em reuniões e conversas sendo apresentado como certo para ocupar a cadeira de secretário, mas, o que era tido como certeza acabou virando uma longa discussão em torno das exigências e benefícios que o mesmo teria exigido para vir atuar em Alta Floresta, após ter sido insistentemente solicitado pelo executivo municipal.

Como o prazo para a nomeação municipal de extinguiu no último dia 03/09, e após várias tentativas de fazer com que o executivo cumprisse sua palavra no acordo antes de sua vinda, o servidor teve que suportar nos últimos dias, vários “chás de cadeira” para poder conseguir falar com o prefeito municipal e o secretário de gestão, que ao final comunicaram que o mesmo não mais seria nomeado ao cargo.

Diante do papelão administrativo, restou ao servidor federal apenas o retorno as suas funções junto ao órgão de onde foi copitado irresponsavelmente., causando prejuízos ao Estado de Mato Grosso, que dispõe de apenas dois servidores em todo o Estado para as funções de engenheiro sanitário (sendo um deles Luiz Soares), e principalmente ao Ministério da Saúde que atendeu ao pedido do município em ceder de boa vontade o mesmo por razões de extrema necessidade apresentadas pelo município, mas que porém, ficaram pelo meio do caminho. 

@matogrossoaovivo

#ChicoGamba #AltaFloresta #MatoGroso #Funasa #MinistériodaSaúde #PMAF #RobsonQuintino #SMSAF #improbidadeadministrativa

SEM ACORDO | Naufraga a nomeação de novo super secretário de saúde de Alta Floresta

Apesar de ter ficado a disposição do município após árdua negociação junto ao Ministério da Saúde que cedeu o servidor, desacordos financeiros com a gestão causaram a desistência da nomeação.

Mesmo tendo sido anunciado pelo município como uma contratação ideal e após permanecer por mais de 30 dias  a disposição e em reuniões com o setor da saúde o engenheiro de classe padrão III, Luiz Soares, lotado na FUNASA de Mato Grosso, porém cedido pelo Ministério da Saúde, foi descartado pela administração Chico Gamba após vários dias de impasses em negociações que resultaram na desistência do nome por parte da prefeitura municipal.

Anunciado amplamente como certo, em toda imprensa, no mês de Julho como sendo o substituto oficial da ex-secretária municipal de Saúde, Sandra Correia de Mello, que deixou o cargo por não suportar as pressões e imposições do executivo municipal, o nome de Luiz Soares era tido como a “carta na manga” para suprir a demanda do setor da saúde que é um dos mais problemáticos do município.

Indicado pessoalmente por sua ex-colega de setor, Maria Sirleide Gonçalves da Silva (envolvida em um caso de nepotismo ao permitir que a própria filha trabalhasse no setor em que comandava), e que ocupa o cargo de superintendente geral de saúde da secretaria, Luiz Soares era a grande promessa para comandar a pasta que hoje é dirigida por José Aparecido, que assumiu interinamente e depois foi efetivado.

Apesar de todo o esforço do próprio prefeito municipal, Chico Gamba e o secretário municipal de governo e gestão, Robson Quintino de Oliveira, em reuniões e apelos ao órgão federal que resultaram em viagens a Cuiabá e por fim a requisição do servidor ao Ministério da Saúde, de nada adiantou a maratona de conversas que resultaram em quase dois meses de pura perda de tempo, as custa do dinheiro público.

A portaria de liberação do servidor federal foi concedida no último dia 03/08/2022, e foi assinada pelo próprio ministro da Saúde, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga, mas, para efeitos legais, o mesmo deveria ter sido nomeado imediatamente ao apresentar-se ao município requisitante, em no máximo 30 dias, após a expedição da portaria.

Entre idas e vindas o sr. Luiz Soares esteve presente perante os demais servidores da saúde municipal por várias vezes em reuniões e conversas sendo apresentado como certo para ocupar a cadeira de secretário, mas, o que era tido como certeza acabou virando uma longa discussão em torno das exigências e benefícios que o mesmo teria exigido para vir atuar em Alta Floresta, após ter sido insistentemente solicitado pelo executivo municipal.

Como o prazo para a nomeação municipal de extinguiu no último dia 03/09, e após várias tentativas de fazer com que o executivo cumprisse sua palavra no acordo antes de sua vinda, o servidor teve que suportar nos últimos dias, vários “chás de cadeira” para poder conseguir falar com o prefeito municipal e o secretário de gestão, que ao final comunicaram que o mesmo não mais seria nomeado ao cargo.

Diante do papelão administrativo, restou ao servidor federal apenas o retorno as suas funções junto ao órgão de onde foi copitado irresponsavelmente., causando prejuízos ao Estado de Mato Grosso, que dispõe de apenas dois servidores em todo o Estado para as funções de engenheiro sanitário (sendo um deles Luiz Soares), e principalmente ao Ministério da Saúde que atendeu ao pedido do município em ceder de boa vontade o mesmo por razões de extrema necessidade apresentadas pelo município, mas que porém, ficaram pelo meio do caminho. 

@matogrossoaovivo

#ChicoGamba #AltaFloresta #MatoGroso #Funasa #MinistériodaSaúde #PMAF #RobsonQuintino #SMSAF #improbidadeadministrativa

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: