sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Crônicas de Rondônia–(01/02) Adeus Janeiro / O retorno de Hermínio

Adeus Janeiro

Conhecido como o mês mais demorado a passar, devido a letargia tradicional que acomete os orgãos público e os milhares compromissos financeiros que são adiados pela expectativa do retorno dos dirigentes e empresários de suas merecidas férias. Janeiro, também conhecido como o mês do recomeço está longe de ser um mês a ser comemorado, a ansiedade que se forma em torno de sua rápida passagem acaba deixando mais estressada a população que não vê a hora de chegar logo a segunda quinzena de Fevereiro, com a passagem do Carnaval, para que as coisas entrem novamente nos rumos e que o novo ano começe de verdade. Acho que a única categoria que fica feliz mesmo com mês de Janeiro deve ser a políticos, quanto mais demora pra voltar ao trabalho, menos eles precisam trabalhar pra ganhar seus gordos salários.

Ave Hermínio

Dono de um carisma incontestável, o presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, GHermínio Coelho (PSD), foi reeleito sem maiores complicações nesta Sexta Feira (01/02), com honras de grande estadista, com a presença dos presidentes do Tribunal de Contas, José Euler Potyguara Pereira de Mello, Tribunal de Justiça do Estado, Roosevelt Queiroz Costa, Procurador Geral do Estado, Héverton Aguiar, Secretário Chefe da Casa Civil, Dr. Dr. Marco Antônio de Faria, representando o Governador Confúcio Moura e a presença do vice prefeito, Dalton de Franco, representando o prefeito Mauro Nazif.

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A quem diga

Que durante a semana, alguns deputados aliados tentaram arquitetar uma manobra para desbancar a reeleição de Hermínio Coelho, mas, o desmentido foi dado pelo próprio secretário chefe da Casa Civil, Dr. Marco Antônio de Faria, que em seu discursso afirmou que o governador não tem o menor interesse em prejudicar a presidência da Assembléia e muito menos tentou ingerir na reeleição da mesma. o próprio Hermínio Coelho ao falar sobre o assunto em seu discurso de posse, afirmou que fez questão de ligar pessoalmente ao governador para convidá-lo para sua posse e desfazer qualquer impressão de rancor entre as partes.

Porém,

Ao fazer uso da tribuna, o presidente reeleito também criticou duramente a falta de diálogo entre os poderes, afirmando que “existe a necessidade de mais discussões conjuntas para um maior desenvolvimento do Estado, como no caso da agricultura que está comprometida por falta de investimentos, enquanto a área de segurança recebeu um bilhão para a construção de mais presídios e setores secundários que só deixarão mais “engessado” do que está o nosso Estado”

Resultado,

DSCF0589Deu aquilo que todos previam, Hermínio permaneceu na presidência e Maurão com a vice –Presidência por mais dois anos, até 2015 a Assembléia estará soba a batuta de um ex-cobrador de ônibus, coisa que Hermínio Coelho nunca deixou esquecer à ninguém e usa tal atributo com muita propriedade para engrandecer homens humildes que alcançam o sucesso em suas vidas. Durante sua fala Hermínio lembrou também que, assim como ele, tanto o presidente do Tribunal de Contas, José Euler Potyguara Pereira de Mello, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Roosevelt Queiroz Costa são naturais de Estados nordestinos e de origem humilde, os quais tiveram que lutar muito pra chegar aonde estão. Resultado, foi aplaudido e ovacionado a todo momento pelo sua maneira peculiar de contar suas histórias de vida sempre com uma pitada de humor que lhe é característico.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: