
Laptops de até R$ 2 mil dão conta do recado.
G1 testou três modelos vendidos no Brasil que custam até R$ 2 mil.
Laptops servem para funções básicas, mas engasgam nas multitarefas
O notebook deixou de ser um privilégio. Graças à queda do dólar e aos programas federais de incentivo fiscal à fabricação de computadores populares, não é preciso mais desembolsar uma fortuna para ter um PC móvel. Para ajudar aqueles interessados nos portáteis considerados populares, o G1 testou três notebooks que custam menos de R$ 2 mil. Veja tabela comparativa desses produtos.
Participaram desse teste o Compaq Presario V6210BR, o Mirax MS-4200 e o Positivo Mobile V43. As fabricantes Acer, Dell e Itautec também têm modelos nesta faixa de preço, mas não emprestaram os equipamentos para participar do teste do G1.
Com os modelos testados pelo G1, os usuários podem realizar tarefas básicas, como navegar na internet, assistir a vídeos, ver fotos, ouvir música, trocar mensagens instantâneas e preparar textos, planilhas e apresentações. O problema das máquinas aparece quando elas tentam realizar algumas dessas tarefas simultaneamente.
Desempenho
Os processadores dos três notebooks têm velocidade aproximada. Foi possível utilizar tranqüilamente o Google Earth, programa que mostra mapas e exige potência moderada da máquina.
O problema é tentar fazer várias atividades simultaneamente. Os três modelos engasgam quando muitos aplicativos são abertos ao mesmo tempo. Isso se deve principalmente à combinação de pouca memória RAM com o sistema operacional instalados nas máquinas.
Mas saiba que fazer o upgrade de memória RAM não é caro. Um módulo de memória de 512 MB custa entre R$ 100 e R$ 200.
Sistema operacional
A quantidade mínima de memória RAM necessária para o computador rodar bem vai variar principalmente conforme a versão do sistema operacional utilizado.
Com apenas 256 MB de RAM, o Compaq vem com Linux (distribuição Mandriva) – na configuração padrão, ele consegue rodar bem nesta máquina. Mas se você quiser trocar o sistema operacional para o Windows XP, por exemplo, terá de comprar mais memória RAM.
Para quem não está acostumado com o Linux, a adaptação pode ser complicada. No teste houve dificuldades, como a configuração da conexão de internet de banda larga e a instalação de novos programas. Uma boa alternativa gratuita pode ser o Ubuntu, mais amigável (leia mais sobre Linux). Se preferir o Windows, terá de desembolsar no mínimo R$ 150.
O Positivo tem 512 MB de RAM e utiliza o Windows Vista Starter, uma versão do novo sistema da Microsoft que limita a utilização de diversos aplicativos simultaneamente. No teste do G1, o notebook começou a engasgar quando havia mais de três janelas do navegador abertas, o mensageiro instantâneo e o tocador de DVD.
Com 512 MB de RAM e o Windows XP Home, o Mirax tem a combinação que possibilita o melhor desempenho. O XP não é a versão mais nova do Windows, mas isso ainda não traz problemas.
Design
Os notebooks testados não são muito leves, mas estão longe de ser um trambolho. O Positivo (2,4 quilos) e o Mirax (2,6 quilos) podem ser carregados na pasta ou mochila. O Compaq é um pouco mais pesado (3,1 quilos) e maior que os concorrentes. Mas isso se deve à dimensão da tela, de 15,4 polegadas -- o Positivo e o Mirax têm telas de 14 polegadas.
A combinação de tela e alto-falantes de qualidade faz do Compaq o melhor notebook do teste para assistir a vídeos. Os três portáteis vêm com gravador de CD e leitor de DVD. Nos testes, todos exibiram vídeos com fluidez.
O Mirax e o Positivo têm HD de 40 GB e o Compaq, de 60 GB. Não é pouco, mas se você começar a gravar muitas fotos, vídeos e músicas, esses discos rígidos ficam lotados em pouco tempo.
Bateria
Notebooks testados não são leves.
De cima para baixo, Mirax, Positivo e Compaq.
Uma das características mais importantes de um notebook é a autonomia da bateria. Porém, não espere muito dos modelos econômicos.
Em atividades intensas, como apresentação de vídeos com áudio em tela cheia, eles agüentaram cerca de 1h30, no máximo.
Os três notebooks testados apresentam suporte para conexão à internet discada (modem), banda larga com ou sem-fio (Wi-Fi). Para acessar a web, basta assinar um provedor.
Games
Se você é fã de games sofisticados, esqueça essas alternativas, pois as placas de vídeos dos equipamentos testados não dão conta de gráficos avançados. Quem trabalha com edição de imagens, sons e vídeos também deve passar longe dos notebooks mais baratos. E, se você quer um ultraportátil, saiba que irá pagar bem mais caro por ele (mais de R$ 6.000).
Se você tiver condições de investir mais dinheiro no seu notebook, pode valer a pena adquirir um modelo mais sofisticado e adiar o upgrade. Mas, se a grana estiver curta, não tenha receio de começar com um notebook "básico" que, como mostrou o teste, apresenta uma boa relação custo/benefício.
Fonte:G1