sábado, 16 de abril de 2011
Nada como um Rafinha Bastos para nos fazer enxergar a verdade
Se tem  uma coisa que esse episódio mostrou de verdade, foi a força que a  opinião pública rondoniense possui e que esta deveria se aplicada e  revertida em causas mais emergenciais. Já que nos condoemos tanto com  palhaços insensatos que vem de fora, por não manifestar-mos a nossa  indignação com os gravíssimos problemas de infraestrutura, economicos e  sociais de nosso Estado, partindo pra cima da classe política e impondo e  cobrando em campanhas diárias que façam os políticos e autoridades  acomodadas lembrarem da sua obrigatoriedade em cumprir, fiscalizar e  entregar aquilo que tem dinheiro público envolvido, por exemplo:
1º) A conclusão dos viadutos e obras inacabadas na capital.
2º) O caos na saúde estadual que está a um passo da morte.
3º) Os escândalos de desvios de verbas e corrupção generalizada instalada em cada gabinete político e de seus patrocinadores.
4º)  A corrupção explícita e cristalizada nos departamentos públicos que  ainda te ameaça com abusos de legislação própria que só protege a  perpetuação da cultura do "rouba mas faz".
5º)  A falta de medicamentos e médicos enquanto tantas obras faraônicas são  aprovadas e não concluídas, matando a população nos corredores dos  hospitais.
6º)  O sucateamento da segurança pública que tem que prestar favores a  empresários em troca de um litro de gasolina, enquanto seus salários são  e seus cargos são cada vez mais diminutos e indignos empurrando-os para  a prática tentadora da proteção privada de autoridades e empresários  envolvidos nos piores casos de desvios de dinheiro público.
7º)  As condições precários das ambulâncias que circulam pela BR 364 que  também não passa de um corredor da morte onde cada indivíduo que embacar  com destino a qualquer cidade vizinha tem a nítida sensação de estar  comprando um bilhete só de ida.
8º)  As condições sub-humanas das delegacias e presídios que obrigam seres  humanos e profissionais a trabalhar e habitar em cubículos que não  passam de chiqueiros indignos até mesmo da raça mais proscrita de animal  existente sob o planeta terra.
9º)  Os fóruns e as escolas públicas que não podem propor mais qualidade no  atendimento e no ensino pois a limitada estrutura do século 20 não  possibilita e não motiva aos profissionais e professores a fomentar em  adultos e crianças a esperança de que a justiça e o futuro existem.
10º)  Os salários ridículos e a auto estima dos professores relegados a  acordos mesquinhos que cada dia mais depreciam esses heróis, enquanto os  ricos advogados de políticos recebem em uma causa aquilo que um  professor leva um 3 anos para receber.
11º)  Os idosos afrontados nos bancos e repartições, os deficientes  esquecidos e desprezados por todos nós que caminhamos pelas calçadas  afora, os crimes ambientais cometidos em praças públicas e nas esquinas  de nossos bairros, dos crimes hediondos aos assaltos, arrombamentos de  carros e saidinhas de banco que estão se avolumando dia a dia e a triste  cosntatação de que os piores criminosos encontrados hoje pela polícia  são crianças recrutadas pelos verdadeiros bandidos que são sustentados  pelos intocáveis barões do poder que nunca são cogitados.
Poderiamos  enumerar uma lista extensa de despautérios que só nos deixariam mais  motivados a escrever, mas, resta saber se nós vamos aplicar a mesma  energia a cada uma dessas mazelas sociais, como a que estamos  direcionando ao senhor Rafinha Bastos.
Acompanhem um relatório sucinto do MP/RO sobre essas questões do Estado:
Quanto ao  senhor Rafinha Bastos, as suas piadas são tão antagônicas quanto a sua  vida, pois mal dá para saber se o senhor, que procura defender os  princípios judáicos, é um seguidor de Abraão ou de Hitler.
Caso o  senhor não saiba, aqui no Brasil, onde a sua corja que crucificava  inocentes veio parar, existe lei contra a Xenofobia e ela é passiva de  condenação e nos garante a certeza de que crimes que foram cometidos  contra o seu povo venham se quer serem imaginados em nossa sociedade  democratica, que aliás defende o seu direito de expressar as suas  insanidades, porém cobra duro as suas difamações.
Leia também na Gazeta de Rondônia:  (CLIQUE AQUI)
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Venha participar da campanha em favor de Rondônia - Cala boca Rafinha Bastos!!!
VEJA O VÍDEO PRECONCEITUOSO QUE O "HUMORISTA" PRODUZIU:
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Em algum lugar de Rondônia
O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS! 
Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o
levaram para a delegacia.
D - Delegado
L - Ladrão
D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que
comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!
L - Não era para mim não. Era para vender.
D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio
estabelecido. Sem-vergonha!
L - Mas eu vendia mais caro.
D - Mais caro?
L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as
minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos
enquanto as minhas botavam ovos marrons.
D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.
L - Os ovos das minhas eu pintava.
D - Que grande pilantra.. (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)
D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar
mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os
preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos
outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um
oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..
D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?
L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas.
Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui
exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de
alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a
cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois
perguntou:
D - "Doutor", não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o
que tenho depositado ilegalmente no exterior.
D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
L - Às vezes. Sabe como é.
D - Não sei não, "excelência". Me explique.
L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma
coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo
uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu
me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso,
finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.
D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...
Luiz Fernado Veríssimo - (Enviado por Ivan de Lara)
Laudo aponta que morte Paulo Queiroz morreu de infarto
O Instituto Médico Legal (IML) de Rondônia deve divulgar oficialmente  o laudo da análise do corpo do jornalista Paulo Queiroz, encontrado  morto em seu escritório no início do mês passado. 
De acordo com  informações do IML, Paulo foi vítima de um infarto fulminante e não teve  tempo sequer de alcançar os medicamentos que tomava regularmente. 
![]()  | 
| respeitado Paulo nunca negou qualquer tipo de auxílio aos que estavam iniciando | 
Na ocasião de sua morte foi aventada a possibilidade do jornalista ter  cometido suicídio. O laudo aponta o contrário. Paulo deve ter morrido na  segunda-feira de carnaval e seu corpo foi encontrado na quarta-feira de  Cinzas.
No telefone do jornalista, uma dos mais influentes, respeitados e  conhecidos de Rondônia, as duas últimas ligações registradas foram para o  senador Valdir Raupp e seu assessor, jornalista Robson Oliveira, amigo  pessoal de Paulo Queiroz.
O jornalista Paulo Queiroz era colaborador da revista PAINEL POLÍTICO,  publicação na qual estão seus últimos trabalhos, inclusive a coluna  Política em Três Tempos.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Frases dignas de serem lembradas
Fumo                  maconha, mas não trago, quem traz é um amigo                  meu'
(Marcelo Anthony)
'O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo, mas o que você come entre o Ano Novo e o Natal'
(Solange Couto)
'Para seu marido não acordar com a macaca... Depile-se'
(Cláudia Ohana)
'O homem é um ser tão dependente que até pra ser corno e viúvo precisa da ajuda da mulher.
(Principe Charles)
'Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima'
(Dercy Gonçalves)
'Cabelo ruim é igual a bandido... Ou tá preso ou tá armado'
(Ronaldinho Gaúcho)
'Preguiçoso é o dono da sauna, que vive do suor dos outros'
(Roberto Justus)
'Não me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que sempre tem razão'
(Galvão Bueno)
'Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar aliança'
(Zeca Pagodinho)
'Mulher gorda é que nem Ferrari...
Quando sobe na balança vai de zero a cem em um segundo'
(Reginaldo Leme)
'Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental...
Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, retardado é você'
(Antônio Palocci)
'Se homossexualismo fosse normal...
Deus teria criado Adão e Ivo'
(Gilberto Braga)
'Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem usuário'
(Bill Gates)
'Casamento começa em motel e termina em pensão'
(Romário)
'Seja legal com seus filhos. São eles que vão escolher seu asilo'
(Itamar Franco)
'Antigamente, o homossexualismo era proibido no Brasil.
Depois, passou a ser tolerado.
Hoje é aceito como coisa normal...
Eu vou-me embora antes que se torne obrigatório'
(Arnaldo Jabor)
'Passar a mulher pra trás é fácil. O difícil é passar adiante'
(Eduardo Suplicy)
'O Brasil está igual a carro velho: para subir não tem força, para descer não tem freio'
(Dilma Roussef)
E a melhor de todas...
'Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?'
(Dorival Caymi)
(Marcelo Anthony)
'O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo, mas o que você come entre o Ano Novo e o Natal'
(Solange Couto)
'Para seu marido não acordar com a macaca... Depile-se'
(Cláudia Ohana)
'O homem é um ser tão dependente que até pra ser corno e viúvo precisa da ajuda da mulher.
(Principe Charles)
'Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima'
(Dercy Gonçalves)
'Cabelo ruim é igual a bandido... Ou tá preso ou tá armado'
(Ronaldinho Gaúcho)
'Preguiçoso é o dono da sauna, que vive do suor dos outros'
(Roberto Justus)
'Não me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que sempre tem razão'
(Galvão Bueno)
'Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar aliança'
(Zeca Pagodinho)
'Mulher gorda é que nem Ferrari...
Quando sobe na balança vai de zero a cem em um segundo'
(Reginaldo Leme)
'Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental...
Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, retardado é você'
(Antônio Palocci)
'Se homossexualismo fosse normal...
Deus teria criado Adão e Ivo'
(Gilberto Braga)
'Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem usuário'
(Bill Gates)
'Casamento começa em motel e termina em pensão'
(Romário)
'Seja legal com seus filhos. São eles que vão escolher seu asilo'
(Itamar Franco)
'Antigamente, o homossexualismo era proibido no Brasil.
Depois, passou a ser tolerado.
Hoje é aceito como coisa normal...
Eu vou-me embora antes que se torne obrigatório'
(Arnaldo Jabor)
'Passar a mulher pra trás é fácil. O difícil é passar adiante'
(Eduardo Suplicy)
'O Brasil está igual a carro velho: para subir não tem força, para descer não tem freio'
(Dilma Roussef)
E a melhor de todas...
'Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?'
(Dorival Caymi)
quinta-feira, 31 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Vida Leve Spa - Spot2
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O Vida Leve Spa Urbano com sua visão do ser integral é um verdadeiro estímulo aos sentidos pois promove qualidade de vida através de Experiências Corporais - Terapêuticas e Estéticas.
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quinta-feira, 10 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
Intervalo Comercial
 Hipotéticamente falando, em um dia de chuva seria um pecado você recusar uma carona a uma mulher semi-nua, porém, com certeza você jamais se perdoaria em não oferecer uma carona a uma mulher semi-nua em um dia escaldante, concorda comigo?
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Um Diploma ou um Sacerdócio?
Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno
Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.
A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.
Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.
Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.
Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.
O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.
A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.
Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.
Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.
Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.
Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.
A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.
Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.
Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?
Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?
E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?
Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.
Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.
E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.
Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.
A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.
Danny Bueno
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