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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Sec. de Gestão de Alta Floresta gastou mais de 48 mil reais em diárias com direito a passeios e férias na Bahia

CAPÍTULO II – A FARRA DAS DIÁRIAS

Em comparação ao mesmo período em 2021, em menos de 11 meses, secretário de Gestão e Governo gastou R$ 12.055,05 a mais que o prefeito de Alta Floresta em viagens oficias e “extra-oficiais”.

No total de valores apresentados pelo Portal Transparência da prefeitura de Alta Floresta, cerca de R$ 48.278,00 foram destinados a custear as viagens do secretário municipal de Gestão e Governo de Alta Floresta, Robson Quintino de Oliveira, durante o período de 10/02/2021 à 22/12/2021 bancadas pelos cofres do município, ao todo 44 diárias emitidas em nome do secretário.

Em entrevista concedida a nossa reportagem, o secretário justificou os valores exagerados com afirmações de que ele é quem bancava com suas diárias o combustível de algumas viagens realizadas com o prefeito Chico Gamba, como se acaso não soubéssemos que tais recursos são destinados exclusivamente para o pagamento de hospedagem e alimentação dos servidores, ficando a logística de veículos a cargo dos motorista responsáveis pelos veículos do município.

Em pelo menos dois períodos espaçados destas diárias, foi possível detectar anomalias gritantes com relação ao destino e objetivo totalmente contrários aquele que o secretário deveria estar cumprindo em favor da municipalidade.

A primeira discrepância, de maior gravidade, diante da recente ocupação no cargo de tamanha responsabilidade para com o novo governo que assumia o comando do município, foi uma viagem de pelo menos 10 dias com destino a um pousada luxuosa chama “Casa da Praia“, em Caraíva (distrito de Porto Seguro), na Bahia no mês de Junho de 2021.

Para todos efeitos, segundo o Portal Transparência do município, o secretário Robson Quintino de Oliveira, neste mesmo período deveria estar “CUMPRINDO AGENDA” na capital do Estado (Cuiabá), sendo repassados um total de R$ 2.660,00 em diárias liberadas todas no mesmo dia (15/06/2021), nos processos de números 6913, 6914 e 6915.

A nossa reportagem o secretário confirmou a viagem a paradisíaca praia baiana, mas, negando que tenha sido de até 15 dias de afastamento, mesmo por que caso confirmasse teria que descontar de seu salário tais momentos de puro relax tropical, afirmando apenas que aproveitou um feriado, sem identificar qual, para se isolar da sua árdua rotina no município.

Na tentativa de explicar a viagem de 3.000 km, em uma pousada ao custo de R$ 345,00 a diária, o secretário nos disse que tudo foi bancado de seu próprio bolso, mas, não esclareceu por que precisou ir tão longe de seu destino oficial para comemorar o “dia dos namorados“, o único feriado constante daquele período em 2021.

QUADRO DE DIÁRIAS QUE CONSTAVAM NO PORTAL TRANSPARÊNCIA DO MUNICÍPIO:

Com apenas 4 meses após ter assumido ilegalmente, na época, o cargo de secretário municipal, Robson Quintino jamais poderia ter se afastado de suas função sem antes de completar pelo menos 12 meses de atividades, mas, ao que parece tais regras administrativas  que regem o serviço público não se aplicam ao distinto secretário.

LEI N.º 382/91. (Consolidada com as alterações, 1240/2003, 1754/2009 e 2313/2016)
Artigo 64 – Nenhum funcionário poderá mensalmente a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração em espécie, a qualquer título pelo Prefeito Municipal.

Além da repousante viagem a Bahia, outra viagem que chamou muito atenção nos registro do Portal da Transparência foram diárias novamente destinadas a Cuiabá, mas, que porém o próprio secretário postou em seu canal no Instagram que estava energizando-se de calorosos raios de sol na ponta de uma pedra nos monumentais paredões de Chapada dos Guimarães em 29 de Agosto de 2021, tendo recebido do município R$ 3.000,00 em diárias, no dia 26/08/2021, para “Satisfazer as necessidades de urgência desta secretaria“, conforme consta nos respectivos processos 10458 e 10459, em dois pagamentos de R$ 1.500,00 em diárias gastas pelo secretário.

DADOS DESAPARECERAM DO PORTAL TRANSPARÊNCIA APÓS REPORTAGEM

Misteriosamente, após iniciarmos nossas entrevistas junto ao secretário Robson Quintino, o dados que antes conseguíamos acessar com facilidade dentro do Portal Transparência durante o processo de investigação jornalística que se inciou há cerca de mais de 6 meses, com coleta de dados que foram apontados por fontes seguras, os mesmos dados estão simplesmente desapareceram do Portal Transparência no município de Alta Floresta, como se nunca tivessem existido, não fosse a nossa experiência em gravar em vídeo os acessos talvez houvesse até a tentativa de nos acusar de falsas informações hora revelados e que não constam mais no instrumento de prestação de contas públicas oficial do município.

(CLIQUE AQUI HOJE E CONFIRA O DESAPARECIMENTO DOS DADOS)

(OBS: Os dados foram restabelecidos no Portal Transparência no último dia 22/02/2022, cerca de 15 dias após a divulgação desta matéria)

Em contato com fontes da empresa que fornece o sistema a prefeitura municipal de Alta Floresta, COPLAN.SRV, fomos informados que dentro do referido sistema, “pode ser facilmente manipulados pelos responsáveis na inserção de dados, sendo que cada servidor em questão possui uma senha única e ao utilizarem o sistema deixam seus registro da utilização, como data, dia e hora em que acessaram o sistema, uma espécie de DNA do usuário.

Nossa fonte confirmou também que um dos servidores que possui a acesso e senha ao sistema é o próprio secretário municipal de Gestão, Governo e Planejamento, justamente por que é a sua pasta que administra e coordena o setor de transparência no município, mas, que em caso de fraudes ou ocultação de dados, o mesmo poderia até mesmo pedir que outro servidor executasse a ocultação das informações por meio de uma opção que pode ser marcada ou desmarcada para o aparecimento de dados.

Caso qualquer uma destas situações estejam sendo aplicadas no Portal Transparência da Prefeitura Municipal de Alta Floresta, faz-se mais do que urgente uma ação imediata do Ministério Público junto a Controladoria Geral do município para se iniciar uma varredura investigativa em todas as informações omitidas que estão sendo criminosamente sonegadas e encobertas dentro da atual administração Chico Gamba.

Em um breve resumo somados os valores dos salários pagos ao secretário nos últimos 12 meses, que somam a cifra de R$ 89.699,88 (R$ 7.472,49/Mês), mais o número de diárias emitidas R$ 48.278,00, o secretário de Gestão, Governo e Planejamento de Alta Floresta recebeu cerca de R$ 137.947,88 dos cofres públicos, que terão que ser devolvidos em cada centavo, em face da revelação de que o secretário Robson Quintino de Oliveira, está ocupando ilegalmente a pasta de Gestão, Governo e planejamento, uma vez que uma entidade com CNPJ em seu nome tem contrato firmado com o município mesmo antes dele ter assumido conscientemente o cargo que estaria impedido ocupar por ferir o princípio da legalidade que todo e qualquer servidor público tem por obrigação respeitar, conforme legislação específica de ordem municipal, estadual e federal.

RELAÇÃO DO TOTAL DE GASTOS COM DIÁRIAS EM NOME DO SECRETÁRIO – SET. À DEZ/2021:

LISTA DE DIÁRIAS GASTAS DE FEVEREIRO A SETEMBRO DE 2022

TOTAL DE GASTOS EM DIÁRIAS RECEBIDAS PELO PREFEITO CHICO GAMBA NO MESMO PERÍODO:

ESTATUTO DO SERVIDOR MUNICIPAL DE ALTA FLORESTA – LEI382/91 (CONSOLIDADA EM 2016):

Lei 382-91 Estatuto dos Servidores - consolidado até 03-mar-2016

ASSISTA O VÍDEO DA ENTREVISTA TUMULTUADA DO SECRETÁRIO NA RÁDIO BAMBINA:

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

“Prefeito sabia de tudo” | Secretário de Governo de Alta Floresta engana população e assume cargo mesmo tendo empresa contratada com o município

CAPÍTULO I – “O INÍCIO DO FIM”

Um caso sem precedentes na história do município de Alta Floresta vem a tona para comprometer a já arranhada e cada dia mais conturbada administração Chico Gamba, eleito há pouco mais de um ano.

Uma história emaranhada de tramas e estratégias, com caminhos bem construídos e complexos, iniciada há na época em as usinas foram construídas na região de Alta Floresta e Paranaíta precisa ser contada a população de Alta Floresta, que sem perceber nada podem estar sendo vítimas de um audacioso esquema de relações promíscuas cravado no coração da atual administração municipal.

Para conseguir explicar em detalhes a população, resolvi contar em partes sobre os episódios que compõem esse elaborado jogo de interesses que se desenrola há mais de um ano ao lado do gabinete da maior autoridade estabelecida no município de Alta Floresta, o prefeito Valdemar Gamba (Chico Gamba), o qual ainda não retornou as ligações e apelos de nossa reportagem, apesar de insistentes chamadas nas últimas 24 horas.

A ORIGEM

No ano de 2015, a empresa Enel Green Power teria que repassar cerca de pouco mais de R$ 900.000,00 reais ao município na forma de compensações pela construção das usinas na região. Sob a gestão do então prefeito Asiel Bezerra, ficou decidido pelo mesmo, que o dinheiro deveria ser aplicado nas áreas da educação, agronegócios e turismo.

Para tanto, o prefeito exigiu que fosse elaborado um projeto de implementação dos recursos junto ao município, e assim fez a empresa, contratando a Fundação Getúlio Vargas – FVG para a composição do projeto.

A OPORTUNIDADE

A FGV estabeleceu no projeto que deveria haver um intercâmbio de parcerias ambientais entre as cidades de Alta Floresta e Eschweiler, cidade alemã fazendo usa da aplicação da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas – ONU.

Mas, para que o projeto pudesse ter continuidade a FGV precisava confiar o projeto a uma entidade que estivesse estabelecida no município e tivesse acesso as principais lideranças políticas empresariais, o que caiu como uma luva para a até então inexpressiva entidade privada de cunho ambientalista, que a partir de então passou a se denominar como AMAZON.LAB – NÚCLEO DE INTELIGÊNCIA TERRITORIAL.

Em 03 de Agosto de 2020, na gestão Asiel Bezerra, um convênio entre a prefeitura e a empresa AMAZON.LAB foi firmado com o propósito de se firmar um convênio entre a entidade privada e município em forma de um Termo de Cooperação, o qual encontra-se devidamente homologado e aprovado no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso – TCE/MT, com o objetivo principal de atrair “relações paradiplomáticas” entre Alta Floresta, e os países da Alemanha e Itália.

Até aqui e nos anos seguintes até final de 2020, nada de errado existia em relação às ações e parcerias, entre Alta Floresta e Eschweiler, oferecidas pelo intercâmbio coordenado pela AMAZON.LAB e o município, que recebe anualmente ações efetivas direta do núcleo da entidade ambientalista que representa a cidade alemã.

CAMPANHA “MÃO NA RODA”

Acontece que o atual presidente da AMAZON.LAB, que também é marqueteiro político experiente, ele mesmo, Sr. Robson Quintino de Oliveira, trabalhou arduamente e conseguiu eleger seu candidato “Chico Gamba”, durante o último pleito eleitoral e com isso as apostas aumentaram na “bolsa de valores” dos sonhos da AMAZON.LAB e de toda sua equipe constituída e capitaneadas pelo atual secretário de Gestão, Governo e Planejamento de Alta Floresta.

O inegável favorecimento e dependência organizacional do novo prefeito eleito, para com seu outrora marqueteiro, que por mera coincidência é doutor em gestão pública, facilitou a escolha de Robson Quintino, para este viesse a assumir a pasta mais importante de cobiçada do município, no que tange a controle e comando de todos os setores da administração municipal.

Ocorre que o próprio Termo de Acordo firmado no convênio com o município na época, diz que a entidade privada será fiscalizada e acompanhada justamente pela Secretaria Municipal de Governo, na figura do gestor designado pelo prefeito do município, que nesse passou a ser justamente o atual secretário, Robson Quintino, o qual jamais poderá dizer que não tinha plena consciência de que jamais poderia ter assumido a pasta em questão diante de tamanho impedimento jurídico, (Lei 382/91) pois pelo Estatuto do Servidor Municipal de Alta Floresta, todo e qualquer servidor público é proibido de ter contratos ou convênios com o município, o que não foi se quer considerado pelo atual secretário, pois até a presente data o mesmo figura como titular absoluto na presidência da entidade privada prestadora de serviços ao município de Alta Floresta, junto a Receita Federal e a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – JUCEMAT/MT, sem jamais ter sofrido qualquer alteração em seu quadro social até a presente data.

A própria legislação federal automaticamente absorvida pelo município de Alta Floresta impede terminantemente, nos termos da Lei Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 = Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civil da União, das autarquias e das fundações públicas federais que:

Art. 117. Ao servidor é proibido:

X – participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008).

Além disso, o Código Penal estabelece no DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940, em seu Artigo 324 quanto ao:

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Art. 324 – Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:

Já o Artigo 161 – (XI), do Estatuto do Servidor (Lei municipal – 382/91), na sessão disciplinar, diz que:

 “é proibido aos servidores públicos do município, participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer comércio, e nessa qualidade transicionar com o município”.

Passivo da penalidade máxima, que seria a exoneração por destituição do cargo.

Já no capítulo das penalidades, no Artigo 176 – I e XI, será aplicada a demissão em casos de Crimes contra a Administração Pública”, e “Revelação de segredo apropriado em razão do cargo”.

 

O ÚTIL AO AGRADÁVEL

Além de se valer a desinformação aplicada junto a administração pública, o atual secretário fez questão de transferir todo sua organização, atuante há pelo menos 3 anos na entidade, para dentro da prefeitura, membros devidamente selecionados por ele e alocados em cargos estratégicos de primeiro escalão, com extrema autonomia para ajudá-lo a monopolizar e manipular todas as informações sigilosas quanto o seu envolvimento e as ações da entidade junto ao município.

Tais servidores contratados pelo próprio secretário com cargos e salários acima de figuram dentro de sua organização como membros em postos específicos relacionados ao meio ambiente, conforme suas formações acadêmicas, porém na prefeitura não foram alocados em setores correspendentes a suas funções e especialidades, mas, sim em setores que auxiliam a sua pasta no intuito de blindá-lo em suas ações a frente da pasta.

Cabe agora ao Ministério Público do Estado e a Controladoria Geral do Município averiguar a fundo as presentes denúncias sob pena de omissão, diante de tamanha atipicidade do caso que em 45 anos de existência o município de Alta Floresta nunca vivenciou.

ASSISTA O VÍDEO DA ENTREVISTA TUMULTUADA DO SECRETÁRIO NA RÁDIO BAMBINA:

TERMO DE CONTRATO HOMOLOGADO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO:

DOE-TCEMT-1969-pagina-27-28_1 by Danny Bueno on Scribd

ESTATUTO DO SERVIDOR DO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA:

Lei 382-91 Estatuto dos Servidores - consolidado até 03-mar-2016

CARTÃO DE CNPJ DA AMAZON.LAB, CONSTITUÍDA DESDE 2007 EM NOME DE ROBSON QUINTINO:

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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Justiça condena Messias Araújo do Departamento de Trânsito de Alta Floresta por improbidade e enriquecimento a pedido do MP

Mesmo com um histórico de denúncias graves e crimes cometidos o servidor escolhido a dedo pelo prefeito Asiel Bezerra continua a frente do Departamento de Trânsito no município de Alta Floresta.

Apesar de estar afastado da chefia do órgão que faz a fiscalização de trânsito no município de Alta Floresta, o servidor Messias dos Santos Araújo, continua a comparecer diariamente nas dependências do Departamento de Trânsito Municipal como se nada o impedisse de estar presente no local onde foram levantadas suspeitas criminosas de atos de improbidade com condutas omissivas e comissivas caracterizando ganho patrimonial ilícito por parte do agente e de prejuízos patrimoniais a administração pública.

A decisão judicial foi proferida no último dia 20 de Junho de 2020, em face da Ação Civil Pública perpetrada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, na pessoa do Promotor de Justiça Luciano Martins da Silva no processo de nº 1001769-61.2019.8.11.0007, da 2ª Vara de Justiça de Alta Floresta.

Na peça processual encaminhado em Janeiro de 2019, a Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público do Estado, sendo imputada ao servidor comissionado a responsabilidade por fazer uso de suas funções em detrimento de interesses econômicos que caracterizaram pratica de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa na condição de cargo de chefia do órgão público.

O Procedimento Preparatório foi instaurado pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Alta Floresta, em desfavor de Messias dos Santos Araújo, por ter liberado uma camionete FORD/F250 em Junho de 2016 para um suposto proprietário, que se apresentou por meio de procuração, sem que a documentação da mesma estivesse em dias, ou seja, liberou com todos os documentos atrasados.

Na época da denúncia, foi aportado ao processo um depoimento da Sra. Diana Sais Machado, que era Chefe da 20ª Ciretran de Alta Floresta, revelando que a prática de liberação de veículos no pátio do Departamento de Trânsito de Alta Floresta é uma constante desde que o servidor assumiu a chefia:

“Ele vê se a moto está com impedimento de delegacia, imprime para a pessoa quitar os débitos, mas para liberar não, não pode liberar, a gente não pode libera, imagina eles (…) Olha legalmente não pode liberar veículo com restrição, mas a gente sabe que já liberou já no pátio dele (…) quando a pessoa vai lá que paga tudo ele já liga para mim e manda para passar pela vistoria, passou pela vistoria está tudo certo, quando está em greve não tem como fazer vistoria, mas, mesmo assim, está no site que não foram quitados os débitos”.

Além deste caso, há indícios de que muitos outros veículos tenham sido liberados no Departamento Municipal de Trânsito por meio do servidor, que já está afastado justamente por responder a um Processo Administrativo Disciplinar – PAD, por uso indevido de suas prerrogativas de chefia, promovido por funcionários do próprio setor, porém, a revelia do afastamento o mesmo continua a se fazer presente nas dependências do Departamento de Trânsito na tentativa de intimidar os demais agentes e desqualificar o seu estado de impedimento.

Consta ainda contra o servidor que seu patrimônio adquirido nos últimos 4 anos é incompatível com a sua realidade salarial, pois o mesmo já teve uma condenação por furto de cheques de um sindicato no município, aonde alegou na época que cometeu o crime por razões de hipossuficiência e miserabilidade.

Bem como em Fevereiro de 2010, quando fazia parte da Chefia da Guarda Municipal de Alta Floresta, foi preso por haver um mandado de prisão em aberto do Estado da Bahia por envolvimento em furto de automóveis, mas, na época como o crime já havia prescrito acabou sendo liberado pela justiça.

SEGUE ABAIXO O PROCESSO CONTRA O SERVIDOR CHEFE DO TRÂNSITO EM ALTA FLORESTA:

PROCESSO_ 1001769-61.2019.8.11.0007 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL MESSIAS

DEPOIMENTO DA RETIRADA DO VEÍCULO APREENDIDO NO PÁTIO DO DEPTO. DE TRÂNSITO: 

terça-feira, 9 de junho de 2020

Mais uma morte na Ala Covid-19 do Hospital Regional de Alta Floresta levanta suspeitas de ser por Corona-vírus

A imprensa local está incomodada e desprestigiada com a falta de informação interna do Grupo de Enfrentamento e secretário municipal de Saúde, sendo que muitas vezes as notícias chegam por meio de jornais da capital.

Secretário de saúde de Alta Floresta tem comunicação pífia com a imprensa local, mas, conta até “segredos” desconhecidos para a imprensa da capital.

Apesar da secretaria municipal de saúde municipal dizer que desconhece o ocorrido, o paciente morreu no último dia 05 de Junho e foi sepultado imediatamente, conforme o protocolo dos pacientes positivos para Covid-19.

O paciente, Antônio Alves Corrêa, era morador de Alta Floresta, sem nenhuma relação com o presídio municipal, e estava internado na Ala Covid-19, criada especificamente para atender apenas aos suspeitos de contaminação pelo Corona vírus.

Os exames do paciente ainda não retornaram para que se possa atestar oficialmente que tenha morrido pela doença, mas, há fortes suspeitas por parte de profissionais da saúde do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, que cada dias mais ficam apreensivos com a forma com que as informações tem sido sonegadas a população.

Em resposta aos nossos questionamentos, no grupo criado pela secretaria de Saúde para a imprensa se relacionar com o grupo de enfrentamento da Covid-19, o secretário de Saúde municipal, Marcelo Costa, simplesmente disse desconhecer sobre a morte do cidadão alta-florestense e completou friamente dizendo apenas que, provavelmente o mesmo seguiu o protocolo dos pacientes testados positivos:

“embalados em sacos apropriados… banhado no hipoclorito… do hospital direto pro cemitério”.

Desgastes desnecessários por falta de transparência

Enquanto a imprensa local aqui trabalha diligentemente em espírito de cooperação com a secretaria municipal de Saúde e o Centro de Vigilância Epidemiológica, pelo bem de Alta Floresta, é muitas vezes tratada mais como um “estorvo” do que ajuda, e com isso, nos últimos dias tem havido severas críticas por parte dos profissionais da comunicação de Alta Floresta pela a falta de simultaneidade e atualização contínua nas informações, demonstrando desinteresse e demora em responder até fatos já denunciados pelos próprios profissionais de saúde das unidades que estão ligados diretamente com os pacientes contaminados.

Com isso, o grupo criado no Whatsapp, originalmente para ser um canal da transparência entre a saúde a imprensa local, passou a produzir apenas publicação dos boletins diários, em alguns casos com erros, ocorrem sempre no início da noite.

Pelo sim, pelo não, este escriba faz questão de colocar aqui a sua opinião profissional, sobre a forma obtusa com a que estamos sendo tratados pelo secretário de saúde, que mais parece ter a imprensa local como um de seus agregados da secretaria e do Conselho Municipal de Saúde, onde se sabe que lá ele manda até vereador calar a boca e só se pode perguntar o que ele quer falar.

Mas, engana-se o senhor Marcelo Costa, em pensar que nós iremos nos retrair com suas manobras de evitar e desprezar o papel da imprensa que representa Alta Floresta e região, pois os próprios funcionários da saúde local envolvidos na luta diária do combate ao Corona vírus estão trazendo as informações diárias, por vezes ocultadas, por aqueles que deveriam ser os primeiros a convocar a imprensa e repassar com detalhes os últimos acontecimentos, mas, não o fazem sabe-se lá por que.

Na primeira morte causada pelo vírus, fomos o primeiro veículo a noticiar e a questionar o secretário de saúde no grupo sobre a veracidade da denúncia da morte de um paciente no Hospital Regional (na ocasião não sabíamos que se tratava de um detento), apresentada por fontes internas ao HRAS, na época o secretário negou veementemente que pudesse ser morte por Covid-19, após 10 dias veio a confirmação mediante o teste realizado e encaminhado ao LACEN.

Além disso, ninguém sabia que havia sido criado uma Ala Covid-19 dentro do Hospital Regional, coisa que só ficou confirmada após pressionarmos o secretário e exigirmos que fosse esclarecido qual o grau de segurança exercido para com os profissionais da saúde que ali estavam atuando sem que a sociedade soubesse que um setor do hospital já estava designado a  atender pessoas com alto grau de contaminação. E tudo só ficou revelado após o trabalho do jornalismo investigativo da imprensa local, caso contrário talvez até hoje nada disso teria sido revelado a sociedade alta-florestense.

Nesse ponto da questão, chegamos a duas pergunta que não pode ser negligenciada pela secretaria municipal ou estadual de saúde:

  • Por que esconder o que pode ser denunciado a imprensa?
  • Não seria mais lógico repassar a imprensa todos os casos, confirmados ou não, para que haja maior confiança da população?

Na minha singela opinião, ao agir assim, o secretário Marcelo Costa demonstra total falta de confiança e desconhecer que a principal função da imprensa é “fazer a manutenção da sociedade”, ir aonde o povo não pode, dar voz aos que não podem gritar e mostrar aquilo que compromete os interesses dos que se acham “acima da lei”.

Com isso, o secretário demonstra que não possui o princípio da transparência e do respeito arraigado em sua pasta, fator imprescindível em uma secretaria que lida com sobrevivência vidas humanas, que tem por direito constitucional a necessidade de ser informada sem negligências, descaso ou indiferença.

Embaraços com a imprensa estadual (Texto adicional)

Na tarde de ontem, o site RDNews, da capital Cuiabá, em matéria redigida pela jornalista Keka Werneck, afirmou que o secretário não quis revelar informações sobre o local aonde serão instalados os detentos com suspeita de Covid-19, segundo ele por questões de segurança, além disso uma enorme confusão foi causada pelas informações mostrada na matéria que afirmavam o número de 66  detentos que testaram positivo para a doença, enquanto o secretário afirmou que seriam apenas 54, uma diferença de 12 casos que só foram esclarecidos pela própria repórter. 

Acontece que, além de fazer a entrevista com o secretário a mesma se valeu de dados apresentados pela Secretaria Estadual de Saúde  – SES, que diferente do secretário já tinha computado o número de 66 casos nos detentos de Alta Floresta, demonstrando uma preocupante falta de sintonia entre o Estado e a o município e vice e versa.

Para o secretário Marcelo Costa, houve distorções na matéria publicada pela repórter Keka Werneck, e afirmou que teria pedido a retratação da matéria junto ao veículo de comunicação.

Em contato com a jornalista Keka Werneck, a mesma garantiu que até o presente momento nem o secretário e nem a secretaria entraram em contato com a redação do site ou com ela para contestar o teor da notícia.

Mais uma morte na Ala Covid-19 do Hospital Regional de Alta Floresta levanta suspeitas de ser por Corona-vírus

A imprensa local está incomodada e desprestigiada com a falta de informação interna do Grupo de Enfrentamento e secretário municipal de Saúde, sendo que muitas vezes as notícias chegam por meio de jornais da capital.

Secretário de saúde de Alta Floresta tem comunicação pífia com a imprensa local, mas, conta até “segredos” desconhecidos para a imprensa da capital.

Apesar da secretaria municipal de saúde municipal dizer que desconhece o ocorrido, o paciente morreu no último dia 05 de Junho e foi sepultado imediatamente, conforme o protocolo dos pacientes positivos para Covid-19.

O paciente, Antônio Alves Corrêa, era morador de Alta Floresta, sem nenhuma relação com o presídio municipal, e estava internado na Ala Covid-19, criada especificamente para atender apenas aos suspeitos de contaminação pelo Corona vírus.

Os exames do paciente ainda não retornaram para que se possa atestar oficialmente que tenha morrido pela doença, mas, há fortes suspeitas por parte de profissionais da saúde do Hospital Regional Albert Sabin – HRAS, que cada dias mais ficam apreensivos com a forma com que as informações tem sido sonegadas a população.

Em resposta aos nossos questionamentos, no grupo criado pela secretaria de Saúde para a imprensa se relacionar com o grupo de enfrentamento da Covid-19, o secretário de Saúde municipal, Marcelo Costa, simplesmente disse desconhecer sobre a morte do cidadão alta-florestense e completou friamente dizendo apenas que, provavelmente o mesmo seguiu o protocolo dos pacientes testados positivos:

“embalados em sacos apropriados… banhado no hipoclorito… do hospital direto pro cemitério”.

Desgastes desnecessários por falta de transparência

Enquanto a imprensa local aqui trabalha diligentemente em espírito de cooperação com a secretaria municipal de Saúde e o Centro de Vigilância Epidemiológica, pelo bem de Alta Floresta, é muitas vezes tratada mais como um “estorvo” do que ajuda, e com isso, nos últimos dias tem havido severas críticas por parte dos profissionais da comunicação de Alta Floresta pela a falta de simultaneidade e atualização contínua nas informações, demonstrando desinteresse e demora em responder até fatos já denunciados pelos próprios profissionais de saúde das unidades que estão ligados diretamente com os pacientes contaminados.

Com isso, o grupo criado no Whatsapp, originalmente para ser um canal da transparência entre a saúde a imprensa local, passou a produzir apenas publicação dos boletins diários, em alguns casos com erros, ocorrem sempre no início da noite.

Pelo sim, pelo não, este escriba faz questão de colocar aqui a sua opinião profissional, sobre a forma obtusa com a que estamos sendo tratados pelo secretário de saúde, que mais parece ter a imprensa local como um de seus agregados da secretaria e do Conselho Municipal de Saúde, onde se sabe que lá ele manda até vereador calar a boca e só se pode perguntar o que ele quer falar.

Mas, engana-se o senhor Marcelo Costa, em pensar que nós iremos nos retrair com suas manobras de evitar e desprezar o papel da imprensa que representa Alta Floresta e região, pois os próprios funcionários da saúde local envolvidos na luta diária do combate ao Corona vírus estão trazendo as informações diárias, por vezes ocultadas, por aqueles que deveriam ser os primeiros a convocar a imprensa e repassar com detalhes os últimos acontecimentos, mas, não o fazem sabe-se lá por que.

Na primeira morte causada pelo vírus, fomos o primeiro veículo a noticiar e a questionar o secretário de saúde no grupo sobre a veracidade da denúncia da morte de um paciente no Hospital Regional (na ocasião não sabíamos que se tratava de um detento), apresentada por fontes internas ao HRAS, na época o secretário negou veementemente que pudesse ser morte por Covid-19, após 10 dias veio a confirmação mediante o teste realizado e encaminhado ao LACEN.

Além disso, ninguém sabia que havia sido criado uma Ala Covid-19 dentro do Hospital Regional, coisa que só ficou confirmada após pressionarmos o secretário e exigirmos que fosse esclarecido qual o grau de segurança exercido para com os profissionais da saúde que ali estavam atuando sem que a sociedade soubesse que um setor do hospital já estava designado a  atender pessoas com alto grau de contaminação. E tudo só ficou revelado após o trabalho do jornalismo investigativo da imprensa local, caso contrário talvez até hoje nada disso teria sido revelado a sociedade alta-florestense.

Nesse ponto da questão, chegamos a duas pergunta que não pode ser negligenciada pela secretaria municipal ou estadual de saúde:

  • Por que esconder o que pode ser denunciado a imprensa?
  • Não seria mais lógico repassar a imprensa todos os casos, confirmados ou não, para que haja maior confiança da população?

Na minha singela opinião, ao agir assim, o secretário Marcelo Costa demonstra total falta de confiança e desconhecer que a principal função da imprensa é “fazer a manutenção da sociedade”, ir aonde o povo não pode, dar voz aos que não podem gritar e mostrar aquilo que compromete os interesses dos que se acham “acima da lei”.

Com isso, o secretário demonstra que não possui o princípio da transparência e do respeito arraigado em sua pasta, fator imprescindível em uma secretaria que lida com sobrevivência vidas humanas, que tem por direito constitucional a necessidade de ser informada sem negligências, descaso ou indiferença.

Embaraços com a imprensa estadual (Texto adicional)

Na tarde de ontem, o site RDNews, da capital Cuiabá, em matéria redigida pela jornalista Keka Werneck, afirmou que o secretário não quis revelar informações sobre o local aonde serão instalados os detentos com suspeita de Covid-19, segundo ele por questões de segurança, além disso uma enorme confusão foi causada pelas informações mostrada na matéria que afirmavam o número de 66  detentos que testaram positivo para a doença, enquanto o secretário afirmou que seriam apenas 54, uma diferença de 12 casos que só foram esclarecidos pela própria repórter. 

Acontece que, além de fazer a entrevista com o secretário a mesma se valeu de dados apresentados pela Secretaria Estadual de Saúde  – SES, que diferente do secretário já tinha computado o número de 66 casos nos detentos de Alta Floresta, demonstrando uma preocupante falta de sintonia entre o Estado e a o município e vice e versa.

Para o secretário Marcelo Costa, houve distorções na matéria publicada pela repórter Keka Werneck, e afirmou que teria pedido a retratação da matéria junto ao veículo de comunicação.

Em contato com a jornalista Keka Werneck, a mesma garantiu que até o presente momento nem o secretário e nem a secretaria entraram em contato com a redação do site ou com ela para contestar o teor da notícia.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

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