No último fim de semana o secretário de Defesa Marcelo Bessa declarou, em postagem na rede social Facebook, que “a decisão de deixar o Estado foi da própria família e não cabe à Polícia responsabilidade sobre isso”, falando sobre a família da jovem Naiara Carine, morta no dia 24 de janeiro deste ano em circunstâncias ainda não esclarecidas pela policia. A decisão de ir embora, segundo a família, se deu em virtude de ameaças que vinham sofrendo. Bessa declarou que “em contato com o delegado que preside a investigação este informou que não houve nenhuma ameaça concreta contra a família da vítima”.
Paulo César Silveira Freitas discordou publicamente do secretário
Mas o pai da vítima, Paulo César Silveira Freitas discordou publicamente do secretário e em postagem também no Facebook declarou, “o senhor e o delegado Nestor (responsável pelo caso) estão esperando morrer mais um da minha família?”.
Na mesma postagem o pai de Naiara desabafa, “este caso não foi resolvido ainda porque sou um pobre se tivesse dinheiro ou poder politico já teria sido resolvido”.
O crime
Naiara Carine foi morta com 22 facadas no dia 24 de janeiro deste ano no ramal 15 de Novembro, próximo ao presídio Urso Branco, após ter sido violentada. A polícia prendeu um suspeito, Marcos Antônio Chaves da Silva, 38 anos, que em depoimento afirmou não ter agido sozinho. As investigações continuam e os indícios apontam para uma morte por encomenda, já que se sabe até o momento que pelo menos três homens participaram da ação.
Naiara Karine da Costa tinha 18 anos e foi encontrada no ramal 15 de Novembro
O que se sabe
De acordo com as investigações da polícia a jovem havia saído de casa para fazer aulas em uma auto-escola e não retornou . Ela foi levada até o ramal 15 de Novembro onde foi violentada. Seu telefone celular, encontrado próximo ao corpo teria sido usado pelos criminosos para filmar algumas cenas, o que facilitou a identificação de Marcos Antônio Chaves da Silva. Antes dele, um suspeito havia sido preso em Guajará-Mirim, mas foi posto em liberdade por falta de indícios. Há cerca de dois meses a polícia prendeu um policial militar acusado de estupro e chegou a anunciar que ele teria tido participação na morte de Naiara, o que não foi provado. Ele continua preso, mas por outros crimes.
Marcos Antônio Chaves da Silva foi identificado por imagens no celular da vítima
Nas últimas semanas passou a circular a informação que a morte da jovem teria sido encomendada por conta de uma suposta relação amorosa envolvendo pessoas conhecidas da sociedade rondoniense. Essas informações ganharam força com o depoimento de Marcos Antônio Chaves, que vem se negando a entregar os demais envolvidos no crime, mas afirmou que não agiu sozinho e confirmou que a morte da jovem teria sido encomendada.
A polícia não se manifestou oficialmente sobre o caso, e o secretário Marcelo Bessa informou na mesma postagem no Facebook que “em relação à possível coautoria ou participação de outras pessoas no crime a Polícia prossegue com as investigações a fim de apurar todo e qualquer envolvimento de outras pessoas. Nenhuma informação ou hipótese está sendo descartada.” E finalizou, “toda investigação possui seu tempo, e a demora em solucionar o caso não significa desídia e, muito menos, conivência com o crime. A complexidade da investigação impõe procedimentos e cautelas que, lamentavelmente, requerem tempo”.
PAINEL POLÍTICO


Muito antes da deflagração da Operação Apocalipse já existiam cobranças sobre a mídia de Rondônia, mais especificamente sobre os jornalistas que atuam nos sites de notícias, que de longe são os mais independentes. Milito na imprensa local há exatos 20 anos, comecei trabalhando em rádio, fui para jornal impresso, televisão e internet. Foi com meu extinto Portal364 que consegui a independência para escrever, criticar e consequentemente, de responder judicialmente por meus escritos e opiniões.