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segunda-feira, 3 de maio de 2021

VÍDEO | Muro do Cemitério Municipal de Alta Floresta prestes a cair ou causar uma tragédia

Para quem passa em frente ao Cemitério já é perceptível a falta de cuidado para com a estrutura do muro que pode cair a qualquer momento.

Nossa reportagem foi alertada sobre a situação em que se encontra há tempos o muro frontal do Cemitério Municipal de Alta Floresta, Jardim da Saudade, e fomos conferir in loco em que pé estava o perigo.

De fato, a estrutura que mantém o muro ainda em pé está totalmente comprometida e com um pedaço do mesmo já caído ao chão, o que pode muito facilmente ser constatado por qualquer cidadão, independente de conhecimento técnico ou acadêmico na área de engenharia e construção civil.

Ocorre que a responsabilidade de restaurar e zelar pela manutenção do Cemitério Municipal estava nas mãos do ex-servidor exonerado no último dia 23/04, Dejair Francisco dos Santos, que foi denunciado por empresas do município de estar se apropriando dos pagamentos de taxas de embarques que deveriam ser destinadas aos cofres públicos municipais.

Por acumular os cargos de chefia que correspondem a Rodoviária Municipal e ao Cemitério, em quase 4 meses que esteve a frente das autarquias o desleixo e abandono se avolumaram, em vista do estado em que se encontra a rodoviária municipal e o cemitério com o risco ter seu muro parcialmente destruído, o que acarretaria em um enorme prejuízo ao erário público além daquele que o ex-servidor é acusado de ter subtraído enquanto estava a frente dos mesmos.

Resta saber até quando a prefeitura vai manter essa situação que já se firmou como uma tragédia anunciada e se o próximo a comandar a chefia do Cemitério e da Rodoviária municipal estarão a altura de refazer a imagem negativa que o último indicado causou perante a população.

VEJA O VÍDEO COM AS IMAGENS DO LOCAL:

domingo, 2 de maio de 2021

Diretor nomeado para cuidar da Rodoviária e Cemitério de Alta Floresta é exonerado sob suspeita de desviar valores da prefeitura

O suspeito, empossado como “Chefe dos Próprios”, em Janeiro de 2021, teria alterado o sistema de recebimento das taxas das empresas de ônibus que deveriam ser repassados diretamente ao município.

Dejair Francisco dos Santos (“Dejinha”), 50 anos, natural de Três Lagoas – MT, veio retornou para Alta Floresta, após ter se envolvido em crimes que resultaram sua condenação no Estado de Roraima, na capital Boa Vista.

O ex-servidor do município, foi exonerado no último dia 23/04 (Sexta), por fortes suspeitas de desviar de dinheiro público fazendo uso do cargo que foi nomeado pela administração municipal, o que pode incorrer administrativamente em crime de Peculato, Art. 312 (Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.), do Código do Processo Penal.

ANTECEDENTES CRIMINAIS

Consta no Processo nº 0000718-92-2016.23.0010, foi condenado em Setembro de 2017, pela 3ª Vara Criminal de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, pelo Artigo 155 – (Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.. § 4º – A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: II – com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;), cumulado com o Artigo 14 – (Consumação e tentativa: II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Parágrafo único – Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços), do Código Penal Brasileiro.

Porém, o réu foi condenado a  1 ano e 3 meses de reclusão e mais 25 dias de multa,  em regime aberto, que foram substituídos pelo Juiz Marcelo Mazur, ao pagamento de uma multa no valor de R$ 1.000,00 em favor da vítima, de quem tentou furtar um veículo, a título de reparação de danos materiais.

Segundo consta no processo, e nas informações colhidas em reportagens daquele Estado, conforme links de reportagens abaixo mencionados, o réu Dejair Francisco dos Santos, se aproveitou do momento em que proprietária do veículo estava frequentando a igreja, para tentar levar seu veículo, mas, foi surpreendido pela mesma que passou a se sentir mal dentro da igreja e saiu para comprar um remédio. Apesar de não ter conseguido levar embora o carro, o réu subtraiu alguns pertences do interior do veículo.

REPORTAGEM I – (G1 – RORAIMA)

REPORTAGEM II – SURGIU.COM.BR)

Na reportagem do G1 Roraima, moradores no local do crime disseram que o réu era morador do bairro e que aquele seria o primeiro flagrante que a polícia conseguiu fazer, pois, segundo as pessoas que relataram o mesmo já teria praticado cerca de 8 furtos na região.

“Nesse momento, ela viu o homem muito perto do carro dela e resolveu me chamar. Ao irmos até lá, descobrimos que ele já tinha arrombado o veículo e pego vários itens de dentro do porta-malas”, relata o delegado.

Após ser detido, Santos foi conduzido por policiais militares ao 5º Distrito Policial, onde aguarda para ser ouvido pelo delegado plantonista. Com ele, a polícia achou um balde com itens de limpeza, uma mochila e um pneu estepe.

Apesar de não ter passagem pela polícia, o suspeito foi apontado por vizinhos da igreja como autor de pelo menos oito furtos na região“, diz a reportagem.

DINHEIRO PÚBLICO FEDERAL

Além disso o suspeito fez parte da lista de beneficiados do Auxílio Emergencial em Alta Floresta, recebendo do Governo Federal via Caixa Econômica, a quantia de R$ 2.400,00 (4 X 600,00), apresentando-se como morador de Boa Vista – RR, mesmo estando empregado em uma conhecida empresa de veículos no centro de Alta Floresta, aonde atua também como vendedor de carros e morador residente no setor F.

“HOMEM DE CONFIANÇA”

Na campanha eleitoral do então candidato Chico Gamba, foi contratado e registrado no TRE/MT, na função de motorista e fiscal de urna, e era tratado como um dos subcoordenadores que comandava as equipes de campanha do candidato.

Após a campanha, o suspeito passou a integrar o quadro dos assessores de confiança do prefeito Chico Gamba, sendo este indicado pelo Partido Liberal – PL, chegando a se inscrever como candidato na época, porém retirou sua candidatura dias antes da cadastro no TRE, por razões desconhecidas, porém manteve íntima relação com a pessoa do presidente, Edinho Paiva, e com isso foi alçado ao cargo por indicação, em nome da parceria desenvolvida na campanha por meio das coligações partidárias (PL/PSDB).

Os cargos de chefia que assumiu pelo nº Decreto 099/2021, sendo um de Chefe do Terminal Rodoviário de Alta Floresta, Matrícula: 155.22 – 1, cumulado ao cargo de Chefe do Cemitério Municipal de Alta Floresta, com salário de R$ 2.292,38, tendo sido empossado em 21/01/2021, como “Chefia dos Próprios”, “Padrão DATS – 1”, na pasta da Secretaria de Governo, Gestão e Planejamento, dirigida pelo secretário Robson Quintino de Oliveira.

Em contato com o secretário municipal de Fazenda, Paulo Moreira dos Santos, o mesmo nos respondeu que: “Vamos falar mais na frente sobre este assunto”, apesar da exoneração ter sido decretada há 10 dias, e de o caso já ter sido denunciado ao executivo municipal há pelo menos 30 dias, sem que houvesse qualquer interesse em dar vazão dos fatos a sociedade.

Tentamos também, contato com o responsável pela pasta aonde trabalhava o suspeito, Robson Quintino de Oliveira, porém até o encerramento desta matéria não obtivemos respostas, pois o mesmo não retornou nossos chamados e nem atendeu nossas ligações, apesar de insistente apelo.

Com relação aos valores subtraídos, que motivaram a exoneração “injustificada” do servidor nomeado, a prefeitura municipal de Alta Floresta em nenhum momento trouxe a público os atos criminosos praticados pelo servidor, preferindo manter o caso sob sigilo.

Após investigação jornalística junto as empresas que sofreram a fraude aplicada pelo ex-Chefe do Próprios, estima-se que foram lesados dos cofres públicos mais de R$ 50.000,00, e esse valor pode ser muito maior, porém, é uma pena que a falta de transparência da prefeitura e a sonegação das informações solicitadas pela imprensa, que descobriu o que estava acontecendo por meio de denúncias anônimas, checadas junto as empresas de ônibus, leva a crer que não há o menor interesse do executivo municipal em mostrar a sociedade quem andam contratando para cargos de chefia, ou mesmo dar publicidade quando esses cometem algum crime contra o erário público.

Ao exonerar o ex-chefe de setor, o prefeito Chico Gamba e seu secretariado demonstra que não coadunam com pessoas que tiveram a chance de trabalhar no município a convite, mas, com intenções criminosas, porém, pecam em grande parte para com o princípio da transparência em não dar publicidade ao caso, trazendo a todos o crime cometido e para além disso omitir informações da imprensa quando solicitadas.

DECRETO DE NOMEAÇÃO:

DECRETO NOMEAÇÃO

DECRETO DE EXONERAÇÃO:

EXONERAÇÃO

 

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: